terça-feira, 17 de maio de 2011

DOMINIQUE STRAUSS-KAHN O SENHOR FMI




Presidente do FMI detido por abuso sexual



Strauss-Kahn foi detido quando já estava sentado no avião da Air France com destino a Paris, poucos minutos antes da descolagem.


Os procuradores do Ministério Público de Nova Iorque acusaram esta manhã o director-geral do Fundo Monetário Internacional de abuso sexual e tentativa de sequestro. Dominique Strauss-Kahn esteve a ser ouvido durante várias horas na polícia de nova-iorquina depois da queixa de uma empregada de um hotel em Times Square.

Strauss-Kahn foi detido quando já estava sentado no avião da Air France com destino a Paris, poucos minutos antes da descolagem, como confirmou o chefe da polícia de Nova Iorque, Paul Browne, à televisão britânica BBC.

Chefe da polícia de Nova Iorque explica detenção
“O indivíduo em questão, o senhor Strauss-Kahn, estava naquele momento a bordo de um avião da Air France, no aeroporto John F. Kennedy, prestes a partir para Paris. Os meus detectives pediram às autoridades do aeroporto para que impedissem o avião de partir, foram ao aeroporto e detiveram-no”, relatou o chefe da polícia de Nova Iorque.


Segundo o Ryan Sesa, porta-voz da polícia de Harlem (norte de Manhattan), o director-geral do FMI foi acusado de tentar agredir sexualmente e violar “uma jovem mulher de 32 anos num quarto de hotel em Nova Iorque”. O incidente terá ocorrido no hotel Sofitel de Nova Iorque perto de Times Square, de onde a jovem mulher é empregada de limpeza.

Entretanto, o advogado Benjamin Brafman de Strauss-Kahn, citado em diversos meios de comunicação, assegurou que o cliente vai declarar-se inocente das acusações.



FMI a funcionar “em pleno"
O Fundo Monetário Internacional (FMI) mantém o seu “pleno funcionamento”, assegurou hoje uma responsável da instituição, depois de o seu director-geral ter sido detido e formalmente acusado de agressão sexual e tentativa de violação.

Numa declaração divulgada no site do FMI, a directora de relações públicas, Caroline Atkinson, refere que a organização não faz comentários sobre o assunto, remetendo quaisquer questões para as autoridades policiais ou para o advogado pessoal de Dominique Strauss-Kahn.

Já em 2008, o director-geral do FMI esteve envolvido num escândalo sexual, quando o Fundo Monetário abriu uma investigação interna sobre as relações de Strauss-Kahn com uma directora de departamento da organização, de que foi ilibado.

Segolene Royal pede serenidade
A ex-líder do PS francês, Segolene Royal, pedia esta manhã, em declarações à rádio “Europe 1”, serenidade para que a justiça possa encontrar a verdade, sublinhando que Dominique Strauss-Kahn tem direito à presunção de inocência.


Segolene Royal pede serenidade
“A justiça tem necessidade de serenidade para decidir sobre as coisas. Todos somos responsáveis para manter essa imagem de serenidade de que a justiça precisa para encontrar a verdade e evitar a eventual manipulação”, alertou Segolene Royal.


O actual director-geral do FMI assumiu o cargo em 2007, depois de ter perdido a liderança do PS Francês para Ségolene Royal e era tido agora como o grande adversário do actual presidente francês Nicolas Sarkozy.

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