sexta-feira, 18 de junho de 2010

MALABAR




Romance de Mário de Sousa Cunha

…Tenho dificuldade em imaginar como será o futuro de Portugal, se esta perda contínua de pessoas não abrandar. A terra despovoa-se da melhor gente que tem, dos mais ambiciosos e curiosos, dos mais aventureiros e corajosos. E quem fica são os que não têm força, nem garra, nem empreendimento, os cobardes e os medrosos; os obedientes e os que nada desejam para além da escudela de sopa com que se alimentam todos os dias.
…..Imaginai o futuro da nossa terra, entregue aos filhos e aos netos desta gente, nados e criados no exemplo da preguiça e da facilidade…A diáspora que agora afecta o Reino não tem como único inconveniente campos despovoados e falta de gente nos ofícios das vilas e cidades. Possivelmente, o mais gravoso está ainda por vir: a preponderância, na comunidade, de um modo de ser e de encarar a existência medíocre e acomodado, inimigo da criação e da invenção, mesquinho e invejoso. Tudo porque os outros, os melhores, os mais nobres, os mais bravos e corajosos se foram embora e deixaram a terra entregue a essa gente!

(excerto do romance histórico MALABAR, publicado pela Bertrand Editora em 2008)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Henriqueta Branca e Preta - Romance de Luana Sul


"A obra conta a história de Tchitula ou, por baptismo, Henriqueta, uma mulher comum do Bié, mestra do quotidiano.

A acção decorre na atmosfera politico-social luso-angolana entre as décadas de 1950 a 1980.

Subliminarmente tem como palavras chave o Alfa e o Ómega, ou ainda mais recôndita, a mensagem do mestiço missionário António Vieira:

"Nem toda a miséria é ignorância, mas toda a ignorância é miséria" "
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Luana Sul é o pseudónimo de Maria José Rodrigues, que se auto-considera apátrida, Cidadã dos arredores do Mundo.
Nasceu em 1943, no Chinguar, Angola, país a que se tem mantido sempre ligada por laços familiares e de amizade, para além do cordão umbilical.
É médica, tendo exercido a amaior parte da profissão no H. de Stº António, no Porto, e no H.S.Bernardo, em Setúbal.
Depois de se dedicar a pequenos contos infantis, publica agora esta ficção em homenagem às Mulheres do Planalto do Bié.

AUSTERIDADE PARA TODOS OS GOSTOS




ESPANHA

O plano de austeridade lançado pelo primeiro-ministro Rodriguez Zapatero, inclui a eliminação do cheque-bebé de 2500 euros a partir de Janeiro de 2011 e a adaptação do número de unidades das embalagens de medicamentos à duração dos tratamentos. As duas medidas mais emblemáticas são a redução de 5% nos salários dos funcionários públicos a partir deste mês e o congelamento do reajuste automático das aposentações e pensões (excluindo as mínimas) no próximo ano.

FRANÇA

O Presidente Sarkozy quer que os ministérios gastem menos 10%. Os ministérios da Cultura e da Educação substituíram as flores naturais por exemplares de plástico. As luzes no Ministério da Economia apagam-se agora automaticamente às 19h30m e as revistas de imprensa são divulgadas via electrónica. Todos os ministérios reduziram as despesas com as recepções, sobretudo no champanhe. As viagens dos adjuntos dos ministros em primeira classe, mesmo nos comboios, dependem de autorização superior.

IRLANDA

A Irlanda foi dos países mais duramente atingidos pela crise mundial e o plano de recuperação não se fez esperar. Um dos primeiros anúncios do primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, foi de que o número de ministros iria ser reduzidos de 20 para 15. Cada um dos governantes custa ao erário público irlandês um salário anual de cerca de 150 mil euros. E,m 1978, a Irlanda tinha apenas sete ministros. O governo decidiu, ainda, reduzir os ordenados dos funcionários públicos entre 5% e 15%.

ALEMANHA

A chanceler Angela Merkel decidiu avançar com um plano de emagrecimento do orçamento federal em 80 mil milhões de euros até 2014. Dois dos sectores onde vai mexer é no funcionalismo federal, que será reduzido, naquele período, entre 15 mil e no aparelho militar, que aguarda um estudo do Ministério da Defesa, a divulgar ainda este ano,, para redução de 40 mil efectivos no conjunto dos 250 mil actualmente existentes na Bundeswehr.

ROMÉNIA

Corte de 25% nos ordenados da função pública e 15% nas pensões de reforma.

RÚSSIA

Pretende cortar 20% no número de funcionários públicos

terça-feira, 15 de junho de 2010

JUNHO-CONVERSAS SOBRE A CULTURA INDIANA-por Anil Samarth

Palestras sobre a Cultura Indiana.
Decorrem durante todo o mês de Junho às sextas-feiras às 21h30m.(a entrada é livre))
A PRÓXIMA É NO DIA 11 DE JUNHO(VER PROGRAMA)
Envie para os seus contactos
estará a colaborar connosco.

ACADEMIA PRIMAFOLIA
Rua Deputado Henrique Cardoso, 30-34
Setúbal(à Fonte Nova)


PALESTRAS SOBRE CULTURA INDIANA
PROF. ANIL SAMARTH



11 JUNHO. Sexta - feira às 21h30

A DESCOBERTA DA CULTURA DA INDIA POR GUILHERME AUGUSTO DE VASCONCELOS ABREU E OBRAS MONUMENTAIS EM SANSKRITOLOGIA

por Anil Samarth

Guilherme Augusto de Vasconcelos Abreu (20 de Maio de 1842 - 1 Fevereiro 1907) intelectual multifacetado, amigo de Eça de Queirós, iniciou os seus estudos em matemática na Universidade de Coimbra nos finais do séc.XIX(orientalista,matemático,militar, geógrafo e literato)

Entrada Livre!

18 JUNHO.Sexta - feira às 20h

Jantar Cultural sobre o tema POESIA DE KALIDASA

por Anil Samarth

Kalidasa foi um renomado poeta e dramaturgo sânscrito clássico, amplamente considerado como o maior poeta e dramaturgo no idioma sânscrito. O seu lugar na literatura sânscrita é semelhante ao de Shakespeare na inglesa. As suas peças de teatro e poesias, são principalmente baseadas na mitologia e filosofia hindus.

Jantar – 10 € (8 € Folio Divino)

(Podes ir apenas á palestra ás 21h30)

25 JUNHO Sexta - feira às 21h30

O PENSAMENTO DE RABINDRANATH

por Anil Samarth.

Rabindranath Tagore foi um poeta, romancista, músico e dramaturgo. Reformulou a literatura e a música bengali, no final do século XIX e início do século XX. Em 1913, torna-se o primeiro escritor asiático, a ser agraciado com o Nobel de Literatura.

Entrada Livre!

PORTUGAL VISTO DE HELICÓPTERO DESDE LISBOA ATÉ AO SUL‏




PORTUGAL VISTO DE HELICÓPTERO DESDE LISBOA ATÉ AO SUL

Vale muito a pena ver cada um dos videos desta empresa, pode ser lento a carregar, é melhor deixar carregar tudo e depois ver

DO LADO DIREITO, CLICANDO, pode escolher: Lisboa, Sesimbra, Alentejo ou Sintra para ver em pormenor...

Com som e deixem correr as localidades todas...

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

O PORQUÊ DA CRISE EM PORTUGAL

Não há jornal, noticiário de televisão ou blogue, que não lembre a crise em que Portugal mergulhou. Por todo o lado, os semáforos do medo piscam luzes de alarme. Na rua, os rostos incrédulos estão à beira do pânico. “Apesar de tanta Europa, como e porquê aconteceu tamanha desgraça?”, interrogamo-nos todos.

Só a memória curta deste povo e a crença ingénua em milagres nos levou a pensar que a entrada na Europa seria panaceia para todos os males. Ou, como diria o executado Sadam Hussein, a mãe do bem estar definitivo. Distraídos, esquecemo-nos de algo fundamental nestas coisas da gestão da coisa pública: a qualidade dos homens do poder. É verdade que a Europa nos trouxe riqueza e modernidade, contudo, perversamente, não trouxe, pelo contrário, mais aptidão à classe política. Impotentes, assistimos ao assalto dos aparelhos partidários por arrivistas de todo o género. Promovidas, as toupeiras acabaram por tomar conta da alma da nação, pervertendo-lhe a moral na crença urgente de que todos os desmandos lhes eram permitidos. E foram.

Triste sina a dos portugueses. A crise sempre fez parte do seu horizonte como lodaçal a que não sabiam escapar. Se as últimas dinastias da monarquia portuguesa foram o “desastre” , a primeira república o “caos” , a ditadura de Salazar “a sangrenta noite medieval”, a democracia pós 25 de Abril foi a mais dramática “farsa”.

E farsa porquê? Porque acreditámos que, com o 25 de Abril, o país , finalmente, se reencontrara. Tinha-se cumprido o império, cumpria-se agora Portugal. Recebemos, por isso, de braços abertos, a nova e generosa classe política portuguesa, sequiosos da impoluta e moderna democracia que diziam representar. Como nos pareciam, então, distantes os tempos da corrupção da monarquia e da anarquia da primeira república.
Ledo e estúpido engano. Revezando-se no poder, socialistas e sociais-democratas, os novos senhores do poder, depressa se encarregaram de transformar o sonho em pesadelo. Como novos-ricos deslumbrados, desbarataram o que não tinham, deixando o povo, de novo, mergulhado no lodaçal da miséria, desesperado e desesperançado.

Mas a crise económica e financeira tem pelo menos um mérito. Mostra quem, de facto, se preocupa com o país e quem, do alto da sua impunidade e arrogância, apenas defende interesses particulares. Esgrimindo a arma da demagogia, alguns políticos teimam em insultar aqueles que discordam da sua infalibilidade, aqueles que discordam das leis que protegem o enriquecimento ilícito da elite em que se tornaram.
“Mal agradecidos”?
Não fomos nós os responsáveis pelo estado a que Portugal e o mundo chegou, foram vocês, vocês que prometeram gerir os dinheiros dos contribuintes com ciência e honestidade, vocês que juraram falsidades para que acreditássemos e vos elegêssemos. Vocês que, mesmo com o descalabro à porta, continuam com o simulacro.

Neste momento já não resta aos que verdadeiramente se preocupam com o país outra solução que não seja poupar e gerir de forma parcimoniosa os poucos recursos que restam. Cedendo aos apelos que de todo o lado nos inquietam o quotidiano como um terramoto, estamos dispostos a isso. Mas o que fazem os políticos?


O primeiro-ministro gastou, em 2010, 63.000 euros em flores naturais, 6.840 euros em vinho tinto, 78.050 euros(2008 e 2009) nos jardins da residência; Sócrates tem ao seu serviço 12 motoristas (em
Inglaterra os ministros vão passar a andar de transportes públicos).

Em estudos, pareceres, projectos, e consultoria, em 2010, o estado espera gastar 189 milhões de euros ( apesar de todos os ministérios e secretarias de estado terem funcionários habilitados para o efeito).

A Câmara de Cascais gastou 21.445 euros em bolo-rei, enquanto a Câmara de Santarém gastou 805.258 euros nas comemorações do dia de Portugal. O 25 de Abril custou a várias Câmaras do país 457.940 euros e em decorações de Natal esbanjaram-se, entre 2008 e 2009, 12.964.168 euros.

A Comissão para a comemoração do centenário da república, em 5 de Outubro, possui um orçamento de 10 milhões tendo já gasto um milhão de euros.

Só em estudos, o novo aeroporto, o ano passado, custou mais de 9 milhões de euros, tendo-se já feito 114 estudos (alguém anda a enriquecer à conta do contribuinte).

A Câmara de Gondomar pagou 515 mil euros em publicidade ao Gondomar Sport Clube e 16.600 em flores, enquanto Sines gastou 6 mil euros em búzios de cristal, Oeiras 7.600 em leques, Loulé quase 7 mil em rebuçados e 73 mil em almofadas anti-stresse. Matosinhos esbanjou 16.725 euros em canetas para oferta. Por seu lado, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Loures gastaram quase 7.300 euros em espumante, em 2010. Em chá e café, os ministérios gastaram 208 mil euros (bebam água da torneira que é tratada). E pasme-se, o regimento de transmissões do exército, comprou 4.200 euros de whisky novo. Como se não bastasse, o estado gastou ainda, em bonés e guarda-chuvas, 1.225.093 euros, mais 1.622.513 euros em obras de arte.

Sabem quanto se gastou em estudos para o TGV, entre 2001 e 2008? Só 92.900.000 euros!

A dar-nos música o estado gastou 3.810.661 em concertos, despesas que contemplam músicos que vão desde o tenor José Carreras, a Quim Barreiros e Tony Carreira.

Festas de leitão, da sardinha, das flores, do fado, dos emigrantes custaram às autarquias mais de 4 milhões de euros.

Há excesso de deputados, excesso de assessores, políticos que acumulam reformas, excesso de gabinetes técnicos, excesso de financiamento aos partidos, excesso de submarinos, de carros de assalto, de aviões de combate.

Em 2009 as campanhas eleitorais custaram aos contribuintes 96 milhões de euros.

Jaime Gama obrigou os portugueses a comprarem-lhe dois BMW topo de gama, Manuel Alegre (candidato a presidente da república) e até António Filipe do PCP, foram outros dos contemplados com veículos de luxo pagos pelos contribuintes (voltamos a lembrar que a abastada Inglaterra mandou os seus políticos frequentarem os transportes públicos). Esta operação de escárnio ao povo português custou quase um milhão de euros . Bem pode dizer o Dr. “Topo de Gama” que foram razões de saúde financeira e dignidade de estado que ditaram a compra destes veículos. Caro cidadão Gama, não faça de nós ESTÚPIDOS. O senhor tem direito à dignidade e nós, direito ao desemprego, à miséria, ao calabouço se nos revoltarmos? Não bastava, como país pobre que somos, sem recursos que não sejam a esmola caridosa da Alemanha, comprar uns Fiat Panda para si e restantes “muchachos“?. Até Mota Amaral, ex-presidente da AR, se viu contemplado com um veículo de luxo.

Pois é, enquanto o orçamento familiar dos portugueses tem cada vez menos valor, o orçamento da Assembleia da República cresce mais 7 milhões, para um total de 191,4 milhões. É quanto nos custam os deputados que, alternando-se no poder, com a sua desastrosa gestão, conduziram o país ao descalabro e a este beco sem saída.

POUPAR?
Todos já percebemos quem poupa e quem se julga com direito a esbanjar. Quem prega sacrifícios sentado sobre ordenados milionários e quem caminha no deserto. Quem se aflige e quem farra. Quem ama o país, porque é a única coisa que lhe resta, e quem apenas ama o poder. Quem fica no desemprego, sem subsídios, e quem vai, por direito dinástico, para gestor das empresas públicas e privadas. E depois querem que vos respeitemos pois, dizem-se, são o cerne da democracia. Cerne da Democracia? Qual democracia, a democracia do nepotismo, do arrivismo, do oportunismo, dos vaidosos, dos arrogantes, dos incapazes, dos demagogos, dos teocratas?
Não, não é esta a Democracia que queremos!!!

DITADORES
Cobardes como são, refugiam-se atrás da Democracia, querendo obrigar-nos a defrontá-la para depois nos acusarem de tudo!

DITADO POPULAR
…Apenas mudaram as moscas!

QUE FAZER?
(Não acreditar em brandos costumes…)

AOC