Bloco avança com propostas de auditoria e renegociação da dívida
O Bloco de Esquerda anunciou neste sábado que vai avançar na abertura do Parlamento com uma proposta de auditoria à dívida pública e privada e com um desafio ao PS de assumir claramente a rejeição de uma revisão constitucional.
Louçã garantiu que a proposta de auditoria à dívida será apresentada
As posições foram transmitidas aos jornalistas em conferência de imprensa pelo coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, no final da reunião da Mesa Nacional – o órgão máximo partidário entre congressos. No encontro foi também decidido que o novo líder parlamentar do Bloco de Esquerda deverá ser eleito na segunda-feira pelos deputados bloquistas, na sequência de uma proposta a apresentar pela nova Comissão Política do partido, que foi eleita neste sábado.
“Defendemos na campanha eleitoral uma proposta de auditoria à dívida e defenderemos essa proposta no primeiro dia dos trabalhos da Assembleia da República”, referiu Louçã, depois de considerar essencial saber-se qual o peso da dívida pública na economia portuguesa e o peso que a dívida privada tem, que é maior do que a pública e que arrasta o país para mais dificuldades”.
De acordo com Francisco Louçã, só com o conhecimento dos resultados dessa auditoria “o país poderá fazer escolhas democráticas, sensatas e razoáveis para cumprir as suas obrigações e para proteger a economia ao nível da criação de emprego”. Além da exigência da auditoria, também na abertura da legislatura o Bloco de Esquerda avançará com a proposta sobre os critérios para a renegociação da dívida”. “Não existe qualquer dúvida que a renegociação é necessária, que a Grécia o está a fazer tarde demais e difícil demais. A nossa proposta é que a renegociação, procurando juros mais baixos e prazos mais alargados, determine um montante de acerto de contas que liberte o suficiente dos recursos orçamentais para que haja investimento criador de emprego”, sustentou o líder do Bloco de Esquerda.
Louçã advertiu depois que “sem criação de emprego e sem investimento a economia portuguesa estará a morrer a cada ano que passa”. Na conferência de imprensa, o líder do Bloco de Esquerda lançou ainda um desafio concreto ao PS no sentido de que assuma claramente e já que recusa qualquer revisão constitucional, uma vez que, na sua opinião, o primeiro “choque” do novo Governo será contra “os direitos do emprego”, tendo em vista “facilitar os despedimentos”.
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