O Governo tentou desdramatizar a greve geral, mas esta acabou por fazer crescer a tensão social e política. Houve incidentes à porta do Parlamento - com sete detidos e dois feridos -, vários pontos de tensão entre piquetes e as forças policiais, até 'cocktails' Molotov atirados a repartições de finanças. Agora, a UGT e a CGTP exigem diálogo. O primeiro teste é a Concertação Social de 2.ª-feira. Tema: aumento do horário de trabalho.
A greve não chegou ao conflito aberto de Atenas, mas não se ficou pela habitual contestação pacífica. E nem a habitual guerra de números se evitou, apesar da tentativa inicial do Executivo.
Piquetes de greve afastados à força pela PSP, linhas de comboio só retomadas após intervenção da GNR, cocktails Molotov atirados a três repartições de finanças, tensão alta junto ao Parlamento com o derrube da barreira de segurança, sete detidos e dois feridos. A terceira greve geral, decorrida ontem, não foi como as anteriores. E acabou por acentuar a tensão social e política - em vez de servir para a abrandar.
Apesar dos primeiros incidentes, o Governo até começou o dia com um discurso apaziguador. No final do Conselho de Ministros, o ministro Miguel Relvas, braço-direito de Passos Coelho, dava a cara por uma mensagem: "A greve não é uma guerra de números", disse, a par da tradicional mensagem de compreensão face à greve e de convicção de que este rumo - o do Governo - é o único possível ("não há outro caminho").
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