sexta-feira, 9 de abril de 2010

Extraordinário

Incrível!!!! Esta história aconteceu recentemente na Província de Manitoba, no Canadá e foi documentada por um fotógrafo





Os huskies siberianos estavam indefesos, presos na coleira quando de repente lhes surge um imenso urso polar...




Mas, o inacreditável aconteceu, para a felicidade dos huskies o urso queria só... brincar...






E ainda tem gente que pensa que a paz é impossível...

Quando a última árvore tiver caído,
Quando o último rio tiver secado,
Quando o último peixe for pescado,
Vocês vão entender que dinheiro não se come.
(Greenpeace)



Please help me save my studio! / Por favor ajudem-me a salvar o meu estúdio!

Queridos amigos,

O meu estúdio em Londres está em vias de ser 'despejado'.
É um edifício fantástico com grandes janelas e jardim que subsiste há já 22 anos por ser mantido por uma pequena comunidade de artistas locais.
A renda é mínima, o que me permite ter mais tempo para realmente realizar o meu trabalho, do que tentar angariar fundos de outro modo.
Isto afectar-me-á directamente, e aos que me rodeiam. Por favor assinem esta petição, obrigada!

http://www.gopetition.com/online/35386.html

Exposição de pintura Sayonara Brasil - CAL - 13/4

A Embaixada do Brasil em Lisboa tem o prazer de encaminhar o convite em anexo.

Ciclo Bichos e Outras Maravilhas - ACLUS/Museu da Cidade - 10/4 e 17/4

A Embaixada do Brasil em Lisboa tem o prazer de encaminhar a divulgação em anexo.


No próximo dia 10 de Abril, sábado, às 15 horas, no Museu da Cidade ao Campo Grande, a ACLUS- Associação de Cultura Lusófona realiza a primeira sessão do Ciclo BICHOS E OUTRAS MARAVILHAS, integrado na Tertúlia LETRAS-COM(N)VIDA do CLEPUL/ FLUL.






(p.f. clicar)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

INVERSÃO DE VALORES - CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE.

*Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um noticiário na TV:

De mãe para mãe...

'Vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, menor, infractor, das dependências da prisão de Custoias para outra dependência prisional em Lisboa.
Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter, para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os média deram a este facto, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONG's, etc...

Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero, com ele, fazer coro. No entanto, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.
Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo.
Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família. Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.

Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a um vídeo-clube, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.

No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias ao seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores na sua humilde campa rasa, num cemitério da periferia...

Ah! Já me ia esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranquila, pois eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá, na última rebelião de presidiários, onde ele se encontrava cumprindo pena por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas 'Entidades' que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto, e talvez indicar quais "Os meus direitos".

Para terminar, ainda como mãe, peço "por favor":
Faça circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só...
Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!

José Régio



(Em memória de Aurélio Cunha Bengala )

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.


JOSÉ RÉGIO Soneto (quase inédito), escrito em 1969 no dia de uma reunião de antigos alunos.

Tão actual em 1969, como hoje. Depois ainda dizem que a tradição não é o que era!!!

Silêncio que se vai tocar o fado!!!!

Prestem atenção a este nome:
Natalia Jusckiewicz

Visitem: www.nataliaviolin.com

CHICORONAS...


Para os amigos e amigas de SÁ DA BANDEIRA e não só. ..

LUBANGO/EX SÁ DA BANDEIRA

A " ampulheta" vai fazendo o seu serviço ... !!

http://angolalubango.com.sapo.pt/regresso.html

Convite exposições "Mato Grosso no Circuito Cultural Lusófono" - 7/4

A Embaixada do Brasil em Lisboa tem o prazer de encaminhar o convite em anexo.



Por Favor clicar na imagem

MATEMÁTICA DE MENDIGO

Se um dia destes me encontrarem nos semáforos, não se
admirem... e já agora deixem mais de 0,10€


MATEMÁTICA DE MENDIGO

Tenho que dar os meus parabéns ao estagiário que elaborou esta
pesquisa tão perfeita, pois o resultado que ele conseguiu obter é a mais
pura realidade.
_____________________________________________


Preste atenção nesta interessante pesquisa de um estagiário de Matemática:



Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta
segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo
tem 30 segundos para faturar pelo menos € 0,10, o que numa hora dará: 60 x
0,10 = € 6,00.

Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá faturado:
25 x 8 x 6 = € 1.200,00. Será que isso é uma conta maluca?


Bom, 6 euros por hora é uma conta bastante razoável para quem está no
sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 10 centimos e sim 20, 50 e às
vezes até 1,00€.


Mas, tudo bem, se ele faturar metade: € 3,00 por hora terá € 600,00 no
final do mês, que é o salário de um estagiário com uma carga de 35 horas
semanais ou 7 horas por dia.


Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de € 1,00 (o que não é raro),
ele pode descansar tranquilo debaixo de uma árvore por mais 9 mudanças do
sinal de trânsito, sem nenhum chefe para o chatear por causa disto.



Mas considerando que é apenas teoria, vamos ao mundo real.


De posse destes dados fui entrevistar uma mulher que pede esmolas, e que
sempre vejo trocar seus os rendimentos na padaria em frente aos semáforos.

Perguntei-lhe quanto é que ela facturava por dia. Imaginem o que ela
respondeu?


É isso mesmo, de 35 a 40 euros em média, o que dá (25 dias por mês) x 35 =
875 ou 25 x 40 = 1000 € mensais.

Moral da História :


É melhor ser mendigo do que estagiário (e muito menos PROFESSOR), e pelo
visto, ser estagiário e professor, é pior que ser Mendigo...


Esforce-se como mendigo e ganhe mais do que um estagiário ou um professor.


Peça esmolas. É mais fácil e melhor que arranjar um emprego.



Viva a Matemática.

O regresso dos pais autoritários

Isto já passou na net, mas como se trata de um assunto pertinente, jamais é demais ler e aplicar uns tantos bons costumes e ensinamentos.
Até serve mesmo para quem não é pai, PARA CONSCIENCIALIZAR.




*O regresso dos pais autoritários*

*Os pais têm de recuperar a autoridade perdida e deixarem de querer agradar
aos filhos, ou o mundo estará perdido, afirma um dos mais famosos pediatras
do mundo. Fomos saber porquê.*

Catarina Fonseca/ACTIVA 10 Fev. 2010

Confesso que ia um bocado amedrontada. Afinal, ia entrevistar um dos homens
responsáveis por um dos maiores escândalos educativos das últimas décadas, o
homem que defendera a urgência do regresso ao poder dos pais contra os
todo-poderosos filhos.

Acusado de tudo, de fascista para baixo, o pediatra líbio-francês Aldo
Naouri diz que os pais se demitiram do seu papel de educadores e em vez
disso se dedicam a satisfazer a criança, com o único desejo de se fazerem
amar. Diz que confundimos frustração com privação. Diz que transmitimos à
criança que não só pode ter tudo como tem direito a tudo, içando-a ao topo
do edifício familiar, onde ela nunca esteve e onde nunca deveria estar. Diz
que um filho hoje não é criado para se tornar ele próprio, mas para
gratificar e servir o narcisismo dos pais. Diz que estamos perante uma
epidemia que encoraja os pais a seduzirem as crianças, tornando-as assim em
seres obsessivos, inseguros, amorfos e emocionalmente ineptos, que não sabem
gerir as suas pulsões e são incapazes de encontrar o seu lugar no mundo.

Em resumo, esperava alguém mais parecido com o Deus do Velho Testamento, que
me recebesse com raios e coriscos, ou pelo menos uma praga de gafanhotos. Em
vez disso, recebeu-me com um sorriso só equivalente ao sol de Lisboa,
agarrou-me na mão, perguntou-me por que é que não tinha filhos e
assegurou-me que os homens são todos uns egoístas. "Portanto, madame, é só
escolher um! São todos iguais!"

Por entre gargalhadas, falou-se de coisas muito sérias, como aquilo que
andamos a fazer às crianças. Ora leiam.

*- Então, nada de democracia para as crianças?*

- Não. É fundamental que estejam numa relação vertical: os pais em cima, as
crianças em baixo. Porque há uma diferença entre educar e criar. Criar é
dar-lhe os cuidados básicos, dar-lhe banho, alimentá-lo, etc. É como criar
galinhas. Educar é haver qualquer coisa que não existe e que é preciso
formar. Por isso a criança não está nunca ao mesmo nível dos pais, não pode
haver uma relação horizontal. Se quiser compreender o que se passa na cabeça
de uma criança numa relação horizontal, imagine o seguinte: você está num
avião, e o comandante vem sentar-se ao seu lado. Você pergunta, Mas quem é
que está a guiar o avião? E ele diz, 'Ah, é um passageiro da primeira fila
que eu pus no meu lugar.' A criança tem necessidade de alguém acima dela.

*- As mães não se escandalizam com a mudança de hábitos que lhes aconselha?*

- Nada disso. As mães estão petrificadas na sua angústia e precisam de se
libertar. Eu digo, 'mas não vale a pena angustiarem-se dessa maneira, ser
mãe é muito mais simples do que vocês pensam'. Digo-lhes que não vale a pena
viverem preocupadas porque a criança não come, não dorme, ou vai ter ciúmes
do irmão. Dou-lhes conselhos básicos e fáceis de seguir e tento fazer com
que simplifiquem a máximo as suas vidas. O que eu quero é que a criança seja
para os pais uma fonte de prazer e felicidade, e não um foco de sofrimento e
angústia, e para que isso aconteça, os pais têm de estar descontraídos.

*- As nossas avós não viviam nessa angústia...*

- Pois não. Mas viviam num mundo em que havia três tipos de ordem: Deus, Rei
e pai. Esse tipo de ordem fazia com que existisse qualquer coisa que as
transcendia. Hoje todo o tipo de transcendência desapareceu, e quem ficou no
lugar de Deus? A criança. Às mães que põem o filho nesse altar, eu
simplifico a tarefa: digo - Não se cansem dessa maneira. Não se preocupem
assim. Ponham-se a vocês próprias em primeiro lugar. Claro que não é uma
coisa que elas estejam habituadas a fazer, ou sequer a ouvir, mas não é por
isso que não podemos dizer-lhes, e não é por isso que elas vão deixar de ser
capazes de o fazer. Acredito que vão ser capazes, porque é urgente: a bem
das crianças, e a bem delas próprias. É preciso fazer as coisas de maneira
tranquila, porque a mãe perfeita não existe, o pai perfeito não existe, a
criança perfeita não existe.

*- Mas as mães hoje têm uma vida tão difícil, é normal que se
culpabilizem...*

- Não é por trabalharem fora de casa que têm de se sentir culpadas.

Peço às mães: lembrem-se do vosso primeiro amor. Quando não o viam durante
três dias, morriam de saudades. Mas quando o voltavam a ver, assim que
batiam os olhos nele era como se nunca se tivessem separado. Com as
crianças, é exactamente igual. Quando tornam a encontrar a mãe, é como se
ela nunca tivesse partido.

*- Diz que os pais esqueceram o seu papel de educadores porque querem ser
amados pelas crianças. Por que é que isto acontece?*

- Como todas as crianças, tiveram conflitos com os pais. E como todas as
crianças, amam-nos mas guardaram muitos ressentimentos. E não querem que os
seus filhos tenham esse tipo de ressentimento em relação a eles. E pensam
que a melhor maneira de o fazer é seduzir a criança para que ela o ame. O
que é um enorme erro. Porque nesse momento, a relação vertical inverte-se. A
hierarquia fica de pernas para o ar, e quando isso acontece, destruímos a
crianças.

*- O problema é que as pessoas confundem autoridade com violência.
Autoridade é fazer-se obedecer, não é dar uma palmada, que o senhor aliás *

*desaprova.*

- Completamente! Não aprovo palmadas de que género for, nem na mão nem no
rabo. Ter autoridade não é agredir a criança. Ter autoridade é dizer: 'Quero
isto', e esperar ser obedecido. Quero que faças isto porque eu disse, e
pronto. Autoridade é só isto, é assumir o seu dever. Não vale a pena ser
violento, aliás porque a criança sente a autoridade. É quando o pai ou a mãe
não está seguro do seu poder que a criança tenta ir mais longe. Quando há
uma decisão que é assumida pelos pais, ela cumpre-a.

*- Uma terapeuta de casal dizia que as pessoas hoje não têm falta de
erotismo, dirigem-no é todo para as crianças...*

- Sem dúvida. E é isso que é urgente mudar. O slogan 'a criança acima de
tudo' deve ser substituído por 'o casal acima de tudo'. A saúde física e
psíquica das crianças fabrica-se na cama dos pais. Por que isso não acontece
é que há tantos divórcios, e depois a vida torna-se muito mais complicada
para a mãe, o pai e a criança. Se elas decidem privilegiar a relação de
casal, estão a proteger a criança.

*- Educou os seus filhos da forma que defende?*

- Sim sim, eu eduquei os meus três filhos tranquilamente. A autoridade
significa serenidade, não violência. Ainda hoje, que eles já são mais do que
adultos, nos reunimos às vezes para jantar. E no outro dia, falámos sobre as
viagens de carro que costumávamos fazer - sempre viajei muito com eles.
Quando se portavam mal, eu virava-me para trás e dizia: - Olhem que eu paro
o carro e deixo-vos a todos aqui na auto-estrada! - Só há pouco tempo é que
percebi que eles achavam que eu estava a falar a sério e que seria capaz de
os abandonar na estrada! (ri). Tal é a força da autoridade. Mas isso não tem
importância, o importante é que funcionava! (ri)

*- Diz que o pai tem de ser egoísta mas também diz que uma das tragédias do
mundo moderno é a ausência do pai... Qual é então o papel do pai, para lá de
ser egoísta?*

- Tem duas funções: a primeira é a de possibilitar à mãe o exercício da sua
feminilidade. A segunda é a de se oferecer ao filho ou filha como um escudo
contra a invasão da mãe. Porque de outra maneira, a mãe vai tecer à volta do
seu filho um útero virtual, extensível até ao infinito. O pai não está
presente como a mãe, mas é preciso que esteja presente.

*- Mas hoje exige-se aos pais que façam uma data de coisas, que mudem
fraldas, que ponham a arrotar, que ensinem karaté...*

- Não é preciso. Porque na cabeça das crianças tudo está muito claro: aquela
que o filho ama acima de tudo é a mãe, que sempre respondeu às suas
necessidades desde que estava na sua barriga. Se alguém lhe diz 'não', mesmo
que seja a mãe, para ele a culpa é do pai. Ou quando muito, da não-mãe. No
inconsciente de uma criança, o pai não existe. Só há a mãe. O pai tem de se
construir, a bem das crianças e a bem da mãe delas.

*- Antes de ler este livro não tinha consciência de que as crianças estavam
tão perturbadas.*

- Li um artigo recentemente do director do centro médico-pedagógico de
Paris, que afirmava que em 2008 tinha recebido 394 novas famílias, e que a

maior parte tinham problemas psicológicos. No fim da primária, 40% dos
alunos ainda não dominam a língua, e isto é grave. E não porque tenham
problemas físicos ou sejam burros: é porque não os sabemos educar. Mas é uma
tarefa difícil, porque mesmo as instâncias governativas vão no sentido de
seduzir a criança. Porque as crianças vendem, são um produto que se compra e
se compara. Todo o mundo vai no sentido de deixar a criança fazer o que
quer, porque é mais fácil que ela não cresça. Mas o que vai acontecer é que
essas crianças, se não travadas, vão crescer e fabricar sociedades
absolutamente abomináveis, onde será cada um por si, onde não haverá
solidariedade.

*- Nem cientistas... É o senhor quem o diz...*

- (ri). Apesar de tudo, estou optimista. As pessoas querem saber como podem
mudar. Não sou o único a dizer estas coisas, mas digo-as de forma bruta.
Tenho 40 anos de experiência com pais e crianças. E é muito fácil mudar,
quando começamos a ver a lógica das coisas. Além disso, o que eu pretendo é
simplificar a vida das pessoas. Não quero voltar àquilo que se fazia há um
século. Não quero pais castradores.

*- O que é um pai castrador?*

- Não é um pai autoritário, é um pai fraco, intranquilo, desconfortável na
sua pele e na sua posição. O que eu digo é, a sua posição como pai ou mãe
está assegurada à partida. Só tem de exercê-la. Uma vez, apareceu-me uma mãe
muito alarmada porque a filha não dormia. Aconselhei-a a dizer à criança,
antes de dormir: 'Podes dormir tranquila. Não preciso mais de ti hoje.' E a
criança dormiu a noite toda. Por isso eu digo no fim das consultas, a todas
as crianças, tenham elas 1, 7 ou 14 anos, 'Muito obrigado por me teres
trazido os teus pais à consulta. Agora podes ficar descansado, eu ocupo-me
deles.'

*O QUE DEVEMOS FAZER...*

Palavra de ordem: não compliquem.

Segundo Aldo Naouri, o esterilizador de biberões não faz sentido, nem
desinfectar o mamilo.

- Os biberões devem lavar-se com água quente da torneira.

- As nádegas do bebé devem ser lavadas com água e sabão.

- A roupa do bebé pode ser enfiada na máquina como o resto da roupa de
casa.

- Em todas as idades, devem tomar-se as refeições familiares em
conjunto.

- Um adolescente pode ir vestido da maneira que bem entender.

- Petiscar, no caso de um adolescente, não é de condenar, porque
precisam de imensas calorias.

*E O QUE NÃO DEVEMOS...*

- Rituais antes de dormir, como a história ou a cantiga, é para irem à
vida. Só servem para ritualizar o medo da criança. Deve-se mandar a criança
para o quarto, e aí ela fará o que quiser com o seu tempo.

- Angustiar-nos com as horas de sono. É absolutamente necessário
livrarmo-nos da obsessão do número de horas que eles dormem.

- Nunca, em circunstância alguma, se deve obrigar uma criança a comer.

- Biberão, chupeta e objectos de transição devem desaparecer antes do
fim do segundo ano da criança.

- Bater nunca: nem na mão nem no rabo.

- Elogiar, só para coisas excepcionais.

- A criança não deve escolher a sua roupa.

- Uma ordem não tem de ser explicada, tem de ser executada. A
explicação que é dada ao mesmo tempo que a ordem apaga a hierarquia. Se
quiser explicar, só depois da ordem cumprida. A figura parental nunca, mas
nunca, tem de se justificar perante o filho.

*Para ler: 'Educar os Filhos', Aldo Naouri, Livros d'Hoje*