terça-feira, 17 de janeiro de 2012

RECORDAR A CRISE NA ISLÂNDIA: A PRISÃO DOS POLÍTICOS.E BANQUEIROS


RESPONSÁVEIS PELA CRISE ISLANDESA PRESOS

Aqui, sim, há democracia. Não há maçonarias a controlar a justiça e informação.
Por alguma razão há mais de um ano que não se diz nem se escreve uma palavra sobre a ISLANDIA.


RESPONSÁVEIS PELA CRISE ISLANDESA PRESOS

*Os directores de bancos islandeses que arrastaram o país para a bancarrota em finais de 2009 foram presos por ordem das autoridades, sob a acusação de conduta bancária criminosa e cumplicidade na bancarrota da Islândia.
Os dois arriscam-se a uma pena de pelo menos oito anos de cadeia, bem como à confiscação de todos os bens a favor do Estado e ao pagamento de grandes indemnizações.
A imprensa islandesa avança que estas são as primeiras de uma longa lista de detenções de responsáveis pela ruína do país, na sequência do colapso bancário e financeiro da Islândia.
Na lista de possíveis detenções nos próximos dias e semanas estão mais de 125 personalidades da antiga elite política, bancária e financeira, com destaque para o ex-ministro da Banca, o ex-ministro das Finanças, dois antigos primeiros-ministros e o ex-governador do banco central.
A hipótese de cadeia e confiscação de bens paira também sobre uma dezena de antigos deputados, cerca de 40 gestores e administradores bancários, o antigo director da Banca, os responsáveis pela direcção-geral de Crédito e vários gestores de empresas que facilitaram a fuga de fortunas para o
estrangeiro nos dias que antecederam a declaração da bancarrota.
Em Outubro de 2008, o sistema bancário islandês, cujos activos representavam o equivalente a dez vezes o Produto Interno Bruto do país, implodiu, provocando a desvalorização acentuada da moeda e uma crise económica inédita.

Em Portugal, os responsáveis pela falência do BPN, que já custou milhares de milhões aos contribuintes portugueses, continuam à solta, usufruindo da impunidade que a sua antiga qualidade de políticos, a sua filiação partidária ligada aos partidos do poder, ou o medo que o desfazer da teia de relações e cumplicidades com figuras de topo da hierarquia "democrática" possa revelar, lhes garante.

Prisões na islândia

Publicado a 17 Janeiro 2012 por Rogeriobarroso
PRISÕES NA ISLÂNDIAPRISÕES NA ISLÂNDIAIslândia triplicará o seu crescimento em 2012, após a prisão de políticos e banqueirosJaneiro de 2012
A Islândia conseguiu acabar com um governo corrupto e parasita. Puniu os responsáveis pela crise financeira, mandando-os para a prisão. Começou a redigir uma nova Constituição feita pelo povo e para o povo. E hoje, graças à mobilização, será o país mais próspero de um ocidente submetido a uma tenaz crise de dívida. É a cidadania islandesa, cuja revolta em 2008 foi silenciada na Europa pelo temor de que muitos a percebessem. Mas conseguiram, graças à força de toda uma nação. O que começou por ser uma crise converteu-se em oportunidade. Uma oportunidade que muita gente em redor do planeta observou com atenção e estabeleceu como um modelo realista a seguir.Consideramos que a história da Islândia é uma das melhores noticias dos tempos actuais. Sobretudo depois de se saber que, segundo as previsões da Comissão Europeia, este país do atlântico norte, acabou 2011 com um crescimento de 2,1% e que em 2012, este crescimento será de 1,5%, uma cifra que supera o triplo dos países da zona euro. A tendência ao crescimento aumentará inclusivamente em 2013, quando está previsto que alcance 2,7%. Os analistas asseveram que a economia islandesa segue mostrando sintomas de desequilíbrio e que a incerteza segue presente nos mercados. Porém, voltou a gerar emprego e a dívida pública foi diminuindo de forma palpável. Este pequeno país do periférico ártico recusou salvar os bancos. Deixou-os cair e aplicou a justiça sobre aqueles que tinham provocado certos descalabros e desmandes financeiros. Os matizes da história islandesa dos últimos anos são múltiplos. Apesar de transcender parte dos resultados que todo o movimento social conseguiu, pouco se falou do esforço que este povo realizou, dos limites que alcançou com a crise e das múltiplas batalhas que ainda estão por se resolver. Porém, o que é digno de menção é a história que fala de um povo capaz de começar a escrever seu próprio futuro, sem ficar à mercê do que se decida em gabinetes distantes da realidade do povo. A revolta islandesa não causou as vítimas que os políticos e os homens de finanças costumam divulgar. Não derramou nenhuma gota de sangue. Não houve a tão famosa “Primavera Árabe”. Nem sequer teve acompanhamento nos meios de comunicação social, pois esses meios de comunicação passaram-lhe por cima, em bicos de pés. Mesmo assim, conseguiram seus objectivos de forma limpa e exemplar. Hoje, o seu caso bem pode ser um caminho ilustrativo para os indignados espanhóis e portugueses, para o movimento «Occupy Wall Street» e para aqueles que exigem justiça social e justiça económica em todo o mundo.
PRISÕES NA ISLÂNDIA

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