OS SEGREDOS DO OPUS DEI

"Cilício e chicotadas não são nada comparados com a violência psicológica"

por Rui Pedro Antunes27 janeiro 2013
in diário de notícias
 


Membros da obra utilizam cilício (corrente com pontas de arame que se cravam na pele) duas horas por dia e, uma vez por semana, flagelam as nádegas. Beber café sem açúcar ou não fumar são outro tipo de ações que são 'oferecidas' a Deus. Porém, ex-membros dizem que pior eram as obrigações e a falta de liberdade.


João (nome fictício) levantou-se depois de ter relações sexuais com a namorada e pegou nos seis bagos de milho que trazia num estojo de camurça. Colocou-os em forma de triângulo e ajoelhou-se sobre eles a rezar qualquer coisa parecida com o ave-maria. A mortificação corporal, como esta contada ao DN, é dos rituais do Opus Dei mais contestados por algumas fações da Igreja Católica e aquele que mais choca a sociedade.
Ajoelhar-se sobre o milho não é, no entanto, a prática mais comum. E muito menos depois do sexo, até porque os numerários, as numerárias e os agregados são celibatários. As penitências são incentivadas de forma que os membros da obra sofram como Jesus sofreu, sendo o ato entendido como uma dádiva a Deus.

Por norma, os membros, principalmente os numerários, são incentivados a utilizar o cilício duas horas por dia (exceto ao domingo). Ou seja: enquanto fazem as simples tarefas do quotidiano, utilizam uma espécie de cordão de arame preso à volta da coxa, cujos espigões se cravam na pele. Quando retirado, o sangue encarrega-se de tatuar a perna. A prática não é obrigatória, mas é aconselhada e bem-vista no seio do Opus Dei.
Outro polémico ritual é massacrar as nádegas (a chamada "disciplina") com um pequeno chicote de cordas com nós cegos nas pontas - prática realizada uma vez por semana. O responsável pelo Gabinete de Comunicação do Opus Dei, Pedro Gil, desvaloriza as penitências dizendo que "não são obrigatórias e nada têm a ver com as chicotadas relatadas no livro e no filme de Dan Brown". "Os membros certamente que se riem quando ouvem essas descrições", acrescenta, confirmando a existência destes rituais.

O contabilista do Porto João Pinto - que "apitou" com 22 anos e foi agregado do Opus entre 1976 e 1992 -, aceitou dar a cara para dizer que praticava a mortificação corporal, que diz não ser "uma coisa do outro mundo", admitindo, no entanto, que era incentivada.
Um outro ex-membro, que não se quis identificar, explicou ao DN que saiu do Opus Dei por perceber que "o que era praticado dia a dia chocava com os direitos fundamentais da pessoa humana".
No entanto, o antigo numerário considera que "quaisquer chicotadas ou cilícios não eram nada comparados com a violência psicológica a que os membros são sujeitos". E conclui: "Sentíamos que éramos uns zero à esquerda com todas as obrigações que tínhamos e com a liberdade que não tínhamos" (ver texto na página ao lado). O mesmo ex-membro utiliza uma metáfora para explicar como são tratados os membros numerários nos centros: "São como os alimentos no supermercado que são colocados em câmaras com pouco oxigénio para se aguentarem mais."
Os chicotes e os cilícios podem ser pedidos aos membros da obra ou comprados, por exemplo, no Convento de Santa Teresa em Coimbra. A irmã Lúcia praticava este tipo de mortificações, que continuam a ser incentivadas entre as carmelitas coimbrãs. Podem ainda ser adquiridos na Internet e custam entre 31 e 101 euros.
A mortificação corporal não se fica, no entanto, pelo cilício e a disciplina. Há pequenas mortificações praticadas no dia a dia, como por exemplo beber o café sem açúcar, não comer entre as refeições ou não pôr manteiga no pão. Messias Bento, atual membro supranumerário, defende que a mortificação corporal "é um ato voluntário que cada um quer oferecer a Deus" e considera que "ninguém se devia impressionar com este tipo de práticas". E questiona: "Se ninguém se impressiona que se façam dietas e sacrifícios para que se fique elegante, porque se hão de impressionar que se façam coisas similares como ofertas a Deus?" Messias Bento dá ainda outros exemplos de mortificação: "Para um fumador, pode ser não fumar durante a manhã ou não beber vinho a uma das refeições." O antigo juiz ressalva ainda que "as mortificações não são feitas por puro masoquismo, são uma oferta a Deus".
Estas práticas de mortificação estão longe de ser consensuais na Igreja Católica e, mesmo no Opus Dei, nem todos as defendem. O deputado Mota Amaral confessou ao DN que, embora as compreenda, não é adepto deste tipo de práticas: "Sou mais pela alegria. Pela manhã de Páscoa."

 

A HIPOCRISIA DA IGREJA - FAZ O QUE EU DIGO, NÃO FAÇAS O QUE EU FAÇO

Carreira das Neves e D. Januário Torgal Ferreira

Homossexualidade de D. Carlos Azevedo era conhecida

por Ana MeirelesOntem
IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS

O padre Carreira das Neves afirma que a homossexualidade não é pecado
O padre Carreira das Neves afirma que a homossexualidade não é pecado Fotografia © Pedro Rocha / Global Imagens

 
O padre Carreira das Neves afirma que sabia que o ex-bispo auxiliar de Lisboa é homossexual e que "tinha problemas complicados". D. Januário Torgal Ferreira sabia desde 2007 que Azevedo "tinha tido um comportamento homossexual"

"Sabiamos apenas que o D. Carlos era homossexual e mais nada. A homossexualidade é reconhecida e ele tem pessoas a quem, tanto quanto sei, tem pessoas a quem o dizia, ele confessava-se homossexual", adiantou à SIC o padre Carreira das Neves.
Uma orientação sexual que, para o professor da Universidade Católica, não é um problema. "O ser homossexual não é pecado nenhum. O ser homossexual é como ser heterossexual, isto depende da ciência. O problema é o pecado. Portanto se, porventura, há assédio, isso é pecado. Mas tanto o é para um homossexual, como para um heterossexual", disse ainda Carreira das Neves.
Sobre as acusações de assédio sexual agora divulgadas pela Visão, tanto Carreira das Neves, como D. Januário Torgal Ferreira, dizem que não eram novidade.
"Sim, sim, ouvi. D. Carlos Azevedo, bispo e tal.. pronto, que tinha tido um comportamento desta ordem e que houve uma pessoa que o incriminou, que havia da parte dele um comportamento homossexual", declarou à TSF o bispo das Forças Armadas, adiantando que teve conhecimento da acusação em 2007.
"Já tinha ouvido coisas, rumores. Já sabia que havia, em relação a D. Carlos, alguns problemas complicados. E sabia apenas que tinha ido para Roma e que talvez por causa desses problemas complicados", disse, por seu lado, Carreira das Neves à SIC.
"Sendo um homem honesto não posso diluir as liberdade de expressão, mas também não tenho quaisquer argumentos que me provem que isso não é verdade", rematou D. Januário Torgal à TSF.

Carlos Azevedo

Rede de Cuidadores confirma denúncias contra bispo

por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador20 fevereiro 2013

Rede de Cuidadores confirma denúncias contra bispo
Fotografia © Henriques da Cunha/Global Imagens
BISPO CARLOS AZEVEDO

 
O presidente da Comissão Instaladora da Rede de Cuidadores confirma a existência de relatos de assédio sexual que envolvem o ex-bispo auxiliar de Lisboa Carlos Azevedo, hoje noticiados pela Visão, mas sublinha à Lusa que "não confunde homossexualidade com abusos".

Álvaro de Carvalho explicou que a associação de defesa de crianças vítimas de maus-tratos está focada nas abordagens, seduções e abusos de menores" e que "não assobia para o lado se tal se verificar com adultos", contudo, salientou que "esta matéria, por aparentemente não existir conduta criminosa, não foi objeto de denúncia ao Ministério Público (MP)".
O responsável da Rede de Cuidadores, organização não-governamental que em dezembro denunciou ao MP casos de abusos sexuais alegadamente cometidos por sacerdotes ou responsáveis de instituições católicas, disse à Lusa que assinala o facto de "a Igreja continuar a dizer que não há casos de cariz sexual".
Afinal, salienta, trata-se de "um bispo, não uma pessoa qualquer", disse Álvaro de Carvalho, confirmando declarações proferidas à Visão, sobre as acusações contra Carlos Azevedo.
Após a "saída repentina" de Carlos Azevedo para Roma, quando foi nomeado delegado do Conselho Pontifício da Cultura, "começaram a pingar notícias de assédios entre adultos".
Os alegados casos de assédio a membros da Igreja Católica Portuguesa, relatados pela Visão na íntegra na edição em papel de quinta-feira, remontam aos anos 80 e terão sido conhecidos após uma denúncia feita em 2010 ao núncio apostólico em Portugal.
O resultado das diligências por parte da Nunciatura não é conhecido, mas, em novembro de 2011, aquele que era apontado como possível sucessor do cardeal-patriarca José Policarpo acabou por rumar subitamente para Roma, ao ser nomeado delegado do Conselho Pontifício da Cultura.
Carlos Azevedo, "envolvido em acusações de comportamentos impróprios" conta com a "oração fraterna" do episcopado, pode ler-se numa nota hoje divulgada pelo porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Morujão.
"Contrariando as nossas expectativas, vemos que o nome do bispo D. Carlos Azevedo, atualmente em Roma, está envolvido em acusações de comportamentos impróprios, não conformes com a dignidade e a responsabilidade do estado sacerdotal", sublinha a CEP.
Os bispos sublinham que não podem nem devem "julgar apressadamente" sobre a veracidade dos relatos, mas recordam que de qualquer membro da Igreja se espera um comportamento exemplar", sobretudo por quem se comprometeu a viver o celibato sacerdotal".
O ex-bispo auxiliar de Lisboa negou hoje em declarações à SIC a acusação e disse nunca ter sido contactado pela Nunciatura Apostólica para depor.
"Remexer em assuntos de há 30 anos (...) não serve de modo ético a informação mas visa meramente sensacionalismo para destruir pessoas", frisou o prelado.
"As pessoas que acolhi, que me procuraram, feridas na sua história e que eu entendia, não as excluo do meu amor e da minha dedicação se me contactam. E conviver, estimar, sem exclusões, procurar caminhos de vivência feliz para quem experimentou limites dramáticos da condição humana, quaisquer que sejam, tem trazido suspeita e atitudes de ambiguidade que me fazem objeto de má-língua", disse Carlos Azevedo.

Padre António Fontes

Fim do celibato evitaria comportamenros "desviantes"

por Lusa, publicado por Ana Bela Ferreira

No dia em que festeja 73 anos, o padre António Fontes, de Vilar de Perdizes, em Montalegre, afirma que a Igreja Católica deve ser menos conservadora e abolir o celibato para evitar comportamentos "desviantes" no clero.


Em entrevista à agência Lusa, o organizador do Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes considera que o celibato "não é recomendável, útil e praticável".
A religião, acredita, seria "mais atrativa" se os agentes do clero pudessem constituir família.
Inicialmente, disse, a sociedade "hostil e crítica" iria estranhar ver padres casados e com filhos, mas adaptar-se-ia.
"No fim da vida, os eclesiásticos sentem-se abandonados porque não têm ninguém que cuide deles. Não têm mulher, filhos e morrem na solidão, abandonados pela igreja", realçou.
Deus, salientou, não dá vocação só a homens e solteiros. E, acrescentou, o celibato é, muitas vezes, a causa de comportamentos "desviantes".
"Devido à proibição de casar, os padres são mais alvejados, porque não têm mulher e a sua atividade sexual pode ser desviada", afiançou.
Sobre os casos de abusos sexuais na Igreja Católica, o padre diz que é uma "chaga" de todas as idades, civilizações e classes.
Apesar de terem mais responsabilidades, explicou, os padres são humanos, têm falhas e também "partem a asa à caneca".
"Os que cometem atos negativos devem ter uma punição mais exemplar", declarou.
Portador da doença de Parkinson, o padre Fontes entende e concorda "plenamente" com a decisão do papa Bento XVI.
O sucessor deve, na sua opinião, ser mais novo, menos conservador e mais atento a países do Terceiro Mundo.
António Fontes acha que Joseph Ratzinger, de 85 anos, tem uma mentalidade muito fechada, embora intelectual, e estava "pouco aberto" a algumas funções que a Igreja Católica exige.
Por comparação, frisou, João Paulo II era mais atrativo e cativou o mundo pela sua simplicidade e humildade, mas dar-lhe seguimento era "difícil".
Amante das novas tecnologias, o aniversariante revelou acompanhar a evolução do país e acha que a crise não acaba "tão cedo".
As manifestações de protesto, entende, são legítimas, mas devem ser feitas com educação, dignidade e sem provocações.
"A solução tem de doer. Quando uma ferida está a ser curada se se mexer dói", ressalvou.
O regresso ao mundo rural poderá, segundo António Fontes, ser uma "boa hipótese", porque há terrenos para cultivar, casas abandonadas e qualidade de vida.
Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o organizador do congresso de Vilar de Perdizes constitui-se como uma figura de destaque nacional e divulgador da cultura do Barroso, através da publicação de livros, monografias e artigos em jornais.
Responsável por quatro paróquias, o seu dia-a-dia caracteriza-se por acordar cedo, comer bem, jogar às cartas, comunicar no 'Skype' e no 'Facebook' com familiares e amigos.
O mais velho de sete irmãos gostava de ver publicado as suas mais de 100 pastas de documentos sobre a história, arqueologia, cultura, usos, música e gastronomia da região.
No ano em que comemora 50 anos de sacerdócio, o padre Fontes acredita que será recordado como o "padre bruxo".

MSE- PLENÁRIO NO BARREIRO

  • MSE » Barreiro: Plenário de Desempregados!‏



  • Barreiro: Plenário de Desempregados

  • Proposta de Ordem de Trabalhos:
    1. Apresentação dos presentes
    2. O MSE
    3. Propostas de acção para o Barreiro
    4. Manifestação de 2 de Março
    Data: Quarta, 27 de Fevereiro de 2013, às 18:00
    Evento no Facebook: http://www.facebook.com/events/576271152401998/
    Local: Cooperativa Cultural Popular Barreirense, C.R.L., Rua Miguel Bombarda 64 - C, Barreiro
    Coordenadas no GoogleMaps: https://maps.google.com/maps?q=Coop.+Cultural+Popular+Barreirense+Crl,+Rua+Miguel+Bombarda+64,+Barreiro,+Portugal&hl=en&ll=38.660285,-9.073918&spn=0.002999,0.009645&sll=37.0625,-95.677068&sspn=54.401733,79.013672&oq=coo&t=h&hq=Coop.+Cultural+Popular+Barreirense+Crl,&hnear=Rua+Miguel+Bombarda+64,+Barreiro,+Portugal&layer=c&cbll=38.660285,-9.073918&panoid=-3mptA8SbJNH-FtXWcVpsQ&cbp=11,233.66,,0,0&z=17

    JOÃO VILLARET


    Joao Villaret
    OIÇA NO ENDEREÇO A SEGUIR, POEMAS DECLAMADOS POR ESTE ACTOR.
     


    João Villaret

    Ator e declamador de excecional talento nascido a 10 de maio de 1913, em Lisboa, e falecido a 21 de janeiro de 1961, na mesma cidade. Depois de ter terminado o Liceu, dedicou-se ao teatro, tendo estado ligado à revitalização do teatro nacional. Gradualmente, ganhou fama de declamador pelo que causou algum escândalo quando decidiu, em 1941, enveredar pelo teatro de revista, provando em êxitos sucessivos que era possível conciliar o género dramático e o de revista. A mais popular de todas terá sido 'Tá Bem Ou Não 'Tá? (1947), onde popularizou o célebre Fado Falado, da autoria de Aníbal Nazaré e Nélson de Barros, que mais não era do que um recitativo sobre melodia de fado onde a letra em vez de ser cantada era declamada. Este género de poesia ganhou enorme popularidade, especialmente depois de A Vida É Um Corridinho(1952) ou o famoso A Procissão(1955), da autoria de António Lopes Ribeiro, que viria, anos mais tarde a popularizar num seu programa televisivo. Aliás, a poesia, especialmente a de Cesário Verde, era uma das suas grandes paixões, tendo ficado famosas as suas tertúlias no Café Brasileirado Rossio. De entre as suas peças mais célebres, destacam-se A Recompensa (1937), de Ramada Curto, A Madrinha de Charley(1938), de Brandon Thomas, Leonor Teles(1939), Melodias de Lisboa(1955), da sua autoria, Não Faças Ondas(1956) e Esta Noite Choveu Prata(1959). Das suas interpretações cinematográficas, destacam-se a sua personificação de D.João VI em Bocage(1936), um papel secundário, mas mordaz de mudo, em O Pai Tirano(1941), de Bobo, em Inês de Castro (1944), de D. João III, em Camões(1946) e aquela que terá sido a sua melhor interpretação de sempre em cinema, a de Telmo Pais, em Frei Luís de Sousa(1950). O seu último papel foi o de Sebastião, em O Primo Basílio (1959). Doença prolongada obrigou-o a retirar-se dos palcos em 1960, tendo falecido no ano seguinte. A sua morte causou manifestações de grande pesar em Lisboa, de tal forma que, durante muitos anos, os lisboetas celebraram o aniversário da sua morte com um recital de poemas no Cinema S. Jorge, onde a sua voz se ouvia num palco vazio iluminado apenas por um foco de luz. Em sua homenagem, Raul Solnado fundou, em 1965, o Teatro Villaret.
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    Como referenciar este artigo:João Villaret. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-02-22].
    Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$joao-villaret>.

    quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

    MAP PROVES PORTUGUESE DISCOVERED AUSTRALIA

    Map proves Portuguese discovered Australia: new book

    A copy of a 16th century maritime map of the east coast of Australia is seen in this handout picture. The copy of the map, taken from a Los Angeles library vault, proves that Portuguese adventurers, not British or Dutch, were the first Europeans to discover Australia, according to a new book which details the secret discovery of Australia. The book ''Beyond Capricorn'' says the map, which accurately marks geographical sites along Australia's east coast in Portuguese, proves that Portuguese seafarer Christopher de Mendonca lead a fleet of four ships into Botany Bay in 1522 -- almost 250 years before Britain's Captain James Cook. REUTERS/Handout

     

    SYDNEY | Wed Mar 21, 2007 6:25am EDT
    SYDNEY (Reuters) - A 16th century maritime map in a Los Angeles library vault proves that Portuguese adventurers, not British or Dutch, were the first Europeans to discover Australia, says a new book which details the secret discovery of Australia.The book "Beyond Capricorn" says the map, which accurately marks geographical sites along Australia's east coast in Portuguese, proves that Portuguese seafarer Christopher de Mendonca lead a fleet of four ships into Botany Bay in 1522 -- almost 250 years before Britain's Captain James Cook.
    Australian author Peter Trickett said that when he enlarged the small map he could recognize all the headlands and bays in Botany Bay in Sydney -- the site where Cook claimed Australia for Britain in 1770.
    "It was even so accurate that I found I could draw in the modern airport runways, to scale in the right place, without any problem at all," Trickett told Reuters on Wednesday.
    Trickett said he stumbled across a copy of the map while browsing through a Canberra book shop eight years ago.
    He said the shop had a reproduction of the Vallard Atlas, a collection of 15 hand drawn maps completed no later than 1545 in France. The maps represented the known world at the time.
    Two of the maps called "Terra Java" had a striking similarity to Australia's east coast except at one point the coastline jutted out at right angles for 1,500 km (932 miles).
    "There was something familiar about them but they were not quite right -- that was the puzzle. How did they come to have all these Portuguese place names?," Trickett said.
    Trickett believed the cartographers who drew the Vallard maps had wrongly aligned two Portuguese charts they were copying from.
    It is commonly accepted that the French cartographers used maps and "portolan" charts acquired illegally from Portugal and Portuguese vessels that had been captured, Trickett said.
    "The original portolan maps would have been drawn on animal hide parchments, usually sheep or goat skin, of limited size," he explained. "For a coastline the length of eastern Australia, some 3,500 kms, they would have been 3 to 4 charts."
    "The Vallard cartographer has put these individual charts together like a jigsaw puzzle. Without clear compass markings its possible to join the southern chart in two different ways. My theory is it had been wrongly joined."
    Using a computer Trickett rotated the southern part of the Vallard map 90 degrees to produce a map which accurately depicts Australia's east coast.
    "They provided stunning proof that Portuguese ships made these daring voyages of discovery in the early 1520s, just a few years after they had sailed north of Australia to reach the Spice Islands -- the Moluccas. This was a century before the Dutch and 250 years before Captain Cook," he said.
    Trickett believes the original charts were made by Mendonca who set sail from the Portuguese base at Malacca with four ships on a secret mission to discover Marco Polo's "Island of Gold" south of Java.
    If Trickett is right, Mendonca's map shows he sailed past Fraser Island off Australia's northeast coast, into Botany Bay in Sydney, and south to Kangaroo Island off southern Australia, before returning to Malacca via New Zealand's north island.
    Mendonca's discovery was kept secret to prevent other European powers reaching the new land, said Trickett, who believes his theory is supported by discoveries of 16th century Portuguese artifacts on the Australian and New Zealand coasts.

    A TABUADA DO MINISTRO GASPAR

    A tabuada de Gaspar

    21/02/13 00:31 | Helena Cristina Coelho
    in jornal económico

    Os portugueses começam a ter suores frios só de pensar que o ministro das Finanças pode carregar a qualquer momento natecla F5
    Os portugueses começam a ter suores frios só de pensar que o ministro das Finanças pode carregar a qualquer momento na tecla F5 do seu computador para actualizar os gráficos de Excel e descobrir uma nova surpresa. A última apareceu ontem: dá pelo nome de recessão e onde antes aparecia 1% aparece agora 2%. Não sei se Vítor Gaspar perdeu o sono quando actualizou estes números, mas a insónia é capaz de ser o menor dos seus problemas. Primeiro, porque estes novos números significam que a actividade económica do País, que já está em apuros, vai contrair-se ainda mais do que o previsto. Depois, porque traduz mais um erro de cálculo do Governo que, ao confundir cautela com optimismo, acabou por desenhar um Orçamento para 2013 que não antecipou a velocidade a que o desemprego aumenta nem o ritmo a que a economia encolhe. Por fim, porque cada vez que Gaspar anuncia uma nova conta furada, apresentando a seguir a factura que o País tem de pagar pelo erro cometido, a já frágil esperança dos portugueses apaga-se mais um pouco - e, aos poucos, a fúria propaga-se.

    Não é fácil fazer previsões económicas num tempo tão incerto e cheio de dificuldades. É quase tão impensável como pedir a um neurocirurgião para dirigir uma operação montado num carrossel. Não se espera por isso que o Governo antecipe o futuro com o rigor de um ponto percentual, porque não é futurismo que se espera dele. É realismo que se pede. E é competência que se exige. Gaspar montou uma equação complexa para antecipar a economia dos próximos anos, mas desvalorizou a variável mais importante de todas: a realidade. E essa é a variável que está a furar todas as previsões, que está a inundar os centros de emprego, que está a levar os portugueses a cantar em protesto, que está a ameaçar as ruas com novas invasões populares.

    O governo não pode virar as costas a esta realidade, com a mesma facilidade com que um ministro abandona uma sala depois de um grupo de estudantes o impedir de falar ou que um primeiro-ministro garante que o desemprego não lhe tira o sono. Por isso, quando um ministro assume que voltou a falhar previsões, não pode assumir que os portugueses vão dar a isso pouca importância, encolher os ombros e seguir com as suas vidas. Porque já são demasiadas previsões falhadas e erros demasiado importantes para serem ignorados. A realidade dos portugueses é demasiado séria para ser levada a brincar. E não pode tremer cada vez que se pensa que alguém no Terreiro do Paço vai actualizar gráficos de Excel no computador.

    PORQUE O PAPA SE DEMITIU.

    'La Reppublica' noticia hoje

    Papa recebeu relatório "demolidor" a 17 de dezembro

    por Patrícia Viegas
    IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS


    Papa Bento XVI anunciou que vai resignar a 28 deste mês
    Papa Bento XVI anunciou que vai resignar a 28 deste mês Fotografia © Reuters



     
     
    O Papa Bento XVI recebeu a 17 de dezembro um relatório de conteúdo "demolidor", relacionado com a investigação ao chamado caso 'Vatileaks', que terá tido influência na sua decisão de resignar ao cargo, noticia hoje o jornal italiano La Reppublica, citado pelo site do diário espanhol 'El Mundo'.

    O relatório, que tem três centenas de páginas, está dividido em volumes e foi guardado na caixa forte do apartamento do pontífice, resulta de uma investigação realizada pelos cardeais Julián Herranz, JOsef Tomko e Salvatore De Giorgi, à extração de documentos do gabinete do Papa.
    O caso, que ficou conhecido como 'Vatileaks', levou à detenção do mordomo do Papa, Paolo Gabriele, por ter entregue tais documentos a um jornalista. Gabriele foi declarado culpado pelo tribunal do Vaticano de roubo de documentos confidenciais do apartamento do Papa. Bento XVI indultou-o posteriormente.
    Paolo Gabriele, de 46 anos, pai de três filhos, pediu perdão por ter traído o Papa, mas disse ter agido para salvar a Igreja e o Papa.Nalgumas das intervenções que fez em público, Bento XVI chegou a dizer que a Igreja Católica iria conseguir resistir ao "mal destruidor".
    "Tudo gira em torno do sexto e do sétimo mandamentos", disse ao 'La Reppublica' uma fonte muito próxima de um dos autores do relatório, lembrando que os respetivos mandamentos dizem que não se deve roubar ou pecar contra a castidade. O documento, refere o 'El Mundo', citando este jornal italiano, "revelaria lutas de poder, má gestão económica, relações homossexuais..."
    O 'La Reppublica' lembra um escândalo que, em 2010, revelou encontros sexuais entre um membro do coro do Vaticano e um dos cavaleiros de Sua Santidade, Angelo Balducci. Numa gravação, que apareceu em público na altura, Balducci aparece a conversar com um membro do coro do Vaticano e este diz-lhe: "Só te digo que tem 2 metros, pesa 97 quilos, tem 33 anos e é completamente 'ativo'".
    A posse deste documento, diz o jornal italiano, que fala mesmo na possível existência de um "lóbi 'gay' no Vaticano" levou o Papa Banto XVI a refletir sobre a luta que é preciso travar pelo futuro da Igreja e em, última análise, terá influenciado a sua decisão. "O relatório será entregue ao próximo Papa, que deverá ser bastante forte, jovem e santo para poder levar a cabo o trabalho que o espera", escreve o 'La Reppublica', citado pelo 'El Mundo'.
    A seguir ao anúncio do resignação do Papa, já a revista italiana 'Panorama' tinha indicado que Bento XVI tomara uma tal decisão após conhecer o conteúdo do relatório sobre o caso 'VatiLeaks'.
    Citado pelo jornal irlandês 'Irish Examiner', um porta-voz do Vaticano disse não ter qualquer comentário a fazer sobre as alegações publicadas pelo 'La Reppublica'.

    Sucessão de Bento XVI

    Cardeal aconselhado a não comparecer no conclave

    por Lusa, publicado por Graciosa Silva19 fevereiro 2013
     


    O cardeal e ex-arcebispo de Los Angeles Roger Mahony, implicado num escândalo de pedofilia nos Estados Unidos, poderá vir a ser aconselhado a não comparecer no conclave que irá eleger o novo papa.


    Esta hipótese foi avançada pelo cardeal italiano Velasio De Paolis, numa entrevista ao jornal Repubblica, hoje divulgada.
    O papa Bento XVI anunciou, na passada segunda-feira (11 de fevereiro), a sua resignação.
    Um novo papa será escolhido até à Páscoa, a 31 de março, disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, anunciando que um conclave deve ser organizado entre 15 e 20 dias após a resignação do pontífice, prevista para o próximo dia 28 de fevereiro.
    "É possível que Mahony seja aconselhado a não vir [ao conclave]", afirmou o cardeal italiano, especialista em direito canónico, realçando, no entanto, que tal intervenção só poderá ser feita a nível pessoal "por alguém dotado de uma forte autoridade".
    "A prática comum é recorrer à persuasão. Não se pode fazer mais nada" para eventualmente convencer o cardeal norte-americano a não comparecer no conclave papal, disse De Paoli, falando de uma "situação desconcertante".
    Uma associação de católicos norte-americanos, a Catholics United, lançou nos últimos dias uma petição online para impedir a presença do cardeal e ex-arcebispo de Los Angeles no conclave.
    "Caro cardeal Mahony, fique em casa", pede a petição da associação, que recorda que Mahony foi acusado de ter encoberto centenas de acusações de abuso sexual de menores ao longo de várias décadas e que foi exonerado de "qualquer responsabilidade administrativa ou pública" pelo seu sucessor na arquidiocese de Los Angeles, o arcebispo de Jose Gomez.
    "Se um cardeal é privado das funções públicas dentro da sua diocese, por que razão é recompensado ao ser autorizado a votar no próximo papa?", questionou a associação.
    Na mesma entrevista ao jornal Repubblica, o cardeal italiano Velasio De Paolis recordou, porém, que "as regras em vigor devem ser respeitadas".
    "O cardeal Mahony tem o 'direito-dever' de participar e votar no próximo conclave", acrescentou De Paolis, que é jurista, presidente emérito da prefeitura para os assuntos económicos e delegado do papa para a congregação religiosa Legionários de Cristo, cujo fundador, o padre mexicano Marcial Maciel, foi acusado de abusos sexuais.

    Em última instância, "será a sua consciência que irá determinar se deve vir ou não", disse o cardeal De Paolis, considerando ainda improvável que o papa Bento XVI intervenha neste assunto.
    Roger Mahony, de 76 anos, que participou no conclave que elegeu o papa Bento XVI em abril de 2005, é teoricamente membro do conclave constituído por 117 cardeais com menos de 80 anos.
    O arcebispo de Los Angeles Jose Gomez divulgou no início deste mês, por ordem judicial, milhares de páginas de documentos confidenciais sobre os cerca de 120 padres alegadamente envolvidos em casos de pedofilia.
    Em 2007, a arquidiocese de Los Angeles, na altura liderada pelo cardeal Mahony, aceitou pagar 660 milhões de dólares às cerca de 500 vítimas dos alegados abusos. O mesmo acordo previa a publicação dos dossiês pessoais dos padres envolvidos no escândalo.
    Os documentos divulgados revelam troca de informações confidenciais entre Roger Mahony e um alto conselheiro, refletindo sobre os meios para impedir a punição dos alegados abusadores.

    Ex-bispo auxiliar de Lisboa

    D. Carlos Azevedo suspeito de assédio sexual

    por Ana MeirelesOntem

    D. Carlos Azevedo foi para o Vaticano em 2011
    D. Carlos Azevedo foi para o Vaticano em 2011 Fotografia © João Girão/Global Imagens


    Suspeitas de assédio sexual cometido por D. Carlos Azevedo a membros da Igreja terão como base uma queixa apresentada ao núncio apostólico em 2010, adianta a revista Visão na sua edição de amanhã.

    D. Carlos Azevedo, ex-bispo auxiliar de Lisboa e apontado por muitos como possível sucessor de D. José Policarpo no cargo de cardeal-patriarca, foi nomeado em 2011 para o Conselho Pontifício de Cultura do Vaticano. Uma nomeação que causou na altura estranheza entre o meio eclesiástico português, diz a Visão.
    A reportagem da Visão, levada a cabo pelo jornalista Miguel Carvalho, conta que a denúncia de assédio sexual foi feita em 2010 pelo sacerdote José Nuno Ferreira da Silva, de 48 anos, coordenador nacional das capelanias hospitalares, a Rino Passigato, representante diplomático da Santa Sé. E que o próprio queixoso estará entre as alegadas vítimas de assédio por parte do bispo.
    Os casos de assédio sexual alegadamente levados a cabo pelo ex-bispo de Lisboa terão começado nos anos 80. Estas suspeitas também são do conhecimento, desde finais de 2011, da Rede de Cuidadores, instituição que denunciou situações de pedofilia na Igreja, e da qual fazem parte o psiquiatra Álvaro de Carvalho e Catalina Pestana.
    D. Carlos Azevedo, em resposta a perguntas feitas pela Visão, disse que a Nunciatura Apostólica nunca falou com ele sobre este assunto e afirmou desconhecer "qualquer repreensão pessoal ou processo institucional que tenha a ver com a matéria".
    A Conferência Episcopal Portuguesa já reagiu à notícia da Visão, num comunicado assinado pelo seu porta-voz, o Padre Manuel Morujão, dizendo que "da sua veracidade não podemos nem devemos julgar apressadamente

    RELVAS, UM ASSUNTO DE HIGIENE PÚBLICA

    Até quando?


    por VIRIATO SOROMENHO-MARQUES
    IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS


    Tomei conhecimento do duplo incidente com o ministro Relvas através de uma entrevista televisiva ao ex-ministro socialista Augusto Santos Silva. A indignação deste era tanta, por causa dos maus tratos de que o primeiro teria sido vítima, que julguei ter ocorrido uma nova "Noite Sangrenta" em Lisboa. Pensei que Relvas tinha sido metido numa camioneta, tal como António Granjo, Machado Santos e outros infelizes, assassinados na noite de 19 de outubro de 1921 por marinheiros revoltados. Felizmente, a III República não tem imitado, até agora, a cultura de violência da I. Nos tempos de abundância, Relvas seria uma figura de comédia. Os governados sempre gostaram de encarar alguns governantes com sarcasmo. Mas estes são tempos de escassez e tragédia. Convidar um homem que nunca escreveu uma linha digna de memória futura, e que só diz trivialidades, para uma conferência no Clube dos Pensadores (!) ou esperar que ele possa encerrar um colóquio sobre o futuro da comunicação social, quando a sua tarefa principal no Governo é a de lotear a rádio e televisão públicas, parecem-me dois gestos insensatos. Ficar condoído com o silêncio forçado de Relvas, e esquecer as vozes inteligentes que a sua ação tem afastado do serviço público de comunicação social, parece-me tão despropositado como acusar a poesia erótica de Bocage de pôr em causa as liberdades fundamentais do intendente Pina Manique. Em Berlim, um ministro que plagia uma tese sai do governo em menos de 24 horas. Em Lisboa, um homem cuja vida é um perpétuo faz-de-conta, esgota a agenda política. Só o primeiro-ministro não percebeu, ainda, que o caso Relvas não é uma questão de direitos constitucionais, mas um assunto de higiene pública. Contamina a pouca autoridade do Governo e mina o moral que resta ao País.
     
    RELVAS FOGE, ASSUSTADO. 

    terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

    JÁ LEU ESTE LIVRO?

    UM LIVRO PARA A SUA MESA DE CABECEIRA


    TAMBWE-A UNHA DO LEÃO

    de antónio oliveira e castro

    - uma edição GRADIVA

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    Sinopse

    De Lisboa a Luanda, seguindo por Paris e por bases aéreas bem guardadas na Rússia e na África do Sul, é uma longa viagem sacudida por geografias contrastantes e pelos solavancos da descolonização e do fim da Guerra Fria. Tambwe – A Unha do Leão faz-se disso e de muito mais. É também o percurso interior de Eugénio, à procura da sua infância e da sua razão de ser numa Angola atormentada pela guerra.

    Com uma escrita torrencial e opulenta, o autor descola volta e meia da realidade palpável, circunscrita pelo tempo e pelo espaço, e parte para um universo onírico e simbólico, verdadeiro paraíso perdido, porventura para sempre.

    Romance de vida e de morte, só uma partitura de Brahms parece restar como energia redentora quando, na noite tropical, se abrem as portas da prisão de Luanda.

    (Pedro Vieira)

    A JIHAD

    Advogado francês “Maître Collard”




    Ao ler isto até parece incrível.

    Mensagem de um advogado (Maître Collard)

    Bom dia,

    Como demonstram as linhas que se seguem, fui obrigado a tomar consciência da extrema dificuldade em definir o que é um infiel.

    Escolher entre Allah ou o Cristo, até porque o Islamismo é de longe a religião que progride mais depressa no nosso país. O mês passado, participava no estágio anual de actualização, necessária à renovação da minha habilitação de segurança nas prisões. Havia nesse curso uma apresentação por quatro intervenientes representando respectivamente as religiões Católica, Protestante, Judaica e Muçulmana, explicando os fundamentos das suas doutrinas respectivas. Foi com um grande interesse que esperei a exposição do Imam.

    A prestação deste ultimo foi notável, acompanhada por uma projecção vídeo.

    Terminadas as intervenções, chegou-se ao tempo de perguntas e respostas, e quando chegou a minha vez, perguntei: “Agradeço que me corrija se estou enganado, mas creio ter compreendido que a maioria dos Imams e autoridades religiosas decretaram o “Jihad” (guerra santa), contra os infiéis do mundo inteiro, e que matando um infiel (o que é uma obrigação feita a todos os muçulmanos), estes teriam assegurado o seu lugar no Paraíso. Neste caso poderá dar-me a definição do que é um infiel?”

    Sem nada objectar à minha interpretação e sem a menor hesitação, o Imam respondeu: “um não muçulmano”.

    Eu respondi : “Então permita de me assegurar que compreendi bem : O conjunto de adoradores de Allah devem obedecer às ordens de matar qualquer pessoa não pertencendo à vossa religião, a fim de ganhar o seu lugar no Paraíso, não é verdade ?

    A sua cara que até agora tinha tido uma expressão cheia de segurança e autoridade transformou-se subitamente ao de “um puto” apanhado em flagrante com a mão dentro do açucareiro!!!

    É exacto, respondeu ele num murmúrio.

    Eu retorqui : “Então, eu tenho bastante dificuldade em imaginar o Papa Bento XVI dizendo a todos os católicos para massacrar todos os vossos correligionários, ou o Pastor Stanley dizendo o mesmo para garantir a todos os protestantes um lugar no Paraíso.”

    O Imam ficou sem voz !

    Continuei : “Tenho igualmente dificuldades em me considerar vosso amigo, pois que o senhor mesmo e os vossos confrades incitam os vossos fiéis a cortarem-me a garganta !”

    Somente um outra questão : “O senhor escolheria seguir Allah que vos ordena matar-me a fim de obter o Paraíso, ou o Cristo que me incita a amar-vos a fim de que eu aceda também ao Paraíso, porque Ele quer que eu esteja na vossa companhia ?” Poder-se-ia ouvir uma mosca voar, enquanto que o Imam continuava silencioso.

    Será inútil de precisar que os organizadores e promotores do Seminário de Formação não apreciaram particularmente esta maneira de tratar o Ministro do culto Islâmico e de expor algumas verdades a propósito dos dogmas desta religião.

    No decurso dos próximos trinta anos, haverá suficientes eleitores muçulmanos no nosso país para instalar um governo de sua escolha, com a aplicação da “Sharia” como lei.

    Parece-me que todos os cidadãos deste país deveriam poder tomar conhecimento destas linhas, mas como o sistema de justiça e dos “media” liberais combinados á moda doentia do politicamente correto, não há forma nenhuma de que este texto seja publicado.

    O ESTADO MÍNIMO E O CAPITALISMO DE MISÉRIA

    Opinião

    Vamos melhor?


    por VIRIATO SOROMENHO-MARQUES
    IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS
     
    Antes da carta de alerta do dirigente do PS à troika, importaria discutir a afirmação do primeiro-ministro no Parlamento, ao garantir que Portugal não estava hoje pior do que quando do início da aplicação do memorando. De positivo em relação a junho de 2011, apenas podem ser apontadas a redução do défice orçamental (à custa de medidas extraordinárias e duma brutal austeridade) e uma melhoria da balança comercial (o que não nos deve fazer esquecer que ela foi positiva, a última vez, nos anos sem guerra, mas com fome, de 1941-43). De resto, as comparações são esmagadoramente negativas. A dívida pública continua a sua escalada. O País está a ficar sem anéis, com a privatização das empresas públicas que constituíam ativos estratégicos, atrativos para o capital privado. E estamos também a perder os dedos. Nos últimos dois anos, entre os que emigraram e os que perderam o emprego, chega-se perto de um número eloquente: 500 mil! Quase 5% da população portuguesa foi obrigada a ruturas dramáticas na sua existência. E isto sem contar com o efeito de multiplicação

    familiar. Há perto de quarenta anos, o País esteve para ser devorado por uma onda ideológica que, em nome da justiça, nos arrastaria para um "socialismo de miséria". Hoje, os ideólogos da "sociedade aberta" utilizam o Estado para socializar os prejuízos de uma elite incompetente, à custa da intensificação do sofrimento dos mais vulneráveis, sob a capa da "reforma do Estado". Socialismo para uma casta especuladora, inimputável e irresponsável. Capitalismo de miséria e "Estado mínimo" para o resto. Eis a Terra Prometida pelos modelos de Gaspar. É sob o véu desta alucinação que se governa em Lisboa. Não admira que o País continue no epicentro da tragédia europeia em curso.

    UM GOVERNO AO SERVIÇO DE INTERESSES ESTRANHOS

    Liberais a multar e a vigiar o povo livre


    por PEDRO TADEU
    IN DIÁRTIO DE NOTÍCIAS




    Vou falar das multas para quem não pede faturas nas lojas ou nos restaurantes.
    Queixava-se no outro dia o antigo vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, da rejeição de uma proposta que pretendia obrigar as transações financeiras em mercado bolsista durarem, no mínimo, um segundo. Em nome, entre outras coisas, da preservação da liberdade, a ideia caiu.
    Para quem não sabe, eu explico: algoritmos geridos em computador otimizam em instantes de milissegundos compras e vendas de ações, à procura de pequeníssimas margens de lucro que, no entanto, multiplicadas milhões de vezes, somam fortunas colossais.
    Isto significa que uma empresa ou um sector de atividade podem, literalmente, num piscar de olhos, entrar em colapso sem motivo.
    Para acontecer um desses terramotos basta, por exemplo, uma pequena flutuação de ações ocorrida num determinado milissegundo, em qualquer mercado bolsista do mundo, levar um desses algoritmos a reagir automaticamente e a processar uma série maciça de ordens de compra ou de venda.
    De repente, o que era saudável fica doente, dá-se o alarme e todos os possuidores de ações correlacionadas entram em frenesim. Segue-se, inevitável, o pânico...
    O que tem isto a ver com multas aos consumidores por não pedirem faturas nas lojas? Tem tudo.
    A maior corretora de Wall Street tem servidores Linux - o sistema operativo livre que, ironicamente, já foi acusado de inspirar a ideia de uma economia comunista - a gerir um milhão e meio de empresas cotadas e a processar 250 mil ordens de compra e venda por segundo. As transações são confirmadas a cada dois milésimos de segundo. Imaginem a perda para a corretora se este ritmo passasse a ser, "apenas", de um segundo para cada transação confirmada.
    A liberdade de vender e comprar à velocidade da luz tem, portanto, um preço elevado, é muito mais cotada para estes liberais que governam o planeta do que a liberdade de alguém pagar o seu café sem que o Estado fique a saber disso. Uma é inviolável, a outra depende.
    Esta história repete-se: o mesmo poder político que, em nome da defesa da liberdade, recusou em Portugal que todas as declarações de impostos fossem públicas - revelando a forma como as pessoas ganham dinheiro - acha admissível ter fiscais espalhados pelo País a bisbilhotar como cada um gasta esse dinheiro, isso sim, uma vigilância a atirar para o fascista.
    Para ganhar dinheiro, podemos ser livres. Para o gastar, podemos ser vigiados. Conclusão: para esta gente, a liberdade, hipócrita, é um mero instrumento de gestão.