O Presidente sírio, Bashar al-Assad, aproveitou o aniversário do Exército para fazer um elogio aos militares. Na véspera, decorreu um dos dias mais sangrentos da revolta contra o seu regime, com perto de 100 mortos.
“Saúdo cada soldado e felicito-o na ocasião do 66.º aniversário do Exército árabe sírio” por “defender os seus direitos face aos planos agressivos que nos visam, hoje e amanhã”, afirmou.
A intervenção militar de ontem em Hama, cidade que tinha sido palco em 1982 de um massacre levado a cabo sob a presidência do pai de Assad, Hafez, em véspera do início do Ramadão que na Síria começa hoje, provocou um novo coro de reacções internacionais.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, declarou-se “horrorizado” com a violência e prometeu medidas para “isolar” Assad. O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, William Hague, também pediu mais pressão internacional, mas excluiu uma intervenção militar – mesmo com autorização da ONU, esta não será “nem remotamente” uma possibilidade, sublinhou.
O fantasma do massacre de Hama - na altura contra uma rebelião dos islamistas da Irmandade Muçulmana em que morreram várias centenas de pessoas – levantou-se ontem de novo.
As forças de segurança cercam a cidade de 70 mil habitantes há quase um mês. Especulava-se que o Ramadão, em que os muçulmanos jejuam durante o dia quebrando o jejum quando o sol se põe e indo à mesquita à noite, poderia ditar um ponto de viragem na revolta com a maior possibilidade de ajuntamentos de pessoas.
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