segunda-feira, 6 de maio de 2013

PAULO PORTAS HUMILHA PASSOS COELHO

PS: “Não há memória” de um ministro de Estado “humilhar publicamente” o seu primeiro-ministro
06 Maio 2013, 13:38 por Nuno Carregueiro | nc@negocios.pt
 
Partido Socialista vai votar contra a taxa que o Governo equaciona implementar sobre os pensionistas, afirmou João Ribeiro, considerando que existe uma “crise política muito grave” no Governo, que “mergulhou o País num pântano político”.
O Partido Socialista classifica de “muito grave” o que se passou em Portugal nas últimas 72 horas, com o primeiro-ministro a anunciar medidas e o ministro de Estado a mostrar-se contra uma delas dois dias depois.

Paulo Portas “desautorizou” o primeiro-ministro em duas matérias – taxa sobre as pensões e Documento de Estratégia Orçamental - onde Portugal se comprometeu com o exterior, assinalou o porta-voz do partido.

João Ribeiro compara o que se passou a uma “moção de censura” dentro do Governo, que está “dividido e sem credibilidade” e “mergulhou o país num pântano político”.

Acusando o Governo de estar em crise política “permanente desde Setembro de 2012”, o porta-voz do PS questionou a autoridade de Passos Coelho para pedir consensos com o PS e para responder perante os credores.

O “Governo comprometeu Portugal sem ter consenso dentro do Governo”, disse João Ribeiro, questionando que quando o primeiro-ministro falar ao País, ninguém “o pode levar a sério, sem antes ouvir Paulo Portas”.

Um “ministro de Estado a humilhar publicamente o seu primeiro-ministro. Não há memória” em Portugal e os portugueses “não merecem” esta crise política. “Lançar tanta incerteza é inaceitável e brincar com a vida das pessoas”, disse João Ribeiro, referindo-se à indefinição sobre a taxa que está a ser equacionada sobre os pensionistas, que merecerá o voto contra do PS se chegar ao Parlamento.

João Ribeiro lembrou que o primeiro-ministro prometeu não despedir um único funcionário público e agora avança com “cortes cegos, em nome de uma obsessão ideológica”, que “vai agravar vida de todos os portugueses”.

Para o mesmo responsável, este Governo “não tem credibilidade e não gera confiança” aos portugueses.

1 comentário:

  1. Ainda bem que saí a tempo da função pública - Ainda bem que me reformei há quase 3 anos, já saltei a "barreira" e agora na condição de aposentado, já tenho mais gente que me defenda para além do PCP e do Bloco de Esquerda. Agora já posso contar com o PS e com o CDS para me defenderem também para me segurarem o mais possível o valor da pensão que recebo. Mesmo assim ela já foi reduzida: fazem-me pagar para a ADSE; aumentaram-me o IRS e também me cortaram nos subsídios.
    Mas os que ficaram e que não aproveitaram para sair da função pública, embora já estivessem em condições de o fazer, estão a ficar pior de ano para ano, "they are all fucked" (tradução: eles estão todos lixados), porque já pagaram bastante, continuarão a pagar e qualquer dia até acabam com as aposentações antecipadas e vão ter que ficar no seu posto de trabalho até aos 66, 67, quiçá até aos 70 anos se lá chegarem, apesar de "haver funcionários públicos a mais", conforme dizem os nossos políticos há muitos anos. E por doença, só saem se ficarem com diagnóstico de morte a curto prazo ou acamados e mesmo assim, muitos deles terão que ir a Juntas Médicas em local que lhes será indicado. Alguns deles (os que não tiverem apoio familiar) irão morrer em casa abandonados sem conseguirem receber a pensão a que têm direito e para a qual descontaram, porque já não podem tratar da aposentação e o Estado não os vai procurar. Se for proprietário da casa que habita, passados 13 ou mais anos as Finanças deverão mandar um funcionário a sua casa, a fim de saberem porque não pagou o IMI (aconteceu recentemente um caso destes).
    Zé da Burra o Alentejano

    ResponderEliminar