quarta-feira, 27 de março de 2013

ECONOMISTAS DEFENDEM SAÍDA DE PORTUGAL DO EURO

Estes economistas já vêem Portugal fora do euro e dizem como vai ser

Por Margarida Bon de Sousa , publicado em 25 Mar 2013 - 13:59 | Actualizado há 2 dias 5 horas
Defensores da saída do euro invocam o caso da Islândia. E dizem que a recuperação será mais rápida
IN JORNAL I
 
  • símbolo euro
    Modelo social europeu falhou
    Alex Domanski/Reuters

PAUL KRUGMAN E CHIPRE

Paul Krugman defende saída imediata de Chipre da Zona Euro

Por Agência Lusa, publicado em 27 Mar 2013 - 09:07 |  
IN JORNAL I
 
  • Paul Krugman
    D.R.

COMO SÓCRATES DEIXOU O PAÍS E COMO PORTUGAL ESTÁ AGORA

Em junho de 2011, e depois da derrota nas eleições, José Sócrates deixou o PS e o país. Esta semana regressa numa entrevista à RTP

Como José Sócrates deixou o país...e como Portugal está agora

Petição a favor de Sócrates na RTP soma 190
Sócrates terá espaço semanal na RTP
Daniel Rodrigues
26/03/2013 | 19:01 | Dinheiro Vivo 
          
Vinte meses depois da derrota nas legislativas, em junho de 2011, José Sócrates regressa esta semana à RTP para a primeira entrevista desde que deixou o Governo. Os números - e o legado económico do ex-primeiro-ministro - prometem ser temas centrais.
O desempregoNo segundo trimestre de 2011, o INE estimava que 675 mil pessoas estivessem desempregadas: 12,1% da população actva. Este valor até tinha caído face ao trimestre anterior, mas já se começavam a notar os efeitos da crise - só a construção tinha perdido 80,8 mil empregos face ao período homólogo.
Quase dois anos depois, os números são bem piores. Na 7ª avaliação do memorando da troika, feita este mês, Vítor Gaspar admitiu que a média anual desemprego será de 18,2%, com este indicador a atingir os "quase 19% da população ativa no final de 2013 e início do próximo ano", admitiu o ministro das Finanças.
A tendência é estrutural: até 2015, o desemprego deverá manter-se acima dos 18%, segundo as previsões económicas desenhadas na última avaliação do memorando.

A dívidaEm fevereiro de 2005, quando Sócrates subiu ao Governo para o seu primeiro mandato, a dívida total do país ascendia a 91 mil milhões de euros, segundo os números do IGCP. Seis anos depois, no final de 2011 e acompanhando a subida dos níveis de endividamento na Europa, a dívida portuguesa já ascendia a 164 mil milhões de euros, incluindo os primeiros oito mil milhões de ajuda concedidos pela troika.

Nesses seis anos, a dívida em percentagem do PIB subiu de 61,7% (final de 2005) para 108,1% do PIB (final de 2011). Hoje está pior: no final de Fevereiro, Portugal ultrapassou pela primeira vez os 200 mil milhões em dívida (e esta já representa 122,4% do PIB). Nas contas do Governo Passos pesam sobretudo os 63,9 mil milhões de euros emprestados pela troika no âmbito do programa de assistência financeira. O pacote total de financiamento, com tranches até meados de 2014, ascende a 79,5 mil milhões, mas parte do envelope destinado à banca - 12 mil milhões - ainda não foi utilizado.
emprestados pela troika no âmbito do programa de assistência financeira.

O défice
Junho de 2011, o mês da saída de Sócrates, dá apenas uma leitura parcial das contas orçamentais nesse ano, mas os dados preliminares avançados pelo INE para o segundo trimestre mostravam que o défice público ascendia nesse mês a 7,7% do PIB (3,1 mil milhões de défice), acima do objetivo de 5,9% previsto pelo Eurostat.
No final de 2011 – e já depois de o governo de Passos Coelho ter aplicado um corte de 50% no subsídio de Natal – o défice orçamental fechou o ano nos 4,4% do PIB. Um ano mais tarde, os números voltariam a subir – e Portugal reportaria um défice de 6,6% a Bruxelas no fecho de 2012.
A recessãoNo boletim para o verão de 2011, logo após a mudança de Governo, o Banco de Portugal previa uma contração de 2% do PIB para o final desse ano. A quebra final seria menor, mas o produto recuaria, mesmo assim, 1,6%
2012 foi ainda pior, com a quebra no consumo e a recessão externa a arrastarem o produto para uma queda de 3,2%, a maior desde 1975.
Em 2013, a recessão continuará a acentuar-se. Segundo as estimativas do Banco de Portugal, divulgadas esta semana, o PIB cairá 2,3% este ano e só recupera em 2014. Aqui, os números de Carlos Costa são mais otimistas do que os do Governo, esperando um crescimento de 1,1%. Mesmo assim, o BdP admite que esta previsão pode ser alterada pela profundidade da reforma do Estado – e por novos cortes na despesa.


MOÇAMBIQUE-MARRABENTA

Marrabenta - juro mesmo...chikuembo chanhako
Para treinar no fim de semana...****

ATENÇÃO, É VÁLIDO PARA TODOS!

 
VAMOS A VER QUAL DOS POLÍTICOS DESISTE DE SER COMENTADOR DE TV. 

O PAPEL TEM FUTURO



...É verdade. O papel
não está morto. E tem futuro.

Não pensem que por haver computadores o papel vai deixar de ser preciso.


Ora vejam aqui: http://vimeo.com/61275290

segunda-feira, 25 de março de 2013

O FURACÃO JOSÉ SÓCRATES




Petições a favor e contra Sócrates na RTP crescem na internet

Grupos de cidadãos estão a lançar petições online a favor e contra a presença do ex-primeiro-ministro socialista como comentador político na RTP.
Liliana Coelho
 
Na internet multiplicam-se as petições a favor e contra a ida do ex-primeiro-ministro José Sócrates para a televisão pública, registando-se já quatro de cada lado.
A petição "Recusamos a presença de José Sócrates como comentador da RTP", a primeira que foi hoje lançada, reunia mais de 52.500 assinaturas até às 18h10, e dirige-se aos deputados da Assembleia da República e ao Presidente da Administração da RTP, Alberto da Ponte.
"Nós, cidadãos e contribuintes portugueses, declaramos por este meio, que recusamos a presença do Ex-Primeiro Ministro José Sócrates em qualquer programa da RTP, televisão essa que é paga com dinheiros públicos dos contribuintes que sofrem do resultado da má gestão deste senhor", pode ler-se no texto da petição (http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N37935).
De acordo com o mesmo texto, os signatários desta petição acusam o antigo primeiro-ministro de "gestão danosa", recusando o branqueamento das suas ações.
"Recusamos liminarmente o branqueamento das ações deste senhor através da TV dos atos de despesismo e gestão danosa, que fez com este país andasse para trás, e não para a frente", acrescenta.

Oportunidade para defender-se


Em resposta a esta primeira petição surgiu às 13h30 uma outra, a favor da presença do ex-primeiro ministro na estação pública, dirigida à Assembleia da República (http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N37949). "A petição a favor da presença de Sócrates na RTP" contava à mesma hora com 2311 assinaturas e defende que as reações que surgiram após a notícia que de José Sócrates seria o novo comentador da RTP mostram que "ele marcou a vida política portuguesa nos últimos anos", tendo direito defender-se.
"O balanço da sua governação, positivo ou negativo, depende da avaliação de cada um e do que valoriza em cada prato da balança , houve atitude , obra feita , houve erros mas também muitos benefícios. Mas acima de tudo vivendo nós num estado democrático e de direito há um princípio fundamental basilar desse mesmo Estado : O Princípio do contraditório , o princípio da defesa quer do bom nome quer das opções tomadas", refere o texto da petição a favor de Sócrates.
Segundo os signatários, vivemos num estado democrático, sendo que o princípio do contraditório é um direito do antigo primeiro-ministro.
"E face aos ataques que têm sido feitos, nomeadamente por este Governo encontrando um " bode expiatório " para encobrir todo o seu falhanço, e a ausência atroz de contraditório que reponha a verdade dos factos (o que significa reconhecer os erros que foram feitos mas também os benefícios nos vários domínios que foram alcançados) defendemos que é de todo o direito e interesse que o principal visado tenha a oportunidade de se defender", lê-se ainda no texto desta petição.

Presença à custa dos "exurbitantes impostos"


Contra a presença de José Sócrates na RTP há ainda mais três petições. A "Petição Correr com José Sócrates" (http://www.peticaopublica.com/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=P2013N37939), que junta 986 assinaturas, defende que "Sendo a RTP financiada pelo estado não tem legitimidade moral para contratar um dos principais arquitetos do descalabro político/económico deste País", enquanto a "Petição Contra o comentário político do ex-primeiro ministro José Sócrates na RTP" (http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N37936), com 1010 aderentes, questiona "o interesse que serve a um povo a viver em crise ouvir, sem hipóteses de interagir verbalizando reações e opiniões, o comentador político em questão, tendo sido este ator primeiro nos factos que nos levaram ao momento em que estamos a viver".
Já a "Petição contra Sócrates o verdadeiro ladrão do país" (http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N37987), menos simbólica, conta com 44 assinaturas e diz recusar Sócrates na televisão pública à custa dos "exurbitantes impostos" dos contribuintes.

"Sócrates foi um dos melhores políticos"

Petições a favor do ex-primeiro-ministro na estação pública há também mais três. Com 186 subscritores, a "Petição a favor de regresso do Ex. Primeiro Ministro Engª José Sócrates", apoia o regresso de José Sócrates, defendendo que foi "um dos melhores políticos de Portugal."

"Sendo que o seu afastamento da vida política portuguesa se deveu a uma crise financeira provocada pela especulação bancária e pelas mentiras que caracterizaram a campanha dos seus adversários políticos, vamos desta forma apoiar o regresso de um dos melhores políticos que Portugal já teve na sua história", pode ler-se no texto de apresentação da petição.
Na petição "Aceito Sócrates na RTP"(http://www.peticaopublica.com/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=P2013N37963), que é dirigida ao Parlamento e conta com 319 subscritores, defende-se que o ex-primeiro ministro deva ser questionado, o que constitui serviço público. " Então não era este o responsável por todos os males? Porquê ter medo que o homem fale e seja questionado? Não é isto serviço público? Quantos teriam esta coragem de dar a cara?"
Já a "Petição a favor da presença do cidadão José Sócrates como comentador na RTP" (http://www.peticaopublica.com/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=P2013N37960) reúne 415 assinaturas e diz aceitar a presença do antigo-ministro na estação pública, que é paga "com dinheiros públicos dos contribuintes que sofrem do resultado da má gestão política e europeia de vários governos e más decisões económicas até por quem mais deveria entender do assunto... a famigerada "troija", pelo que não atribuímos a culpa de todos os nossos "males" ao referido Ex-Primeiro Ministro e atual cidadão José Sócrates."
A RTP confirmou hoje que José Sócrates será comentador político na estação pública, a partir de abril, num programa semanal.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/peticoes-a-favor-e-contra-socrates-na-rtp-crescem-na-internet=f795292#ixzz2OZrpZrdh


IN REPÚBLICA DIGITAL
Republica Digital - Questões de política nacional, internacional, economia e estratégia

JOSÉ SÓCRATES, O COMENTADOR POLITICO COM MAIS DIREITOS CÍVICOS QUE O COMUM DOS PORTUGUESES QUE BEM GOSTAVAM TAMBÉM DE TER ESSES MESMOS DIREITOS PARA DIZER UMAS COISAS


Sócrates de volta a Portugal e logo como comentador político está a por o país político e não só à beira de um ataque de nervos, já há petições contra e a favor de Sócrates a comentar na RTP, e a que está contra, já conta com mais de 100 mil assinaturas, o PSD e o governo, na expectativa, enquanto, algumas vozes no CDS reprovam está ideia da RTP, ou do governo ou do próprio Sócrates, não se sabe lá muito bem, no PS porém receia-se o que o antigo líder do PS possa dizer, e têm razão para o fazerem, o estilo de Sócrates pode provocar um enorme apagão em José Seguro ou pior um autêntico curto-circuito no PS, e isto não é alheio a alguns socialistas como Francisco Assis ou António Costa. Mas o que tem de tão especial a vinda de Sócrates a comentar na RTP ? Bem trata-se de mais um comentador político como tantos outros que povoam os canais de TV, e a coisa já se tornou tão banal, pois é uma forma de políticos incompetentes fazerem politica, pois, outras pessoas que não estejam ligadas à capital e aos partidos políticos não tem qualquer oportunidade de comentar de forma mais credível e isenta factos políticos, são simplesmente excluídas. Chega a ser indecente um dos apoiantes de Sócrates vir dizer que ele «tem direito a defender a sua imagem» [na RTP] e «Sócrates tem naturalmente todos os seus direitos: à palavra, à liberdade de expressão, a intervir civicamente». A sério ? E o resto dos portugueses que não andam na politica, também têm os mesmos direitos à palavra, à liberdade de expressão e a intervir civicamente ? E eu posso ter esses direitos também ? Aposto como não, e só por isso mostra a podridão da vida politica em Portugal. Chega a ser uma desonestidade, comentadores como Marcelo Rebelo de Sousa que se transforma de comentador político em "adviser" do governo e do presidente a partir da TVI ou vice-versa quando não vai mais longe imagine-se ao desvalorizar e banalizar o pacífico protesto dos portugueses em cantarem o Vila Grândola Morena. Mas Marcelo não é um bom comunicador ao contrário de Sócrates que o é, este é mesmo maçador, e sem admiração, vazio em ideias. Sócrates é um homem que está a provocar fortes emoções contraditórias nos portugueses, ao que prova que ele é um exímio especialista em comunicação e oportunidade mediática, o que não é de forma alguma sinónimo de um homem com ideias e esclarecido para resolver os problemas do país, e Sócrates não foi esse homem e não é esse homem apesar de andar estudar filosofia, bem pelo contrário, é um homem que de tornou bastante polémico e um fenómeno mediático, mas é na verdade um dos homens que levaram o país a está situação de crise cíclica e destruição da economia, não haverá habilidades possíveis que Sócrates possa usar que desmontam factos, como é o caso da actual realidade económica e social do país. A estratégia que Sócrates possa usar é sublinhar e destacar a responsabilidade de outros ou possivelmente de resumir as questões da actualidade política, mas sobretudo tornar a sua imagem imaculada perante a desgraça em que colocou o país. Hoje em dia apesar do mediatismo que é usado e abusado pelos políticos, a inovação e alternativas não vem deles mas sim daqueles que os média tradicionais não seguem. O Sócrates não deverá se esquecer de uma coisa, a politiquice vinda dos partidos cleptocraticos como o dele, não tem soluções para as novas realidades políticas que os portugueses exigem. E uma delas é a alteração de regime político. Uns defendem esses ideais como eu, os outros são meros velhos do Restelo do regime cleptocratico corrupto que tanto o próprio Sócrates alimentou e desenvolveu criando prejuízos impensáveis aos portugueses e à economia portuguesa.

Paulo Ramires
Licenciado em Gestão, e investigador em Relações Internacionais

DANÇA DE COMENTADORES

E tu em que comentador votas?


por FERREIRA FERNANDESHoje52 comentários
IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS
Tornou-se o coroar de progressão na carreira de um político: militante, deputado, ministro e, enfim, comentador político televisivo! Três ex-líderes do PSD, um do PS e um do BE acabam de se juntar a um outro ex-líder social-democrata - o professor Marcelo, o indestronável Ferguson do comentário -, num vendaval de contratações. Antigamente a glória era chegar a comendador; agora, a comentador. Passa-se de uma consonante sonora (d) para uma surda (t), o que para quem se quer fazer ouvir me parece despromoção. Acresce que nisto de juntar política e televisão não se pode ficar a meio caminho. Como um dia disse Emídio Rangel, uma televisão pode vender um Presidente. Disse "uma televisão", não "um comentário televisivo". Ponham os olhos em Berlusconi que para chegar lá comprou a emissora, o que não o fez uma respeitada "Sua Eminenza", fê-lo uma poderosa "Sua Emitenza"... Já critiquei a moda pela minha ótica de consumidor: a atual política informativa das Tvs com um político comentador político - dar altifalante a alguém que faz de conta que comenta de fora, quando é parte interessadíssima - é uma fraude (e ainda por cima com a caução de um jornalista/virador, que só está no palco para mudar as páginas da partitura do artista.) Volto à crítica, por generosidade para com comentadores: se a intenção é política (e é), não é só perda de tempo, é despromoção. O político é aquele que ganha a outro. A falar sozinho não vai lá.

JOSÉ SÓCRATES, O SINDICATO DOS JORNALISTAS E O PARLAMENTO

SJ contra ida de director da RTP ao Parlamento

Publicado a 22/03/2013 Comunicados
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) considera que o o Director de Informação da RTP não deve ser chamado ao Parlamento para prestar esclarecimentos sobre o convite feito a José Sócrates e a Morais Sarmento para programas semanais de comentário político na estação pública.

Segundo afirma o SJ, em comunicado divulgado ao final da tarde, a “prestação de contas ao Parlamento contraria frontalmente a garantia constitucional de independência dos meios de comunicação social do Estado face ao poder político”, para além de gerar uma “inaceitável suspeita nos cidadãos de que tais meios – e especialmente os seus directores – estão ao serviço do poder político”.
Sem questionar a legitimidade do debate instalado em torno da escolha de tais comentadores, o SJ advoga que cabe ao Director de Informação “ler e interpretar o conteúdo” desse debate, pelo que considera que “não deve ser chamado ao Parlamento e que, sendo-o, deve declinar qualquer prestação de contas ao poder político”.

ANGOLA QUER APROXIMAR-SE DE PAÍSES DE RENDIMENTO MÉDIO

Angola quer aproximar-se de países de rendimento médio
Internacional
22/03/13, 18:01
OJE/Lusa

Angola visa nos próximos cinco anos em aproximar-se do grupo de países de rendimento médio e formar 2,3 milhões de quadros, a quem não faltará emprego, disse hoje à Lusa o economista e professor universitário angolano Manuel Nunes Júnior.

O economista, que coordenou a equipa que elaborou o programa de Governo do MPLA, partido no poder, nas eleições de 2008 e 2012, fundamentou as apostas na previsão de crescimento da economia angolana, no mesmo período, em 7,1%.

Secretário do Bureau Político do MPLA para os Assuntos Económicos, Manuel Nunes Júnior falou à Lusa no final de uma conferência que proferiu hoje em Luanda sobre a importância do capital humano no crescimento dos países, particularmente em Angola.

"Para um país como Angola ter sucesso no seu processo de crescimento, deve ter quadros qualificados, competentes, e que também estejam devidamente engajados em termos de interesse nacional", defendeu.

A formação destes quadros deverá ser feita numa complementaridade dos setores público e privado, "cabendo ao Estado a posição dominante", sustentou.

No plano macroeconómico, Manuel Nunes Júnior acredita que apesar da dependência do país relativamente ao petróleo, a economia nacional cresça em média os 7,1% referidos, graças ao crescimento do setor não petrolífero, no citado período de cinco anos, em 9,5%.

A dependência da economia angolana do setor petrolífero é evidenciada pelos números: o setor representa 45% do Produto Interno Bruto, 70% das receitas fiscais e 90% das exportações.

"Estes valores tornam a economia angolana muito vulnerável a choques externos", reconheceu, considerando que o desafio de Angola passa pela diversificação da sua economia.

Manuel Nunes Júnior concluiu a intervenção citando dois exemplos do sucesso económico que Angola começa a ter e que deverá prosseguir no futuro.

O primeiro exemplo vem das reservas de divisas líquidas, que em 2012 se fixaram em 24,8 mil milhões de euros e que se prevê que cresçam para 40,7 mil milhões em 2017.

O outro exemplo vem do lado da inflação. Em 2012, pela primeira vez em décadas, aquele valor desceu para apenas um dígito: 9%.

A conferência foi organizada pelo Grupo MCA, sedeado em Guimarães, Portugal, que alargou à energia, infraestruturas e máquinas e equipamentos a especialização até aqui em Engenharia e Construção Civil, em parceria com a Universidade Agostinho neto, de Angola.

A iniciativa contou com o patrocínio das universidades Eduardo Mondlane, de Moçambique, e do Minho, de Portugal.

As três instituições universitárias assinaram no final um memorando de entendimento para a formação de quadros, inovação, desenvolvimento e responsabilidade social.

ESTUDANTES AMEAÇAM PRIMEIRO-MINISTRO

Estudantes dão ultimato a Passos antes de "ações de força"

JOÃO PEDRO CAMPOS
IN JORNAL DE NOTÍCIAS
Os estudantes do Ensino Superior exigem ao primeiro-ministro uma reunião com caráter de urgência, devido à situação atual do ensino. E asseguram que, caso não tenham resposta por parte de Pedro Passos Coelho, poderão recorrer a ações de força.
foto Leonel de Castro/Global Imagens
Estudantes dão ultimato a Passos antes de "ações de força"
O ultimato foi feito por uma comissão composta por treze associações de estudantes de todo o país, que ontem divulgaram uma carta aberta em Coimbra. "Continuamos a investir menos que a maioria dos países da União Europeia no Ensino Superior, temos uma das propinas mais elevadas da Europa, um sistema da Ação Social Escolar obsoleto e ineficaz e a realidade do abandono escolar, do desemprego jovem e da emigração", pode ler-se na carta. Lamentam ainda que a educação não seja vista como uma prioridade, pois "um licenciado devolve, em média, três vezes mais ao Estado do que aquilo que o Estado investiu nele".
O presidente da Federação Académica do Porto, Rúben Alves, lembra os "mais de 1500 pedidos de bolsa de estudo que foram indeferidos" devido a uma situação contributiva ou tributária irregular, destacando que os alunos são os menos responsáveis por essa situação. "Voltámos ao tempo antes do 25 de Abril, com a distinção entre os filhos legítimos e ilegítimos", considera.
Os estudantes não definem um prazo para a marcação da reunião nem especificam que tipo de ações poderão levar a cabo caso não sejam ouvidos. "O caráter é urgente, não é necessário definirmos um prazo. Acreditamos que teremos resposta do primeiro-ministro e queremos ser parte da solução, mas as respostas às nossas propostas têm sido nulas, o que nos poderá fazer tomar uma posição diferente", avisa o presidente da Direção--Geral da Associação Académica de Coimbra, Ricardo Morgado. Rúben Alves alerta que o movimento associativo tem tentado ter uma postura construtiva na solução dos problemas do setor, mas não tem havido recetividade.
A comissão foi constituída no último Encontro Nacional de Direções Associativas, que teve lugar em Setúbal entre 8 e 10 de março, e onde participaram cerca de 60 associações de estudantes. O anúncio do ultimato a Pedro Passos Coelho foi feito ontem, durante o 51.o aniversário do Dia do Estudante. Ricardo Morgado entende que não há comemoração da data por parte dos estudantes "porque não há muito para comemorar".
O atual período de férias é, para o dirigente máximo da Academia de Coimbra, "um momento em que muitos alunos estão a avaliar se valerá a pena continuar no Ensino Superior".

WALT DISNEY, PATO DONALD E ZÉ CARIOCA


DESENHO ANIMADO DE 1950: uma verdadeira raridade!
Respondendo a um pedido do governo Americano que buscava a todo custo
uma aproximação com o Brasil, WALT DISNEY criou (entre outros) esta
curta metragem antológica.

Era o fim da 2ª grande guerra mundial e o governo americano temia que
o Brasil pudesse se tornar um país comunista.
Esta pequena maravilha foi criada no início dos anos 50, inteiramente
à mão, sem computadores nem outro tipo de ajuda, como os efeitos
especiais do cinema de hoje em dia.


                                     CLICAR NO LINK ABAIXO E AUMENTAR O SOM.



http://www.youtube.com/watch_popup?v=_mQHr8bAojU&vq=small

OS IMPOSTOS, COLBERT E MAZARINO


Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, na peça teatral Le Diable Rouge, de Antoine Rault:Colbert: - Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço...
Mazarino: - Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado... é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!
Colbert: - Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criámos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: - Criando outros.
Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: - Sim, é impossível.
Colbert: - E sobre os ricos?
Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: - Então como faremos?
Mazarino: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer, e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!