sexta-feira, 7 de setembro de 2012

QUANDO É QUE ESTE POVO SE REVOLTA?


O QUE A TROIKA NOS QUIZ DIZER, QUANDO AFIRMOU QUE A CULPA DO MAU DESEMPENHO ECONÓMICO E FINANCEIRO DESTE PAÍS É DE PASSOS COELHO E NÃO DO MEMORANDO ASSINADO, É QUE DEVEM SER OS PORTUGUESES A TOMAR CONTA DO SEU DESTINO, OU SEJA, A CORRER COM ESTE GOVERNO!
A máscara enfim caiu
por ANDRÉ MACEDO
IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS



Nos exames trimestrais, já se tornou habitual cedermos a iniciativa política. Deixarmos até que a língua portuguesa seja trocada pelo inglês sem tradução - mesmo nos documentos oficiais. É a vida. Jogamos fora cá dentro: encolhemos os ombros, engolimos as medidas, curvamos a espinha. Na verdade, é tudo simbólico: lavamos as mãos do nosso próprio destino. Eles mandam, nós cumprimos.

O que acha a troika desta boa vontade? Ora bem, se Relvas é o ministro das equivalências e Borges o equivalente a ministro, então a troika, mais coisa menos coisa, equivale ao nosso Governo. Tudo normal, portanto. Será mesmo assim? Esta semana, num encontro com um grupo de sindicalistas, a troika sublinhou que afinal a responsabilidade das medidas é do Executivo português, não dela. O bom, o mau e o péssimo do memorando de entendimento deve ser atribuído só ao Governo. É ele que executa e presta contas.

Naturalmente, a frase caiu mal. Soou a traição, embora na realidade, contra todas as indignações, tenha calhado muito bem. Devíamos ter festejado o acontecimento. Aquela frase é uma boa frase. Aquela frase dá-nos algum espaço de manobra, responsabiliza-nos e abre um debate que até agora parecia chutado para as margens da espuma partidária.

A este gesto que a troika fez sem querer, sem pensar e talvez sem medir as consequências podemos chamar de nation building - a expressão que as Nações Unidas usam para dar algum poder aos países ajoelhados. Significa capacitar os nativos que eles têm de começar a andar pelo próprio pé. Não vale a pena culpar os outros, embora isso faça parte do processo de cura: negação, raiva (histeria), negociação, depressão, aceitação. Já passámos pelas primeiras quatro fases, embora com a ordem trocada e sem nunca aprofundar o terceiro passo - a negociação.

É essa possibilidade que agora se reabre diante de nós. Não passámos a ter avenidas floridas à nossa frente, a margem continua estreita, as metas impossíveis, a Zona Euro uma bomba relógio. Mas caiu por terra o imperativo moral (moralista) do Governo - verguem-se, ó culpados - que se abatia sobre os portugueses. O memorando deixou de ser o tapume teórico e a escritura que justificava todas as medidas e agruras. Perdida em parte a desculpa, não resta ao Governo senão assumir a ideologia em nome próprio, com virtudes e defeitos, embora no contexto económico atual. O que equivale a dizer: resta a Passos Coelho governar além da troika, não para a troika - para o País. Caiu finalmente a máscara. Pode até ser bom. Pode moderar os piores instintos.

PETIÇÃO CONTRA AUMENTO DE IMPOSTOS DO JORNAL ECONÓMICO




Petição Não a mais impostos

Para:Governo; Assembleia da República


Portugal foi obrigado a pedir ajuda externa ao Fundo Monetário Internacional (FMI), ao Banco Central Europeu (BCE) e à Comissão Europeia (CE) no dia 6 de Abril de 2011, quando os credores internacionais deixaram de acreditar na capacidade de Portugal pagar as suas dívidas e os bancos nacionais chegaram ao limite da sua capacidade para os substituir no financiamento do próprio Estado.

Portugal estava a viver uma crise política depois do presidente do PSD e líder da Oposição, Pedro Passos Coelho, ter votado contra um novo Plano de Estabilidade e Crescimento, o PEC IV, plano que comportava mais austeridade e um agravamento dos impostos, porque os anteriores planos tinham falhado sucessivamente. O Governo estava então demissionário e as condições de acesso a financiamento de Portugal degradavam-se diariamente.

À beira da bancarrota, os juros das obrigações portuguesas tinham atingido um valor insuportável. E, no dia 6 de Abril, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, faz saber publicamente que Portugal tem de pedir ajuda externa. Nessa noite, José Sócrates cedeu perante os factos, perante as consequências de uma política orçamental que falhou em 2010 e estava a falhar em 2011, e faz um comunicado ao País, à hora dos telejornais, e anuncia que tinha dirigido, naquele mesmo dia, um pedido de assistência financeira à Comissão Europeia.

Foi o início de um processo negocial que acabou com o memorando de entendimento negociado com a ‘troika’ e um plano de ajustamento violento, mas necessário, para garantir a correcção de desequilíbrios, o défice público e o défice externo, e o acesso a uma linha de financiamento de 78 mil milhões de euros. E a expectativa de regresso a um normal funcionamento e financiamento do Estado e da própria economia a partir de Setembro de 2013.

Os portugueses foram, então, confrontados com aumentos de todos os impostos, directos e indirectos, para suportar a redução do défice público. Primeiro, logo em 2011, com uma sobretaxa sobre o IRS, que atingiu 50% do subsídio de Natal e, depois, com um Orçamento do Estado para 2012 que se revelou um confisco. O aumento do IVA, o fim das deduções fiscais para os dois últimos escalões de IRS e a redução dos tectos máximos para os restantes escalões, o agravamento dos impostos especiais sobre o consumo, a revisão dos impostos sobre o património, a tributação das mais-valias em bolsa, a criação de uma taxa única de IRC, enfim, um agravamento generalizado da carga fiscal para empresas e famílias. A carga fiscal sobre os portugueses atingiu o valor recorde, em 2011, de 35,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em simultâneo, o Governo decide o corte dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e de todos os trabalhadores do sector empresarial do Estado durante o período de vigência do acordo com a ‘troika’, uma medida de corte de despesa do Estado – na prática é um agravamento fiscal – que permitiria ganhar o tempo necessário para reformar um Estado pesado e que consumiu em 2011, segundo os números da própria ‘troika’, 48,6% do Produto Interno Bruto (PIB), o segundo nível mais elevado da última década.

Pedro Passos Coelho assumiu, ele próprio, a responsabilidade e deu a cara por medidas difíceis, contrárias àquelas que prometera em campanha eleitoral. Era um mal necessário para mudar de vida e, é preciso reconhecê-lo, acompanhado de um conjunto de medidas do lado da despesa, em áreas como a saúde, a educação, os transportes, que configuraram, também, cortes estruturais em áreas do Estado resistentes e que pesam nos gastos públicos.





A terapia de choque, programada para ser aplicada em três anos, o ajustamento financeiro necessário para permitir uma correcção dos desequilíbrios, foi acompanhada por um conjunto de medidas relevantes em áreas como o código laboral, a lei do arrendamento ou a concorrência, medidas, que, espera-se, vão produzir efeitos positivos na economia a médio e longo prazo.
Ao mesmo tempo, os aumentos de impostos e os cortes temporários na despesa deveriam ter sido acompanhados de uma reforma do sector público, logo em 2012, que identificasse as áreas e as funções que devem ser garantidas pelo Estado. O memorando acordado com a ‘troika’ era, e é, o enquadramento necessário, económico, político e social, para concretizar uma reforma prometida há duas décadas e que não sai do papel.

A evidência de que o Governo não conseguirá cumprir os objectivos de redução do défice em 2012, para um valor de 4,5% do PIB, nos termos acordados com a ‘troika’, fez regressar uma discussão que já deveria ter sido encerrada, a bem do País, e do seu futuro: a serão necessários mais aumentos de impostos, adicionais aos que já estão previstos e que já foram anunciados, para cumprir as metas a que o País está comprometido em 2013?

É neste contexto que o Diário Económico entende promover uma petição pública, numa fase da discussão política e económica e de decisão sobre o Orçamento do Estado para 2013, contra um novo aumento de impostos.

O Diário Económico entende que a evolução económica em 2012 e a quebra significativa das receitas fiscais no presente orçamento evidenciam que o País atingiu o nível máximo de carga fiscal, e, a partir deste patamar, a escolha de mais impostos para garantir uma redução do défice público só poderá ter consequências perversas, e afundar a economia e o País numa espiral recessiva, como se vê na Grécia, outro Estado intervencionado.

O Diário Económico considera que um novo aumento de impostos será mais um incentivo à economia paralela, que tem de ser combatida sem tréguas, mas também uma quebra da actividade das empresas e do consumo sem paralelo.

O Diário Económico considera que o Governo tem de garantir a redução do défice público, um factor absolutamente necessário para libertar a economia, através da redução efectiva e sustentada da despesa pública, sem artifícios ou medidas extraordinárias ou temporárias.

O Diário Económico entende que, se necessário for e para evitar um novo aumento de impostos, o Governo tem de negociar com a ‘troika’ uma revisão do calendário de ajustamento, para garantir uma equidade na austeridade relativamente a outros Estados que estão sob intervenção formal ou informal da ‘troika’, até à luz dos novos instrumentos e mecanismos de intervenção conhecidos no dia 6 de Setembro por parte do BCE e que antecipam um novo enquadramento europeu de apoio ao euro e à estabilidade monetária do espaço da moeda única.

O Diário Económico apela à participação dos portugueses, da sociedade civil, nesta discussão e à subscrição do manifesto contra um novo aumento de impostos que esmaga a economia privada, as famílias e as empresas.

O Diário Económico compromete-se a promover este debate e a levar as assinaturas desta petição à Assembleia da República, para a discussão com os diferentes grupos parlamentares. n



Os signatários
Leia e assine a petição "NÃO A MAIS IMPOSTOS"

Esta petição encontra-se alojada na internet no site Petição Publica que disponibiliza um serviço público gratuito para petições online.
Caso tenha alguma questão para o autor da Petição poderá enviar através desta página: Contactar Autor.

Também pode deixar o seu comentário no site do Ecónomico em www.economico.pt ou através do email assembleiageral@economico.pt.


JARDIM PEDE A INDEPENDÊNCIA DA MADEIRA


Jardim diz que situação da Zona Franca é um "mistério"
por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca


"A Zona Franca é um mistério. Era bom que Lisboa, de uma vez por todas, dissesse aos portugueses e, principalmente, ao povo madeirense - que tem o direito de saber - o que é que está por detrás de tudo isto", afirmou Alberto João Jardim.

Na inauguração de um edifício habitacional e de comércio no concelho do Funchal, o governante perguntou se foi feito "nas costas do povo madeirense algum acordo com potências estrangeiras para em troca se fechar a Zona Franca" e Portugal estar "a receber outras benesses".

"Se foi assim, tenham a coragem de dizer ao povo madeirense", desafiou o chefe do executivo insular, perguntando: "O que é que se passa num Governo que dizem ser do mesmo partido a que pertence o Governo da Madeira e que toma medidas absolutamente inaceitáveis como trancar a Zona Franca?".

Para Alberto João Jardim, "não é só Bruxelas que está a demorar".

"Foi o Orçamento do Estado em que o senhor secretário de Estado do CDS tomou medidas que agravaram a situação da Zona Franca", referiu, acusando todo o Governo de ter responsabilidades nesta matéria.

Em abril, a Assembleia da República chumbou propostas para manter os benefícios fiscais à Zona Franca, conhecida também como Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM).

Os deputados do PSD, CDS-PP e também do PS eleitos pelo círculo da Madeira apresentaram propostas para evitar a revogação de mais benefícios fiscais que estava prevista na primeira alteração ao Orçamento do Estado para 2012.

Nesse mês, Alberto João Jardim revelou que pediu ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para que clarificasse a posição de Lisboa em relação ao CINM.

Alberto João Jardim considerava que "algo não faz sentido" na atuação do Governo central que, diz, em Bruxelas defende o CINM mas, no plano interno, cria dificuldades à sua competitividade.

"(...) Pedi ao primeiro-ministro que dissesse claramente se há algum compromisso oculto do Estado português que implique lesar a Zona Franca da Madeira porque, se há, então tem que indemnizar a Região Autónoma", declarou.

Em julho, a Lusa noticiou que a Comissão Europeia estava ainda a avaliar a alteração do regime de benefícios fiscais do CINM solicitada pelo Governo português.

Na cerimónia de inauguração, o presidente do executivo regional tornou a defender que o arquipélago deve ter o seu "sistema fiscal próprio" ou "os mecanismos de poder no seu Parlamento fazer as leis que são precisas para se fazer o desenvolvimento".

"Temos de ter os mecanismos aqui na Madeira para sair disto", defendeu Alberto João Jardim.

O responsável acrescentou que se Lisboa não quer dar os mecanismos e "ainda faz mais ameaças e mais exigências só tem a dizer uma coisa: se nós somos um peso para o resto do país e se nós sentimos também que estamos com o peso de aturar o que se faz em Lisboa, há aqui uma solução muito simples, vejam-se livres de nós que nós também não ficamos aborrecidos por causa disso, mas deixem o povo madeirense trabalhar, deixem o povo madeirense ir para a frente".

KUTSEMBA



Olá amigos!



Grande notícia vos trago hoje: o nosso projeto Mãos Dadas foi aceite para figurar na homepage do website do ano do Env. Ativo e já está on-line com destaque. Gostaria que vissem e partilhassem connosco essa alegria. O caminho faz-se caminhando… Obg por caminharem connosco! Abr. Sara Loureiro



http://europa.eu/ey2012/ey2012main.jsp?catId=975&langId=en&mode=initDetail&initiativeId=415&initLangId=en


http://europa.eu/ey2012/ey2012main.jsp?catId=972&langId=en

Mãos Dadas - Creative Intergenerational Project Awards

Portugal / Setúbal(Portugal)


Kutsemba is an association founded by a group of young Portuguese with multidisciplinary training. Within the context of the European Year for Active Ageing and Solidarity between Generations, Kutsemba has launched the Mãos Dadas (Given Hands) project. Young and older generations are challenged to form teams and share their knowledge, skills and interests, to let their imagination run wild and strengthen intergenerational bonds.

The initiative is open to teams of two to five people, containing at least one child or teenager aged 7- 18 years old, and one senior aged 55+. Adults aged between 30-40 can also participate. Entries must be original and creative, and be related to one of the following themes: Visual arts, Literature, Music, Dance, Gymnastics, Martial Arts, Theatre, Audiovisual productions, Costume design, Creative Recycling, Sciences / engineering.

All projects must be subjected to assessment by sending in a short video or photograph, together with a summary sheet (available online). The deadline for submissions is 30 November, 2012 and results will be announced on 14 December. Winning teams will then be invited to attend a gala presentation and awards ceremony on 12 January.

Promoter:

Kutsemba

Since its launch in 2010 Kutsemba has sought ways to promote solidarity, equality, sharing and collaboration between people. It aims to support and promote intergenerational cooperation, while rejecting discrimination based on prejudices associated with age.

Website:

http://www.kutsemba.pt/nucleo-educacao.html

Contact:

Sara Loureiro : salou.viverarte@gmail.com

ANGOLA



Fotos de Luanda e resto do País. Se clicarem em cima da 1ª foto aparece a informação da mesma, mas se olharem bem o site na parte esquerda e direita em baixo tem indicações precisas para se ver com qualidade. BOA VIAGEM



http://www.flickr.com/groups/93916151@N00/pool/show/with/2190547630/



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

CÃES DE RAÇA PORTUGUESA - O CÃO DE ÁGUA


Originalmente o cão d'água - excelente nadador - foi utilizado pelos pescadores portugueses como ajudante nos barcos, guiando cardumes de peixes às redes, recuperando objetos caídos n'água, levando mensagens entre barcos e entre a terra e o mar e outras atividades variadas. O escritor Raul Brandão, em sua obra Os Pescadores (1932), descreve assim a atividade de um barco de pescadores de Olhão: "Tripulavam-no vinte e cinco homens e dois cães, que ganhavam tanto como os homens. Era uma raça de bichos peludos, atentos um a cada bordo a ao lado dos pescadores. Fugia o peixe ao alar da linha, saltava o cão ao mar e ia agarrá-lo ao meio da água, trazendo-o na boca para bordo".
A partir do século XX, com as novas tecnologias da pesca, o trabalho dos cães d'água tornou-se progressivamente obsoleto. O número de animais da raça diminuiu muito e na década de 1930 os poucos exemplares restringiam-se à costa do Algarve. Em 1934, dois cães d'água de Sesimbra participaram pela primeira vez de uma exibição canina, levados pelo criador de cães Federico Pinto Soares. Estes animais chamaram a atenção de Vasco Bensaúde, um rico empresário açoriano que também era criador de cães. Bensaúde adquiriu quatro exemplares para seu canil Algarbiorum e iniciou um cuidadoso programa de seleção. O exemplar mais importante foi um macho chamado Leão, que viria a servir como padrão para a raça. Em paralelo outro canil com cães d'água foi estabelecido em Alvalade (perto de Lisboa) pelo criador António Cabral.Mais tarde os cães de Bensaúde passariam a ser propriedade de Conchita Cintrón, uma matadora de touros e criadora de cães de origem peruana casada com um empresário português. Conchita vendeu vários animais para o exterior, inclusive para uma criadora dos Estados Unidos, Deyanne Miller, que junto a seu marido Herbert foi fundamental no estabelecimento da raça na América do Norte. Além de exemplares da linhagem de Bensaúde, Miller também adquiriu exemplares da linhagem de Alvalade, para diminuir a consanguinidade. Em 1972, criadores dos EUA fundaram o Clube Americano de Cães de Água Portugueses (Portuguese Water Dog Club of America).

AYN RAND - CONDENADA...



NOTHING MORE TRUE!T: NADA MAIS VERDADEIRO!

FRASE DE 1920 ....


Frase da filósofa russo-americana de Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920:

"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você;
quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada".

O QUE SE PASSOU NA ARGENTINA VAI ACONTECER EM PORTUGAL


ESTE É O CAMINHO PARA ONDE PASSOS COELHO E VITOR GASPAR NOS VÃO ATIRAR.


O MOINHO E A CRUZ - THE MILL AND THE CROSS




Carissimi,

passou em boa parte despercebido um filme interessante que visita, explora e vivifica um célebre quadro de Peter Bruegel, "O moinho e a cruz".

obra de arte sobre obra de arte, o filme procura, mostra e ensina a procurar o que o pintor flamengo procura, mostra e ensina a procurar: o que vemos quando observamos uma pintura ou uma obra de arte em geral? a narrativa exposta? as intenções do pintor ou autor? o próprio autor, a sua relação com o mundo, a sua concepção de arte, a sua personalidade e cultura, a sua comunidade, tempo e circunstâncias?

na realidade, múltiplos são os caminhos a percorrer para conseguirmos descobrir e entender a profusão de pormenores, a intencionalidade da sua construção, os significados múltiplos e por vezes ocultos que uma pintura revela, encerra ou entreabre a quem saiba e queira olhar com olhos de ver, quer o que lá está mas nos escapa à atenção, quer o que se insinua e exige a nossa entrega e participação

há também a diversidade de universos culturais que filtram os modos de ver os episódios relatados, ora nos tempos em que ocorreram, ora à luz da época da concepção e realização da pintura, ora face ao quadro do momento da produção do filme, afinal o tempo que vivemos e bem sabemos em acelerada ebulição

a natureza deste filme e as suas condições de produção (película) requerem o visionamento em cinema para não se perder o esplendor da visão espacial e cromática, além do ambiente especial que o vídeo ou a TV não podem oferecer, e ainda a ocasião convivial que importa fruir e partilhar
(António Marrachinho)

MANIFESTO EM DEFESA DA CULTURA



1 Destruição e perversão do princípio de serviço público; estrangulamento financeiro;
desmantelamento, redução e desqualificação de serviços; centralização e agregação burocrática de instituições; mercantilização: as políticas de agressão à Cultura seguidas pelos Últimos governos criaram llma situação insustentável. O PRACE do governo PS gerou llma estrutura ineficiente e enfraquecida, em diversos aspectos irracional, que colocou serviços e
instituições à beira da paralisia e do colapso, situação que os sucessivos PEC's agravaram brutalmente.
Com o governo PSD/CDS, aos cortes cegos seguiu-se a reestruturação cega. O PREMAC
vai ainda mais longe nos aspectos negativos do PRf\CE. Num enunciado de fusões, extinções, criações/fusões/extinções sem qualquer fundamentação séria conhecida, esta reestrutl.lração cega leva ao limite a situação de crise geral existente nas estruturas da administração central com responsabilidades nas diferentes dimensões da actividade cultural.

2 A situação de estrangulamento financeiro, que já colocara o orçamento para a CULTURA muito abaixo do nível da subsisrência, agrava-se com novos cortes agora sob a bandeira da "ausreridade" imposta pela troika e servilmente aceite por PS, PSD e CDS. Instituições e
apoios fundamentais vêm ainda mais reduzidas as verbas com as quais já dificilmente exerciam a sua actividade ou se mantinham em funcionamento. Antes com os PEC's, agora com o "memorando", a anterior ministra e o actual secretário de estado justificavam este estrangulamento com o patético argumento de uma distribuição equitativa entre as diferentes área.s de governo. Argumento desonesto e absurdo: o OE/2012 prevê para toda a Cultura cortes que agravam os de 2011, reduzindo todo o financiamento do estado às artes e à Cultura a 6,7% do que até agora o Estado já entregou à banca, nomeadamente para dar cobertura ao buraco do BPN.


3 Para as áreas do Património Edificado, dos Museus, dos Sítios Arqueológicos, das
Bibliotecas, dos Arquivos, a catástrofe é iminente. No conjunto, e para além do financiamento indigente, é o condicionamento extremo nas actividades de preservação, investigação,
dinamização que está cm causa, com urna ainda maior rarefacção e precariedade de pessoal qualificado e técnica e cientificamente especializado, é a centralização e a burocratização da gestão conjunta. E com o cerceamento da iniciativa própria, que para o secretário de estado aparentemente se resumirá à busca de fontes de financiamento exteriores, seja a que preço for. Desenha-se uma radical redução do nÚmero de instituições que integram os Museus Nacionais, redução que, sendo previsivelmente conduzi da segundo os ccgos critérios do PREMAC, nada terá a ver com o reforço, o equilíbrio e a rcqualificação cultural e científica.

4 "Austeridade" na cultura não destrói só o que existe, destrói o que fica impedido
de existir. A criação contemporânea, os apoios aos teatros nacionais e ao cinema encaminham-se para uma ainda maior desresponsabilização do Estado c para a simples entrega aos mecanismos do mercado. O anunciado condicionamento dos apoios aos resultados de bilheteira, a suspensão dos contratos INOV-ART, o cancelamento do prorocolo com a AlCA, a perda de autonomia financeira do ICA com o corte de 4,4 milhões de emos, a indefinição acerca do fmuro e do papel da DGAnes, a drástica redução dos orçamentos dos Teatros Nacionais - bem como a prerensão do secretário de estado de opinar acerca da sua programação - significam o dramático
agravamento da siruação que já existia: a de, em cada ano, centenas de projectos valiosos serem
administrativamente adiados ou inviabilizados, de centenas ou milhares de criadores e
outros trabalhadores da cultura verem a sua actividade cerceada e frustrada, a da área cultural
ser inteiramente colonizada, sem alternativa, pelos produros mercantis, rotineiros e
homogeneizadores das indústrias culturais.

5 Para o Governo e a troika, a Cultura situa-se no plano de um adereço da sociedade ou de um
privilégio das elites. Para nós, que afirmamos que esta crise não tem saída democrática
sem a intervenção determinante dos trabalhadores e do povo, a Cultura deve assumir um papel central. A Cultura enquanto serviço público que assegura o direito de todos ao acesso, à criação e à fruição culturaL A Cultura, elemento central na formação da consciência da soberania e da identidade nacional, dialogando, de igual para igual, com toda a cultura de todos os povos do mundo. A Cultura, com o seu imenso potencial de criação, liberdade, transformação e resistência. A Cultura que, tal como a emancipação do trabalho, é parte essencial do património do futuro.

6 É nesses termos que afirmamos: da mesma forma que o programa da troika conduz a economia ao desastre e o pais à ruína, a política cultural que agora ainda se agrava ameaça a catástrofe num sector já em profunda crise: com o PREMAC, com a asfixia financeira, com a inteira demissão do Estado em relação aos objectivos de desenvolvimento e democratização de que a Constituição o incumbe.



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

MIA COUTO E O MAY BE MAN


O May be man (Mia Couto)

Existe o “Yes man”. Todos sabem quem é e o mal que causa. Mas existe o May be man. E poucos sabem quem é. Menos ainda sabem o impacto desta espécie na vida nacional. Apresento aqui essa criatura que todos, no final, reconhecerão como familiar.
O May be man vive do “talvez”. Em português, dever-se-ia chamar de “talvezeiro”. Devia tomar decisões. Não toma. Sim¬plesmente, toma indecisões. A decisão é um risco. E obriga a agir. Um “talvez” não tem implicação nenhuma, é um híbrido entre o nada e o vazio.
A diferença entre o Yes man e o May be man não está apenas no “yes”. É que o “may be” é, ao mesmo tempo, um “may be not”. Enquanto o Yes man aposta na bajulação de um chefe, o May be man não aposta em nada nem em ninguém. Enquanto o primeiro suja a língua numa bota, o outro engraxa tudo que seja bota superior.
Sem chegar a ser chave para nada, o May be man ocupa lugares chave no Estado. Foi-lhe dito para ser do partido. Ele aceitou por conveniên¬cia. Mas o May be man não é exactamente do partido no Poder. O seu partido é o Poder. Assim, ele veste e despe cores políticas conforme as marés. Porque o que ele é não vem da alma. Vem da aparência. A mesma mão que hoje levanta uma bandeira, levantará outra amanhã. E venderá as duas bandeiras, depois de amanhã. Afinal, a sua ideolo¬gia tem um só nome: o negócio. Como não tem muito para negociar, como já se vendeu terra e ar, ele vende-se a si mesmo. E vende-se em parcelas. Cada parcela chama-se “comissão”. Há quem lhe chame de “luvas”. Os mais pequenos chamam-lhe de “gasosa”. Vivemos uma na¬ção muito gaseificada.
Governar não é, como muitos pensam, tomar conta dos interesses de uma nação. Governar é, para o May be Man, uma oportunidade de negócios. De “business”, como convém hoje, dizer. Curiosamente, o “talvezeiro” é um veemente crítico da corrupção. Mas apenas, quando beneficia outros. A que lhe cai no colo é legítima, patriótica e enqua¬dra-se no combate contra a pobreza.
Mas a corrupção, em Moçambique, tem uma dificuldade: o corrup¬tor não sabe exactamente a quem subornar. Devia haver um manual, com organograma orientador. Ou como se diz em workshopês: os guidelines. Para evitar que o suborno seja improdutivo. Afinal, o May be man é mais cauteloso que o andar do camaleão: aguarda pela opi¬nião do chefe, mais ainda pela opinião do chefe do chefe. Sem luz verde vinda dos céus, não há luz nem verde para ninguém.
O May be man entendeu mal a máxima cristã de “amar o próximo”. Porque ele ama o seguinte. Isto é, ama o governo e o governante que vêm a seguir. Na senda de comércio de oportunidades, ele já vendeu a mesma oportunidade ao sul-africano. Depois, vendeu-a ao portu¬guês, ao indiano. E está agora a vender ao chinês, que ele imagina ser o “próximo”. É por isso que, para a lógica do “talvezeiro” é trágico que surjam decisões. Porque elas matam o terreno do eterno adiamento onde prospera o nosso indecidido personagem.
O May be man descobriu uma área mais rentável que a especulação financeira: a área do não deixar fazer. Ou numa parábola mais recen¬te: o não deixar. Há investimento à vista? Ele complica até deixar de haver. Há projecto no fundo do túnel? Ele escurece o final do túnel. Um pedido de uso de terra, ele argumenta que se perdeu a papelada. Numa palavra, o May be man actua como polícia de trânsito corrup¬to: em nome da lei, assalta o cidadão.
Eis a sua filosofia: a melhor maneira de fazer política é estar fora da política. Melhor ainda: é ser político sem política nenhuma. Nessa fluidez se afirma a sua competência: ele sai dos princípios, esquece o que disse ontem, rasga o juramento do passado. E a lei e o plano servem, quando confirmam os seus interesses. E os do chefe. E, à cau¬tela, os do chefe do chefe.
O May be man aprendeu a prudência de não dizer nada, não pensar nada e, sobretudo, não contrariar os poderosos. Agradar ao dirigen¬te: esse é o principal currículo. Afinal, o May be man não tem ideia sobre nada: ele pensa com a cabeça do chefe, fala por via do discurso do chefe. E assim o nosso amigo se acha apto para tudo. Podem no¬meá-lo para qualquer área: agricultura, pescas, exército, saúde. Ele está à vontade em tudo, com esse conforto que apenas a ignorância absoluta pode conferir.
Apresentei, sem necessidade o May be man. Porque todos já sabíamos quem era. O nosso Estado está cheio deles, do topo à base. Podíamos falar de uma elevada densidade humana. Na realidade, porém, essa densidade não existe. Porque dentro do May be man não há ninguém. O que significa que estamos pagando salários a fantasmas. Uma for¬tuna bem real paga mensalmente a fantasmas. Nenhum país, mesmo rico, deitaria assim tanto dinheiro para o vazio.
O May be Man é utilíssimo no país do talvez e na economia do faz-de-conta. Para um país a sério não serve.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

"TROIKA" CULPA O GOVERNO PORTUGUÊS


'Troika' culpa Governo português por falhanço do programa
por Nuno Aguiar


Vitor Gaspar e Passos Coelho, ministro das Finanças e primeiro-ministro de PortugalO programa da 'troika' não está a produzir os resultados pretendidos, estando em risco o cumprimento da meta do défice fixada para este ano e próximo (4,5% e 3% do PIB, respetivamente), fruto de uma queda drástica das receitas fiscais.

No entanto, os chefes de missão do FMI, Comissão Europeia e BCE lembram que a responsabilidade por este programa é de Portugal, atirando para o Governo pelo menos parte das culpas pelas falhas do programa de ajustamento.

"Não houve um 'mea culpa' por parte da troika. O representante da Comissão Europeia concluiu a sua intervenção com duas notas: elogiar o diálogo político e dizer que este Memorando não é da troika, é de Portugal", afirmou João Proença, secretário-geral da UGT, à saída da reunião na sede do Conselho Económico e Social. "Se as previsões estão a falhar, o clima de confiança está posto em causa. Há um falhanço na maneira como o Memorando está desenhado."



Esse episódio foi também referido por João Vieira Lopes, presidente da CCP. "A troika está a colocar-se numa posição de divisão de responsabilidades. Pareceu-me que foi uma declaração com significado político. Talvez a mais importante feita durante a reunião", disse no final do encontro.

(IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS)

PROENÇA DE CARVALHO, UM VERDADEIRO TURBO



Proença de Carvalho um dos turbos do Quintalinho
E só eu é que estou a vêr o FILME DE TERROR ????


ALÉM DE EXERCER A ADVOCACIA..........

Proença de Carvalho


Funções que desempenha actualmente

· Presidente do Conselho de Administração da ZON MULTIMÉDIA, SGPS, S.A.;
· Membro da Comissão de Remunerações do Banco Espírito Santo, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia ?Geral da Galp Energia, SGPS, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Estoril Sol, SGPS, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Socitrel ? Sociedade Industrial de Trefilaria, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Portugália ? Administração de Patrimónios, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Mague ? SGPS, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Almonda ? Sociedade Gestora de Participações
Sociais, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Renova ? Fábrica de Papel do Almonda, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Celulose do Caima, SGPS, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Cabo Raso ? Empreendimentos Turísticos, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia ?Geral da SOGEB ? Sociedade de Gestão de Bens, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade Agrícola Belo de Mértola, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade Agrícola dos Namorados, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Coaltejo ? Criador de Ovinos Algarve e Alentejo,
S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sogesfin ? Sociedade Gestora de Participações
Sociais, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da 3 Z ? Administração de Imóveis, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sétimos - Participações, SGPS, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Confiança Participações, SGPS, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade Agrícola da Serra Branca, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Gotan, SGPS, S.A.
32
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Companhia Agrícola da Apariça, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Companhia Agrícola das Polvorosas, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Companhia Agrícola de Corona, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Herdade do Monte da Pedra, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da TRABELIBEX - Investimentos Imobiliários, S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ÉCAMPO - Cinegética e Turismo, .S.A.
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FREIXAGRO - Empresa Agrícola do Freixo, S.A.
II
Outras funções exercidas nos últimos cinco anos
· Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Caixa Geral de Depósitos, S.A., de 2007 a
2011;
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Edifer ? Investimentos, Sociedade Gestora de
Participações Sociais, S.A., desde 2003 A 2011;
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Edifer - Sociedade Gestora de Participações
Sociais, S.A., desde 2003 A 2011;
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Euroatlântica - Investimentos e Comércio, S.A.,
desde 1998 a 2011;
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da PANATLÂNTICA - HOLDING, Sociedade
Gestora de Participações Sociais, S.A., desde 1995 a 2011;
· Presidente da Mesa da Assembleia Geral da G.A. ? Estudos e Investimentos, SA, desde
1996 a 2011;
· Director do Círculo Voltaire desde 1993 a 2006;
· Presidente do Conselho de Administração da Fundação Arpad Szénes-Vieira da Silva, desde
1993 a 2007;
· Presidente do Conselho Consultivo da Explorer Investments - Sociedade de Capital de Risco,
S.A., até 2010;
· Membro do Conselho de Administração da SINDCOM - Sociedade de Investimento na Indústria
e Comércio, SGPS, S.A., desde 2005 a 2010.
III
Funções que desempenha em instituições não sociedades comerciais
· Presidente do Conselho de Curadores da Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr.
Carlos Montez Champalimaud;
33
· Presidente da Assembleia-Geral da AEM - Empresas Emitentes de Valores Cotados em
Mercado, em representação da ZON MULTIMÉDIA - Serviços de Telecomunicações e
Multimédia, SGPS, S.A.;
· Presidente da Assembleia-Geral do Instituto Português de Corporate Governance, desde 21 de
Junho de 2010;
· Membro do Conselho Consultivo da Fundação Galp Energia;
· Presidente da Assembleia Geral da Liga de Amigos da Casa-Museu João Soares;
· Membro do Conselho de Curadores da Fundação Batalha de Aljubarrota;
· Membro do Conselho Consultivo da Fundação Renascer;
· Docente no Instituto Jurídico da Comunicação (Faculdade de Direito da Universidade de
Coimbra);
· Membro do Conselho Consultivo do Fórum para a Competitividade;
· Membro do Conselho de Patronos da Fundação Arpad-Szenes ? Vieira da Silva;
· Membro do Conselho Consultivo da Fundação António da Mota;
Número de ações de que é titular na Cimpor: 1 (uma).


SÓ ??????????

Quantas HORAS tem o dia para este TIPO?????
Em Portugal há muitos "tubarões" como este, e parecidos. Isto está mesmo a precisar é de uma grande "VASSOURADA". Continuem a dizer que os portugueses são uns preguiçosos, que gastaram mais dos que as posses, etc, etc... O costume...
A realidade é outra: são o capitalismo selvagem, os mercados e não do trabalho, como pretendem fazer passar s mensagem.
Como no tempo do fascismo, Portugal, afinal, não é mais do que uma "QUINTA DE ALGUNS"... Como dizia o Zeca Afonso: eles comem tudo...

OS "RETORNADOS" DAS EX-COLÓNIAS PORTUGUESAS


Os Retornados!!!


VERDADES INCONTORNÁVEIS



Uma das ideias feitas que ainda hoje subsiste no nosso País, é a de que os «retornados do Ultramar» constituíam uma legião de indivíduos que vieram agravar de várias formas o já de si deplorável estado da sociedade portuguesa à data da Descolonização. Sociedade que estava sofrendo o inevitável depauperamento causado pela emigração maciça dos seus braços mais válidos em busca de melhores condições de vida, sangria que começara muito antes das chamadas «guerra colonial» e que esta veio inevitavelmente acentuar. Disse-se, escreveu-se, e ficou gravado no entendimento comum dos portugueses, que a maioria dos retornados era uma legião de pessoas rudes, na maioria já de idades avançadas, que tinham queimado as suas energias pelas terras de África, pouco produtivas para a tarefa da reconstrução nacional, e sobretudo escassamente preparados do ponto de vista profissional. A ideia geral que se fazia — e intencionalmente se propalou!... acerca dos retornados do ex-Ultramar, era a de uma maioria de rudes capatazes agrícolas, broncos e violentos, de astutos comerciantes do mato, e de uns tantos «endinheirados» que exploravam negócios altamente chorudos! Acontece que os sucessivos contingentes que os aviões despejavam diariamente no Aeroporto de Lisboa, nos dois ou três meses que se seguiram ao êxodo maciço dos portugueses de Angola e de Moçambique, bem como as imagens fotográficas ou da Televisão, davam uma aparência de realidade a tão deploráveis e errados juízos. São hoje suficientemente conhecidas as deploráveis condições em que os retornados de Angola e Moçambique regressaram a Portugal - nove em cada dez, apenas com as roupas que tinham vestidas no momento do embarque, por não terem tido tempo nem possibilidade de voltar aos lares de onde tinham sido expulsos a ferro e fogo para salvar as vidas. Todavia, serenada a tempestade ou calamidade que se abateu sobre os retornados do Ultramar, acalmadas as inevitáveis paixões políticas e serenados os juízos precipitados — as estatísticas encarregaram-se de rectificar as asneiras insidiosas e intencionais, e de dar ao País um retrato real dos retornados, sob mais diversos aspectos. Paralelamente, as manipulações da opinião pública foram cessando, e estudiosos atentos e imparciais debruçaram-se sobre a realidade - e os retornados do ex-Ultramar surgem aos olhos da opinião pública e dos seus concidadãos em geral, como aquilo que na realidade são. Para esboçar esse retrato do retornado socorremo-nos de um valioso e insuspeito estudo realizado por um grupo de universitários, prefaciado por uma brilhante Secretária de Estado de um dos Governos pós 25 de Abril, editado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento, para neste momento e neste local, traçarmos um RETRATO DE CORPO INTEIRO dos retornados, e da sua contribuição para a revitalização da sociedade portuguesa. O apuramento realizado pelo Instituto Nacional de Estatística em 1978, citado pelo referido grupo de universitários no estudo que consultámos, referia a existência de 505.078 indivíduos entrados no País e inscritos como «retornados do Ultramar». Em termos percentuais esses 505 mil retornados representavam pouco mais de 5% do total da população nacional.
Este número é discutível e muitas fontes insistem em números mais elevados, entre 700 a 800 mil. Mas trata-se de números oficiais, registados pela estatística oficial, e é em presença deles que temos de raciocinar. Ora, segundo os números do Instituto Nacional de Estatística, daqueles 505.078 retornados, um pouco mais de metade - exactamente 298.968 - eram nascidos ou oriundos de Portugal, e portanto os restantes 206.110 eram portugueses já nascidos nas então províncias ultramarinas. Por enquanto trata-se apenas de distinguir entre portugueses oriundos de Portugal que regressavam ao país de origem, e portugueses nascidos noutras terras e aos quais, só por isso, parecia querer negar-se a qualidade de portugueses também...Porém, o que é realmente importante, e mostra insofismavelmente que os retornados vieram rejuvenescer a sociedade portuguesa, é a observação desses dados estatísticos quando entra na discriminação etária, cultural e profissional dos retornados. Assim, sob tais aspectos, verifica-se que: daqueles 505.078 retornados, 65,5% tinham menos de 40 anos e constituíam portanto uma parcela válida. Mas acima dos 40 e até aos 64 anos a percentagem de retornados era de 29,8% - todos sabem como no Ultramar os homens até aos 60 anos eram uma das parcelas mais válidas das populações, senão em energias físicas pelo menos em saber e experiência acumulada.
Porém, um dos aspectos mais importantes desta notação estatística, é aquele que refere que a população retornada era em regra profissional e intelectualmente mais bem preparada do que a da metrópole, pois que do recenseamento efectuado, resultava que: 48,4% tinha instrução primária (numa época em que na metrópole havia mais de 20% de analfabetos); e dos restantes 51,6%, descontando apenas 6,5% de não-alfabetizados constituídos quase exclusivamente por crianças com menos de 10 anos de idade, havia 8,5% de possuidores de cursos superiores incluindo médicos, professores universitários, investigadores, advogados, etc., e mais de 30% possuíam cursos médios, secundários e profissionais. Com a entrada dos retornados, a sociedade portuguesa foi subitamente enriquecida com mais de 5.000 mil engenheiros, arquitectos e técnicos dos mais elevados graus e ramos da engenharia civil e de minas, de industrias transformadoras e outras; cerca de 1.800 biólogos, agrónomos, investigadores dos ramos fisico-químicos e similares; quase 13.000 professores e outros docentes de todos os ramos do ensino, desde o primário ao universitário; 325 navegadores, pilotos e outro pessoal especializado da navegação aérea e marítima; cerca de 16.000 quadros de serviços administrativos e outros, desde estenógrafas a operadores de informática. No sector da produção, a força do trabalho metropolitana foi enriquecida com mais 13.000 mecânicos especializados; cerca de 7.000 serralheiros civis, montadores de estruturas metálicas, caldeireiros e profissões similares. A construção civil, cuja maior força de trabalho tinha emigrado para os países da Europa, foi enriquecida com 13.000 pedreiros, carpinteiros e outros profissionais dos mais diversos ramos. As indústrias transformadoras foram enriquecidas com mais 12.000 operários especializados, desde os ramos têxtil ao da alimentação e bebidas, da mecânica fina ao mobiliário. O sector dos transportes viu-se repentinamente valorizado com a entrada de mais 13.000 condutores de veículos pesados e de transportes públicos. No sector agro-pecuário surgiram mais 16.000 capatazes e condutores de trabalhos agrícolas, de maneio e tratamento de gados ou de exploração florestal, em escalas que, em muitos casos, não eram conhecidas neste país. Mas vieram ainda cerca de dez mil trabalhadores dos ramos de hotelaria, restaurantes e similares, cozinheiros, ecónomos e outros. Porém, e talvez mais importante ainda que as suas especializações profissionais, os retornados trouxeram à força de trabalho do País a contribuição valiosíssima da disciplina, da produtividade, da assiduidade, que rapidamente os distinguiram (e não raro os tornaram detestados...) num ambiente em que apenas se falava de postos de trabalho... mas não se trabalhava; em que o absentismo ascendeu a taxas inconcebíveis, em que os locais de trabalho se transformaram em centros de organização de manifestações a propósito de tudo e de nada. Cremos que estes números, extraídos de fontes absolutamente insuspeitas, serão suficientes para desfazer certas ideias que, infelizmente, ainda de tempos a tempos afloram em certos meios e em determinadas ocasiões, acerca dos Retornados do ex-Ultramar. Na realidade, e a despeito das desgraçadas condições em que se desenrolou o seu regresso à Pátria de origem ou de opção - o fluxo dos retornados constituiu na realidade um indiscutível e precioso factor de valorização da sociedade portuguesa,

MÁRIO
Lafayas
CARPE DIEM

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

CÃES DE RAÇA PORTUGUESA - SERRA DA ESTRELA



História

O Cão da Serra da Estrela é uma das raças mais antigas da Península Ibérica. Entre as raças portuguesas, é a mais popular nosso país.

O Cão da Serra da Estrela deve o seu nome ao maciço central português onde este cão se fixou e se desenvolveu. O Cão da Serra da Estrela é um cão de montanha, forte a resistente, cujo papel é o de proteger os rebanhos. Ao longo dos séculos, esta raça passou também a ser utilizada na guarda de casas e propriedades, sobretudo por ser bastante grande e emitir um som forte ao ladrar.

O cão acompanhava e acompanha os rebanhos nas subidas sazonais à serra na procura por pastagens mais verdes. Nesta zona existem alcateias, embora actualmente com população reduzida, e outros predadores de ovelhas, cabras, etc. Por vezes, a transumância era mais alargada e os pastores desciam até ao Alentejo ou subiam até ao Douro, conforme a época do ano.

O Cão da Serra da Estrela enfrentava alcateias em grupos, entre 2 a 6 indivíduos, que se asseguravam da vigilância dos rebanhos. Os cães colocam-se naturalmente nas zonas mais altas para poderem observar uma maior extensão da pastagem. Por vezes, os pastores tinham de regressar às aldeias e confiavam aos cães a guarda dos rebanhos sem supervisão.

Devido ao seu trabalho, onde tinha de enfrentar lobos, por exemplo, e às condições climáticas adversas da serra, o Cão da Serra Estrela esteve bastante sujeito à selecção natural. Apenas os cães que sobreviviam ao frio e às lutas conseguiam reproduzir-se.

A selecção humana foi tendo um maior papel ao longo do tempo, sobretudo quando o Cão da Serra da Estrela passou a ser exportado para zonas urbanas.

Mas o maciço central, devido ao seu isolamento permitiu que o Cão da Serra da Estrela se desenvolvesse e fixasse na região. Acredita-se que as duas variedades de pêlo existentes – pêlo curto e pêlo comprido – se devam a variações regionais. Contrariamente ao que seria de se esperar, era na região mais quente, a zona Sul da Serra, na região de Manteigas, onde se podia encontrar mais cães de pêlo comprido, enquanto que a variedade de pêlo curto era mais frequente no Norte, em Seia e Gouveia. Como os pastores interferiam pouco na selecção dos cães, os cruzamentos entre estas duas variedades eram frequentes.

Em 1934 foi elaborado o estalão da raça, no qual se estabeleceu duas variedades de pelagem. A partir desta altura, o cruzamento entre as duas variedades passou a ser indesejável.

A publicação do estalão em 1966 e o reconhecimento da raça pelo FCI não veio trazer mais popularidade à raça. O declínio de alcateias era notório e os pastores podiam arriscar utilizar cães menos possantes e não puros para a guarda do rebanho. Nos anos 60 e 70, os portugueses emigraram procurando fugir da guerra, do regime e também da pobreza. O êxodo rural era outra alternativa e as zonas rurais foram particularmente afectadas por estas migrações.

A população de cães da Serra da Estrela diminuiu drasticamente neste período, mas a dedicação de alguns criadores permitiu a continuação da raça.

Hoje em dia, o Cão da Serra da Estrela é bastante procurado, sobretudo a variedade de pêlo comprido. Embora, fosse a variedade de pêlo curto a mais numerosa no início do século passado, pois não exigia tantos cuidados com o pêlo, sendo mais funcional, hoje em dia, é a variedade de pêlo longo que se destaca. Sobretudo por ser mais vistoso e com um porte mais elegante. Isto fez com que os criadores se concentrassem sobretudo na variedade de pêlo comprido e mesmo hoje a variedade de pêlo curto é particularmente vulnerável e mais rara.

Temperamento


É um cão de guarda por excelência! Independente, era por vezes deixado sozinho a tomar conta do rebanho. Isto fez com que aceite a ausência do dono enquanto trabalha.

Vigoroso e robusto, o Cão da Serra da Estrela é um cão territorial e dominante. Necessita de uma boa socialização e de um dono capaz de impor a sua liderança de forma consistente e recorrendo ao reforço positivo.

O Cão da Serra da Estrela não é um pastor, no sentido em é responsável pela condução do gado. Está antes encarregue de o proteger e o acompanhar. Apesar de uma matilha poder enfrentar uma alcateia de lobos, os cães da Serra da Estrela funcionavam sobretudo como elementos dissuasores para os lobos.

Sempre alerta, o Cão da Serra da Estrela está igualmente apto para defender casas e propriedades.

Com os donos, esta raça é extremamente meiga e afectuosa. Por trás do aspecto imponente, está um cão muito dócil com as crianças da família, de quem aceita muitos abusos.

Com estranhos é reservado e seguro de si. Os donos devem apresentar todas as visitas ao cão e não devem deixá-las sozinhas com ele. Como cão de guarda incorruptível, o Cão da Serra da Estrela é desconfiado em relação aos humanos que não são da casa.

Os machos não toleram outros cães do mesmo sexo. As fêmeas tendem a ser mais receptivas. Podem conviver com animais de outras espécies desde que habituados com elas desde pequenas.

Muito resistentes, esta raça está preparada para enfrentar situações climáticas adversas, tal como é o tempo que se encontra na serra. Por isso, são cães que tanto podem viver no interior como no exterior da casa.


O Cão da Serra da Estrela necessita de um espaço exterior que possa guardar. A sua necessidade de exercício é moderada, mas ainda assim, passeios longos são a melhor forma de exercitar o animal.


Descrição

O Cão da Serra da Estrela é um cão de grande porte, de linhas rústicas e aspecto poderoso.

A cabeça é volumosa e imponente e o crânio arredondado. Tem uns olhos ovais, castanhos, de expressão inteligente e serena. As orelhas são pequenas e pendentes sendo revestidas por um pêlo macio.

Molossóide, tipo mastim, o Cão da Serra da Estrela tem o peito largo e a garupa ligeiramente descaída. Os membros são fortes e musculosos, sendo os anteriores verticais. Os pezunhos estão presentes nos posteriores. A cauda é comprida, grossa e mantida descaída.

Existem duas variedades de pelagem no Cão da Serra da Estrela: pêlo comprido e pêlo curto. O pêlo é forte, algo grosseiro mas não muito áspero. Em algumas regiões é mais comprido do que outras, como por exemplo na cauda, em volta do pescoço e na parte traseira.

São admitidas apenas as cores fulvo, amarelo e lobeiro, que podem formar uma cor sólidas ou apresentar manchas brancas.

QUEM SEMEIA VENTOS COLHE TEMPESTADES


http://ow.ly/dptEn

SE A MODA PEGA, PASSOS COELHO, VITOR GASPAR, CAVACO SILVA E PAULO PORTAS, QUE SE CUIDEM!
O RESPEITO PELOS POLÍTICOS QUE HUMILHAM O PAÍS CHEGOU AO FIM...

MORREU O COMPOSITOR EMMANUEL NUNES

Morreu o compositor Emmanuel Nunes

02 de setembro de 2012


Emmanuel Nunes, o mais consagrado compositor contemporâneo português, morreu hoje aos 71 anos num hospital em Paris, disse à Lusa fonte da Casa da Música, no Porto.

O compositor, radicado na capital francesa, foi Prémio Pessoa em 2000 e vencedor do prémio Composição da Unesco em 1999.

A sua obra, repartida entre ópera, coro, música de câmara, é referenciada pelo partido que tira de conceitos como melodia e tonalidade e entre as suas obras principais contam-se “Litanies du Feu et de la Mer” e “Voyage du Corps”.

Emanuel Nunes estudou harmonia e contraponto na Academia dos Amadores de Música de Lisboa e teve aulas particulares com Fernando Lopes Graça. Entre 1962 e 1964, frequentou os Cursos de verão de Darmstadt, na Alemanha, tendo a oportunidade de estudar com Henri Pousseur e Pierre Boulez. Mais tarde, em Colónia, teve aulas com Stockhausen.

A partir de 1964, exila-se em Paris, em busca de mais conhecimento e por oposição ao regime do Estado Novo. Inicia a sua carreira como pedagogo, em 1974, como responsável pelas aulas de Iniciação à Composição do séc. XX da Universidade de Pau, em França, mas irá lecionar na Escola Superior de Freiburg em Breisgau, Alemanha, na Escola Superior do Conservatório Nacional de Música e Dança de Paris ou em Harvard, entre outros locais. Trabalhou desde 1989 com regularidade com o IRCAM (Institut de Recherce et Coordination Acoustique/Musique) de Paris.

Os primeiros concertos da obra de Emmanuel Nunes têm lugar na Fundação Gulbenkian em Lisboa, em 1970 e 1971, mas a notoriedade vem com a estreia de “Ruf” pela Orquestra de Baden Baden e a sua apresentação durante Festival de Donaueschingen de 1977.

Ao longo das décadas de 80 e 90, do século passado, a sua obra foi passando a constar de agrupamentos importantes de música contemporânea como o Ensemble Modern ou o Ensemble Intercontemporain e apresentada em salas e festivais de todo o mundo, como o de Paris, Edimburgo, Bruxelas ou Zurique.

O Remix Ensemble, agrupamento residente da Casa da Música do Porto, tinha nos últimos anos uma ligação muito estreita com o compositor.

@Lusa


MINISTRO PAULO PORTAS SUSPEITO NO CASO DOS SUBMARINOS




Justiça
MP coloca Portas como suspeito no caso dos submarinos

Económico
03/09/12

Carta rogatória é clara: investigação associa depósito de um milhão de euros na conta do CDS, em 2005, ao negócio dos navios.

O 'Diário de Notícias' titula hoje que o Ministério Público "insinua que Portas é suspeito no caso dos submarinos" e que num documento oficial enviado às autoridades inglesas a pedir acesso às movimentações de uma conta bancária, o actual ministro dos Negócios Estrangeiros [na altura ministro da Defesa] é apontado como alvo de investigação.

Em duas cartas rogatórias enviadas em 2011 pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) para a Suiça e para a Inglaterra são levantadas suspeitas sobre pagamentos de subornos.

Na carta que foi enviada para Inglaterra o DCIAP relaciona um depósito de um milhão de euros numa conta do CDS, em 2005, à decisão de Paulo Portas, tomada um ano antes como ministro da Defesa, de adjudicar o negócios dos submarinos à MAN Ferrostaal.

De acordo com o jornal, o Ministério Público investigava então dois movimentos: o pagamento de 30 milhões à Escom, empresa do grupo Espírito Santo que assessorou os alemães, e uma segunda relativa ao pagamento de 1,7 milhões a Rogério d'Oliveira, ex-consultor da empresa que vendeu os submarinos.

"Resultam suspeitas que parte do dinheiro pago ao GSC [German Submarine Consortium] à Escom tenha sido utilizado para pagamentos indevidos e como contrapartidas a decisores políticos e a grupos políticos envolvidos nas negociações", pode ler-se num dos documentos, citado pelo jornal.

"Foram recolhidos elementos que indiciam a existência de uma relação entre aqueles depósitos e a outorga pelo ministro da Defesa Paulo Portas dos contratos de submarinos e contrapartidas", escreve o DCIAP em 2011 ao Serioues Fraud Offica (SFO), no Reino Unido.




Submarinos: conversa de Portas escutada
Juiz Carlos Alexandre considerou relevante o conteúdo de duas conversas entre o então líder do CDS e um camarada de partido

Por: Redacção 31- 8- 2012

Em Outubro de 2009, Paulo Portas, atual ministro dos Negócios Estrangeiros, foi apanhado numa escuta no âmbito do processo dos submarinos. Vieram agora à tona duas dessas escutas que o juiz Carlos Alexandre considerou relevantes.

Segundo o «DN», o juiz mandou transcrever um telefonema e uma SMS, nas quais Portas, em conversa com o camarada de partido, Pedro Brandão Rodrigues, quadro da Portugal Telecom, pede para falarem sobre o os submarinos no café. Portas já havia dito à secretária de Brandão Rodrigues que só falava com ele por telefone fixo. Na mensagem, Paulo Portas aconselha Brandão Rodrigues a mudar de número de telemóvel.

Os telefones fixo e móvel de Brandão Rodrigues estavam sob escuta.
As escutas constam do processo ao advogado Bernardo Ayala, que foi recentemente arquivado e que o diário consultou.

Deste processo que corre no Ministério Público foram ainda enviadas cartas rogatórias para três países, com o intuito de descobrir o rasto a contas bancárias.

O «DN» tentou uma reação do ministro Paulo Portas, mas tal não foi possível.

ELEIÇÕES EM ANGOLA-RESULTADOS




Informação geral

Censo-9.757.671

Censo escrutinado-8.850.913-90,71%

Mesas-25.359

Mesas escrutinadas-23.028-90,81%

Votação

Total de votos-5.568.796

Votos brancos-200.051-3,59%

Votos nulos-114.588-2,06%

Votos reclamados-18.399-0,33%

Votos válidos-5.235.758-94,02%

Partido/coligação

Votos

MPLA-3.782.628-72,24%

UNITA-967.278-18,47%

CASA-CE-Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral

309.559-5,91%


PRS-Partido de Renovação Social-90.227-1,72%

FNLA-Frente Nacional de Libertação de Angola-56.083-1,07%


ND-Nova Democracia União Eleitoral-10.906-0,20%


PAPOD-Partido Popular para o Desenvolvimento-7.113-0,13%

FUMA-Frente Unida para a Mudança de Angola-6.889-0,13%