segunda-feira, 7 de maio de 2012

ELEIÇÕES EM FRANÇA


SERÁ????


Eleições em França: PS saúda derrota da "austeridade excessiva"


Por Agência Lusa,

O PS mostrou-se “muito satisfeito” com a vitória do socialista François Hollande nas presidenciais francesas de hoje, considerando que ganhou o projeto que “aposta em políticas ativas de crescimento e emprego” e perdeu aquele que defendia “a austeridade excessiva”.

“O Partido Socialista está obviamente muito satisfeito com este resultado, porque estavam em causa dois projetos políticos, muito mais do que dois candidatos a Presidente da República”, disse o porta-voz do PS, João Ribeiro, em declarações à Lusa na sede do partido, em Lisboa.

João Ribeiro concretizou que um dos projetos “apostava na austeridade excessiva” e “tem sido imposto pelo ex-Presidente Sarkozy e pela chanceler Merkel a todos os países da zona euro”, enquanto que o projeto vencedor, de François Hollande, “aposta em políticas ativas de crescimento económico e de criação de emprego, em instrumentos muito objetivos que reforçam o papel do Banco Central Europeu e da União Europeia para que possam financiar politicas de crescimento económico”.

“Portanto, eram duas visões distintas de sair da crise. Umas delas muito próxima daquilo que o PS, há muitos meses, tem vindo a dizer”, sublinhou João Ribeiro, acrescentando que há uma grande coincidência de pontos de vista entre aquilo que o PS e o secretário-geral do PS têm vindo a protagonizar e a agenda de François Hollande.

O porta-voz socialista considerou ainda que as presidenciais francesas de hoje “são umas eleições muito importantes para os franceses e para a França, mas também são muito importantes para os socialistas, para os progressistas europeus”.

“Pela primeira vez, as nossas ideias foram a votos e ganharam e isso dará força a François Hollande para que, no quadro das instituições europeias, possa defender um caminho alternativo àquele que tem vindo a ser seguido até agora”, acrescentou.

O PS português, lembrou João Ribeiro, “protagonizou algo único até agora na Europa” ao propor um ato adicional aos pactos orçamentais europeus e tem assim inspirado outros partidos socialistas em toda a Europa a defender esse ato.

“Dissemo-lo em Portugal, continuamos a dizê-lo e François Hollande tem-no dito também: há um conjunto de medidas que podem ser tomadas a nível europeu e há um conjunto de medidas que precisam de ter a mesma força de um tratado, um ato adicional ao atual tratado, que possibilitem ao Banco Central Europeu, à União Europeia, ter os instrumentos capazes de poderem representar formas alternativas de sair da crise sempre com a tónica no crescimento económico e na criação de emprego”, reiterou.

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