terça-feira, 8 de maio de 2012
QUAL É A COMPANHIA DE SEGUROS?
Qual é a Cª de Seguros?... (muito útil)
Identificação de Seguros!!! (pela matrícula de um carro)
Este endereço é para guardar.
Através deste site podem saber qual a seguradora de qualquer veículo
(se estiver seguro). Basta inserir a matrícula.
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(se estiver seguro). Basta inserir a matrícula.
É útil para aqueles casos em que o indivíduo bate e foge.
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Façam o teste com a matrícula do vosso carro.
BRINQUEM...
É uma questão de probabilidades, contudo está excelente
PENSA NUMA PESSOA FAMOSA (Mas guarda segredo).... AGORA CLICA NO LINK ABAIXO E RESPONDE ÀS PERGUNTAS... O SITE MOSTRA A IMAGEM DE QUEM PENSASTE!!!
É uma questão de probabilidades, contudo está excelente PENSA NUMA PESSOA FAMOSA (Mas guarda segredo).... AGORA CLICA NO LINK ABAIXO E RESPONDE ÀS PERGUNTAS... O SITE MOSTRA A IMAGEM DE QUEM PENSASTE!!! http://pt.akinator.com/
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(Muito bom. Para os evitar casos fáceis e modernos como Gandhi ou Mandela, escolhi Leonardo da Vinci. Acertou! A seguir, tentei com Gengis Khan. Acertou! Que belo algoritmo e que grande base de dados. Ou há algum truque que não estou a ver)? Vale mesmo a pena cantores músicos políticos etc.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
CONVITE PARA A FEIRA DO LIVRO - APARECE PARA CONVERSARMOS
CONVITE PARA A FEIRA DO LIVRO - 13 DE MAIO
ESPERO POR SI NA FEIRA DO LIVROFEIRA DO LIVRO DE LISBOA - 24 DE ABRIL A 13 DE MAIO
13 DE MAIO - FEIRA DO LIVRO - LISBOA
MEUS CAROS AMIGOS E LEITORES DE "TAMBWE-A UNHA DO LEÃO":
VOU ESTAR, NO PRÓXIMO DIA 13 DE MAIO, NA FEIRA DO LIVRO DE LISBOA, NOS PAVILHÕES DA GRADIVA,
PARA UMA SESSÃO DE AUTÓGRAFOS.APAREÇAM PARA NOS CONHECERMOS E CONVERSAR.
• 13 de Maio – domingo - 17h30m Ao pavilhões da Gradiva têm a seguinte numeração – B56; B58; B60;B19 - e ficam localizados no cimo da ala esquerda do Parque Eduardo VII (de quem está de costas para a Praça Marquês de Pombal).
ESPERO POR SI NA FEIRA DO LIVROFEIRA DO LIVRO DE LISBOA - 24 DE ABRIL A 13 DE MAIO
13 DE MAIO - FEIRA DO LIVRO - LISBOA
MEUS CAROS AMIGOS E LEITORES DE "TAMBWE-A UNHA DO LEÃO":
VOU ESTAR, NO PRÓXIMO DIA 13 DE MAIO, NA FEIRA DO LIVRO DE LISBOA, NOS PAVILHÕES DA GRADIVA,
PARA UMA SESSÃO DE AUTÓGRAFOS.APAREÇAM PARA NOS CONHECERMOS E CONVERSAR.
• 13 de Maio – domingo - 17h30m Ao pavilhões da Gradiva têm a seguinte numeração – B56; B58; B60;B19 - e ficam localizados no cimo da ala esquerda do Parque Eduardo VII (de quem está de costas para a Praça Marquês de Pombal).
CHEF NORTE-AMERICANO BOURDAIN
Episódio sobre Lisboa, gravado em dezembro de 2011, já está disponível no site do canal que exibe a série do chef, No Reservations...
http://Anthony.Bourdain.No.Reservations.S08E04.HDTV.x2642
Bourdain em Lisboa já estreou no Travel Channel (com vídeo)
Bourdain joga à malha com chef Stanisic
D.R.
02/05/2012 Dinheiro Vivo
O famoso chef norte-americano, que saiu de Lisboa encantado com as bifanas no pão, o marisco, o peixe fresco, o fado e a história... surge no episódio sobre Lisboa como de costume: a comer, a perguntar e a querer saber mais sobre um país que considera estar a viver um período de renascimento cultural e gastronómico, apesar do desemprego e da crise.
Neste episódio de 42 minutos, que se estreou dia 30 de abril, Anthony Bourdain surge a jantar na marisqueira Ramiro com os chefs Henrique Sá Pessoa e José Avillez, a comer lagostins, ameijoas, percebes... e tudo delicioso. É aqui que o chef fica a saber que a bifana funciona como espécie de "sobremesa" depois de uma mariscada.
Mais tarde é ver Bourdain nos fados, um estilo que o chef se atreve a dizer que é uma resposta aos blues. "Mas não, é muito mais", conclui depois de falar com o escritor António Lobo Antunes, que o considera sinal dos tempos antigos de Salazar. Neste jantar está também uma representante da nova geração de fadistas, Carminho.
Mas o chef americano resolve ir com José Avillez pescar polvos, que acabam grelhados ao almoço deste grupo de pescadores.
Bourdain vai com os Dead Combo (Tó Trips e Pedro onçalves) ao café-bar Sol e Pesca. E sempre com o fado como banda sonora, o chef vai à ginginha do Rossio.
Segue-se um almoço com Tozé Brito no restaurante do chef Ljubomir Stanisic, 100 Maneiras. Mas também passou pelo Alma de Henrique Sá Pessoa, onde comeu bacalhau com o humorista Zé Diogo Quintela que diz a Bourdain que a crise é uma oportunidade para fazer rir os portugueses. Mais difícil é gozar com lideres desportivos. E a visita continua. Ver aqui.
A ALEMANHA PERDEU AS ELEIÇÕES
A Alemanha perdeu as eleições
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
François Hollande é um líder fraco com um discurso forte. Fez promessas impossíveis aos franceses e criou expectativas possíveis aos europeus. Os cépticos vêem nele o destino de Rajoy: engolirá tudo. Mas é nele que reside a esperança política. Não temos outra.
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
François Hollande é um líder fraco com um discurso forte. Fez promessas impossíveis aos franceses e criou expectativas possíveis aos europeus. Os cépticos vêem nele o destino de Rajoy: engolirá tudo. Mas é nele que reside a esperança política. Não temos outra.
As eleições francesas foram importantíssimas. Um fracassado Sarkozy perdeu. O perigo da extrema direita, que nunca está vencido, foi afastado. E a votação em massa, com um nível baixo de abstenção, é o principal factor de legitimidade democrática deste poder. Um poder de esquerda. Um poder que a direita entrega cheio de dívidas. E isto só é relevante para afastar o conceito de que a esquerda é que contrai dívidas. Não é assim na França. Nem foi assim na Alemanha. E mesmo em Portugal, é argumentável dizer que a "esquerda moderna" dos primeiros anos de Sócrates era outra esquerda que não a social-democracia.
A demagogia maior foi prometer crescimento, contratações de funcionários públicos e redução da idade de reforma, tudo pago por impostos sobre os ricos. Mas o que está hoje em jogo é mais que a França, é a Europa. E a Alemanha ontem perdeu as eleições na França e na Grécia.
Hollande parece ser um integracionista, o que é melhor do que ser um isolacionista. É preciso negociar com a Alemanha, não contra a Alemanha. Até porque só a Alemanha pode comandar a Europa agora, o que nunca fez desde a Segunda Guerra Mundial. Comandar com contrapoderes. Como a França. Mas não com inimigos. Como a França. Sabemos todos onde França e Alemanha, inimigas, levam. Nos levam.
O cerco político à doutrina de austeridade punitiva da Alemanha adensa-se. Não é possível abdicar da austeridade, é preciso aditivá-la com investimento, para crescer. E isso faz-se com união política. Com solidariedade. Com controlo. E sabendo usar no dinheiro, quando o houver, e investi-lo em vez de o esbanjar - como nós o esbanjámos.
Os mercados vão odiar. Agora é a vez da política. Vive La France, porque se France não vive, não viveremos também nós.
ELEIÇÕES NA GRÉCIA E FRANÇA - O DIA SEGUINTE
O dia seguinte: Grécia tenta formar governo e Hollande prepara a mudança
07 Maio 2012 15:35
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt
Em França, as eleições presidenciais foram ganhas pelo socialista François Hollande. Na Grécia, o Nova Democracia arrecadou o maior número de votos mas ainda não se pode declarar um vencedor. Antonis Samaras é hoje recebido pelo presidente da República e tem três dias para conseguir formar governo.
15h32 Distribuição final do parlamento grego:
Nova Democracia 108
Syriza 52
Pasok 41
Gregos Independentes 33
KKE 26
Aurora Dourada 21
Esquerda Democrática 19
15h02 Já teve início a reunião entre o líder do Syriza, segundo partido mais votado, e o líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, que esta manhã foi mandatado pelo Presidente da República para formar governo.
13h27 Antonis Samaras já recebeu do presidente da república o mandato para formar governo. "Respeitamos a vontade dos cidadãos. Vamos iniciar as negociações para formar governo", disse o líder da Nova Democracia ao chefe de Estado.
13h03 A chanceler Angela Merkel espera que François Hollande vá a Berlim logo após a tomada de posse, que está agendada para 15 de Maio. "A colaboração deve começar imediatemante", afirmou.
Merkel garantiu já que o "pacto orçamental não é negociável". "Foi ratificado pelos Estados-membros e não o devemos questionar agora", disse a chanceler.
12h00 "Antonis, para onde caminhas?" Esta é a pergunta deixada na capa do jornal diário "Dimokratia". Antonis Samaras é o líder da Nova Democracia. Antonis Samaras é o líder do partido que ganhou as eleições na Grécia, mas que ficou aquém de uma maioria absoluta. Antonis Samaras é o líder que tenta agora de formar um Executivo e que já abriu portas a um governo de salvação nacional. A questão deixada pelo diário é "para onde caminha" essa busca e para onde caminha a Grécia.
O "Ta Nea" responde: "O pesadelo da ausência de um governo... e novas eleições no horizonte", cita a agência grega Ana. Depois do sufrágio de ontem, em que a Nova Democracia foi castigada mas que, mesmo assim, conquistou a maioria dos votos, logo foi enunciada a necessidade de realizar novas eleições legislativas. Uma indefinição perigosa para um país em crise há vários anos.
É por isso que o jornal "Imerissia" diz, na sua manchete, que é "tempo de responsabilidade para um entendimento nacional". Porque a Grécia está "num limbo". Samaras falou num governo de salvação nacional, Evangelos Venizelos, líder dos socialistas do Pasok, também. Ambos foram os partidos que apoiaram os pacotes de austeridade na Grécia. Ambos foram, segundo os órgãos de comunicação social, os mais castigado, com os gregos a mostrarem a sua revolta.
"Mensagem enviada", escreveu o jornal "Logos". Os partidos que se opõem ao acordado entre o governo com a troika tiveram votações acima do esperado. O destaque foi mesmo a coligação da esquerda radical, o SYRIZA, que ficou em segundo lugar. Razão para que o diário de centro esquerda, Avriani, tenha intitulado: "O triunfo do povo e de Tsipras". Tsipras é o líder do partido do partido que ontem afirmou que "os gregos querem acabar com o memorando da barbárie".
O "Eleftheros Typos" disse também isso: "A ira do povo: alterem o memorando".
10h53 François Hollande toma posse no próximo dia 15 de Maio.
O resultado definitivo indica que Hollande ganhou com 51,62% dos votos.
Segundo o "El País", o novo presidente de França está já reunido com a sua equipa.
10h46 Resultados das eleições legislativas gregas com 99,01% dos votos contados:
Nova Democracia: 18,88% (108 lugares no parlamento)
Syriza: 16,76% (52 lugares)
Pasok: 13,2% (41 lugares)
Gregos Independentes: 10,6% (33 lugares)
Partido Comunista: 8,47% (26 lugares)
Aurora Dourada: 6,97% (21 lugares)
Esquerda Democrática: 6,1% (19 lugares)
10h36 O presidente grego Karolos Papoulias (na foto) recebe o líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, às 14h00 (hora local, 12h00 em Lisboa). Tal como está previsto o chefe de Estado vai pedir ao líder do partido mais votado que forme governo. Samaras tem agora três dias para o fazer. Caso não consiga este pedido será feito ao líder do segundo partido mais votado. E se este também não conseguir o pedido será feito ao líder do terceiro partido mais votado. Se este processo for inconclusivo serão convocadas novas eleições.
Papoulias reúne-se também com o actual primeiro-ministro Lucas Papademos às 13h00 (hora local, 11h00 em Lisboa. A estação de televisão NET TV está a noticiar que o presidente da república deverá pedir a Papademos que se mantenha no cargo, pelo menos, até que se4ja formado um govo governo.
07 Maio 2012 15:35
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt
Em França, as eleições presidenciais foram ganhas pelo socialista François Hollande. Na Grécia, o Nova Democracia arrecadou o maior número de votos mas ainda não se pode declarar um vencedor. Antonis Samaras é hoje recebido pelo presidente da República e tem três dias para conseguir formar governo.
15h32 Distribuição final do parlamento grego:
Nova Democracia 108
Syriza 52
Pasok 41
Gregos Independentes 33
KKE 26
Aurora Dourada 21
Esquerda Democrática 19
15h02 Já teve início a reunião entre o líder do Syriza, segundo partido mais votado, e o líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, que esta manhã foi mandatado pelo Presidente da República para formar governo.
13h27 Antonis Samaras já recebeu do presidente da república o mandato para formar governo. "Respeitamos a vontade dos cidadãos. Vamos iniciar as negociações para formar governo", disse o líder da Nova Democracia ao chefe de Estado.
13h03 A chanceler Angela Merkel espera que François Hollande vá a Berlim logo após a tomada de posse, que está agendada para 15 de Maio. "A colaboração deve começar imediatemante", afirmou.
Merkel garantiu já que o "pacto orçamental não é negociável". "Foi ratificado pelos Estados-membros e não o devemos questionar agora", disse a chanceler.
12h00 "Antonis, para onde caminhas?" Esta é a pergunta deixada na capa do jornal diário "Dimokratia". Antonis Samaras é o líder da Nova Democracia. Antonis Samaras é o líder do partido que ganhou as eleições na Grécia, mas que ficou aquém de uma maioria absoluta. Antonis Samaras é o líder que tenta agora de formar um Executivo e que já abriu portas a um governo de salvação nacional. A questão deixada pelo diário é "para onde caminha" essa busca e para onde caminha a Grécia.
O "Ta Nea" responde: "O pesadelo da ausência de um governo... e novas eleições no horizonte", cita a agência grega Ana. Depois do sufrágio de ontem, em que a Nova Democracia foi castigada mas que, mesmo assim, conquistou a maioria dos votos, logo foi enunciada a necessidade de realizar novas eleições legislativas. Uma indefinição perigosa para um país em crise há vários anos.
É por isso que o jornal "Imerissia" diz, na sua manchete, que é "tempo de responsabilidade para um entendimento nacional". Porque a Grécia está "num limbo". Samaras falou num governo de salvação nacional, Evangelos Venizelos, líder dos socialistas do Pasok, também. Ambos foram os partidos que apoiaram os pacotes de austeridade na Grécia. Ambos foram, segundo os órgãos de comunicação social, os mais castigado, com os gregos a mostrarem a sua revolta.
"Mensagem enviada", escreveu o jornal "Logos". Os partidos que se opõem ao acordado entre o governo com a troika tiveram votações acima do esperado. O destaque foi mesmo a coligação da esquerda radical, o SYRIZA, que ficou em segundo lugar. Razão para que o diário de centro esquerda, Avriani, tenha intitulado: "O triunfo do povo e de Tsipras". Tsipras é o líder do partido do partido que ontem afirmou que "os gregos querem acabar com o memorando da barbárie".
O "Eleftheros Typos" disse também isso: "A ira do povo: alterem o memorando".
10h53 François Hollande toma posse no próximo dia 15 de Maio.
O resultado definitivo indica que Hollande ganhou com 51,62% dos votos.
Segundo o "El País", o novo presidente de França está já reunido com a sua equipa.
10h46 Resultados das eleições legislativas gregas com 99,01% dos votos contados:
Nova Democracia: 18,88% (108 lugares no parlamento)
Syriza: 16,76% (52 lugares)
Pasok: 13,2% (41 lugares)
Gregos Independentes: 10,6% (33 lugares)
Partido Comunista: 8,47% (26 lugares)
Aurora Dourada: 6,97% (21 lugares)
Esquerda Democrática: 6,1% (19 lugares)
10h36 O presidente grego Karolos Papoulias (na foto) recebe o líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, às 14h00 (hora local, 12h00 em Lisboa). Tal como está previsto o chefe de Estado vai pedir ao líder do partido mais votado que forme governo. Samaras tem agora três dias para o fazer. Caso não consiga este pedido será feito ao líder do segundo partido mais votado. E se este também não conseguir o pedido será feito ao líder do terceiro partido mais votado. Se este processo for inconclusivo serão convocadas novas eleições.
Papoulias reúne-se também com o actual primeiro-ministro Lucas Papademos às 13h00 (hora local, 11h00 em Lisboa. A estação de televisão NET TV está a noticiar que o presidente da república deverá pedir a Papademos que se mantenha no cargo, pelo menos, até que se4ja formado um govo governo.
ELEIÇÕES EM FRANÇA
SERÁ????
Eleições em França: PS saúda derrota da "austeridade excessiva"
Por Agência Lusa,
O PS mostrou-se “muito satisfeito” com a vitória do socialista François Hollande nas presidenciais francesas de hoje, considerando que ganhou o projeto que “aposta em políticas ativas de crescimento e emprego” e perdeu aquele que defendia “a austeridade excessiva”.
“O Partido Socialista está obviamente muito satisfeito com este resultado, porque estavam em causa dois projetos políticos, muito mais do que dois candidatos a Presidente da República”, disse o porta-voz do PS, João Ribeiro, em declarações à Lusa na sede do partido, em Lisboa.
João Ribeiro concretizou que um dos projetos “apostava na austeridade excessiva” e “tem sido imposto pelo ex-Presidente Sarkozy e pela chanceler Merkel a todos os países da zona euro”, enquanto que o projeto vencedor, de François Hollande, “aposta em políticas ativas de crescimento económico e de criação de emprego, em instrumentos muito objetivos que reforçam o papel do Banco Central Europeu e da União Europeia para que possam financiar politicas de crescimento económico”.
“Portanto, eram duas visões distintas de sair da crise. Umas delas muito próxima daquilo que o PS, há muitos meses, tem vindo a dizer”, sublinhou João Ribeiro, acrescentando que há uma grande coincidência de pontos de vista entre aquilo que o PS e o secretário-geral do PS têm vindo a protagonizar e a agenda de François Hollande.
O porta-voz socialista considerou ainda que as presidenciais francesas de hoje “são umas eleições muito importantes para os franceses e para a França, mas também são muito importantes para os socialistas, para os progressistas europeus”.
“Pela primeira vez, as nossas ideias foram a votos e ganharam e isso dará força a François Hollande para que, no quadro das instituições europeias, possa defender um caminho alternativo àquele que tem vindo a ser seguido até agora”, acrescentou.
O PS português, lembrou João Ribeiro, “protagonizou algo único até agora na Europa” ao propor um ato adicional aos pactos orçamentais europeus e tem assim inspirado outros partidos socialistas em toda a Europa a defender esse ato.
“Dissemo-lo em Portugal, continuamos a dizê-lo e François Hollande tem-no dito também: há um conjunto de medidas que podem ser tomadas a nível europeu e há um conjunto de medidas que precisam de ter a mesma força de um tratado, um ato adicional ao atual tratado, que possibilitem ao Banco Central Europeu, à União Europeia, ter os instrumentos capazes de poderem representar formas alternativas de sair da crise sempre com a tónica no crescimento económico e na criação de emprego”, reiterou.
Eleições em França: PS saúda derrota da "austeridade excessiva"
Por Agência Lusa,
O PS mostrou-se “muito satisfeito” com a vitória do socialista François Hollande nas presidenciais francesas de hoje, considerando que ganhou o projeto que “aposta em políticas ativas de crescimento e emprego” e perdeu aquele que defendia “a austeridade excessiva”.
“O Partido Socialista está obviamente muito satisfeito com este resultado, porque estavam em causa dois projetos políticos, muito mais do que dois candidatos a Presidente da República”, disse o porta-voz do PS, João Ribeiro, em declarações à Lusa na sede do partido, em Lisboa.
João Ribeiro concretizou que um dos projetos “apostava na austeridade excessiva” e “tem sido imposto pelo ex-Presidente Sarkozy e pela chanceler Merkel a todos os países da zona euro”, enquanto que o projeto vencedor, de François Hollande, “aposta em políticas ativas de crescimento económico e de criação de emprego, em instrumentos muito objetivos que reforçam o papel do Banco Central Europeu e da União Europeia para que possam financiar politicas de crescimento económico”.
“Portanto, eram duas visões distintas de sair da crise. Umas delas muito próxima daquilo que o PS, há muitos meses, tem vindo a dizer”, sublinhou João Ribeiro, acrescentando que há uma grande coincidência de pontos de vista entre aquilo que o PS e o secretário-geral do PS têm vindo a protagonizar e a agenda de François Hollande.
O porta-voz socialista considerou ainda que as presidenciais francesas de hoje “são umas eleições muito importantes para os franceses e para a França, mas também são muito importantes para os socialistas, para os progressistas europeus”.
“Pela primeira vez, as nossas ideias foram a votos e ganharam e isso dará força a François Hollande para que, no quadro das instituições europeias, possa defender um caminho alternativo àquele que tem vindo a ser seguido até agora”, acrescentou.
O PS português, lembrou João Ribeiro, “protagonizou algo único até agora na Europa” ao propor um ato adicional aos pactos orçamentais europeus e tem assim inspirado outros partidos socialistas em toda a Europa a defender esse ato.
“Dissemo-lo em Portugal, continuamos a dizê-lo e François Hollande tem-no dito também: há um conjunto de medidas que podem ser tomadas a nível europeu e há um conjunto de medidas que precisam de ter a mesma força de um tratado, um ato adicional ao atual tratado, que possibilitem ao Banco Central Europeu, à União Europeia, ter os instrumentos capazes de poderem representar formas alternativas de sair da crise sempre com a tónica no crescimento económico e na criação de emprego”, reiterou.
AFINAL SEMPRE É VERDADE
DEPUTADOS C/ Sub NATAL e FÉRIAS em 2012
Ora toma lá que é democrático!!
Até quando vai este povo amouchar como um burro que, como dizia Guerra Junqueiro, "já nem com as orelhas consegue enxotar as moscas" ??
Saiu o Orçamento para a Assembleia da República e eles lá estão: o Subsídio de Férias e de Natal. Claro que já sabemos que estes políticos são super-portugueses, aos quais não se aplicam as leis aplicáveis à populaça... mas não haverá um mínimo de decoro?!
Para quem pense que se trata de uma fotomontagem, tomem lá um segundo link, para o próprio Diário da República, para que não hajam dúvidas.
Indignem-se!!!
Deputados e funcionários da Assembleia da República contemplados com subsídios de férias e de natal em 2012 no orçamento APROVADO por TODOS os partidos. À semelhança do que foi justificado para a TAP PORTUGAL, também agora devem vir informar que havia perigo de fuga destes “cérebros” todos para o estrangeiro...
DIVULGUEM A TODOS OS VOSSOS CONTACTOS OS SACRIFÍCIOS DE QUEM NOS GOVERNA, DA EXTREMA ESQUERDA À DIREITA...SEM EXCEPÇÃO
http://educar.wordpress.com/2011/10/18/na-assembleia-da-republica-nao-ha-cortes-nos-subsidios/
http://dre.pt/pdf1sdip/2011/10/20000/0465804667.pdf
APELO DAS AGÊNCIAS DE VIAGENS
COMUNICADO
A Associação das Agências de Viagem Portuguesas (AAVP) quer aqui anunciar que querem de volta Mário Soares à Presidência da República pelas razões
seguintes:
1986
11 a 13 de Maio - Grã-Bretanha
06 a 09 de Julho - França
12 a 14 de Setembro - Espanha
17 a 25 de Outubro - Grã-Bretanha e França
28 de Outubro - Moçambique
05 a 08 de Dezembro - São Tomé e Príncipe
08 a 11 de Dezembro - Cabo Verde
1987
15 a 18 de Janeiro - Espanha
24 de Março a 05 de Abril - Brasil
16 a 26 de Maio - Estados Unidos
13 a 16 de Junho - França e Suíça
16 a 20 de Outubro - França
22 a 29 de Novembro - Rússia
14 a 19 de Dezembro - Espanha
1988
18 a 23 de Abril - Alemanha
16 a 18 de Maio - Luxemburgo
18 a 21 de Maio - Suíça
31 de Maio a 05 de Junho - Filipinas
05 a 08 de Junho - Estados Unidos
08 a 13 de Agosto - Equador
13 a 15 de Outubro - Alemanha
15 a 18 de Outubro - Itália
05 a 10 de Novembro - França
12 a 17 de Dezembro - Grécia
1989
19 a 21 de Janeiro - Alemanha
31 de Janeiro a 05 de Fevereiro - Venezuela
21 a 27 de Fevereiro - Japão
27 de Fevereiro a 05 de Março - Hong-Kong e Macau
05 a 12 de Março - Itália
24 de Junho a 02 de Julho - Estados Unidos
12 a 16 de Julho - Estados Unidos
17 a 19 de Julho - Espanha
27 de Setembro a 02 de Outubro - Hungria
02 a 04 de Outubro - Holanda
16 a 24 de Outubro - França
20 a 24 de Novembro - Guiné-Bissau
24 a 26 de Novembro - Costa do Marfim
26 a 30 de Novembro - Zaire
27 a 30 de Dezembro - República Checa
1990
15 a 20 de Fevereiro - Itália
10 a 21 de Março - Chile e Brasil
26 a 29 de Abril - Itália
05 a 06 de Maio - Espanha
15 a 20 de Maio - Marrocos
09 a 11 de Outubro - Suécia
27 a 28 de Outubro - Espanha
11 a 12 de Novembro - Japão
1991
29 a 31 de Janeiro - Noruega
21 a 23 de Março - Cabo Verde
02 a 04 de Abril - São Tomé e Príncipe
05 a 09 de Abril - Itália
17 a 23 de Maio - Rússia
08 a 11 de Julho - Espanha
16 a 23 de Julho - México
27 de Agosto a 01 de Setembro - Espanha
14 a 19 de Setembro - França e Bélgica
08 a 10 de Outubro - Bélgica
22 a 24 de Novembro - França
08 a 12 de Dezembro - Bélgica e França
1992
10 a 14 de Janeiro - Estados Unidos
23 de Janeiro a 04 de Fevereiro - Índia
09 a 11 de Março - França
13 a 14 de Março - Espanha
25 a 29 de Abril - Espanha
04 a 06 de Maio - Suíça
06 a 09 de Maio - Dinamarca
26 a 28de Maio - Alemanha
30 a 31 de Maio - Espanha
01 a 07 de Junho - Brasil
11 a 13 de Junho - Espanha
13 a 15 de Junho - Alemanha
19 a 21 de Junho - Itália
14 a 16 de Outubro - França
16 a 19 de Outubro - Alemanha
19 a 21 de Outubro - Áustria
21 a 27 de Outubro - Turquia
01 a 03 de Novembro - Espanha
17 a 19 de Novembro - França
26 a 28 de Novembro - Espanha
13 a 16 de Dezembro - França
1993
17 a 21 de Fevereiro - França
14 a 16 de Março - Bélgica
06 a 07 de Abril - Espanha
18 a 20 de Abril - Alemanha
21 a 23 de Abril - Estados Unidos
27 de Abril a 02 de Maio - Grã-Bretanha e Escócia
14 a 16 de Maio - Espanha
17 a 19 de Maio - França
22 a 23 de Maio - Espanha
01 a 04 de Junho - Irlanda
04 a 06 de Junho - Islândia
05 a 06 de Julho - Espanha
09 a 14 de Julho - Chile
14 a 21 de Julho - Brasil
24 a 26 de Julho - Espanha
06 a 07 de Agosto - Bélgica
07 a 08 de Setembro - Espanha
14 a 17 de de Outubro - Coreia do Norte
18 a 27 de Outubro - Japão
28 a 31 de Outubro - Hong-Kong e Macau
1994
02 a 05 de Fevereiro - França
27 de Fevereiro a 03 de Março - Espanha (incluindo Canárias) 18 a 26
de Março - Brasil 08 a 12 de Maio - África do Sul (Tomada de posse de
Mandela) 22 a 27 de Maio - Itália
27 a 31 de Maio - África do Sul
06 a 07 de Junho - Espanha
12 a 20 de Junho - Colômbia
05 a 06 de Julho - França
10 a 13 de Setembro - Itália
13 a 16 de Setembro - Bulgária
16 a 18 de Setembro - - França
28 a 30 de Setembro - Guiné-Bissau
09 a 11 de Outubro - Malta
11 a 16 de Outubro - Egipto
17 a 18 de Outubro - Letónia
18 a 20 de Outubro - Polónia
09 a 10 de Novembro - Grã-Bretanha
15 a 17 de Novembro - República Checa
17 a 19 de Novembro - Suíça
27 a 28 de Novembro - Marrocos
07 a 12 de Dezembro - Moçambique
30 de Dezembro a 09 de Janeiro 1995 - Brasil
1995
31 de Janeiro a 02 de Fevereiro - França
12 a 13 de Fevereiro - Espanha
07 a 08 de Março - Tunísia
06 a 10 de Abril - Macau
10 a 17 de Abril - China
17 a 19 de Abril - Paquistão
07 a 09 de Maio - França
21 de Setembro - Espanha
23 a 28 de Setembro - Turquia
14 a 19 de Outubro - Argentina e Uruguai 20 a 23 de Outubro -Estados Unidos
27 de Outubro - Espanha
31 de Outubro a 04 de Novembro - Israel
04 e 05 de Novembro Faixa de Gaza e Cisjordânia
05 e 06 de Novembro - Cidade de Jerusalém
15 a 16 de Novembro - França
17 a 24 de Novembro - África do Sul
24 a 28 de Novembro - Ilhas Seychelles
04 a 05 de Dezembro - Costa do Marfim
06 a 10 de Dezembro - Macau
11 a 16 de Dezembro - Japão
1996
08 a 11 de Janeiro - Angola
Durante os anos que ocupou o Palácio de Belém, Soares visitou 57 países
(alguns várias vezes como por exemplo Espanha que visitou 24 vezes e a
França 21 vezes), percorrendo no total 992.809 KMS o que corresponde a 22
vezes a volta ao mundo.
E ASSIM, ESTE TAMBÉM CONTRIBUIU PARA ACRISE DE PORTUGAL.
DOMINGO DE ANGOLA
DOMINGO DE ANGOLA
Para mim, domingo de Angola é paraíso. É um Céu. Colorido. É moamba de peixe ou caril de galinha de Quilengues. Domingo de Angola não tem rival no mundo. Começa na praia e acaba na sesta. Não tem Sporting-Benfica, nem linha de Sintra, não tem passeio a Vila Franca. Não tem touros, nem Cacilhas, nem caracóis no Ginjal. Domingo de Angola, para mim, é o melhor domingo do mundo que eu conheço – e que já não é nada pequeno, benza-o Deus.
Moamba para mim é um ritual. Tem pirão de fuba de mandioca – que eu sou do Sul, usa-se de milho, mas eu prefiro de mandioca à moda do Norte, à moda de Malanje, tal qual no Uíje – mete farinha de pau e obrigado velha que está uma delícia. Tem de ser comido à sombra de um palmeira ou coqueiro, debaixo de uma mandioqueira ou mangueira quando é no interior. Porque coqueiro só no litoral. É por estas e por outras que eu gosto do domingo em Angola. Domingo de Branco. Domingo de Preto. Domingo de todos, domingo de missa, de padre, de domingo.
A verdadeira moambada, aquela que é feita de galinha tenra, tão tenra que sabe a peito de virgem, a moamba verdadeira, tem de ser do cacho primeiro da palmeira do quintal. O molho será apurado pelo velho cozinheiro, que foi mestre dos pais, dos filhos e dos filhos dos filhos. Tem molho que é de “come e arrebenta e o que sobra vai no mar” como dizia o poeta patrício e mulato Viriato da Cruz, no “Sô Santo”. Moamba verdadeira, repito, só se come duas ou três vezes na vida. É preciso estar-se em estado de graça. Estar-se com Nosso Senhor e com os anjos.
Moamba para mim, é saudade, hoje que estou longe, hoje que estou perto. Estou perto de estar tão longe. Não compreendem leitores? A gente está longe e tem saudades. Antes de adormecer, pela noite, vem a lembrança, da pitangueira do quintal, da Rosa Lavadeira, do amo-seco Canivete que falava “axim” à moda de Viseu, e tudo isso aparece nítido, cada vez mais claro e puro como certas horas da madrugada da Serra do Lépi. A primeira vez que comi moamba, dela me lembro como da primeira vez que beijei mulher, do primeiro desafio de futebol, do primeiro amor nocturno na areia da praia, com mulher de verdade. A primeira moamba, lembra-se como se lembra a primeira ida à escola.
O travo nativo do cacho de déndém, que leva meses a fazer-se, até os frutos terem a tonalidade da queimada. Metade o clarão no céu da noite, a outra metade, escuro, um escuro de breu. Tudo isso o sabor tropical junta naquele fruto, que tem brisa do mar, sol de praia, frescura de casuarina, amor de mulata. O coconote e as influências indianas nadando no molho. Tem jindungo, a moamba genuína, aquela que cheira a sândalo, que escorre do canto da boca, do patrício apaixonado, de olho rútilo e lábio trémulo. Mas a galinha, essa tem de ser de Quilengues, magra e criada no mato, quase sem penas, galinha de sanzala, galinha de preto, que é como quem diz, de pobre. Isto está divinal, velha, eu um dia volto. Se entra a erva-doce, zumba que zumba e farinha de pau, oh, céus, oh, Mãe, isto não é moamba, isto é poesia. Literatura.
Mas tem de ser comida no terreiro da casa de adobe do bairro velho. Tem de ser comida em ritual, na casa de adobe com telhado de zinco da estrada da escola da Liga, ou num dos Muceques de Luanda, por sobre as areias avermelhadas do Prenda ou do Burity.
Depois a altura do peito de mulher na moleza da carne ou do peixe. Se é “roncador”, aka, é peixe da costa e sabe que sabe tão bem. Mas de galinha é melhor. Galinha de Quilengues escanifrada, repito. Galinha de pobre.
Fico por momentos em êxtase, as mãos sobre o estômago, lembrando o terreiro da família Gamboa lá de Luanda onde comi uma coisa dessas uma vez há muitos anos. Num bairro velho de Benguela, eu estarei ainda um dia com meus companheiros dos tempos de eu menino, comendo moamba e bebendo quissângua à sombra do bambu do Edelfride – na casa do Edelfride.
Moamba é riqueza de pobre e fraqueza de rico. Entra em palácios sem pedir licença, com o mesmo à vontade com que se senta nos quintais com sombra de mangueira e entra em terrina de esmalte, prato de esmalte, caneca de esmalte, garfo de alumínio. Velho sonho de poeta, lembrança de castimbala, moambada para mim é saudade e sonho, recordação e batuque, história de amor.
Um dia, quando eu voltar, hei-de comer uma moambada de peixe ou de carne, à sombra de um cajueiro, num Muceque de Luanda, moamba do cacho primeiro da palmeira do quintal, não é velha? Depois de muito beber dormirei a sesta. E hei-de gostar de ouvir um desses rapazes do meu tempo, feito velho de cabelos brancos, recitar baixinho enquanto adormeço, a balada do Viriato:
“… Kitoto e batuque pró povo lá fora champanha, ngaieta tocando lá dentro…
Garganta cantando:
“Come e arrebenta
E o que sobra vai no mar…”
Para mim, domingo de Angola é isso tudo. Um Céu colorido. Uma moamba de peixe. Uma noite de luar.
… não tem Sporting-Benfica, não tem touros, nem caracóis no Ginjal…
Ernesto Lara Filho, in Jornal de Notícias, 1957
Para mim, domingo de Angola é paraíso. É um Céu. Colorido. É moamba de peixe ou caril de galinha de Quilengues. Domingo de Angola não tem rival no mundo. Começa na praia e acaba na sesta. Não tem Sporting-Benfica, nem linha de Sintra, não tem passeio a Vila Franca. Não tem touros, nem Cacilhas, nem caracóis no Ginjal. Domingo de Angola, para mim, é o melhor domingo do mundo que eu conheço – e que já não é nada pequeno, benza-o Deus.
Moamba para mim é um ritual. Tem pirão de fuba de mandioca – que eu sou do Sul, usa-se de milho, mas eu prefiro de mandioca à moda do Norte, à moda de Malanje, tal qual no Uíje – mete farinha de pau e obrigado velha que está uma delícia. Tem de ser comido à sombra de um palmeira ou coqueiro, debaixo de uma mandioqueira ou mangueira quando é no interior. Porque coqueiro só no litoral. É por estas e por outras que eu gosto do domingo em Angola. Domingo de Branco. Domingo de Preto. Domingo de todos, domingo de missa, de padre, de domingo.
A verdadeira moambada, aquela que é feita de galinha tenra, tão tenra que sabe a peito de virgem, a moamba verdadeira, tem de ser do cacho primeiro da palmeira do quintal. O molho será apurado pelo velho cozinheiro, que foi mestre dos pais, dos filhos e dos filhos dos filhos. Tem molho que é de “come e arrebenta e o que sobra vai no mar” como dizia o poeta patrício e mulato Viriato da Cruz, no “Sô Santo”. Moamba verdadeira, repito, só se come duas ou três vezes na vida. É preciso estar-se em estado de graça. Estar-se com Nosso Senhor e com os anjos.
Moamba para mim, é saudade, hoje que estou longe, hoje que estou perto. Estou perto de estar tão longe. Não compreendem leitores? A gente está longe e tem saudades. Antes de adormecer, pela noite, vem a lembrança, da pitangueira do quintal, da Rosa Lavadeira, do amo-seco Canivete que falava “axim” à moda de Viseu, e tudo isso aparece nítido, cada vez mais claro e puro como certas horas da madrugada da Serra do Lépi. A primeira vez que comi moamba, dela me lembro como da primeira vez que beijei mulher, do primeiro desafio de futebol, do primeiro amor nocturno na areia da praia, com mulher de verdade. A primeira moamba, lembra-se como se lembra a primeira ida à escola.
O travo nativo do cacho de déndém, que leva meses a fazer-se, até os frutos terem a tonalidade da queimada. Metade o clarão no céu da noite, a outra metade, escuro, um escuro de breu. Tudo isso o sabor tropical junta naquele fruto, que tem brisa do mar, sol de praia, frescura de casuarina, amor de mulata. O coconote e as influências indianas nadando no molho. Tem jindungo, a moamba genuína, aquela que cheira a sândalo, que escorre do canto da boca, do patrício apaixonado, de olho rútilo e lábio trémulo. Mas a galinha, essa tem de ser de Quilengues, magra e criada no mato, quase sem penas, galinha de sanzala, galinha de preto, que é como quem diz, de pobre. Isto está divinal, velha, eu um dia volto. Se entra a erva-doce, zumba que zumba e farinha de pau, oh, céus, oh, Mãe, isto não é moamba, isto é poesia. Literatura.
Mas tem de ser comida no terreiro da casa de adobe do bairro velho. Tem de ser comida em ritual, na casa de adobe com telhado de zinco da estrada da escola da Liga, ou num dos Muceques de Luanda, por sobre as areias avermelhadas do Prenda ou do Burity.
Depois a altura do peito de mulher na moleza da carne ou do peixe. Se é “roncador”, aka, é peixe da costa e sabe que sabe tão bem. Mas de galinha é melhor. Galinha de Quilengues escanifrada, repito. Galinha de pobre.
Fico por momentos em êxtase, as mãos sobre o estômago, lembrando o terreiro da família Gamboa lá de Luanda onde comi uma coisa dessas uma vez há muitos anos. Num bairro velho de Benguela, eu estarei ainda um dia com meus companheiros dos tempos de eu menino, comendo moamba e bebendo quissângua à sombra do bambu do Edelfride – na casa do Edelfride.
Moamba é riqueza de pobre e fraqueza de rico. Entra em palácios sem pedir licença, com o mesmo à vontade com que se senta nos quintais com sombra de mangueira e entra em terrina de esmalte, prato de esmalte, caneca de esmalte, garfo de alumínio. Velho sonho de poeta, lembrança de castimbala, moambada para mim é saudade e sonho, recordação e batuque, história de amor.
Um dia, quando eu voltar, hei-de comer uma moambada de peixe ou de carne, à sombra de um cajueiro, num Muceque de Luanda, moamba do cacho primeiro da palmeira do quintal, não é velha? Depois de muito beber dormirei a sesta. E hei-de gostar de ouvir um desses rapazes do meu tempo, feito velho de cabelos brancos, recitar baixinho enquanto adormeço, a balada do Viriato:
“… Kitoto e batuque pró povo lá fora champanha, ngaieta tocando lá dentro…
Garganta cantando:
“Come e arrebenta
E o que sobra vai no mar…”
Para mim, domingo de Angola é isso tudo. Um Céu colorido. Uma moamba de peixe. Uma noite de luar.
… não tem Sporting-Benfica, não tem touros, nem caracóis no Ginjal…
Ernesto Lara Filho, in Jornal de Notícias, 1957
Infância perdida
(para o Miau)
Nesse tempo, Edelfride,
Com quatro macutas
A gente comprava
Dois pacotes de ginguba
Na loja do Guimarães.
Nesse tempo, Edelfride,
com meio angolar
a gente comprava
cinco mangas madurinhas
no Mercado de Benguela.
Nesse tempo, Edelfride,
montados em bicicletas
a gente fugia da cidade
e ia prás pescarias
ver as traineiras chegar
ou então
à horta do Lima Gordo
no Cavaco
comer amoras fresquinhas.
Nesse tempo, Miau,
(alcunha que mantiveste no futebol)
nós fazíamos gazeta
da escola coribeca
e íamos os quatro
jogar sueca
debaixo da mandioqueira.
Era no tempo
em que o Saraiva Cambuta batia na mulher
e a gente gostava de ver a negra levar porrada.
Era no tempo
dos dongos da ponte
dos barcos de bimba
dos carrinhos de papelão
Como tudo era bonito nesse tempo, Miau!
Era no tempo do visgo
que a gente punha na figueira brava
para apanhar bicos-de-lacre e seripipis
os passarinhos que bicavam as papaias do Ferreira Pires
que tinha aquele quintalão grande e gostava dos meninos.
Era no tempo dos doces de ginguba com açúcar.
Mais tarde
vieram os passeios noturnos
à Massangarala
e ao Bairro Benfica.
E o Bairro Benfica ao luar
O poeta Aires a cantar
(meu amor da rua onze e seu colar de missangas...)
Tudo era bonito nesse tempo
até o Salão Azul dos Cubanos
e o Lanterna Vermelha - o dancing do Quioche.
Foi então que a vida me levou para longe de ti:
parti para estudar na Europa
mas nunca mais lhe esqueci, Edelfride,
meu companheiro mulato dos bancos de escola
porque tu me ensinaste a fazer bola de meia
cheia de chipipa da mafumeira.
Tu me ensinaste a compreender e a amar
os negros velhos do bairro Benfica
e as negras prostitutas da Massangarala
(lembras-te da Esperança? Oh, como era bonita
[essa mulata...)
Tu me ensinaste onde havia a melhor quissângua
de Benguela:
era no Bairro por detrás do Caminho de Ferro
quando a gente vai na Escola da Liga.
Tu me ensinaste tudo quanto relembro agora
Infância Perdida
sonhos dos tempos de menino.
Tudo isso te devo
companheiro dos bancos de escola
isso
e o aprender a subir
aos tamarineiros
a caçar bituítes com fisga
aprender a cantar num kombaritòkué
o varre das cinzas
do velho Camalundo.
Tudo isso perpassa
me enche de sofrimento.
Diz a tua Mãe
que o menino branco
um dia há-de voltar
cheio de pobreza e de saudade
cheio de sofrimento
quase destruído pela Europa.
Ele há-de voltar
para se sentar à tua mesa
e voltar a comer contigo e com teus irmãos
e meus irmãos
aquela moambada de domingo
com quiabos e gengibre
aquela moambada que nunca mais esqueci
nos longos domingos tristes e invernais da Europa
ou então
aquele calulu
de dona Ema.
Diz a tua Mãe, Edelfride,
que ela ainda me há-de beijar como fazia
quando eu era menino
branco
bem tratado
quando fugia da casa de meus Pais
para ir repartir a minha riqueza
com a vossa pobreza.
Diz tudo isso a toda a gente
que ainda se lembra de mim.
Diz-lhes. Diz-lhes
grita-lhes
aos ouvidos
ao vento que passa
e sopra nas casuarinas da Praia Morena.
Diz aos mulatos e brancos e negros
que foram nossos companheiros de escola
que te escrevo este poema
chorando de saudade
as veias latejando
o coração batendo
de Esperança, de Esperança
porque ela
a Esperança
(como dizia aquele nosso poeta
que anda perdido nos longes da Europa)
está na Esperança, Amigo.
Edelfride, você não chore
saudades do Castimbala
nem lhe escreva
cartas como essa
que são de partir
meu pobre coração.
Nesse tempo, Edelfride,
Infância Perdida
era no tempo dos tamarineiros em flor...