EDP
Marques Mendes acusa Mexia de favorecer E.ON
Mariana Adam
16/12/11
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China pede "transparência" e "imparcialidade" na venda da EDP
O ex-presidente do PSD criticou a "falta de independência" do presidente da EDP no processo de privatização da eléctrica.
A poucos dias de ser revelado o vencedor do processo de privatização da EDP aumentam as vozes a acusar Portugal de estar a favorecer os alemães. Depois do Financial Times ter feito manchete a denunciar o facto de Merkel estar a pressionar Passos Coelho para escolher a E.ON, ontem à noite na TVI, foi a vez de Marques Mendes acusar o presidente da EDP.
"O Dr. António Mexia em pleno processo de privatização foi à Alemanha visitar um dos concorrentes, a E.ON, e isto foi transmitido como um sinal de que ele estava a patrocinar a candidatura dos alemães contra a candidatura dos brasileiros e dos chineses, isto é do pior que pode acontecer. Eu pergunto: ele foi à Alemanha a titulo de que? A mando do governo? Não me parece. Foi negociar algum lugar para ele? Sim, porque já se diz que além de se manter como presidente da EDP, se os alemães ganharem vai ter um lugar mesmo na administração na Alemanha", afirmou ontem , Marques Mendes, actualmente administrador executivo da empresa Nutroton Energias.
"O presidente da EDP devia ser um exemplo de isenção total. Não pode haver nenhum sinal de preferência por este ou desvantagem em relação àquele. Não é bom este comportamento. É importante que tudo decorra com a maior das transparências", conclui o ex-presidente do PSD.
Merkel tentou convencer Passos a vender EDP à E.ON
O jornal britânico escreve no inicio desta semana, em manchete, que a chanceler alemã, "numa conversa recente" com Pedro Passos Coelho, "procurou sublinhar os benefícios da oferta da E.ON" pela EDP.
O Financial Times relata o assunto na forma de "Governo alemão dá uma ajuda à E.ON na corrida à privatização da EDP". E um desses "benefícios" é a alegada disponibilidade da empresa alemã, que está entre os quatro finalistas à oitava fase de privatização da EDP, em transferir activos da unidade de energias renováveis para Portugal, o que seria positivo para a economia nacional.
Além da E.ON, na corrida pelos 21,35% que o Estado vai vender na EDP estão também Three Gorges, Eletrobras e Cemig.
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