sexta-feira, 25 de março de 2011

PEDRO PASSOS COELHO E O AUMENTO DO IVA


Pedro Passos Coelho mostrou ontem que está disposto a render-se a um aumento do IVA para evitar novos cortes salariais ou nas pensões, caso venha a ser primeiro-ministro.

Paulo Portas diz que um novo aumento de impostos "é aumentar a recessão".

Os "cortes" previstos no pacote de austeridade que ditou a demissão de Sócrates incidia sobre as reformas acima dos 1500 euros.

O PSD deixará as pensões incólumes e estará disposto a aumentar o escalão máximo do IVA dos 23% até aos 25%.

Paulo Portas, o líder centrista atirou ainda uma farpa a Passos:"Se as pessoas querem uma mudança em Portugal, não é para que tudo fique na mesma".

Augusto Santos Silva (PS) acusou:"A agenda do PSD começa a desvelar-se através de um anúncio de aumento de impostos. É isto que esperava aos portugueses se confiassem no PSD".

Francisco Assis (líder da bancada PS), acrescentava:"São medidas avulsas, revelam que o PSD não está preparado para governar. Revelam um grande amadorismo na forma como o PSD encara as questões da governação do país e, por isso, é que ontem não trouxeram uma única ideia."

Pedro Silva Pereira (ministro PS) disse que tinha recebido a notícia com "espanto". "O PSD sempre defendeu que a consolidação fosse feita pelo lado da despesa e recusou sempre o aumento de impostos", explicou.

João Semedo do Bloco de Esquerda diz que:"No seu livro MUDAR, lançado no ano passado, Pedro Passos Coelho defendeu exactamento o contrário do que agora admite: mexer nos impostos sobre o rendimento mas deixar o IVA intacto. "O PEC V de Pedro Passos Coelho será inevitavelmente o aumento de impostos sobre o consumo. Não se trata de aumentar o imposto sobre os rendimentos, sobre as grandes fortunas, sobre as grandes empresas, sobre as mais-valias da Bolsa e sobre a própria banca."

(Excertos de um artigo publicado no DN de 25 de Março da autoria de Paula Sá)

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