terça-feira, 2 de outubro de 2012

ESTES GOVERNOS NUNCA NOS RESPEITARÃO




A ÚNICA LINGUAGEM QUE ENTENDEM É A DA VIOLÊNCIA

Já todos percebemos que estes governos (Portugal, Espanha e Grécia) não vão voltar atrás na intenção de empobrecer os respectivos povos. Os métodos para reduzir o défice são comuns: fazer com que seja o povo a pagar os erros de gestão de uma classe política ignorante e corrupta, que seja o povo a suportar a dívida da especulação financeira.

Ao contrário da China, cujas empresas produzem bens transacionáveis, as  economias da Europa e dos Estados Unidos especializaram-se no crescimento a partir do vazio da especulação. Os especuladores perceberam que era possível, sem esforço e rapidamente, criar riqueza a partir de nada.  Riqueza para os especuladores e pobreza para a economia real. A destruição da economia por esta elite é por demais evidente quando assistimos ao crescimento galopante do desemprego, às falências, aos cortes na saúde, na educação, quando assistimos à emigração de quadros especializados, quando somos obrigados a sobreviver com salários cada vez mais baixos, quando nos esmagam com impostos. A riqueza espuculativa não existe, é uma miragem. Uma tortuosa engenharia que desaparece com um arrufo.

Aquilo que existe, de facto, é a alface, é o par de sapatos!

Por isso é que devemos recusar pagar uma dívida que não contraímos! O povo limitou-se a viver, melhor ou pior, com os ordenados que lhe pagavam. A consumir, para bem da economia capitalista. Nada mais!

Não comprámos submarinos, não fizémos acordos com as PPP, não roubámos o dinheiro do BPN, não auferimos ordenados de gestores públicos, não desinvestimos nas pescas, na agricultura, na indústria, não comprámos carros topo de gama para ministros e acólitos.

Sabemos todos, quem, ao longo destes 38 anos, destruíu o país. E sabem eles, os políticos.

Só que a ignoram com toda a arrogância de democratas. As democracias também servem para isto!

Bem podemos fazer greves, manifestações pacíficas, que nada os afastará dos seus objectivos: Reduzir o défice à nossa custa, à custa de quem não é culpado,a não ser porque votámos neles.

 Manifestações como as de sábado passado (25 de Setembro), com horário de começo e de encerramento, sem imaginação, sem improvisos, sem irreverências, sem uma bofetada, servem para criar em nós a sensação de dever cumprido. E os políticos também sabem disso.

Limitamo-nos a descarregar a raiva, chamando uns quantos nomes feios ao árbitro, sem que o resultado do jogo, por mais injusto que seja, não se altere.

Por isso é que as manifestações de Espanha e Grécia devem continuar a ser um exemplo para nós! Estes políticos só entenderão a linguagem da sublevação.

Irei mais longe: só com a revolta de todos os povos da Europa poderemos sair deste beco em que a ganância de alguns, com a conivência de outros, nos meteu.

AOC

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