quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

PASSOS COELHO DEVE "MARIMBAR-SE" PARA OS CREDORES


Deputado do PS diz que Governo deve "marimbar-se" para credores. OU A CORAGEM DE DIZER AQUILO QUE MUITOS PORTUGUESES EXPOLIADOS PELA "CRISE" PENSAM.

Durante um jantar em Castelo de Paiva, o líder do PS-Aveiro, Pedro Nuno Santos, disse que Portugal tem uma "bomba atómica" para "usar na cara dos alemães e franceses".

Quinta feira, 15 de dezembro de 2011


Durante um jantar de Natal, no passado fim-de-semana, em Castelo de Paiva, o deputado socialista e líder do PS-Aveiro, Pedro Nuno Santos, disse que o Governo devia "marimbar-se" para as exigências dos credores internacionais e poupar os portugueses aos sacrifícios.

Agora, o vice-presidente da bancada socialista dizque nunca defendeu que Portugal deixe de pagar a dívida aos países credores como sugerem as declarações feitas no sábado e captadas pela Rádio Paivense FM.

Essas declarações "são alguns segundos de uma intervenção muito longa, mas não fiz a apologia ao não pagamento da dívida", afirmou Pedro Nuno Santos à Lusa. "Aquilo que quis dizer é que um Governo na situação em que o nosso está deve usar todas as armas negociais para impor melhores condições e, de certa forma, aliviar os sacrifícios que têm sido impostos ao povo português. E isso reafirmo", acrescentou.

Num jantar de Natal do PS em Castelo de Paiva, o vice-presidente da bancada do PS referiu que Portugal devia ameaçar deixar de pagar a dívida nacional.

"Nós temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses - ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos. As pernas dos banqueiros alemães até tremem", disse na altura em declarações captadas pela Rádio Paivense FM e retransmitidas hoje pela Renascença.

"A primeira responsabilidade de um primeiro-ministro é tratar do seu povo. Na situação em que nós vivemos, estou-me marimbando para os credores e não tenho qualquer problema enquanto político e deputado de o dizer", acrescentou no jantar.

Intervenção tinha registo "popular e informal"


"Eu fiz uma intervenção num jantar de militantes num registo mais popular e informal, mas reafirmo o que quis dizer", assegurou hoje à Lusa o também presidente da Federação de Aveiro do PS.

"Vivemos uma crise existencial na Europa, não estamos num tempo de falinhas mansas e se tivermos de optar entre os interesses dos países credores e os interesses do povo português, não hesitarei - e acho que nenhum político deve hesitar - na defesa dos interesses do povo português", explicou.

"Há limites para os sacrifícios que se pode impor a um povo e se a situação económica em Portugal continuar a agravar-se, o Governo português - como qualquer Governo de países periféricos em dificuldades - deve usar todas as armas negociais que tiver ao seu dispor para conseguir melhores condições para o crescimento económico e até para o pagamento da própria dívida", adiantou ainda, acrescentando que "foi com este objetivo que fez aquelas declarações".

Sublinhando que a dívida de Portugal é "uma arma negocial", Pedro Nuno Santos defendeu também que os países periféricos endividados "deviam constituir uma aliança - tal como faz a França e a Alemanha - e pressionar mudanças na União Europeia que permitam não sacrificar mais os povos".


Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/deputado-do-ps-diz-que-governo-deve-marimbar-se-para-credores-videos=f694497#ixzz1gcNS6StV

PS: O QUE DESCREDIBILIZA OS POLÍTICOS É DEPOIS VIREM DAR O DITO PELO NÃO DITO. OS CHEFES ARRANCAM-LHES AS ORELHAS E OS JOVENS NA CARREIRA DO PODER RECUAM. ASSUMAM-SE, QUE DIABO! 
CLARO QUE SE DEVEMOS É OBRIGATÓRIO PAGAR. QUANDO PUDERMOS! ENTRETANTO DEIXEM-NOS RESPIRAR. 
NÃO ESTRANGULEM O CRESCIMENTO ECONÓMICO, CASO CONTRÁRIO OS CREDORES ALEMÃES E FRANCESES LEVAM CADÁVERES PARA CASA.



  

1 comentário:

  1. Zé da Burra o Alentejano15 de dezembro de 2011 às 08:33

    Há por cá quem defenda que Portugal deve exigir ao FMI e à EU melhores condições para o pagamento da sua dívida, ameaçando deixar de pagar os juros até que sejam aceites condições mais favoráveis, nomeadamente: juros inferiores e prazos mais dilatados.
    Esta posição tem sido defendida desde o início pelo PCP, Bloco de Esquerda e , mais recentemente, foi defendida pelo deputado do PS, Pedro Nuno Santos.
    Porém, há que ter em conta o facto do nosso país ter desmantelado a sua capacidade produtiva agrícola, pesqueira e industrial quando aderiu à CEE (agora EU). Foi tudo trocado por dinheiro que já gastou e neste momento resta a este país a Autoeuropa, um investimento alemão, e pouco mais que ainda não foi, deslocalizado, desmantelado ou à falência. A Alemanha prepara-se agora para a aquisição da EDP, tendo sido um dos candidatos pré-selecionados, apesar de haver quem ofereça mais dinheiro. Só por isto, não resta a este pobre país senão ser um fiel seguidor das políticas alemãs (e da Sra. Merkal) sob pena de ver sair a autoeuropa pela porta dos fundos, ficando com muitos milhares de desempregados mais e cerca de 10% menos de produção.
    Os nossos políticos deveriam evitar colocar uma maior fatia de Portugal nas mãos da Alemanha. O ideal seria a dispersão em bolsa das ações que Portugal ainda detem na EDP (e nas restantes Empresas a privarizar)e não a sua venda em bloco.

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