segunda-feira, 13 de abril de 2009
Comentário
"LI O SEU LIVRO COM MUITAS RESERVAS. SINCERAMENTE, DESGOSTOU-ME.
NÃO A HISTÓRIA EM SI, BEM CONSEGUIDA, RECHEADA DE EMOÇÕES PRÓPRIAS DE UM POLICIAL E DA FICÇÃO HISTÓRICA, PRETENSAMENTE APOIADA EM FACTOS HISTÓRICOS. MANCINI E AS SUAS AVENTURAS EM LISBOA, COMBATES COM PIRATAS, NAUFRÁGIOS, HISTÓRIAS DE AMOR, A AFRICA PROFUNDA DE 1540, AS CONTRADIÇÕES DO EXÉRCITO PORTUGUÊS NA GUERRA DO ULTRAMAR. COM TUDO ISTO PODERIA DIZER QUE ME ENTUSIASMEI, NÃO FOSSE SENTIR-ME INSULTADO AO PERCEBER QUE POR DETRÁS DO ARGUMENTO DA ESPECIARIA SE ENCONTRA A ANÁLISE CRÍTICA DA PRESENÇA PORTUGUESA EM ÁFRICA.
NASCI, TAL COMO O ESCRITOR, EM ANGOLA E DE MODO ALGUM POSSO CONCORDAR COM A IMAGEM QUE TRANSMITE DOS PORTUGUESES QUE TANTO FIZERAM POR AQUELE PAÍS. O AUTOR ESQUECE-SE QUE AS CONDIÇÕES NO TERRENO E A MENTALIDADE DA ÉPOCA CONDICIONARAM O COMPORTAMENTO DOS BRAVOS COMERCIANTES, AGRICULTORES E SOLDADOS QUE LABUTARAM PELO DESENVOLVIMENTO DAQUELA TERRA. SEM ELES NADA ALI EXISTIRIA. ENTRISTECE-ME QUE SE FALE DA NOSSA HISTÓRIA DE FORMA TÃO DEPRIMENTE.
O DEFEITO DOS PORTUGUESES, PERTENCENTES A UMA CERTA ESQUERDA, SEMPRE FOI O DE RENEGAR AS SUAS ORIGENS. É FÁCIL CRITICAR O TRABALHO ÁRDUO FEITO PELOS NOSSOS ANTEPASSADOS EM ÁFRICA, EM CONDIÇÕES EXTREMAMENTE ADVERSAS, DE QUE, AFINAL, TODOS BENEFICIAMOS EM PORTUGAL.
AVISO AO LEITOR INCAUTO.
SE, POR ACASO, SE AVENTURAR PELAS BELAS PÁGINAS DESTE ROMANCE, FAÇA-O SEM O TOMAR COMO FONTE VERDADEIRA DE HISTÓRIA. NÃO PASSA DE FICÇÃO ENGENDRADA PELA IMAGINAÇÃO DO ESCRITOR.
NÃO FOSSE A FALTA DE DETERMINAÇÃO DE ALGUNS, POLÍTICOS E MILITARES INCLUÍDOS, A HISTÓRIA DE ANGOLA TERIA SIDO ESCRITA DE OUTRA FORMA.
DIOGO AZEVEDO"
Sem comentários:
Enviar um comentário