Carvalho da Silva critica "conversas entre amigos para lixar o povo"
O secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, criticou o plano de Governo e o que diz serem "conversas entre amigos para lixar o povo", numa alusão à possibilidade de introdução de um imposto extraordinário sobre o IRS.
Carvalho da Silva muito crítico à hipótese de um imposto extraordinário sobre o IRS
"Ouvimos dizer que terá falado com alguns parceiros sociais, mas connosco não foi. A acontecer [imposto extraordinário, sobre IRS], será mais uma injustiça", afirmou Carvalho da Silva, questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade adiantada, esta quarta-feira, pelo "Jornal de Negócios", citando parceiros sociais que terão conhecido a intenção depois de reuniões com o Governo.
Minutos antes, participando numa acção pública em defesa da viabilidade dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e contra o anunciado despedimento de 380 dos 720 trabalhadores da empresa pública, Carvalho da Silva era menos comedido:
"Conversa entre amigos para lixar o povo", apontou, acusando o ministro da Economia de "negociar" com "os patrões", já que na reunião desta semana, com a CGTP, Álvaro Santos Pereira, "nada nos disse".
Questionado sobre as propostas do Plano de Governo já conhecidas, o líder da Intersindical diz que representam um "empobrecimento dos portugueses" e "injustiça porque são as vítimas das políticas que são chamadas a fazer mais sacrifícios".
O sindicalista criticou ainda o "cinismo e hipocrisia" dos agentes políticos por "acenarem" com algumas medidas, como a possibilidade de acesso ao subsídio de desemprego por trabalhadores com recibos verdes.
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