quarta-feira, 9 de outubro de 2013

MINISTRO GREGO DA DEFESA CONDENADO. E EM PORTUGAL? A IMPUNIDADE DO COSTUME!


O antigo ministro grego da Defesa e membro do Partido Socialista (Pasok), Akis Tsohatzopoulos, foi condenado esta segunda-feira em Atenas a 20 anos de prisão efectiva por branqueamento de dinheiro no âmbito de contratos de armamento, num processo que se prolongou durante meses.
Tsohatzopoulos, 73 anos, um dos fundadores do Pasok e destacada figura da vida política helénica dos últimos 30 anos, foi ministro da Defesa entre 1996 e 2001.

A procuradora Georgia Adilini acusou-o de branqueamento de seis milhões de euros, utilizados em subornos durante a compra de veículos blindados, quatro submarinos e mísseis antiaéreos russos, quando ocupava a pasta da Defesa. "Foram tantos os subornos que nem podemos calcular o seu valor total", disse, a referir-se a somas de dinheiro transferidos "em sacos, malas, cheques, contas bancárias, negócios".

O tribunal também condenou outras 16 pessoas por cumplicidade, incluindo a mulher de Tsohatzopoulos, e absolveu dois indiciados. No entanto, e devido à sua idade, apenas deverá cumprir um quinto da sua pena e sair em liberdade dentro de dois anos, segundo fonte judicial citada pela agência noticiosa AFP.

Primeiro responsável político a ser julgado por corrupção desde há longos anos, Tsohatzopoulos tornou-se para a opinião pública grega no símbolo da corrupção da classe política, considera responsável pela grave crise que atinge o país desde 2010.

Após a sua detenção em 2012, Tsohatzopoulos foi colocado em detenção provisória numa prisão de alta segurança nos subúrbios de Atenas.
 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O MEDO - OS DONOS DO MUNDO


Entrevista sobre "os donos do mundo" na TVE - por Eduardo
Galeano e Jean Ziebler

HITLER MATAVA JUDEUS, ESTE GOVERNO QUER ELIMINAR OS PORTUGUESES REFORMADOS

 

BAGÃO FÉLIX - TRIBUTAÇÃO SOBRE PENSÕES


A GROSSEIRA INCONSTITUCIONALIDADE
DA TRIBUTAÇÃO SOBRE PENSÕES


Aprovado o OE 2013, Portugal arrisca-se a entrar no "Guinness Fiscal" por força de um muito provavelmente caso único no planeta: a partir de um certo valor (1350 euros mensais), os pensionistas vão passar a pagar mais impostos do que outro qualquer tipo de rendimento, incluindo o de um salário de igual montante! Um atropelo fiscal inconstitucional, pois que o imposto pessoal é progressivo em função dos rendimentos do agregado familiar [art.º 104.º da CRP], mas não em função da situação activa ou inactiva do sujeito passivo e uma grosseira violação do princípio da igualdade [art.º 13.º da CRP].

Por exemplo: um reformado com uma pensão mensal de 2200 euros pagará mais 1045 ? de impostos do que se estivesse a trabalhar com igual salário (já agora, em termos comparativos com 2009, este pensionista viu aumentado em 90% o montante dos seus impostos e taxas!)..

 

 
Estranhamente, os partidos e as forças sindicais secundarizaram ou omitiram esta situação de flagrante iniquidade. Por um lado, porque acham que lhes fica mal defender reformados ou pensionistas desde que as suas pensões (ainda que contributivas) ultrapassem o limiar da pobreza. Por outro, porque tem a ver com pessoas que já não fazem greves, não agitam os media, não têm lobbies organizados..
Pela mesma lógica, quando se fala em redução da despesa pública há uma concentração da discussão sempre em torno da sustentabilidade do Estado social (como se tudo o resto fosse auto-sustentável...). Porque, afinal,
os seus beneficiários são os velhos, os desempregados, os doentes, os pobres, os inválidos, os deficientes... os que não têm voz nem fazem grandiosas manifestações. E porque aqui não há embaraços ou condicionantes como há com parcerias público-privadas, escritórios de advogados, banqueiros, grupos de pressão, estivadores. É fácil ser corajoso com quem não se pode defender.
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Foi lamentável que os deputados da maioria (na qual votei) tenham deixado passar normas fiscais deste jaez
mais próprias de um socialismo fiscal absoluto e produto de obsessão fundamentalista, insensibilidade, descontextualização social e estrita visão de curto prazo do ministro das Finanças.