quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

CRÓNICA DA DRA. MARIA JOSÉ

Há assuntos de que sei pouco... outros dos quais não sei nada...
1. Em matéria de Saúde, imagina que Portugal não tinha comprado vacinas...já teria ido à vida a Ministra da Saúde...ou todo o Governo por junto e atacado... Como houve um esquema de prevenção extraordinariamente bem lançado e um programa de vacinação bem organizado, os portugueses desconfiam, dizem mal, não se querem vacinar, estabelecem relações empíricas e alarmistas de causa e efeito. O risco desta gripe não é individual mas social: altamente contagiosa, é a sua velocidade de propagação que pode semi paralisar um país. Mas "colectivo" e "prevenção" são palavras que o portuguesinho digere mal...
2. Dou-te outro exemplo : Leonor Beleza (PSD) fechou 1500 salas de parto, aglomerando esses locais em zonas onde todas as condições de uma verdadeira Maternidade estivessem instaladas, quer em equipamentos quer em recursos humanos. Não finalizou a obra antes de sair. Anos mais tarde, com Correia de Campos(PS), deu-se continuidade a esse processo que obedece a normas europeias e fez reduzir a mortalidade neonatal em mais de 70%. Os portugueses estão contra, os media empolam, os Partidos aproveitam-se... Digo-te por exemplo que, num determinado hospital, se faziam 60% de cesarianas quando a média razoável é de 18 a 20%. Claro, nada como marcar a hora e o dia que convêm ao obstetra´e restante equipa e de preferência pagos particularmente... noutro hospital havia à volta de 264 nascimentos por ano. Média inferior a um por dia. Justificam equipamento, equipas completas, com neonatologia incluida? Para manter turnos permanentes de enfermeiras são precisas 15 enfermeiras. Um obstetra , como é óbvio, támbém não faz a Primavera...
Mas patriótico é não nascer em Espanha! A Comunicaçaõ Social empolou os Partidos aproveitaram. (mudando de posição como convinha)
3. Outro aspecto: os lusitanos são, por princípio, avessos a toda e qualquer prevenção disciplinada: evitar a obesidade, reduzir o colesterol, controlar a diabetes, a hipertensão etc. Mas depois a D.Aldegundes e o Sr.. Pereira querem "orgências" no seu quintal. Ali onde um médico e um enfermeiro dormitam, e, contrariados, lá atendem 4 ou 5 indigestões por noite; ganham horas extraordinárias e estão de folga no dia seguinte. Se o doente é realmente grave, chamam a ambulância e transferem-no para um hospital de referência com todos os recursos disponíveis...é como parar num apeadeiro a perder tempo, antes de seguir para a estação. Mas foi visível o banzé que isto deu... Mais uma vez a Comunicação empolou e os Partidos que não estão no poleiro escalaram o degrau. Por estas e outras só nos vão restando para serem párocos desta freguesia os malandrões, os malandrins e os malandretes... os outros atiram com os paramentos ao tapete e ficam a apreciar nos bancos da igreja, a ver no que isto irá dar... Quanto aos trangénicos, serão necessários planos para matar em massa, quando a fome no mundo já é tão suficiente? Ou será que a senhora ex ministra, lá na Finlândia, não se apercebe? E os telemóveis? Serão mais perigosos que os automóveis? 13 000 mortos nas estradas de Portugal em 10 anos! Fora os que acabam nos hospitais, vindo a morrer ou não, e os que ficam estropiados. No Iraque , em 6 anos, morrreram "apenas" 3 600 soldados americanos... afinal quem está em guerra? Também detestamos a prevenção rodoviária, tanto quanto gostamos de alarmes sobre telemóveis e outros!

MARIA JOSE

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