sexta-feira, 9 de março de 2012

ALEMANHA DECLARA GUERRA A PORTUGAL

DECLARAÇÃO DE GUERRA DA ALEMANHA A PORTUGAL - 9 DE MARÇO 1916




in jornal A CAPITAL, VI Ano, nº 2007, 10 de Março de 1916.



Portugal e a Primeira Guerra Mundial
Portugal e a Primeira Guerra Mundial
A 5 de Agosto de 1914 toda a Europa estava em Guerra. No dia 2 desse mês, em Portugal começaram-se a fazer sentir os efeitos psicológicos da guerra: a moeda de prata desapareceu de circulação, as mercadorias subiram de preço e deu-se uma corrida aos bancos para levantar o dinheiro.

No dia 7 de Agosto, o Governo de Bernardino Machado levou ao Congresso da República uma declaração sobre a política externa a seguir face à emergência da guerra. Esta declaração reafirmava a tradicional aliança com a Inglaterra sem declarar guerra à Alemanha.

OFENSIVA PORTUGUESA SOBRE AS FORÇAS ALEMÃS

Porém, apenas cinco dias depois, Portugal organiza uma expedição militar com destino a Angola e Moçambique, começando, desta forma, a combater não na Europa, mas em África, isto é, a posição de Portugal na Primeira Guerra Mundial não se podia separar da defesa das colónias ultramarinas, já que as ambições da Alemanha sobre estas eram bastante grandes. 
Mesmo antes de eclodir a guerra, o tratado anglo-alemão de 1898 previa uma partilha de Angola, Moçambique e Timor, já que devido às dificuldades financeiras de Portugal, provavelmente, este país se veria obrigado a empenhar as colónias para resolver a crise.
As pretensões da Alemanha não chegaram a realizar-se, devido à acção diplomática portuguesa em Londres e também porque os alemães não concordaram com a exigência por parte da Inglaterra de lhe dar protagonismo.

Assim, com o eclodir da guerra, as possessões portuguesas em África ficavam, novamente, à mercê das ambições da Alemanha.

A 25 de Agosto de 1914, os militares alemães fizeram uma incursão ao Norte de Moçambique.
Em 11 de Setembro, Portugal envia a primeira expedição militar para as colónias.
No final de 1914, Portugal estava em guerra não declarada com a Alemanha no Sul de Angola e no Norte de Moçambique.
Em 4 de Agosto de 1914, o Foreign Office, ou Ministério dos Negócios Estrangeiros Britânico, declarou que não julgava propício que o Governo português declarasse a neutralidade ou a guerra, isto é, o Governo inglês, no caso de precisar que Portugal interviesse, pediria o seu auxílio, mas não se comprometia a defender militarmente o país e as suas colónias caso Portugal decidisse entrar na guerra sozinho.
Porém, nos últimos meses de 1914, a situação interna e externa de Portugal definiu-se no sentido da intervenção. A primeira solicitação estrangeira feita a Portugal, com intuito militar, partiu da França, em Setembro de 1914, que queria que Portugal pudesse participar com a sua artilharia e infantaria.

Os ingleses apoiaram o pedido e, em 10 de Outubro, o Foreign Office convidou o Governo português a fazer parte dos Aliados.

A 14 deste mês, Freire de Andrade comunicava às legações portuguesas na Europa que era certa a entrada de Portugal na guerra como aliado da Inglaterra.

Decorridos cinco dias, a 19 de Outubro, um incidente ocorrido em Angola com tropas alemãs confirmou este envolvimento.
Cerca de um mês depois, a 23 de Novembro, o Congresso reuniu extraordinariamente por ordem de Bernardino Machado, para obter autorização para intervir no confronto, quando e como achar necessário, como nação livre e aliada da Inglaterra. Dois dias volvidos é feita a mobilização.

Apesar da unanimidade com que foi votada a declaração de 23 de Novembro, na prática não se revelou da mesma forma. As dificuldades financeiras e logísticas que antecediam os preparativos revelaram dúvidas quanto ao rápido desfecho da guerra.

Novas divergências políticas surgiam entre os republicanos. O Partido Democrático dizia ser o momento para formar um governo de unidade republicana sob o seu comando, acabando, desta forma, com o afastamento do poder de Bernardino Machado em 5 de Dezembro de 1914.

Em 1915, as dificuldades económicas e sociais provocadas pela conjuntura de guerra começaram a fazer-se sentir: certos géneros alimentares começaram a falhar e os seus preços subiram, originando revoltas populares nas principais cidades de Portugal.

Nos finais de 1915, os Aliados preparam uma ofensiva para o início do ano seguinte.

A 29 de Novembro de 1915, Afonso Costa forma o seu segundo governo e é empossado pelo novo presidente da República, eleito pelo Congresso em 6 de Agosto de 1915 e investido a 5 de Outubro: Bernardino Machado.
Em 30 de Dezembro, o Foreign Office perguntava ao Governo português se estava disponível para começar o resgate dos navios mercantes alemães que se encontravam nos portos portugueses da metrópole, colónias e ilhas.

Desta forma, Afonso Costa, já em Janeiro de 1916, tenta que a Inglaterra autorize Portugal a declarar guerra à Alemanha, antes da apreensão dos navios, mas em vão.

A 23 de Fevereiro, o Governo português ordenou a apreensão dos navios alemães no porto de Lisboa. No dia 9 de Março, a Alemanha declara guerra a Portugal. Seis dias depois, António José de Almeida assume a chefia do governo, enquanto Afonso Costa fica com as Finanças. A partir de Março, o governo tem como prioridade a organização de um Corpo Expedicionário.

PRESIDENTE ANA MANSO NOMEIA O MARIDO PARA AUDITOR DO SEU HOSPITAL

ANA MANSO COMO DEPUTADA DO PSD

Presidente do conselho de administração do hospital da Guarda nomeou marido para auditor interno

A presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde da Guarda, Ana Manso, nomeou o marido para auditor interno do centro hospitalar. O PS denunciou a situação, que considera inaceitável, e pede ao Governo que reverta este despacho.

Ana Manso emitiu na quinta-feira, uma circular interna, onde dá conhecimento da nomeação do administrado hospitalar Francisco Pires Manso, para as funções de auditor interno da ULS/Guarda, por despacho do conselho de administração datado do dia anterior.

"O PS ficou estupefacto quando teve conhecimento da nomeação", por demonstrar "um favoritismo claro familiar", disse hoje à agência Lusa o deputado António Serrano, coordenador do grupo parlamentar do PS para as questões de saúde.

O deputado considerou a nomeação do marido de Ana Manso "um verdadeiro escândalo, que deve ser corrigido o mais rapidamente possível".

António Serrano disse esperar que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, "possa anular essa decisão, porque ela viola todos os princípios de natureza ética que deve presidir na gestão da coisa pública".

Segundo o deputado, "não está em causa a competência da pessoa, mas, a partir do momento em que a esposa nomeia o esposo dentro de uma estrutura hospitalar", os socialistas consideram que "viola o código de ética a que todos estão obrigados".

António Serrano adiantou que o administrado hospitalar, pelo facto de ser marido "de quem é, não poderia ter sido nomeado" para aquelas funções.

"Para ser sério é preciso também parecer. É isso que está em causa", referiu.

Além da denúncia pública, adiantou que o PS irá "interrogar o governo sobre esta matéria, para saber se tem conhecimento e o que pensa fazer".

Com Lusa

POPULISTAS/OPORTUNISTAS - NÃO SABE, NÃO MEXE

Fio de Prumo

Não sabe, não mexe
28 Fevereiro 2012
Por: Paulo Morais, Professor Universitário
O programa de apoio ao emprego jovem anunciado pelo governo português é uma medida inútil. Provavelmente, contraproducente e até injusta. Apesar disso, tem o suporte da Comissão Europeia e Durão Barroso manifestou o seu entusiástico apoio ao projecto.
Os programas publicitados nem sequer existem. E ainda bem. Porque se há coisa que os governantes não sabem mesmo, é criar empregos.
Essa tarefa deve ser deixada aos empresários, já que só através do surgimento de novas empresas e do crescimento das já existentes se cria emprego. Ao estado competiria criar um contexto favorável ao funcionamento da economia e à subsequente criação de riqueza.
O que não acontece em Portugal. Assim, um estado que não faz bem o que lhe compete, não deve tentar outras aventuras.

E se a criação de emprego não cabe aos governos, muito menos devem os políticos favorecer o emprego dos jovens, ou a qualquer grupo particular.
Ao discriminarem positivamente um determinado segmento da sociedade, estão a discriminar negativamente todos os outros. Por que motivo há-de o governo beneficiar, de forma sectária, o emprego para os jovens? E os desempregados de meia-idade? Admitir-se-ia que se favorecesse o emprego dos homens em detrimento das mulheres?
Este tipo de apoios é aliás perverso, pois muitos patrões serão tentados a substituir funcionários competentes por outros que pertençam a grupos beneficiários de incentivos ou subsídios e, logo, mais baratos.

Os governantes que pensam criar programas de emprego deveriam deixar-se disso. Se não sabem, não mexam! Mas se de facto sabem como criar emprego, demitam-se já do governo e dediquem-se à vida empresarial. Os desempregados agradecem.
Quanto a Durão Barroso, o seu apoio só pode ser entendido à luz da vontade de ficar bem-visto perante o eleitorado jovem, que poderá ajudá-lo numa eleição presidencial de 2016. Ou seja, o único emprego que o programa de apoio ao emprego jovem ainda poderá vir a criar é o de Durão Barroso como Presidente da República. Um único emprego, que nem sequer é jovem.

Populistas/oportunistas!



quinta-feira, 8 de março de 2012

O ACORDO ORTOGRÁFICO E O FUTURO DA LÍNGUA PORTUGUESA

O SR. VIEGAS

ESPECTACULAR! A ENVIAR COM URGÊNCIA PARA O SR. VIEGAS (ACHO QUE É SECRETÁRIO DE QUALQUER COISA DO ESTADO...)


E é um facto que assim chegaremos à perfeição.

Espectacular!!!

O acordo ortográfico e o futuro da língua portuguesa

Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam. Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros.

Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas.
É um fato que não se pronunciam. Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se? O que estão lá a fazer? Aliás, o qe estão lá a fazer? Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade.

Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra.
Porqe é qe assunção se escreve com ç e ascensão se escreve com s?
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o ç.
Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o ç e o substitua por um simples s o qual passaria a ter um único som.

Como consequência, também os ss deixariam de ser nesesários já qe um s se pasará a ler sempre e apenas s.
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, uzar, é isso mesmo, se o s pasar a ter sempre o som de s o som z pasará a ser sempre reprezentado por um z.
Simples não é? se o som é s, escreve-se sempre com s. Se o som é z escreve-se sempre com z.

Quanto ao c (que se diz cê mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de q) pode, com vantagem, ser substituído pelo q. Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de k.

Não pensem qe me esqesi do som ch.
O som ch pasa a ser reprezentado pela letra x. Alguém dix csix para dezinar o x? Ninguém, pois não? O x xama-se xis. Poix é iso mexmo qe fiqa.

Qomo podem ver, já eliminámox o c, o h, o p e o u inúteix, a tripla leitura da letra s e também a tripla leitura da letra x.

Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex. Não, não leiam simpléqs, leiam simplex. O som qs pasa a ser exqrito qs u qe é muito maix qonforme à leitura natural.

No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente.

Vejamox o qaso do som j. Umax vezex excrevemox exte som qom j outrax vezex qom g. Para qê qomplicar?!?
Se uzarmox sempre o j para o som j não presizamox do u a segir à letra g poix exta terá, sempre, o som g e nunqa o som j. Serto? Maix uma letra muda qe eliminamox.

É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem! Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex? Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade?

Outro problema é o dox asentox. Ox asentox só qompliqam!
Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox.

A qextão a qoloqar é: á alternativa? Se não ouver alternativa, pasiênsia.

É o qazo da letra a. Umax vezex lê-se á, aberto, outrax vezex lê-se â, fexado. Nada a fazer.

Max, em outrox qazos, á alternativax.
Vejamox o o: umax vezex lê-se ó, outrax vezex lê-se u e outrax, ainda, lê-se ô. Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso! Para qe é qe temux o u? Para u uzar, não? Se u som u pasar a ser sempre reprezentado pela letra u fiqa tudo tão maix fásil! Pur seu lado, u o pasa a suar sempre ó, tornandu até dexnesesáriu u asentu.

Já nu qazu da letra e, também pudemux fazer alguma qoiza: quandu soa é, abertu, pudemux usar u e. U mexmu para u som ê. Max quandu u e se lê i, deverá ser subxtituídu pelu i. I naqelex qazux em qe u e se lê â deve ser subxtituidu pelu a.
Sempre. Simplex i sem qompliqasõex.

Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u til subxtituindu, nus ditongux, ão pur aum, ães ou melhor ãix - pur ainx i õix pur oinx.
Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.

Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu.

Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum?

(da autoria do blogue "A Biblioteca de Jacinto")

AS VISITAS CHATAS E O GOVERNO


"O Governo parece aqueles anfitriões que, depois do jantar, desejam livrar-se das visitas chatas. As visitas chatas somos nós".
(Ricardo Araújo Pereira, in "Visão")

quarta-feira, 7 de março de 2012

BENFICA NOS 4ºS DE FINAL


Buoyant Benfica cruise past Zenit for quarter-final place
AFP, LISBON

Benfica’s Maxi Pereira, top, vies with Zenit Saint-Petersburg’s Aleksandr Anyukov during their match in Lisbon, Portugal, on Tuesday.


Two injury-time goals courtesy of Maxi Pereira and Nelson Oliveira secured Benfica’s passage to the Champions League quarter-finals on Tuesday with a convincing 2-0 win over Zenit Saint-Petersburg.

Jorge Jesus’ side had succumbed 3-2 in Russia in the first leg of the knockout phase after Roman Shirokov stunned the Portuguese by scoring the second of a brace of goals in the 88th minute.

Goals from Pereira, in first-half injury-time, and Oliveira, at the tail end, capped a solid performance at the Stadium of Light and sent Benfica into the last eight of Europe’s premier club competition for the first time since 2006.

Benfica made their intentions clear from the outset, keeping visiting goalkeeper Vyacheslav Malafeev on his toes throughout a lively first half that ended with the hosts 1-0 ahead.

Malafeev, returning for Zenit following a calf injury, had earlier thwarted efforts from Bruno Cesar and Pereira, while Benfica ’keeper Artur did well to scramble away a shot by Shirokov.

However, the Russian was powerless to stop Pereira when the Uruguayan defender fired home from Axel Witsel’s smart backheeler after the Belgian had picked up his own rebound from an alert Malafeev.

Benfica almost pulled ahead moments later when Oscar Cardozo narrowly missed heading home past a flailing Malafeev, the ball going just wide of the post.

Zenit came out fired up for the second half, but despite beginning to show more purpose, the Russians could only watch as efforts by Jardel, with a free header that went wide of the post, then Cardozo were thwarted.

Late chances by Jardel and Oliveira also went begging, while Viktor Fayzulin spurned a chance for a dramatic late equalizer when he sent his shot wide of the post in injury-time.

Moments later, Oliveira sealed the win when, after a swift counter from Cesar, he fought off pressure from Tomaz Hubocan to bundle the ball past Malafeev from close range.