segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ESTADOS UNIDOS - OBAMA ANUNCIA ACORDO PARA SUBIR TECTO DA DÍVIDA

Republicanos e Democratas chegam a entendimento

Obama anuncia acordo para subir tecto da dívida

 Por Ana Rita Faria

Democratas e os republicanos chegaram finalmente a um acordo para subir o tecto legal de endividamento do país, pondo fim a um impasse que deixou o país à beira do default.

Obama diz que acordo acaba com a crise que Washignton impôs à América (REUTERS/Jim Young )


Ontem à noite nos EUA [hoje de madrugada em Lisboa], o presidente norte-americano Barack Obama anunciou que os partidos tinham chegado a um acordo, a apenas um dia de os EUA ficarem sem dinheiro para pagar aos credores, ou seja, de entrarem em default (incumprimento).

O acordo irá permitir aumentar o limite legal de endividamento em 2,4 milhões de milhões de dólares (cerca de 1,7 milhões de milhões de euros, em duas fases, e deverá ficar ainda hoje fechado no Congresso. Amanhã, dia 2 de Agosto, era considerado o prazo limite para um entendimento, visto que, a partir dessa data, os EUA deixaria de ter dinheiro para pagar os seus compromissos financeiros.

Barack Obama conseguiu, assim, evitar uma nova negociação antes das próximas eleições, em Novembro de 2012, e, em contrapartida, os republicanos conseguiram cortes na despesa no valor de 2,8 milhões de milhões de dólares nos próximos dez anos. O aumento de impostos sobre os mais ricos, que os democratas tinham exigido ao início, acabou por não sair do papel.

Ontem à noite nos EUA, Barack Obama disse aos jornalistas que o compromisso a que os republicanos e os democratas chegaram permitirá “impedir um default e terminar uma crise que Washington impôs ao resto da América”. “Vai assegurar que não iremos enfrentar a mesma crise daqui a seis meses, oito meses ou 12 meses. E irá começar a levantar a nuvem de dívida e de incerteza que sobrevoa a nossa economia”, afirmou.

O presidente admitiu que o processo de negociação foi “complicado e demorou demasiado tempo” e agredeceu aos líderes dos partidos republicano e democrata por terem chegado a um compromisso.

O presidente salientou, contudo, que ainda é preciso ganhar alguns votos importantes, referindo-se à aprovação que a Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, terá de dar ao acordo.

De acordo com a imprensa americana, o plano aprovado irá permitir um aumento do limite legal de endividamento em duas etapas. Primeiro o tecto da dívida subirá em 900 mil milhões de dólares, o que estará sujeito ao voto contra do Congresso, o qual poderá ser vetado por Obama. Para prevenir um default, a esses 900 mil milhões juntam-se outros 400 mil milhões.

Numa segunda fase, o limite legal aumentaria entre 1,2 a 1,5 milhões de milhões. Nessa altura, será criada uma comissão conjunta do Congresso para decidir que cortes na despesa serão realizados para compensar a subida da dívida. A diminuição dos gastos passará não só por cortes orçamentais no orçamento da Defesa, mas também por programas governamentais. Pelo menos numa fase inicial, não haverá cortes para os mais pobres na Medicaire (sistema de seguros de saúde) e na Segurança Social.

NOTA: ATÉ QUANDO A GRANDE POTÊNCIA PODERÁ CONTINUAR A VIVER ACIMA DAS SUAS RESPONSABILIDADES?
O ESPECTÁCULO FAZ-ME LEMBRAR O DAS VELHAS FAMÍLIAS DA ARISTOCRACIA EUROPEIA QUE, APESAR DE FALIDAS, CONTINUAM A DAR BAILES SUMPTUOSOS COM O RECURSO A CRÉDITO BANCÁRIO ATÉ AO DIA EM QUE O CREDOR CHEGA E AS EXPULSA DO PALACETE EM RUÍNAS!

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