sexta-feira, 20 de abril de 2012

O GOVERNO CONTINUA A MENTIR AOS PORTUGUESES



Continuam a mentir aos portugueses”

Económico
20/04/12 10:08

A oposição diz que o facto de ministra da Justiça admitir que o corte de subsídios perdure além de 2015 demonstram que o Executivo continua "a mentir".

As palavras da ministra da Justiça já mereceram uma reação por parte do PS. Para o deputado socialista Miguel Laranjeiro, o Governo está a ultrapassar "todos os limites da seriedade política".

"Esta é uma declaração que ultrapassa todos os limites da seriedade política. Eu creio que os portugueses exigem saber a verdade, quando serão repostos os subsídios aos funcionários públicos e aos pensionistas. É isso que os portugueses certamente quererão saber", frisou Miguel Laranjeiro, ouvido pela Antena 1.

Já o deputado do Bloco de Esquerda João Semedo não hesita em concluir, depois das declarações de Paula Teixeira da Cruz, que "o Governo mentiu" e continua "a mentir": "A ministra da Justiça acaba de confirmar aquilo que todos os portugueses já tinham percebido. O Governo mentiu. Relvas, Passos Coelho, Vítor Gaspar mentiram aos portugueses relativamente à reposição dos subsídios".

"Não houve lapso nenhum. Todos os ministros, pelos vistos, sabiam que só em 2015 é que seriam repostos e mesmo assim parcialmente. Portanto, os únicos portugueses que sabiam essa data de 2015 como o momento de reposição dos subsídios eram os membros do Governo e é isso que hoje nos diz a ministra da Justiça", avaliou o deputado bloquista.

"Mas a ministra diz-nos outra coisa. É que provavelmente nem em 2015. O que significa que também desta vez o próprio primeiro-ministro e o ministro das Finanças continuam a mentir aos portugueses. É também o sentido que têm as palavras da ministra da Justiça", concluiu.

Recorde-se que a ministra da Justiça admitiu hoje, também em entrebista à antena 1, que o corte dos subsídios de férias e de Natal para trabalhadores do Estado e pensionistas se prolongue para lá de 2015, caso a Europa mergulhe ainda mais na crise.

Paula Teixeira da Cruz recusou ainda que o Governo tenha incorrido num "lapso" a propósito do calendário para a reposição dos 13.º e 14.º meses. E advertiu que uma eventual rejeição do Orçamento do Estado pelo Tribunal Constitucional "seria uma catástrofe".

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