quinta-feira, 8 de março de 2012

O ACORDO ORTOGRÁFICO E O FUTURO DA LÍNGUA PORTUGUESA

O SR. VIEGAS

ESPECTACULAR! A ENVIAR COM URGÊNCIA PARA O SR. VIEGAS (ACHO QUE É SECRETÁRIO DE QUALQUER COISA DO ESTADO...)


E é um facto que assim chegaremos à perfeição.

Espectacular!!!

O acordo ortográfico e o futuro da língua portuguesa

Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam. Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros.

Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas.
É um fato que não se pronunciam. Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se? O que estão lá a fazer? Aliás, o qe estão lá a fazer? Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade.

Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra.
Porqe é qe assunção se escreve com ç e ascensão se escreve com s?
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o ç.
Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o ç e o substitua por um simples s o qual passaria a ter um único som.

Como consequência, também os ss deixariam de ser nesesários já qe um s se pasará a ler sempre e apenas s.
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, uzar, é isso mesmo, se o s pasar a ter sempre o som de s o som z pasará a ser sempre reprezentado por um z.
Simples não é? se o som é s, escreve-se sempre com s. Se o som é z escreve-se sempre com z.

Quanto ao c (que se diz cê mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de q) pode, com vantagem, ser substituído pelo q. Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de k.

Não pensem qe me esqesi do som ch.
O som ch pasa a ser reprezentado pela letra x. Alguém dix csix para dezinar o x? Ninguém, pois não? O x xama-se xis. Poix é iso mexmo qe fiqa.

Qomo podem ver, já eliminámox o c, o h, o p e o u inúteix, a tripla leitura da letra s e também a tripla leitura da letra x.

Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex. Não, não leiam simpléqs, leiam simplex. O som qs pasa a ser exqrito qs u qe é muito maix qonforme à leitura natural.

No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente.

Vejamox o qaso do som j. Umax vezex excrevemox exte som qom j outrax vezex qom g. Para qê qomplicar?!?
Se uzarmox sempre o j para o som j não presizamox do u a segir à letra g poix exta terá, sempre, o som g e nunqa o som j. Serto? Maix uma letra muda qe eliminamox.

É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem! Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex? Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade?

Outro problema é o dox asentox. Ox asentox só qompliqam!
Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox.

A qextão a qoloqar é: á alternativa? Se não ouver alternativa, pasiênsia.

É o qazo da letra a. Umax vezex lê-se á, aberto, outrax vezex lê-se â, fexado. Nada a fazer.

Max, em outrox qazos, á alternativax.
Vejamox o o: umax vezex lê-se ó, outrax vezex lê-se u e outrax, ainda, lê-se ô. Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso! Para qe é qe temux o u? Para u uzar, não? Se u som u pasar a ser sempre reprezentado pela letra u fiqa tudo tão maix fásil! Pur seu lado, u o pasa a suar sempre ó, tornandu até dexnesesáriu u asentu.

Já nu qazu da letra e, também pudemux fazer alguma qoiza: quandu soa é, abertu, pudemux usar u e. U mexmu para u som ê. Max quandu u e se lê i, deverá ser subxtituídu pelu i. I naqelex qazux em qe u e se lê â deve ser subxtituidu pelu a.
Sempre. Simplex i sem qompliqasõex.

Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u til subxtituindu, nus ditongux, ão pur aum, ães ou melhor ãix - pur ainx i õix pur oinx.
Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.

Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu.

Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum?

(da autoria do blogue "A Biblioteca de Jacinto")

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