O mundo, no seu conjunto, tem hoje um problema grave de imigração clandestina maciça. Um problema que, infelizmente, irá piorar. E que, por força dos crescentes desequilíbrios ambientais, climáticos e económicos, poderá mesmo vir a tornar-se num dos maiores de todos os tempos da raça humana. Como é também verdade que a Europa e o mundo têm problemas crescentes de desemprego e de insegurança. Mas todas estas questões nunca se resolveram com expulsões, deportações e perseguições organizadas a grupos específicos de cidadãos de nacionalidades ou etnias predifinidas. Nem nunca se solucionaram com decisões unilaterais, tomadas Estado a Estado. Não é a forma correcta para a Europa os resolver, na sua relação com o mundo, e muito menos oara os resolver dentro das suas próprias fronteiras comuns. Bem pelo contrário, políticas como esta, que têm motivações paralelas às assumidas publicamente, e que visam somente explorar o que pior têm os povos em momentos de dificuldade, sempre nos conduziram a situações indesejáveis.
O projecto de alteração da Lei de Imigração francesa, prevê a expulsão de estrangeiros, incluindo cidadãos da União Europeia que não garantam ter meios de subsistência duradouros, que sejam uma ameaça para a ordem pública ou que abusem do direito de livre circulação que vigora em vários Estados da UE.
(Texto de Pedro Camacho)
NOTA: Ninguém emigra por gosto, ninguém abandona o seu país a não ser para fugir à fome, à doença, à miséria. É pois altura de os Estados desenvolvidos e ricos pensarem num novo modelo de desenvolvimento que não exclua as restantes nações da partilha da riqueza. Só assim os povos deixarão de emigrar. É uma questão de sobrevivência e paz para todos. Caso contrário, não tenhamos dúvidas, veremos o "modelo Sarkozy" ser aplicado a outros países.
(AOC)
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