quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CONCERTAÇÃO. REUNIÕES CUSTAM MEIO MILHÃO POR ANO

Concertação. Reuniões custam meio milhão de euros por ano

Publicado em 03 de Agosto de 2011
Parceiros do governo neste órgão consultivo são pagos de três em três meses. Trabalho técnico é justificação

Não há reuniões grátis. Ainda menos as da comissão permanente de concertação do Conselho Económico Social, que, este ano, por exemplo, vão custar ao Estado 525 mil euros. A verba está prevista em todos os Orçamentos do Estado e serve para apoiar o trabalho técnico exigido na preparação dos encontros de concertação social.

O Conselho Económico Social (CES) está inscrito na Constituição e tem competência consultiva e de concertação social. Da comissão permanente, além do governo, fazem parte as confederações patronais e os sindicatos - ao todo seis entidades -, que de três em três meses recebem 20 544 e 24 653 euros respectivamente. Tudo somado, ao fim do ano, os parceiros recebem do Estado mais de 500 mil euros, contribuições financeiras que a secretaria-geral do Conselho Económico e Social diz serem "atribuídas em função da participação permanente de cada uma das confederações nas actividades do Conselho no ano a que se reportam". Acrescenta ainda que as contribuições "são atribuídas pelo menos desde 1989, antes da própria criação do CES" - quando se chamava Conselho Permanente de Concertação Social. João Machado, da Confederação dos Agricultores de Portugal, explica que esta verba é necessária aos parceiros "sobretudo quando há processos de concertação muito longos", em que a exigência técnica é maior. Tudo porque as confederações, lamenta Machado , "têm núcleos técnicos muito pequenos".

A Comissão Permanente da Concertação Social tem de se pronunciar obrigatoriamente sobre temas como as Grandes Opções do Plano, o Orçamento do Estado, a Conta Geral do Estado ou as questões relativas ao Código do Trabalho. R.T.

Qual a sua reacção:

Antonio Miguel
Este caso é como muitos outros que existem. É só inventar razões e extorquir dinheiro dos cofres públicos!!Já lá vão muitos anos em que fui a reuniões do Conselho. Nunca recebi um tostão das presenças. Tudo se faz para ir ao Cofre !Este é um caso como o pagamento de senhas de presença aos membros das mesas de voto aquando das eleições. Fi-lo durante anos, sempre sem nada receber. Agora... quanto custa? Nem por que pagam a abstenção caiu !Cuidado que o pote esvaziou e quem se lixa são sempre os mesmos, o contribuinte. Até quando?

António Penedo

Concertação??? Esta mais não serve do que para legitimar as decisões governativas. Não fora com a sua cobertura, quem as aceitaria? Esta desconcertação dá muito jeito (...?), por isso convem continuar a pagar aos parceiros... A inflacção dá para justificar todos os aumentos, porque não das reformas e dos ordenados. Ganha-se muito? Então e a santa vilanagem?

Anabela Couteiro Há 8 horas

Acabem com a concertação, pelo menos nestes moldes. Quanto ao trabalho técnico (???) o que é isso? Não vão para lá negociar se o governo aumenta os impostos ou controla a inflação? Isso faz parte do tranbalho dos políticos. Já agora comecem tambem a pagar à reunião no governo, ou seja, de cada vez que lá vão recebem mais uma subvençãozita... É incrível como as pessoas se aproveitam para sacar, é incrível como os deputados legislam para se abotoarem!!! É incrível tudo isto! E depois sacam mais impostos por causa do défice para o qual eles próprios contribuem com os seus maus exemplos. Era bonito começar a cobrar ao patrão pelos trabalhos suplementares que nos vão acrescentando e que, segundo eles, temos que fazer em nome da polivalência...

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