sexta-feira, 20 de abril de 2012
VIOLÊNCIA POLICIAL NO PORTO
Confrontos entre polícia e elementos da Es.Col.A, PSP confirma duas pessoas na esquadra
Lusa 19 Abr, 2012, 12:01
Duas pessoas foram hoje "intercetadas" pela PSP na zona da Fontinha, no Porto, e verificaram-se confrontos entre a força policial e elementos do movimento Es.Col.A, alvo de despejo da escola da Fontinha.
A PSP do Porto confirmou à Lusa que duas pessoas "foram intercetadas já fora do perímetro de segurança" da ação de despejo do movimento Es.Col.A, devido a "injúrias e agressões" a agentes daquela força policial.
Estas duas pessoas serão agora "retiradas do local, transportadas para o departamento policial, identificadas e, tendo em conta o que fizeram, poderão ser detidas ou não", esclareceu à Lusa fonte da PSP do Porto.
A situação complicou-se no bairro da Fontinha, com confrontos entre os ativistas do movimento e a polícia, constatou a Lusa no local.
Ana Afonso, do coletivo Es.Col.A, disse à Lusa que foram detidos "pelo menos três elementos do coletivo" e que dois deles "foram agredidos pela polícia".
Para além disso, acrescentou, "um elemento do movimento foi atingido com uma pedra".
O coletivo Es.Col.A, que ocupou a antiga escola primária da Fontinha em abril de 2011 e tinha com a Câmara do Porto um contrato de cedência do espaço até dezembro, está hoje de manhã a ser despejado.
"A primeira coisa que a polícia fez, quando chegou, foi deitar abaixo o mastro" construído pelo coletivo Es.Col.A para identificar o movimento, lamentou Ana Afonso em declarações à Lusa.
No local estão elementos da Polícia Municipal, da PSP e da empresa municipal Domus Social, para além de cerca de 40 a 50 pessoas, entre elementos do coletivo e moradores do bairro.
Ana Afonso disse à Lusa que "o bairro está todo cercado", que o despejo estava a ser feito "de forma violenta" e que "uma moradora" lhe disse "que estavam a bater nas pessoas".
O espaço da escola da Fontinha foi cedido ao movimento Es.Col.A pela Câmara do Porto até dezembro.
A cedência temporária feita em julho de 2011 foi justificada pela autarquia pelo facto de ainda estar "em fase de negociação" o projeto municipal para aquele edifício, abandonado há cerca de cinco anos.
O movimento revelou em fevereiro ter recebido uma carta da Câmara do Porto "a comunicar o término da cedência".
Fonte oficial da autarquia revelou, então, ter autorizado o movimento Es.Col.A a continuar na escola até ao final de março, enquanto decorriam negociações para ocupação do espaço.
A 10 de abril, o movimento alertou para a possibilidade de ser despejado a 12 de abril, na sequência de uma ordem nesse sentido por parte da autarquia, mas a ação não se concretizou naquela data.
O movimento Es.Col.A ocupou a escola do Alto da Fontinha em abril de 2011 e dinamiza diversas atividades no local, desde hortas a teatro, passando por ioga e cinema.
Em maio de 2011, o coletivo foi despejado, levando alguns moradores da Rua da Fábrica a solidarizarem-se com o grupo de "ocupas" e a manifestaram-se contra a ordem camarária.
A 05 de julho, a autarquia informou o movimento ES.COL.A do Alto da Fontinha da disponibilidade para lhe "ceder" o espaço da antiga escola primária local, através de um "contrato de cedência temporária" até ao final do ano.
OS NEGÓCIOS QUE O GOVERNO ESCONDE DOS PORTUGUESES
Cimenteira
Gaspar e Borges queriam impor à CGD venda da Cimpor antes da OPA
António Costa
20/04/12 00:05
ECONÓMICO
Vítor Gaspar e António Borges entenderam que seria uma oportunidade única para garantir a entrada de capital no País.
A história da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Camargo Corrêa sobre a Cimpor ainda não está toda contada: a OPA tinha uma condição prévia - também defendida pelo Governo e por António Borges -, a de que a Caixa Geral de Depósitos vendesse a sua posição de 9,58% antes da própria oferta, feita a 5,5 euros por acção, menos os dividendos.
A CGD é uma espécie de ‘fiel da balança', tem uma participação-charneira, como a própria Caixa a classificou há dois anos, quando entrou no capital da Cimpor. Porquê? O banco público tem um acordo parassocial com a Votorantim - que tem 21,2% do capital - que torna aqueles 10% absolutamente críticos. Em caso de OPA, a Caixa e a Votorantim estão obrigadas a dar preferência mútua em caso de venda. E se a Caixa não vendesse, a OPA falharia.
Além disso, uma resposta positiva à oferta da Camargo, e um negócio efectivado antes da OPA, condicionaria necessariamente os outros accionistas portugueses que poderiam bloquear a operação: a Investifino, de Manuel Fino, que tem também 10%, e o Fundo de Pensões do Millennium bcp. O conselho de administração da Caixa, presidido por Faria de Oliveira e que teve conhecimento da oferta 24 horas antes de ser formalmente anunciada, ficou dividida e, pelo menos, um dos administradores, que não foi possível identificar, recusou a condição imposta pela Camargo, pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e por António Borges - o consultor do Governo para as privatizações e Parcerias Público-Privadas. Oficialmente, ninguém faz comentários a esta informação, mas o Diário Económico confirmou junto de várias fontes envolvidas neste negócio que foram "24 horas difíceis" na sede da CGD. O acordo terá sido selado já na madrugada de sexta-feira, mas, depois, continuaram as discussões, desta vez jurídicas.
Gaspar e Borges queriam impor à CGD venda da Cimpor antes da OPA
António Costa
20/04/12 00:05
ECONÓMICO
Vítor Gaspar e António Borges entenderam que seria uma oportunidade única para garantir a entrada de capital no País.
A história da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Camargo Corrêa sobre a Cimpor ainda não está toda contada: a OPA tinha uma condição prévia - também defendida pelo Governo e por António Borges -, a de que a Caixa Geral de Depósitos vendesse a sua posição de 9,58% antes da própria oferta, feita a 5,5 euros por acção, menos os dividendos.
A CGD é uma espécie de ‘fiel da balança', tem uma participação-charneira, como a própria Caixa a classificou há dois anos, quando entrou no capital da Cimpor. Porquê? O banco público tem um acordo parassocial com a Votorantim - que tem 21,2% do capital - que torna aqueles 10% absolutamente críticos. Em caso de OPA, a Caixa e a Votorantim estão obrigadas a dar preferência mútua em caso de venda. E se a Caixa não vendesse, a OPA falharia.
Além disso, uma resposta positiva à oferta da Camargo, e um negócio efectivado antes da OPA, condicionaria necessariamente os outros accionistas portugueses que poderiam bloquear a operação: a Investifino, de Manuel Fino, que tem também 10%, e o Fundo de Pensões do Millennium bcp. O conselho de administração da Caixa, presidido por Faria de Oliveira e que teve conhecimento da oferta 24 horas antes de ser formalmente anunciada, ficou dividida e, pelo menos, um dos administradores, que não foi possível identificar, recusou a condição imposta pela Camargo, pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e por António Borges - o consultor do Governo para as privatizações e Parcerias Público-Privadas. Oficialmente, ninguém faz comentários a esta informação, mas o Diário Económico confirmou junto de várias fontes envolvidas neste negócio que foram "24 horas difíceis" na sede da CGD. O acordo terá sido selado já na madrugada de sexta-feira, mas, depois, continuaram as discussões, desta vez jurídicas.
O GOVERNO CONTINUA A MENTIR AOS PORTUGUESES
Económico
20/04/12 10:08
A oposição diz que o facto de ministra da Justiça admitir que o corte de subsídios perdure além de 2015 demonstram que o Executivo continua "a mentir".
As palavras da ministra da Justiça já mereceram uma reação por parte do PS. Para o deputado socialista Miguel Laranjeiro, o Governo está a ultrapassar "todos os limites da seriedade política".
"Esta é uma declaração que ultrapassa todos os limites da seriedade política. Eu creio que os portugueses exigem saber a verdade, quando serão repostos os subsídios aos funcionários públicos e aos pensionistas. É isso que os portugueses certamente quererão saber", frisou Miguel Laranjeiro, ouvido pela Antena 1.
Já o deputado do Bloco de Esquerda João Semedo não hesita em concluir, depois das declarações de Paula Teixeira da Cruz, que "o Governo mentiu" e continua "a mentir": "A ministra da Justiça acaba de confirmar aquilo que todos os portugueses já tinham percebido. O Governo mentiu. Relvas, Passos Coelho, Vítor Gaspar mentiram aos portugueses relativamente à reposição dos subsídios".
"Não houve lapso nenhum. Todos os ministros, pelos vistos, sabiam que só em 2015 é que seriam repostos e mesmo assim parcialmente. Portanto, os únicos portugueses que sabiam essa data de 2015 como o momento de reposição dos subsídios eram os membros do Governo e é isso que hoje nos diz a ministra da Justiça", avaliou o deputado bloquista.
"Mas a ministra diz-nos outra coisa. É que provavelmente nem em 2015. O que significa que também desta vez o próprio primeiro-ministro e o ministro das Finanças continuam a mentir aos portugueses. É também o sentido que têm as palavras da ministra da Justiça", concluiu.
Recorde-se que a ministra da Justiça admitiu hoje, também em entrebista à antena 1, que o corte dos subsídios de férias e de Natal para trabalhadores do Estado e pensionistas se prolongue para lá de 2015, caso a Europa mergulhe ainda mais na crise.
Paula Teixeira da Cruz recusou ainda que o Governo tenha incorrido num "lapso" a propósito do calendário para a reposição dos 13.º e 14.º meses. E advertiu que uma eventual rejeição do Orçamento do Estado pelo Tribunal Constitucional "seria uma catástrofe".
MONUMENTO EM LISBOA A ZECA AFONSO
Caros Amigos,
Acabei de ler e assinar a petição online: «PELA CONSTRUÇÃO DE UM
MONUMENTO A JOSÉ AFONSO, EM LISBOA»
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N23482
Pessoalmente concordo com esta petição e acho que também podes concordar.
Subscreve a petição e divulga-a pelos teus contactos.
jrr
Acabei de ler e assinar a petição online: «PELA CONSTRUÇÃO DE UM
MONUMENTO A JOSÉ AFONSO, EM LISBOA»
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N23482
Pessoalmente concordo com esta petição e acho que também podes concordar.
Subscreve a petição e divulga-a pelos teus contactos.
jrr
quinta-feira, 19 de abril de 2012
PONTO DE SITUAÇÃO
Ponto da situação
RICARDO ARAÚJO PEREIRA
Passos Coelho bem avisou que iria fazer cortes na despesa. Só não disse que era na nossa. A nossa despesa com alimentação, habitação e transportes está cada vez menor...
Os portugueses vivem hoje num país nórdico: pagam impostos como no Norte da Europa; têm um nível de vida como no Norte de África. Como são um povo ao qual é difícil agradar, ainda se queixam. Sem razão, evidentemente.
A campanha eleitoral foi dominada por uma metáfora, digamos, dietética: o Estado era obeso e precisava de emagrecer. Chegava a ser difícil distinguir o tempo de antena do PSD de um anúncio da Herbalife. "Perca peso orçamental agora! Pergunte-me como!" O problema é que, ao que parece, um Estado gordo é caro, mas um Estado magro é caríssimo. Aqueles que acusavam o PSD de querer matar o Estado à fome enganaram-se. O PSD quer engordá-lo antes de o matar, como se faz com o porco. Ninguém compra um bácoro escanzelado, e quem se prepara para comprar o Estado também gosta mais de febra do que de osso.
Embora o nutricionismo financeiro seja difícil de compreender, parece-me que deixámos de ter um Estado obeso e passámos a ter um Estado bulímico. Pessoalmente, preferia o gordo. Comia bastante mas era bonacheirão e deixava-me o décimo terceiro mês (o atual décimo segundo mês e meio, ou os décimos terceiros quinze dias) em paz.
Enfim, será o preço a pagar por viver num país com 10 milhões de milionários. Talvez o leitor ainda não tenha reparado, mas este é um país de gente rica: cada português tem um banco e uma ilha. É certo que é o mesmo banco e a mesma ilha, mas são nossos. Todos os contribuintes são proprietários do BPN e da Madeira. Tal como sucede com todos os banqueiros proprietários de ilhas, fizemos uma escolha: estes são luxos caros e difíceis de sustentar. Todos os meses, trabalhamos para sustentar o banco e a ilha, e depois gastamos o dinheiro que sobra em coisas supérfluas, como a comida, a renda e a eletricidade.
Felizmente, o governo ajuda-nos a gerir o salário com inteligência. Pedro Passos Coelho bem avisou que iria fazer cortes na despesa. Só não disse que era na nossa, mas era previsível. A nossa despesa com alimentação, habitação e transportes está cada vez menor. Afinal, o orçamento gordo era o nosso. Agora está muito mais magro, elegante e saudável.
Mais sobra para o banco e para a ilha.
RICARDO ARAÚJO PEREIRA
Passos Coelho bem avisou que iria fazer cortes na despesa. Só não disse que era na nossa. A nossa despesa com alimentação, habitação e transportes está cada vez menor...
Os portugueses vivem hoje num país nórdico: pagam impostos como no Norte da Europa; têm um nível de vida como no Norte de África. Como são um povo ao qual é difícil agradar, ainda se queixam. Sem razão, evidentemente.
A campanha eleitoral foi dominada por uma metáfora, digamos, dietética: o Estado era obeso e precisava de emagrecer. Chegava a ser difícil distinguir o tempo de antena do PSD de um anúncio da Herbalife. "Perca peso orçamental agora! Pergunte-me como!" O problema é que, ao que parece, um Estado gordo é caro, mas um Estado magro é caríssimo. Aqueles que acusavam o PSD de querer matar o Estado à fome enganaram-se. O PSD quer engordá-lo antes de o matar, como se faz com o porco. Ninguém compra um bácoro escanzelado, e quem se prepara para comprar o Estado também gosta mais de febra do que de osso.
Embora o nutricionismo financeiro seja difícil de compreender, parece-me que deixámos de ter um Estado obeso e passámos a ter um Estado bulímico. Pessoalmente, preferia o gordo. Comia bastante mas era bonacheirão e deixava-me o décimo terceiro mês (o atual décimo segundo mês e meio, ou os décimos terceiros quinze dias) em paz.
Enfim, será o preço a pagar por viver num país com 10 milhões de milionários. Talvez o leitor ainda não tenha reparado, mas este é um país de gente rica: cada português tem um banco e uma ilha. É certo que é o mesmo banco e a mesma ilha, mas são nossos. Todos os contribuintes são proprietários do BPN e da Madeira. Tal como sucede com todos os banqueiros proprietários de ilhas, fizemos uma escolha: estes são luxos caros e difíceis de sustentar. Todos os meses, trabalhamos para sustentar o banco e a ilha, e depois gastamos o dinheiro que sobra em coisas supérfluas, como a comida, a renda e a eletricidade.
Felizmente, o governo ajuda-nos a gerir o salário com inteligência. Pedro Passos Coelho bem avisou que iria fazer cortes na despesa. Só não disse que era na nossa, mas era previsível. A nossa despesa com alimentação, habitação e transportes está cada vez menor. Afinal, o orçamento gordo era o nosso. Agora está muito mais magro, elegante e saudável.
Mais sobra para o banco e para a ilha.
HUMOR EM TEMPO DE CRISE
Um pai tinha 3 filhos.
O mais velho pediu:
-Oh pai, queria 1 carro! Na faculdade só eu não tenho!
-Com esta crise? Só quando eu pagar o tractor.
Vem o 'do meio' :
-Oh pai quero uma moto!
- Com esta crise? Só quando eu pagar o tractor.
A seguir vem o mais novo.
-Pai e eu quero uma bicicleta!
- Com esta crise? Só quando eu pagar o tractor.
O miúdo vai pró quintal amuado, vê o galo em cima da galinha, dá-lhe um pontapé e diz:
-Nesta casa, enquanto o pai não pagar o tractor, anda tudo a pé!!!
O mais velho pediu:
-Oh pai, queria 1 carro! Na faculdade só eu não tenho!
-Com esta crise? Só quando eu pagar o tractor.
Vem o 'do meio' :
-Oh pai quero uma moto!
- Com esta crise? Só quando eu pagar o tractor.
A seguir vem o mais novo.
-Pai e eu quero uma bicicleta!
- Com esta crise? Só quando eu pagar o tractor.
O miúdo vai pró quintal amuado, vê o galo em cima da galinha, dá-lhe um pontapé e diz:
-Nesta casa, enquanto o pai não pagar o tractor, anda tudo a pé!!!
quarta-feira, 18 de abril de 2012
MAIS UMA GRUTA DE ALI BÁBÁ DESCOBERTA EM PORTUGAL
Mais uma gruta do Ali Bábá descoberta em Portugal!
Reparem que a gruta não estava vazia! Ainda foi encontrado um grupo de ladrões...
Para se pagarem fortunas desta a estes gajos é que a electricidade é tão cara em Portugal! E agora que a EDP está totalmente privatizada, já soa que pretendem fazer aumentos trimestrais...
Que lucra o povo português com a privatização de sectores-chave da economia, como é o caso da EDP? Nada!
Reparem que a gruta não estava vazia! Ainda foi encontrado um grupo de ladrões...
Para se pagarem fortunas desta a estes gajos é que a electricidade é tão cara em Portugal! E agora que a EDP está totalmente privatizada, já soa que pretendem fazer aumentos trimestrais...
Que lucra o povo português com a privatização de sectores-chave da economia, como é o caso da EDP? Nada!
HUMOR EM TEMPO DE CRISE
Uns dias depois das eleições ia o Passos Coelho e a sua esposa a passar no Rossio onde estava um cego, a tocar acordeão. Então, a Esposa de Passos Coelho puxou de uma nota de 50 Euros e deu ao cego.
Este, contente com o gesto da Senhora, agradeceu-lhe.
Prontamente disse Passos Coelho para a mulher:
- Foste logo dar 5 euros ao cego?
Responde a mulher:
- Cala-te! Se não fossem os "cegos", tu não eras primeiro Ministro!.
terça-feira, 17 de abril de 2012
EU NÃO AGUENTO MAIS!
Entre morrer de pé ou viver deitado, prefiro morrer de pé !
GOVERNANTES PERSEGUEM E DISCRIMINAM FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS E PENSIONISTAS
Exijo respeito e equidade na distribuição dos sacrifícios!
A REVOLTA ESTÁ INSTALADA!
PRIMEIRO, FORAM ESTES:
Prometeram o paraíso, mas deixaram um purgatório.
Através de uma máquina de propaganda bem oleada (paga com os nossos impostos), iniciaram a campanha de desacreditação e estigmatização dos funcionários públicos, criando a clivagem social que hoje se verifica.
Durante vários anos, com a preciosa ajuda dos media, comentadores e economistas neoliberais, manipularam dados oficiais e bombardearam os trabalhadores do Estado com mentiras e calúnias, reduzindo a escombros a imagem e a auto-estima desses trabalhadores.
Em simultâneo, congelaram salários e carreiras, reduziram as comparticipações da ADSE, retiraram direitos constantes dos contratos de trabalho e impuseram um absurdo sistema de avaliação (SIADAP) que impede as progressões durante 10 anos - Actualmente, na função pública, só é possível atingir o topo da carreira após 100 anos de serviço.
Para além disso, aumentaram os descontos para a ADSE e CGA - transformando os trabalhadores do Estado nos cidadãos que mais descontam em Portugal -, e atiraram com muitos deles para a mobilidade especial (um sistema de desemprego encapotado).
Com tanta perseguição, em poucos anos, empobreceram os funcionários públicos e reduziram o poder de compra respectivo (estima-se que, durante a vigência destes governantes, a função pública tenha perdido cerca de 17% do poder de compra).
Terminaram a campanha, cortando os salários 3,5% a 10% (média 5%), sem se importarem com a falta de equidade, com a injustiça e com a inconstitucionalidade dessa medida.
Apesar de tantos sacrifícios não resolveram os problemas do país e, POR IMPOSIÇÃO DOS BANQUEIROS, acabaram por pedir um empréstimo (resgate) de milhões de euros.
Resultado: PORTUGAL LEVOU COM A TROIKA!
E, no fim, com o país totalmente à deriva, demitiram-se.
Ou seja, os sacrifícios não serviram para nada!
AGORA, VIERAM ESTES:
Derrubaram os anteriores, prometeram mundos e fundos e, em apenas 6 meses, transformaram a função pública num inferno.
Durante a campanha eleitoral, prometeram que não cortariam os salários dos funcionários públicos, e Passos Coelho declarou mesmo, de forma peremptória, que a ideia de cortar os subsídios de férias ou de Natal era um DISPARATE.
Lembram-se?
Porém, assim que tomaram posse, anunciaram o corte de metade do subsídio de Natal (14.º mês) de todos os trabalhadores portugueses, provocando, por arrasto, mais uma redução nos vencimentos da função pública.
Passado pouco tempo, comeram mais queijo e decidiram manter o corte médio de5%nos salários, acrescentado o tal DISPARATE aos sacrifícios já impostos.
Ou seja, para além dos cortes nos salários...
DECIDIRAMROUBAROS SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E DE NATAL (13.º e 14.º MESES) AOS TRABALHADORES DO ESTADO E AOS PENSIONISTAS.
Mas não aos trabalhadores do Banco de Portugal...!!!( porque será?)
Resultado: devido à crescente perda do poder de compra, aos congelamentos, ao aumento dos descontos e à redução dos salários, os funcionários públicos, em dois anos, perderam cerca de 30% dos seus rendimentos, e agora vão perder mais dois salários (mais14%).
Também estes, inebriados pelas suas ideias neoliberais e sempre apoiados por grupos oligarcas, não se importaram com a injustiça, com a falta de equidade e com a inconstitucionalidade das suas medidas.
Até se esqueceram que "os subsídios de Natal e de férias são inalienáveis e impenhoráveis" (redacção do art.º 17.º do Decreto-Lei n.º 496/80, de 20 de Outubro, aprovado e publicado pelo Governo de Francisco Sá Carneiro).
Para se justificar, Passos Coelho veio mesmo afirmar que os funcionários públicos ganham mais do que os privados, o que, como provam estudos e dados oficiais, é mais uma mentira ostensiva e um insulto aos trabalhadores do Estado (estudos credíveis e bem fundamentados concluem precisamente o
contrário).
Mais... Miguel Relvas declarou publicamente que os 13.º e 14.º meses dos trabalhadores das câmaras municipais vão servir para pagar as dívidas das autarquias, como se agora os trabalhadores fossem obrigados a pagar do seu bolso os gastos dos municípios.
Ou seja, para este, os funcionários das autarquias vão ter de pagar, por exemplo, a construção e manutenção de escolas, a construção de vias, passeios e demais infra-estruturas, os serviços de abastecimento de água ou a recolha do lixo que os outros fazem.
GENIAL!
ATÉ CUSTA A ACREDITAR, MAS É VERDADE!
E ainda gozam com a nossa cara! Aprovaram recentemente o Orçamento do Estado às gargalhadas!
Em suma, tal como os anteriores, estes também decidiram alimentar a clivagem social e esmagar os funcionários públicos, mostrando sem rodeios e com total descaramento, que os direitos descritos na Constituição Portuguesa (a lei fundamental do país) só são válidos para os portugueses que trabalham no sector privado.
E não ficarão por aqui!... Brevemente vão alegar mais buracos e derrapagens para reduzir novamente os salários e eliminar quaisquer subsídios que ainda subsistam. Só vão descansar quando os funcionários públicos estiverem a viver no osso e nos limites da sobrevivência.
NO MEIO, APARECEM ESTES:
Têm receitas e soluções para tudo, mas não resolvem nada.
Com uma retórica enfadonha, cheia de números e percentagens, passam a vida a defender mais cortes nos salários e mais redução no poder de compra da função pública, como se os cortes já efectuados ou anunciados não fossem suficientes.
PARA ESTES, OS TRABALHADORES DO ESTADO SÃO APENAS UMA DESPESA E UM PESO PARA O PAÍS.
Esquecem-se de que estão a falar de cidadãos e trabalhadores portugueses que ganham salários em troca do seu trabalho, que pagam os impostos respectivos (os únicos que, de certeza, não fogem ao fisco), e que, tal como os outros, têm famílias e o direito de viver em Portugal.
Medina Carreira, para além de comparar os direitos constitucionais a uma refeição indigesta, trata os funcionários públicos por "essa gente", mostrando um autentico desprezo por estes cidadãos.
Mira Amaral e Eduardo Catroga, enfim!... Esses não se cansam de pedir mais sacrifícios e todos sabemos como eles se sacrificam.
Ferraz da Costa, um trabalhador incansável, está sempre a insistir que a função pública tem de trabalhar mais, mesmo com cortes nos salários e sem os subsídios de férias e de Natal.
Mas, será que estas criaturas não sabem que a escravatura foi abolida, no Século XVIII, em Portugal e na Europa?
Há muitos outros que podiam figurar neste grupo, mas estes já são suficientes para justificar a indignação e a revolta que actualmente dominam os funcionários públicos, os pensionistas e as suas famílias.
E AINDA HÁ ESTES:
São egoístas, covardes e chicos espertos.
São cidadãos anónimos que se escondem atrás dos computadores e andam pelos fóruns online dos jornais e redes sociais da internet, emitindo opiniões depreciativas e discriminatórias sobre os funcionários públicos.
Inebriados pelo seu egoísmo e estupidez natural, estão convencidos que irão viver melhor à custa dos sacrifícios dos outros.
Designam os trabalhadores do Estado por "gentalha", "cambada", "escumalha", etc., e aplaudem entusiasticamente todas as medidas dos governantes, desde que, é claro, as medidas não os afectem.
Estes energúmenos egoístas são o fruto da campanha de estigmatização iniciada por José Sócrates e agora fortemente alimentada por Passos Coelho e por muitos comentadores dos media.
Esquecem-se que foram os funcionários públicos que lhes deram assistência quando nasceram, que lhes deram instrução primária, secundária e universitária, que os socorrem, tratam e operam quando adoecem, que zelam pela segurança deles, que lhes asseguram os direitos legais e judiciais, que constroem e mantêm as infra-estruturas públicas que lhes dão conforto, que lhes darão de comer se
tiverem fome, que recolhem o lixo que fazem e que os protegerão ou socorrerão em caso de sinistro ou catástrofe, com risco da própria vida.
É por causa de tudo isto que estamos fartos...
É PRECISO GRITAR"BASTA"!
Os funcionários públicos e os pensionistas, são portugueses como os outros e merecem respeito.
São pessoas e cidadãos.
Não são escravos de ninguém, nem estão a mais neste país.
Estes governantes estão a tirar a qualidade de vida, a dignidade, a honra e o bom nome dos funcionários públicos. Estão a destruir os serviços públicos e atirar com os seus trabalhadores para o desespero, para a fome e para a pobreza.
Por causa destes governantes, os trabalhadores do Estado até já DEIXARAM DE TER DIREITOS CONSTITUCIONAIS .
AGORA, A CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA A LEI FUNDAMENTAL DO PAÍS SÓ
SE APLICA AOS PRIVADOS.
O ÚNICO GOVERNANTE QUE, ANTES DESTES, CORTOU SALÁRIOS DA FUNÇÃO PÚBLICA, FOI OLIVEIRA SALAZAR…
E NEM ELE CHEGOU A TANTO!
Exijo respeito, justiça e equidade na distribuição dos sacrifícios!
A REVOLTA ESTÁ INSTALADA
GOVERNANTES PERSEGUEM E DISCRIMINAM FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS E PENSIONISTAS
Exijo respeito e equidade na distribuição dos sacrifícios!
A REVOLTA ESTÁ INSTALADA!
PRIMEIRO, FORAM ESTES:
Prometeram o paraíso, mas deixaram um purgatório.
Através de uma máquina de propaganda bem oleada (paga com os nossos impostos), iniciaram a campanha de desacreditação e estigmatização dos funcionários públicos, criando a clivagem social que hoje se verifica.
Durante vários anos, com a preciosa ajuda dos media, comentadores e economistas neoliberais, manipularam dados oficiais e bombardearam os trabalhadores do Estado com mentiras e calúnias, reduzindo a escombros a imagem e a auto-estima desses trabalhadores.
Em simultâneo, congelaram salários e carreiras, reduziram as comparticipações da ADSE, retiraram direitos constantes dos contratos de trabalho e impuseram um absurdo sistema de avaliação (SIADAP) que impede as progressões durante 10 anos - Actualmente, na função pública, só é possível atingir o topo da carreira após 100 anos de serviço.
Para além disso, aumentaram os descontos para a ADSE e CGA - transformando os trabalhadores do Estado nos cidadãos que mais descontam em Portugal -, e atiraram com muitos deles para a mobilidade especial (um sistema de desemprego encapotado).
Com tanta perseguição, em poucos anos, empobreceram os funcionários públicos e reduziram o poder de compra respectivo (estima-se que, durante a vigência destes governantes, a função pública tenha perdido cerca de 17% do poder de compra).
Terminaram a campanha, cortando os salários 3,5% a 10% (média 5%), sem se importarem com a falta de equidade, com a injustiça e com a inconstitucionalidade dessa medida.
Apesar de tantos sacrifícios não resolveram os problemas do país e, POR IMPOSIÇÃO DOS BANQUEIROS, acabaram por pedir um empréstimo (resgate) de milhões de euros.
Resultado: PORTUGAL LEVOU COM A TROIKA!
E, no fim, com o país totalmente à deriva, demitiram-se.
Ou seja, os sacrifícios não serviram para nada!
AGORA, VIERAM ESTES:
Derrubaram os anteriores, prometeram mundos e fundos e, em apenas 6 meses, transformaram a função pública num inferno.
Durante a campanha eleitoral, prometeram que não cortariam os salários dos funcionários públicos, e Passos Coelho declarou mesmo, de forma peremptória, que a ideia de cortar os subsídios de férias ou de Natal era um DISPARATE.
Lembram-se?
Porém, assim que tomaram posse, anunciaram o corte de metade do subsídio de Natal (14.º mês) de todos os trabalhadores portugueses, provocando, por arrasto, mais uma redução nos vencimentos da função pública.
Passado pouco tempo, comeram mais queijo e decidiram manter o corte médio de5%nos salários, acrescentado o tal DISPARATE aos sacrifícios já impostos.
Ou seja, para além dos cortes nos salários...
DECIDIRAMROUBAROS SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E DE NATAL (13.º e 14.º MESES) AOS TRABALHADORES DO ESTADO E AOS PENSIONISTAS.
Mas não aos trabalhadores do Banco de Portugal...!!!( porque será?)
Resultado: devido à crescente perda do poder de compra, aos congelamentos, ao aumento dos descontos e à redução dos salários, os funcionários públicos, em dois anos, perderam cerca de 30% dos seus rendimentos, e agora vão perder mais dois salários (mais14%).
Também estes, inebriados pelas suas ideias neoliberais e sempre apoiados por grupos oligarcas, não se importaram com a injustiça, com a falta de equidade e com a inconstitucionalidade das suas medidas.
Até se esqueceram que "os subsídios de Natal e de férias são inalienáveis e impenhoráveis" (redacção do art.º 17.º do Decreto-Lei n.º 496/80, de 20 de Outubro, aprovado e publicado pelo Governo de Francisco Sá Carneiro).
Para se justificar, Passos Coelho veio mesmo afirmar que os funcionários públicos ganham mais do que os privados, o que, como provam estudos e dados oficiais, é mais uma mentira ostensiva e um insulto aos trabalhadores do Estado (estudos credíveis e bem fundamentados concluem precisamente o
contrário).
Mais... Miguel Relvas declarou publicamente que os 13.º e 14.º meses dos trabalhadores das câmaras municipais vão servir para pagar as dívidas das autarquias, como se agora os trabalhadores fossem obrigados a pagar do seu bolso os gastos dos municípios.
Ou seja, para este, os funcionários das autarquias vão ter de pagar, por exemplo, a construção e manutenção de escolas, a construção de vias, passeios e demais infra-estruturas, os serviços de abastecimento de água ou a recolha do lixo que os outros fazem.
GENIAL!
ATÉ CUSTA A ACREDITAR, MAS É VERDADE!
E ainda gozam com a nossa cara! Aprovaram recentemente o Orçamento do Estado às gargalhadas!
Em suma, tal como os anteriores, estes também decidiram alimentar a clivagem social e esmagar os funcionários públicos, mostrando sem rodeios e com total descaramento, que os direitos descritos na Constituição Portuguesa (a lei fundamental do país) só são válidos para os portugueses que trabalham no sector privado.
E não ficarão por aqui!... Brevemente vão alegar mais buracos e derrapagens para reduzir novamente os salários e eliminar quaisquer subsídios que ainda subsistam. Só vão descansar quando os funcionários públicos estiverem a viver no osso e nos limites da sobrevivência.
NO MEIO, APARECEM ESTES:
Têm receitas e soluções para tudo, mas não resolvem nada.
Com uma retórica enfadonha, cheia de números e percentagens, passam a vida a defender mais cortes nos salários e mais redução no poder de compra da função pública, como se os cortes já efectuados ou anunciados não fossem suficientes.
PARA ESTES, OS TRABALHADORES DO ESTADO SÃO APENAS UMA DESPESA E UM PESO PARA O PAÍS.
Esquecem-se de que estão a falar de cidadãos e trabalhadores portugueses que ganham salários em troca do seu trabalho, que pagam os impostos respectivos (os únicos que, de certeza, não fogem ao fisco), e que, tal como os outros, têm famílias e o direito de viver em Portugal.
Medina Carreira, para além de comparar os direitos constitucionais a uma refeição indigesta, trata os funcionários públicos por "essa gente", mostrando um autentico desprezo por estes cidadãos.
Mira Amaral e Eduardo Catroga, enfim!... Esses não se cansam de pedir mais sacrifícios e todos sabemos como eles se sacrificam.
Ferraz da Costa, um trabalhador incansável, está sempre a insistir que a função pública tem de trabalhar mais, mesmo com cortes nos salários e sem os subsídios de férias e de Natal.
Mas, será que estas criaturas não sabem que a escravatura foi abolida, no Século XVIII, em Portugal e na Europa?
Há muitos outros que podiam figurar neste grupo, mas estes já são suficientes para justificar a indignação e a revolta que actualmente dominam os funcionários públicos, os pensionistas e as suas famílias.
E AINDA HÁ ESTES:
São egoístas, covardes e chicos espertos.
São cidadãos anónimos que se escondem atrás dos computadores e andam pelos fóruns online dos jornais e redes sociais da internet, emitindo opiniões depreciativas e discriminatórias sobre os funcionários públicos.
Inebriados pelo seu egoísmo e estupidez natural, estão convencidos que irão viver melhor à custa dos sacrifícios dos outros.
Designam os trabalhadores do Estado por "gentalha", "cambada", "escumalha", etc., e aplaudem entusiasticamente todas as medidas dos governantes, desde que, é claro, as medidas não os afectem.
Estes energúmenos egoístas são o fruto da campanha de estigmatização iniciada por José Sócrates e agora fortemente alimentada por Passos Coelho e por muitos comentadores dos media.
Esquecem-se que foram os funcionários públicos que lhes deram assistência quando nasceram, que lhes deram instrução primária, secundária e universitária, que os socorrem, tratam e operam quando adoecem, que zelam pela segurança deles, que lhes asseguram os direitos legais e judiciais, que constroem e mantêm as infra-estruturas públicas que lhes dão conforto, que lhes darão de comer se
tiverem fome, que recolhem o lixo que fazem e que os protegerão ou socorrerão em caso de sinistro ou catástrofe, com risco da própria vida.
É por causa de tudo isto que estamos fartos...
É PRECISO GRITAR"BASTA"!
Os funcionários públicos e os pensionistas, são portugueses como os outros e merecem respeito.
São pessoas e cidadãos.
Não são escravos de ninguém, nem estão a mais neste país.
Estes governantes estão a tirar a qualidade de vida, a dignidade, a honra e o bom nome dos funcionários públicos. Estão a destruir os serviços públicos e atirar com os seus trabalhadores para o desespero, para a fome e para a pobreza.
Por causa destes governantes, os trabalhadores do Estado até já DEIXARAM DE TER DIREITOS CONSTITUCIONAIS .
AGORA, A CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA A LEI FUNDAMENTAL DO PAÍS SÓ
SE APLICA AOS PRIVADOS.
O ÚNICO GOVERNANTE QUE, ANTES DESTES, CORTOU SALÁRIOS DA FUNÇÃO PÚBLICA, FOI OLIVEIRA SALAZAR…
E NEM ELE CHEGOU A TANTO!
Exijo respeito, justiça e equidade na distribuição dos sacrifícios!
A REVOLTA ESTÁ INSTALADA
ESPANHA - ARGENTINA E A REPSOL
Espanha considera decisão argentina de nacionalizar petrolífera "um gesto de hostilidade"
O executivo espanhol considerou, esta segunda-feira, a decisão da Argentina de expropriar a YPF, controlada pela petrolífera Repsol, um "gesto de hostilidade" contra Espanha e o seu Governo, que está a preparar medidas de reação, a conhecer nos próximos dias.
"Qualquer gesto de hostilidade contra uma empresa espanhola, o Governo interpreta-o como um gesto contra Espanha e contra o Governo espanhol", disse hoje o ministro da Indústria espanhol, José Manuel Soria.
"A decisão da Argentina é uma decisão hostil contra a Repsol, portanto contra uma empresa espanhola, contra Espanha e contra o Governo de Espanha, e o Governo de Espanha atuará em consequência", vincou.
José Manuel Soria falava aos jornalistas numa conferência de imprensa conjunta com o chefe da diplomacia José Manuel Garcia Margallo, depois de uma reunião presidida pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, para analisar a decisão argentina.
O governante explicou que depois de conhecer a decisão, o Governo "começou esta mesma tarde a trabalhar em medidas em reação à decisão, que serão dadas a conhecer nos próximos dias".
Soria explicou que a decisão incumpre o acordo verbal a que chegaram no passado dia 28 de fevereiro os ministros do Planeamento e da Economia argentinos, que acordaram resolver "amistosamente" o assunto da Repsol.
Esperamos que este claríssimo gesto de hostilidade das autoridades argentinas face a uma empresa espanhola não seja o princípio de uma escalada que só contribuirá para agravar mais uma situação que a qualifica, por si só, como grave", referiu.
García Margallo, por seu turno, condenou a decisão "arbitrária" das autoridades argentinas, insistindo que Espanha defenderá sempre os interesses da Repsol e de todas as empresas espanholas no exterior.
"Haverá consequências que se traduziram nos próximos dias em medidas a adotar por parte do Governo", disse, referindo que Espanha já informou formalmente a União Europeia (UE), a quem pediu que o assunto seja tratado de forma urgente no plenário de Estrasburgo.
O chefe da diplomacia espanhola explicou ainda que Buenos Aires "esteve fechada a qualquer diálogo" com o Governo espanhol.
As declarações ocorrem horas depois da presidente argentina, Cristina Fernandez Kirchner, ter declarado de utilidade pública e sujeito a expropriação 51 por cento do património da petrolífera YPF, controlada pela espanhola Repsol.
O executivo espanhol considerou, esta segunda-feira, a decisão da Argentina de expropriar a YPF, controlada pela petrolífera Repsol, um "gesto de hostilidade" contra Espanha e o seu Governo, que está a preparar medidas de reação, a conhecer nos próximos dias.
"Qualquer gesto de hostilidade contra uma empresa espanhola, o Governo interpreta-o como um gesto contra Espanha e contra o Governo espanhol", disse hoje o ministro da Indústria espanhol, José Manuel Soria.
"A decisão da Argentina é uma decisão hostil contra a Repsol, portanto contra uma empresa espanhola, contra Espanha e contra o Governo de Espanha, e o Governo de Espanha atuará em consequência", vincou.
José Manuel Soria falava aos jornalistas numa conferência de imprensa conjunta com o chefe da diplomacia José Manuel Garcia Margallo, depois de uma reunião presidida pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, para analisar a decisão argentina.
O governante explicou que depois de conhecer a decisão, o Governo "começou esta mesma tarde a trabalhar em medidas em reação à decisão, que serão dadas a conhecer nos próximos dias".
Soria explicou que a decisão incumpre o acordo verbal a que chegaram no passado dia 28 de fevereiro os ministros do Planeamento e da Economia argentinos, que acordaram resolver "amistosamente" o assunto da Repsol.
Esperamos que este claríssimo gesto de hostilidade das autoridades argentinas face a uma empresa espanhola não seja o princípio de uma escalada que só contribuirá para agravar mais uma situação que a qualifica, por si só, como grave", referiu.
García Margallo, por seu turno, condenou a decisão "arbitrária" das autoridades argentinas, insistindo que Espanha defenderá sempre os interesses da Repsol e de todas as empresas espanholas no exterior.
"Haverá consequências que se traduziram nos próximos dias em medidas a adotar por parte do Governo", disse, referindo que Espanha já informou formalmente a União Europeia (UE), a quem pediu que o assunto seja tratado de forma urgente no plenário de Estrasburgo.
O chefe da diplomacia espanhola explicou ainda que Buenos Aires "esteve fechada a qualquer diálogo" com o Governo espanhol.
As declarações ocorrem horas depois da presidente argentina, Cristina Fernandez Kirchner, ter declarado de utilidade pública e sujeito a expropriação 51 por cento do património da petrolífera YPF, controlada pela espanhola Repsol.
SENTIR O PERIGO
Sentir o perigo
por VIRIATO SOROMENHO-MARQUES
DIÁRIO DE NOTÍCIAS DE 17-04-2012
Max Weber considerava serem três as qualidades que permitem a um ator político tornar-se num estadista. São elas: a paixão; o sentido da responsabilidade; e a capacidade de avaliação. Quem tenha escutado Passos Coelho e Paulo Portas no "debate" parlamentar sobre a ratificação dos Tratados da chanceler Merkel facilmente perceberá que Portugal, nem remotamente, é governado por estadistas. Os Tratados de Merkel não valem nada por si próprios. Nunca serão cumpridos. A Espanha do socialista Zapatero apressou-se a inserir a regra de ouro (do défice orçamental) na Constituição, e o resultado foi um explosivo valor de 8,5% em 2011! A Grécia, que está em estado comatoso, foi o primeiro país a votar o Tratado Orçamental. A falta de capacidade de avaliação de Passos e Portas é tal que nem percebem o ridículo de nos juntarmos aos gregos na pressa de ratificar tratados que nunca iremos cumprir! O sentido da ratificação destes tratados por Portugal não pertence à política, mas à etologia, à ciência do comportamento animal. A UE, agora que o Tratado de Lisboa está enterrado, pode ser comparada a um bando de gorilas, trocando entre si gestos de domínio e submissão. A irresponsabilidade de Passos e Portas apenas diz: "A chanceler manda, e nós obedecemos!" Berlim está a conduzir a Europa de uma situação de crise para a catástrofe geral. Os danos materiais e morais causados pela rigidez germânica na periferia europeia são já de um valor incalculável. A Passos e Portas falta, ainda, uma qualidade mais básica para o bom governo: ser capaz de pressentir o perigo iminente. O País está exangue, face a um abismo onde a sombra da morte do projeto europeu se insinua, avassaladora. Passos e Portas apenas têm paixão para sussurrar ao ouvido de Merkel: "Vamos em frente!"
por VIRIATO SOROMENHO-MARQUES
DIÁRIO DE NOTÍCIAS DE 17-04-2012
Max Weber considerava serem três as qualidades que permitem a um ator político tornar-se num estadista. São elas: a paixão; o sentido da responsabilidade; e a capacidade de avaliação. Quem tenha escutado Passos Coelho e Paulo Portas no "debate" parlamentar sobre a ratificação dos Tratados da chanceler Merkel facilmente perceberá que Portugal, nem remotamente, é governado por estadistas. Os Tratados de Merkel não valem nada por si próprios. Nunca serão cumpridos. A Espanha do socialista Zapatero apressou-se a inserir a regra de ouro (do défice orçamental) na Constituição, e o resultado foi um explosivo valor de 8,5% em 2011! A Grécia, que está em estado comatoso, foi o primeiro país a votar o Tratado Orçamental. A falta de capacidade de avaliação de Passos e Portas é tal que nem percebem o ridículo de nos juntarmos aos gregos na pressa de ratificar tratados que nunca iremos cumprir! O sentido da ratificação destes tratados por Portugal não pertence à política, mas à etologia, à ciência do comportamento animal. A UE, agora que o Tratado de Lisboa está enterrado, pode ser comparada a um bando de gorilas, trocando entre si gestos de domínio e submissão. A irresponsabilidade de Passos e Portas apenas diz: "A chanceler manda, e nós obedecemos!" Berlim está a conduzir a Europa de uma situação de crise para a catástrofe geral. Os danos materiais e morais causados pela rigidez germânica na periferia europeia são já de um valor incalculável. A Passos e Portas falta, ainda, uma qualidade mais básica para o bom governo: ser capaz de pressentir o perigo iminente. O País está exangue, face a um abismo onde a sombra da morte do projeto europeu se insinua, avassaladora. Passos e Portas apenas têm paixão para sussurrar ao ouvido de Merkel: "Vamos em frente!"
A MENTIRA E A FORÇA POLÍTICA DE PASSOS
A mentira e a força política de Passos
por PEDRO TADEU
DIÁRIO DE NOTÍCIAS - 17-04-1012
Uma das razões que explicam a conquista do poder por Passos Coelho foi, no período de campanha eleitoral, o tipo de discurso feito ao eleitorado que enaltecia o valor da honestidade das suas palavras, suportadas numa mensagem política segundo a qual os anos seguintes seriam de inevitável austeridade, pois, dados os erros do Governo precedente, nada a poderia evitar. Deu frutos.
O pressuposto do contrato que Passos assinou com os portugueses era não mentir, era falar verdade mesmo quando tivesse de tomar medidas difíceis. Acredito que o contraste desta promessa eleitoral face à prática dos Governos de Sócrates tenha sido fundamental para decidir o voto de muitos eleitores que ainda acreditam só existirem duas opções úteis nas urnas eleitorais: o PS ou o PSD.
Esse contrato parecia estar a ser cumprido. Passos Coelho e Vítor Gaspar começaram por dar, à vez, a cara pelas medidas mais violentas que a receita da troika impunha sobre os rendimentos da chamada classe média, explicando o seu alcance e garantindo a universalidade dos sacrifícios.
Mesmo nos momentos confusos, com uma evidente falta de explicação séria para a aceitação de uma lista cada vez maior de exceções a cortes, reduções ou outros sacrifícios, tem prevalecido, eficaz, esse tom do "nós falamos verdade aos portugueses", "não vale a pena enganarmo-nos com ilusões" ou "só estamos a fazer o estritamente necessário para vencer a crise".
Dois incidentes deram um rombo neste couraçado de aparente sinceridade: uma decisão "secreta" que proíbe as reformas antecipadas e o "lapso" sobre o ano em que os subsídios de férias e de Natal voltam aos salários da função pública. Quer Passos Coelho quer Vítor Gaspar perceberam que os portugueses se sentem enganados.
Houve um momento em que sobre José Sócrates a opinião pública dava tanta importância às suas políticas como aos seus supostos problemas de carácter. Passos Coelho, apanhado nas redes da falsidade do seu discurso, violou o contrato que celebrou com o eleitorado e está, pela primeira vez, a ser julgado pelo seu carácter.
É natural que desta vez os portugueses lhe perdoem, aceitando as circunstâncias políticas que determinaram estes episódios. No entanto, cansados de todos os dias acordarem ao som de mais uma má notícia, mais um corte de rendimentos, mais um aumento de preços, mais uma subida de impostos, outra redução no apoio social do Estado ou de alguém que, sem explicação, escapa aos sacrifícios, é natural que a próxima mentira de Passos Coelho seja o início do seu ocaso político.
http://videos.sapo.pt/PSdwPHP33QzeybPiwvYI
CONCERTO PRIMAVERA-CORAL LUÍSA TODI - SETÚBAL
O Concerto Primavera deste ano terá lugar no Auditório do INATEL, no Sábado, dia 21 de Abril, pelas 21:30 horas, actuando o Coral Luísa Todi, o Coral Infantil Luísa Todi e alunos da Classe de Canto da Professora Ângela Silva.
Ao piano estará Miguel Sousa, sendo o Concerto dirigido, como habitualmente, pela Maestrina Gisela Sequeira.
Assista e divulgue pelo seus contactos.
Saudações musicais para todos
Coral Luisa Todi
Rua Carlos Ferreira, 15
2900 - 025 Setúbal
Telef/fax 265 57 21 90
coralluisatodi@gmail.com - www.coralluisatodi.com
segunda-feira, 16 de abril de 2012
OS BUROCRATAS DE BRUXELAS DEVEM ESTAR LOUCOS!
Segundo uma notícia hoje avançado pelo jornal i, os produtores nacionais de ovos não estão a adaptar-se às imposições europeias, definidas numa diretiva comunitária que obriga a ter gaiolas melhoradas para o setor avícola.
Vieira e Brito quer "afastar de todo o espetro do abate", afirmando que o Governo pretende estimular as empresas a cumprir no mais curto espaço de tempo a diretiva europeia.
De acordo com o responsável, "o abate é uma questão possível que alguns países aconselham", como é o caso do Reino Unido, mas "Portugal não vai acompanhar esse caminho".
Segundo o diretor-geral da Alimentação e Veterinária, tendo em conta os dados dos produtores, existem seis milhões de galinhas no mercado.
Deste total, metade das galinhas já estão em gaiolas melhoradas, pelo que sobram três milhões de aves.
NOTA: COM TANTA GENTE A PASSAR FOME EM PORTUGAL E NO MUNDO, ESTES SENHORES INVENTAM SARNA PARA SE COÇAREM E ASSIM JUSTIFICAREM A SUA EXISTÊNCIA.
PRIMEIRO, MANDARAM-NOS ABATER BARCOS PARA ACABAR COM AS PESCAS; DEPOIS, OBRIGARAM-NOS A MATAR VACAS PARA REDUZIR A PRODUÇÃO DE LEITE; DE SEGUIDA, FECHARAM-NOS INDÚSTRIAS E ARRANCARAM-NOS A VINHA; ENTRETANTO, DISSERAM-NOS QUE SÓ PODÍAMOS PRODUZIR, CONSUMIR, EXPORTAR FRUTA DE TAMANHO E ASPECTO IGUAL E SEM SABOR; AGORA, QUEREM-NOS MATAR AS GALINHAS PORQUE AS GAIOLAS SÃO PEQUENAS E NÃO TÊM AR CONDICIONADO. SERÁ POR QUASE DOS OVOS DE OURO?
SERÁ QUE OS ILUMINADOS DE BRUXELAS SE PREOCUPAM COM AS CONDIÇÕES EM QUE VIVE A MAIORIA DOS CIDADÃOS DESTA EUROPA EMPOBRECIDA, CHEIA DE DESEMPREGO, DE IDOSOS SEM CUIDADOS MÉDICOS, DE DESESPERADOS?
NA REVOLUÇÃO FRANCESA, QUANDO FORAM DIZER À RAINHA QUE OS CIDADÃOS DE PARIS PASSAVAM FOME, NÃO TINHAM PÃO, ESTA RESPONDEU, "NÃO TÊM PÃO COMAM BRIOCHES!".
FOI UMA PROVOCAÇÃO QUE LHE CUSTOU A CABEÇA.
IMI (IMPOSTO SOBRE IMÓVEIS) A 7,5%
O que fazes tu pelo teu vizinho?
por FERREIRA FERNANDESHoje21 comentários
Normal Rockwell começou a ilustrar capas de jornais em 1916 e ainda fazia cartazes publicitários nas vésperas da sua morte, em 1978, o que é dizer que nos deixou muitos desenhos. O meu preferido é O Fugitivo. Num café, um garoto que fugia da escola - o bornal aos pés denuncia-o - espera pelo último batido de leite que decidiu beber na sua cidadezinha. Está sentado ao balcão, num daqueles bancos de napa e cromados da América dos anos 50, e sobre ele inclina-se uma figura azul imensa: um polícia com grande pistola, que gentilmente tenta tirar nabos da púcara. Talvez fosse um bruto na delegacia, mas ali - em romance que Rockwell condensa num simples desenho - é um funcionário que está a resolver um problema. Que, não duvidamos, vai ser resolvido... Foi a imagem que me surgiu, O Fugitivo, quando ontem li que os emigrantes portugueses em Andorra estão a receber os IMI, impostos portugueses sobre imóveis, à taxa de 7,5 por cento. O comum são taxas entre 0,4 e 0,8 por cento. Aquela taxa exorbitante (que faz passar impostos de 200 euros para cinco, seis mil euros) é para portugueses dos paraísos fiscais, truque que a lei inventou para apanhar amigos da Carolina do Mónaco. Mas em Andorra vivem 12 mil portugueses, trolhas e empregadas de hotéis. Já não ligo ao que pensou o legislador cinzentão, mas não houve um único funcionário dos impostos que, como o polícia de Rockwell, se tivesse inclinado para o problema do seu compatriota?
por FERREIRA FERNANDESHoje21 comentários
Normal Rockwell começou a ilustrar capas de jornais em 1916 e ainda fazia cartazes publicitários nas vésperas da sua morte, em 1978, o que é dizer que nos deixou muitos desenhos. O meu preferido é O Fugitivo. Num café, um garoto que fugia da escola - o bornal aos pés denuncia-o - espera pelo último batido de leite que decidiu beber na sua cidadezinha. Está sentado ao balcão, num daqueles bancos de napa e cromados da América dos anos 50, e sobre ele inclina-se uma figura azul imensa: um polícia com grande pistola, que gentilmente tenta tirar nabos da púcara. Talvez fosse um bruto na delegacia, mas ali - em romance que Rockwell condensa num simples desenho - é um funcionário que está a resolver um problema. Que, não duvidamos, vai ser resolvido... Foi a imagem que me surgiu, O Fugitivo, quando ontem li que os emigrantes portugueses em Andorra estão a receber os IMI, impostos portugueses sobre imóveis, à taxa de 7,5 por cento. O comum são taxas entre 0,4 e 0,8 por cento. Aquela taxa exorbitante (que faz passar impostos de 200 euros para cinco, seis mil euros) é para portugueses dos paraísos fiscais, truque que a lei inventou para apanhar amigos da Carolina do Mónaco. Mas em Andorra vivem 12 mil portugueses, trolhas e empregadas de hotéis. Já não ligo ao que pensou o legislador cinzentão, mas não houve um único funcionário dos impostos que, como o polícia de Rockwell, se tivesse inclinado para o problema do seu compatriota?
O GOLPE DE ESTADO NA GUINÉ-BISSAU
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, informou hoje o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que Portugal vai levantar a questão do golpe militar na Guiné-Bissau no Conselho de Segurança das Nações Unidas, órgão de que faz parte.
Num contacto que hoje à tarde manteve com Ban Ki-moon, o ministro português pediu uma “atenção urgente e especial” para a situação na Guiné-Bissau - disse ao PÚBLICO o seu porta-voz, Miguel Guedes.
Paulo Portas manifestou a Ban Ki-moon “grande preocupação” com a situação criada pelo golpe de Estado que levou à detenção, na quinta-feira à noite, do Presidente interino, Raimundo Pereira, e do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
O ministro comunicou também ao secretário-geral das Nações Unidas as conclusões da reunião do conselho de ministros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), realizada no sábado em Lisboa, e disse a Ban que o ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mamadou Djaló Pires, que participou na reunião, lhe enviou hoje - e também ao Conselho de Segurança - uma carta em que pede que “seja estudada a constituição de uma força” capaz de garantir a segurança da população e a integridade dos dirigentes do país, acrescentou o porta-voz.
Na reunião da CPLP, os ministros aprovaram uma resolução que prevê a criação de uma “força de inerposição” com mandato do Conselho de Segurança da ONU. Essa força seria constituída em articulação com a CEDEAO (Comunidade dos Estados da África Ocidental), a União Africana e União Europeia. Na sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas divulgou uma declaração em que condena “a ingerência de militares na política” da Guiné-Bissau.
A Força de Reacção Imediata (FRI) das Forças Armadas portuguesas, composta por uma fragata, uma corveta e um avião P-3 Orion, partiu hoje ao início da tarde para a Guiné-Bissau, adiantaram fontes militares.
Fonte oficial do Ministério da Defesa afirmou que os militares portugueses não têm qualquer operação definida para já e que esta decisão acontece na sequência do aumento do nível de prontidão da FRI.
“O objectivo desta decisão é ficarmos mais próximos da Guiné-Bissau caso venha a ser necessário proceder a uma missão de evacuação de cidadãos portugueses e de pessoas de outras nacionalidades”, referiu esta fonte.
Na Guiné-Bissau vivem cerca de 3500 portugueses e na sexta-feira foi debatida numa reunião entre o ministro da Defesa Aguiar Branco e as chefias militares das forças armadas, a actuação das forças militares para garantir a sua segurança. "Não há nenhum projecto de intervenção militar previsto", garantiu o Ministério da Defesa em comunicado.
Caso venha a ser necessário, adiantou o Ministério da Defesa, poderá ser efectuada "uma operação de evacuação de cidadãos portugueses e de países amigos". A FRI integra meios dos três ramos das forças armadas que variam consoante o tipo de missão e é comandada pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
As Forças Armadas da Guiné-Bissau interditaram a partir de hoje o espaço marítimo e aéreo “aos tráfegos provenientes do estrangeiro”, por uma questão “de segurança nacional e de salvaguarda da entidade territorial da Guiné-Bissau”.
Em comunicado, as Forças Armadas dizem que tal decisão implica “dizer que qualquer outra operação de entrada” no país, “quer por via marítima, terrestre ou aérea, só se efectuará com uma autorização prévia do Estado-Maior, mediante a apresentação dos planos e objectivos desta operação, com a respectiva indicação das referências técnicas dos aparelhos que eventualmente estarão implicados na operação”.
A medida de carácter militar, acrescentam, não colocará em causa o processo de saída dos efectivos militares angolanos da Missang, “já em curso no país, devidamente autorizada pelo Estado-Maior”. “O não cumprimento desta medida, que tem apenas como objectivo impor o respeito merecido à soberania da Guiné-Bissau à semelhança de outros países membros da Nações Unidas, implicará automaticamente uma resposta militar já instruída para o efeito”, diz o comunicado.
Ramos Horta disponível
Os partidos políticos da oposição na Guiné-Bissau decidiram hoje criar um Conselho Nacional de Transição, que irá depois escolher um Presidente e um primeiro-ministro de transição, até à realização de eleições. O Presidente de Timor-Leste, Ramos Horta, disse estar disponível para mediar a crise no país mas impôs uma condição essencial: a libertação de todos os detidos durante o golpe militar.
O Presidente timorense afirmou estar disponível, “desde que seja no quadro da CPLP” (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), e considerou “indispensável” para o início do diálogo “a libertação de Carlos Gomes Júnior e todos os outros detidos”. Ramos Horta sublinhou ainda a importância da garantia que nenhum detido está a sofrer actos de violência, “física ou psicológica”, e lembrou que não existe qualquer motivo para a detenção dessas pessoas.
Por seu lado, depois de uma reunião que começou de manhã e que só terminou ao anoitecer, o porta-voz dos partidos, Fernando Vaz, disse que na segunda-feira será discutida e aprovada uma Carta de Transição, na qual se define o número de pessoas que esse Conselho terá, o tempo de duração da transição e quem será o Presidente e o primeiro-ministro. “A criação do Conselho Nacional de Transição implica a dissolução do Parlamento”, disse Fernando Vaz, admitindo que tudo será concluído já na segunda-feira.
Na reunião, na qual não participou “o PAIGC de Carlos Gomes Júnior” mas sim outros elementos do maior partido, disse Fernando Vaz, foi decidido criar ainda duas outras comissões, uma Comissão de Gestão de situações de emergência, para manter, por exemplo, o fornecimento de água e luz, e uma Comissão para a Diplomacia.
É essa Comissão para a Diplomacia que na segunda-feira, em conjunto com os militares, se vai encontrar com uma missão da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), que chegará a Bissau para debater o golpe militar de quinta-feira passada.
Fernando Vaz criticou a ameaça de sanções contra militares e políticos, vinda nomeadamente dos países da CPLP, afirmando que quando foi morto um Presidente eleito “esses países condenaram e não fizeram nada”.
Forças Armadas portuguesas destacadas
Por outro lado, a Força de Reacção Imediata (FRI) das Forças Armadas portuguesas, composta por uma fragata, uma corveta e um avião P-3 Orion, partiu no domingo ao início da tarde para a Guiné-Bissau, adiantaram fontes militares. Fonte oficial do Ministério da Defesa afirmou que os militares portugueses não têm qualquer operação definida para já e que esta decisão acontece na sequência do aumento do nível de prontidão da FRI.
JORNAL PÚBLICO DE 16-04-2012
O ENCERRAMENTO DA MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA: O MINISTRO MENTE
MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA, TALVEZ UM FUTURO HOTEL DE CHARME
Marcelo Rebelo de Sousa disse ontem na TVI que, ao contrário do que o ministro da Saúde afirmou, o número de partos não diminuiu na Maternidade Alfredo da Costa e que esse não pode ser o argumento usado para o encerramento da instituição, que “é uma marca” e “tem dimensão europeia”. Segundo o comentador, Paulo Macedo tem rapidamente de “explicar o que tem na cabeça” e apresentar ao País o seu plano de reestruturação da rede hospitalar.
JORNAL CORREIO DA MANHÃ DE 16-04-2006
A FALTA QUE FAZ O SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO
A falta que faz o Serviço Militar Obrigatório (SMO)
Uma das piores e mais consensuais decisões de um pretérito Governo consistiu no fim do serviço militar obrigatório (SMO). A decisão infeliz e popular tornou-se efetiva em 2004. O Governo de turno limitou-se a concretizar promessas eleitorais que, com a digna exceção do PCP, cederam às pressões das juventudes partidárias do PS, PSD e CDS, em que se destacava a euforia da mocidade do último.
A democracia não avaliou as consequências perversas da decisão. Em vez de alargar a ambos os sexos o SMO, fazendo refletir nas Forças Armadas (FA) a diversidade ideológica da sociedade plural que o 25 de Abril criou, optou pelo voluntariado mercenário, uma opção leviana e sem meios financeiros.
Um ano de cada português no SMO, muitas vezes em tarefas cívicas, era a forma de a juventude estimular a sua natural solidariedade de que o liberalismo económico desenfreado a quer definitivamente privar. Era o alfobre onde se recrutariam os militares necessários, a escola onde se aprenderia a servir a democracia, a amar a Pátria e a defender a liberdade.
A democracia portuguesa lidou sempre mal com as FA. A esquerda nunca esqueceu que foram elas que sustentaram a mais longa ditadura do século XX e a direita digeriu mal a liberdade que nos devolveram. Ainda hoje permanecem resquícios salazarentos na ala mais à direita do espetro partidário. Terá sido por acaso que os mais destacados militares de Abril foram ostracizados e afastados dos cargos de decisão?
Sobra à democracia a legitimidade que mingua às ditaduras. Os governos democráticos não podem renunciar ao direito de escolher quem ocupa os altos postos que, no caso de oficiais generais, são já lugares político-militares. Mas não será suspeito que, depois da passagem de Paulo Portas pelo ministério da Defesa, se tenha acentuado o perfil conservador das chefias militares dos estados-maiores?
A minha posição sobre o fim do SMO é pouco consensual e a situação atual é dificilmente reversível mas a dignidade das Forças Armadas Portuguesas, até por terem protagonizado uma Revolução democrática, deve ser reforçada bem como o seu compromisso na defesa da República e da democracia.
As FA serão sempre uma questão nacional, até pelo seu valor simbólico. Não podem tornar-se num corpo de polícia, numa tropa de mercenários ou na guarda pretoriana de uma ditadura vindoura. Portugal já teve a sua conta durante quase meio século. E o SMO era a garantia de uma vacina de melhor qualidade.
Quando os demónios totalitários acordarem na Europa, se a crise atual não for resolvida, encontrarão um instrumento dócil para os seus desígnios, umas FA à medida.
Ponte Europa / Sorumbático
posted by Carlos Esperança
Uma das piores e mais consensuais decisões de um pretérito Governo consistiu no fim do serviço militar obrigatório (SMO). A decisão infeliz e popular tornou-se efetiva em 2004. O Governo de turno limitou-se a concretizar promessas eleitorais que, com a digna exceção do PCP, cederam às pressões das juventudes partidárias do PS, PSD e CDS, em que se destacava a euforia da mocidade do último.
A democracia não avaliou as consequências perversas da decisão. Em vez de alargar a ambos os sexos o SMO, fazendo refletir nas Forças Armadas (FA) a diversidade ideológica da sociedade plural que o 25 de Abril criou, optou pelo voluntariado mercenário, uma opção leviana e sem meios financeiros.
Um ano de cada português no SMO, muitas vezes em tarefas cívicas, era a forma de a juventude estimular a sua natural solidariedade de que o liberalismo económico desenfreado a quer definitivamente privar. Era o alfobre onde se recrutariam os militares necessários, a escola onde se aprenderia a servir a democracia, a amar a Pátria e a defender a liberdade.
A democracia portuguesa lidou sempre mal com as FA. A esquerda nunca esqueceu que foram elas que sustentaram a mais longa ditadura do século XX e a direita digeriu mal a liberdade que nos devolveram. Ainda hoje permanecem resquícios salazarentos na ala mais à direita do espetro partidário. Terá sido por acaso que os mais destacados militares de Abril foram ostracizados e afastados dos cargos de decisão?
Sobra à democracia a legitimidade que mingua às ditaduras. Os governos democráticos não podem renunciar ao direito de escolher quem ocupa os altos postos que, no caso de oficiais generais, são já lugares político-militares. Mas não será suspeito que, depois da passagem de Paulo Portas pelo ministério da Defesa, se tenha acentuado o perfil conservador das chefias militares dos estados-maiores?
A minha posição sobre o fim do SMO é pouco consensual e a situação atual é dificilmente reversível mas a dignidade das Forças Armadas Portuguesas, até por terem protagonizado uma Revolução democrática, deve ser reforçada bem como o seu compromisso na defesa da República e da democracia.
As FA serão sempre uma questão nacional, até pelo seu valor simbólico. Não podem tornar-se num corpo de polícia, numa tropa de mercenários ou na guarda pretoriana de uma ditadura vindoura. Portugal já teve a sua conta durante quase meio século. E o SMO era a garantia de uma vacina de melhor qualidade.
Quando os demónios totalitários acordarem na Europa, se a crise atual não for resolvida, encontrarão um instrumento dócil para os seus desígnios, umas FA à medida.
Ponte Europa / Sorumbático
posted by Carlos Esperança