25 de Abril
Vasco Lourenço considera declarações de Passos impróprias de um primeiro-ministro
24.04.2012 - 22:33 Por Lusa
O Coronel Vasco Lourenço considerou nesta terça-feira que as declarações de Passos Coelho sobre protagonismo são impróprias de um primeiro-ministro e que fazer essa “acusação” a Mário Soares e Manuel Alegre “é de quem não conhece a sua história”.
O primeiro-ministro afirmou, a propósito das ausências do antigo Presidente da República Mário Soares e do ex-deputado socialista Manuel Alegre nas comemorações oficiais do 25 de Abril, que está “habituado a que algumas figuras políticas queiram assumir protagonismo em datas especiais”.
“Nós estaremos na História de Portugal por bons motivos, provavelmente há outros que irão ficar lá por maus motivos, naturalmente ele é um deles”, criticou o presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, em declarações à agência Lusa.
Na opinião de Vasco Lourenço, “quem não tem argumentos usa frases feitas”.
“Se não formos nós a ter protagonismo, quem é que há-de ter protagonismo no 25 de Abril? É uma anedota que dá para rir, essa acusação, assim como acusar o Mário Soares e o Manuel Alegre de andarem à procura de protagonismo é de quem não conhece a história deles”.
Questionado se considera estas declarações impróprias para um chefe de Governo, Vasco Lourenço respondeu: “Acho que se pode retirar essa conclusão daquilo que disse”.
O militar na reserva considerou ainda “uma farsa o poder estar a comemorar o 25 de Abril” tendo em conta as políticas que estão a ser seguidas, “totalmente contrárias ao espírito de Abril”.
“A nossa atitude não é em relação ao Governo, é em relação à linha política que está no poder. Se repararem no discurso que fiz o ano passado no Rossio, ele era extremamente duro e não era este o primeiro-ministro nem era este o Governo”, notou.
O líder da Associação 25 de Abril sublinhou ainda que as políticas em curso, “não só em Portugal”, estão “a enterrar o Estado Social por completo”.
Já sobre se a Associação 25 de Abril irá continuar ausente das sessões solenes no Parlamento nos próximos anos, Vasco Lourenço disse que não se pode “estar a vaticinar”.
“Vamos ver o que acontece, se a situação evolui e se a sociedade, de uma forma democrática, consegue reverter a situação e fazer com que ela fique melhor do que está agora”, referiu.
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