sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O AVISO DO GENERAL PIRES VELOSO



general Pires Veloso


QUALQUER PORTUGUÊS CONSCIENTE, QUE NÃO EMBARCA EM PROPAGANDAS E PENSA PELA SUA CABEÇA, SABE QUE DO QUE ESTÁ A FALAR O GENERAL PIRES VELOSO, QUE CORRESPONDE À SITUAÇÃO REAL DE PORTUGAL.

DEVEM, POR ISSO, TODOS OS RESPONSÁVEIS POLÍTICOS ENTENDER ESTAS PALAVRAS MUITO SERIAMENTE, PORQUE O QUE ESTÃO FAZENDO AO POVO PORTUGUÊS, BASEADOS EM FALSOS PRETEXTOS, É INADMISSÍVEL, MUITO GRAVE!

QUEREM VOLTAR AOS TEMPOS DO FASCISMO, CRIANDO UMA SOCIEDADE DE RICOS, MUITO RICOS E O RESTO...APENAS DE POBRES. NÃO FOI PARA VOLTAR, PELAS MÃOS DOS NETOS DESSE TEMPO AO FASCISMO QUE FOI FEITA A REVOLUÇÃO.

INIMAGINÁVEL HÁ 38 ANOS!!!

ISTO NÃO É CONVERSA FIADA!...

RESOLVAM TUDO PACIFICAMENTE, POR MEIOS POLÍTICOS, ANTES QUE O "TACHO" ENTORNE!...

Esta entrevista vem publicada em:


http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2437015&page=-1


O general Pires Veloso, um dos protagonistas do 25 de Novembro de 1975 que naquela década ficou conhecido como "vice-rei do Norte", defende um novo 25 de Abril, de raiz popular, para acabar com "a mentira e o roubo institucionalizados".


"Vejo a situação atual com muita apreensão e muita tristeza. Porque sinto que temos uma mentira institucionalizada no país. Não há verdade. Fale-se verdade e o país será diferente. Isto é gravíssimo", disse hoje, em entrevista à Lusa.


Para o general, que enquanto governador militar do Norte foi um dos principais intervenientes no contra-golpe militar de 25 de Novembro que pôs fim ao "Verão Quente" de 1975, "dá a impressão de que seria preciso outro 25 de abril em todos os termos, para corrigir e repor a verdade no sistema e na sociedade".


Pires Veloso, 85 anos, considera que não poderão ser as forças militares a promover um novo 25 de Abril: "Não me parece que se queiram meter nisto. Não estão com a força anímica que tinham antigamente, aquela alma que reagia quando a pátria está em perigo".


"Para mim, o povo é que tem a força toda. Agora é uma questão de congregação, de coordenação, e pode ser que alguém surja" a liderar o processo.

Inversão de valores

E agora que "o povo já não aguenta mais e não tem mais paciência, é capaz de entrar numa espiral de violência nas ruas, que é de acautelar", alertou, esperando que caso isso aconteça não seja com uma revolução, mas sim com "uma imposição moral que leve os políticos a terem juízo".


Como solução para evitar que as coisas se compliquem, Pires Veloso defendeu uma cultura de valores e de ética. "Há uma inversão que não compreendo desses valores e dessa ética. Não aceito a atuação de dirigentes como, por exemplo, o Presidente da República, que já há pelo menos dois anos, como economista, tinha obrigação de saber em que estado estava o país, as finanças e a economia. Tinha obrigação moral e não só de dizer ao país em que estado estavam as coisas", defendeu.
Pires Veloso lamentou a existência de "um gangue que tomou conta do país. Tire-se o gangue, tendo-se juízo, pensando no que pode acontecer.


E ponha-se os mais ricos a contribuir para acabar a crise. Porque neste momento não se vai aos mais poderosos".


O general deu como exemplo o salário do administrador executivo da Eletricidade de Portugal (EDP) para sublinhar que "este Governo deve atender a privilégios que determinadas classes têm".


"Não compreendo como Mexia recebe 600 mil euros e há gente na miséria sem ter que dar de comer aos filhos. Bem pode vir Eduardo Catroga dizer que é legal e que os acionistas é que querem, mas isto não pode ser assim. Há um encobrimento de situação de favores aos mais poderosos que é intolerável. E se o povo percebe isso reage de certeza", disse.


Para Pires Veloso, "se as leis permitem um caso como o Mexia, então é preciso outro 25 de abril para mudar as leis", considerando que isto contribui para "a tal mentira institucionalizada que não deixa que as coisas tenham a pureza que deviam ter".


Casos como este, que envolvem salários que "são um insulto a um povo inteiro, que tem os filhos com fome", fazem, na opinião do militar, com que em termos sociais a situação seja hoje pior, mesmo, do que antes do 25 de Abril: "Na altura havia um certo pudor nos gastos e agora não: gaste-se à vontade que o dinheiro há de vir".

Inversão do 25 de Abril


Quanto ao povo, "assiste passivamente à mentira e ao roubo, por enquanto. Mas se as coisas atingirem um limite que não tolere, é o cabo dos trabalhos e não há quem o sustenha. Porque os cidadãos aguentam, têm paciência, mas quando é demais, cuidado com eles".


"Quando se deu o 25 de Abril de 1974, disseram que havia de haver justiça social, mais igualdade e melhor repartição de bens. Estamos a ver uma inversão do que o 25 de Abril exigia", considerou Pires Veloso, para quem "o primeiro-ministro tem de arrepiar caminho rapidamente".


Passos Coelho "tem de fazer ver que tem de haver justiça, melhor repartição de riqueza e que os poderosos é que têm que entrar com sacrifícios nesta crise", defendeu, apontando a necessidade de rever rapidamente as parcerias público-privadas.


"Julgo que Passos Coelho quer a verdade e é esforçado, mas está num sistema do qual está prisioneiro. O Governo mexe nos mais fracos, vai buscar dinheiro onde não há. E, no entanto, na parte rica e nos poderosos ainda não mexeu. Falta-lhes mais tempo? Não sei. Sei é que tem de mudar as coisas, disse Pires Veloso

A CRISE EM ESPANHA E EM PORTUGAL


EM ESPANHA: NÃO PASSARÁ!

EM PORTUGAL: NÃO SE PASSA NADA!

RICARDO ARAÚJO PEREIRA - SALVAR PORTUGAL À BRUTA



Salvar Portugal à bruta

Um dos problemas da salvação oferecida por Passos Coelho é que a maior parte das pessoas não se apercebe de que está a ser salva. Não compreende que está desempregada para seu bem, que vive mal para prestigiar o País no estrangeiro, que ganha salários miseráveis para glória presente e futura de Portugal. Ninguém mandou Passos Coelho tentar salvar um povo tão estúpido

Ricardo Araújo Pereira

Quinta feira, 2 de Agosto de 2012
Se algum dia tiver de perder umas eleições em Portugal para salvar o País, que se lixem as eleições, o que interessa é Portugal", disse esta semana Pedro Passos Coelho. É uma declaração que rejeita o eleitoralismo ao mesmo tempo que é profundamente eleitoralista, e por isso só está ao alcance de um político muito hábil. Sou um grande admirador de declarações que contradizem aquilo que afirmam. "Eu não gosto de falar de mim", diz alguém. E eu rejubilo, porque essa pessoa acaba de me fornecer uma informação sobre si mesma -logo ela que não aprecia fazê-lo. Com Passos Coelho sucede o mesmo: é eleitoralista quando repudia o eleitoralismo. Sacrifica-se duplamente por nós: perdendo eleições e incorrendo em abominável eleitoralismo.

Mas, mais do que fazer aquilo que repudia, aquela declaração é importante para compreender a soteriologia do passoscoelhismo, que difere bastante da da maior parte das religiões. Em princípio, uma religião só oferece a salvação ao crente que deseje ser salvo. No passoscoelhismo, porém, a salvação não depende da vontade do crente. Passos Coelho é nosso redentor quer nós queiramos quer não. Ele vai salvar-nos e é à bruta.

Repare-se que, para salvar o País, ele não se importa de perder umas eleições.

O eleitorado, que aparentemente prefere a perdição do País, ameaça castigar Passos Coelho com uma derrota eleitoral.

Nas urnas, o povo português fará o raciocínio inverso ao do primeiro-ministro: que se lixe Portugal, o que interessa são as eleições. Mas Passos Coelho não se importa. Vai salvar-nos, mesmo contra a nossa vontade.

Outra distinção importante reside no facto de Cristo se ter sacrificado por nós.

Passos Coelho opta por infligir os sacrifícios àqueles que pretende salvar. Uma coisa é ser Messias, outra é ser parvo.

Cristo percorreu a Via Dolorosa; Passos Coelho põe o povo a percorrê-la. E antes fez com que a via deixasse o regime SCUT, para a cruz ficar mais pesada.

Um dos problemas da salvação oferecida por Passos Coelho é que a maior parte das pessoas não se apercebe de que está a ser salva. Não compreende que está desempregada para seu bem, que vive mal para impressionar favoravelmente os mercados, que ganha salários miseráveis para glória presente e futura de Portugal.

Ninguém mandou Passos Coelho tentar salvar um povo tão estúpido.


Ler mais: http://visao.sapo.pt/salvar-portugal-a-bruta=f678708#ixzz22UcrrIDz

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Sinopse

De Lisboa a Luanda, seguindo por Paris e por bases aéreas bem guardadas na Rússia e na África do Sul, é uma longa viagem sacudida por geografias contrastantes e pelos solavancos da descolonização e do fim da Guerra Fria. Tambwe – A Unha do Leão faz-se disso e de muito mais. É também o percurso interior de Eugénio, à procura da sua infância e da sua razão de ser numa Angola atormentada pela guerra.

Com uma escrita torrencial e opulenta, o autor descola volta e meia da realidade palpável, circunscrita pelo tempo e pelo espaço, e parte para um universo onírico e simbólico, verdadeiro paraíso perdido, porventura para sempre.

Romance de vida e de morte, só uma partitura de Brahms parece restar como energia redentora quando, na noite tropical, se abrem as portas da prisão de Luanda.

(Pedro Vieira)
(EXCERTO DO ROMANCE TAMBWE-A UNHA DO LEÃO)

"Lá fora, o apito de um comboio, que passava rilhando o seu leito de ferro, juntou-se à tempestade inquieta. Todo o edifício estremeceu, deixando escapar dos seus subterrâneos os dramas de quem se alimenta de nadas, de quem não tem vida própria, as mágoas do lixo que o subsolo esconde e digere, qual combustível em ventre enorme. Naquele mesmo instante, em que Eugénio se debatia entre o tinir de um telefone e a lubricidade do amor, milhões de seres de vontade apodrecida rastejavam pelas sarjetas, pelas ruas imundas, pelos quartos infectos, pelos bares duvidosos, expondo misérias, chagas purulentas, hérnias monstruosas, submersos em álcool e cocaína, em negócios marginais, mergulhados num vórtice de que se sabiam incapazes de fugir. Esquecida a esperança, restava-lhes a violência, o fogo regenerador, o caos que tudo limpa, que tudo vinga, o terror que degola com a promessa de novo advir. Apenas o ódio os mantinha vivos, lúcidos por entre a ressaca.
Atendeu o telefone. Do outro lado, uma voz, num francês de estranho sotaque, fez-se anunciar.
- Ici, c`est Le Renard !
- Oui, monsieur Le Fox, je suis déjà à Paris !
- Tout va bien ?
- Tout va bien, merci!
- Alors, nous nous verrons demain, l`après-midi, à l`endroit que vous connaissez.
- Oui, à demain !
Sem outros rodeios, desta forma telegráfica, a conversa terminou e o telefone emudeceu cheio de subentendidos. Eugénio despiu-se, atirando para o chão as calças e a camisa amarrotadas. Olhou-se ao espelho, completamente nu, apalpou o corpo nodoso pelos ossos e músculos e sentiu um formigueiro percorrer-lhe a pele. Com a impaciência de um punhal abandonado, uma onda de calor afogueou-lhe o rosto, os braços, as coxas e o sexo. Admirou-se, só agora reparava que o púbis começara a tingir-se de longos pêlos brancos. Foi buscar o pijama puído que trouxera de casa e vestiu-o como se veste um hábito e um medo; suspeitava que um dia seria acordado por um tremor de terra e que, se estivesse nu, na pressa da fuga, não teria tempo de o vestir, expondo-se à insaciável e crítica memória feminina. Deitou-se.
A voz de monsieur Le Renard martelou-lhe o cérebro, “Alors, nous nous verrons demain, l`après-midi, à l`endroit que vous connaissez”. Tinha a absoluta certeza de que nada seria como dantes a partir de agora. A partir do momento em que se encontrasse com a velha Raposa enveredaria, definitivamente, por um caminho sem retorno. Restavam-lhe poucas horas para poder recuar, para desistir da imprevisível aventura, para regressar a Portugal. Não vira sequer o rosto do seu contacto, apenas lhe escutara a voz; desconhecia-o em absoluto. Seria novo, seria velho, loiro ou moreno, alto ou baixo? Se desistisse agora os esquemas de segurança não teriam sido postos em causa e por isso a sua vida não correria perigo. Mas não, Eugénio estava decidido! Não era um cobarde. Várias razões o tinham levado até ali. Razões confusas, mal definidas, mas razões. Razões egoístas, talvez, mas sobretudo uma enorme insatisfação, a procura de um sentido para a vida, de um gesto para a morte. A morte que temia e que por temer desejava.
Lentamente, à medida que o corpo entrava na lassidão do sono, massajado pelos dedos do conforto, o cérebro entrou em erupção, cruzando imagens a uma velocidade estonteante, esventrando recordações, recriando sensações, inventando e destruindo, até se lhe apoderar da carne. Exausto pela intempérie de emoções, adormeceu com a profundidade da morte; era noite cerrada, velha de horas novas. Paris sussurrava, envolta na humidade como num vestido que lhe escondesse a sordidez. Perseguido pela fábula maravilhosa, Eugénio reencontrou o sonho interrompido. Os mesmos olhos, o mesmo afago, o mesmo sorriso, o mesmo corpo insaciável.
Como uma noiva, a Noite deitou-se a seu lado. O corpo esbelto e misterioso vestia uma túnica cor de sangue, onde brilhavam milhões de estrelas; nos pés, umas sandálias simples realçavam-lhe a beleza do contorno nu. Ansioso, despiu-a, admirando-lhe o corpo magro, os seios pequenos como maçãs, que beijou um por um, mordiscando-lhe o bico escuro dos mamilos. Qual bambu agitado pelo vento, a fêmea estremeceu, gemendo de prazer, “não faças isso, estou aqui para que adormeças”. Palavras vãs que nenhum dos dois queria ver cumpridas. Queimavam, prestes a explodir. Incapazes de se suster, aproximaram os corpos nus e algo de irreal aconteceu. Misteriosa como um líquido agitado, a Noite fechou os olhos escuros, abandonou-se nos braços do amante, suave e espessa e pediu, “vem”. “Espera um pouco mais”, segredou-lhe Eugénio. Não tinha curvas voluptuosas, as ancas estreitas cabiam numa mão. Lentamente, muito lentamente, beliscou-lhe os seios, percorreu-lhe o ventre, e, numa carícia estudada, acariciou-lhe o púbis. “Oh, insuportável prazer, porque me fazes sofrer?”. O sexo palpitava, húmido, Eugénio ofereceu-lhe a mão e parecia um vulcão, beijou-o e sentiu-o a ferver, encostou-lhe o ouvido e escutou um miado. Beijaram-se numa promiscuidade de salivas e sonhos. Impossível voltar atrás. Sabendo que o dia se aproximava, amaram-se como se fosse a última vez, com a certeza da gravidade que prende, com a certeza de que o amor é a única verdade que resta aos que se julgam senhores da razão. Quando sossegaram do atropelo, uma estranha coluna de luz escapava-se do ventre de ambos e Eugénio enamorou-se como um místico.
Coisa estranha, coisa misteriosa, a Noite usava um colar de pérolas enrolado à cintura. O nacarado das contas contrastava com o tom trigueiro e aveludado da pele. Maravilhado, hipnotizado com a inusitada jóia, Eugénio retirou-a com cuidado. Estavam, agora, completamente nus. Olharam-se sem pressas e o quarto iluminou-se com o fulgor da paixão que ambos tinham aceso. Ambos sabiam já não existir como seres individuais; tinham-se fundido, a sombra e a luz, penetrado um no outro à procura do mistério bíblico da criação, do enigma do ser único a partir do qual tudo começara.
Um carro apitou na rua, insistentemente, acordando Eugénio. Olhou em volta, o quarto pareceu-lhe frio e vulgar, os lençóis cheiravam a lavado sem o mistério dos fluidos. Poisados na testeira da cama viu dois abutres gordos como ladrões; os seus bicos aduncos, persistentes e negros, arrancavam-lhe pedaços do cérebro, deixando-o sem vontade. Sentiu-se no fim dos tempos, rodeado por tempestades de ondas gigantescas, impotente perante o vento uivante carregado de mágoas de milhões de escravos. Como se fosse o último imperador romano ao ver o fim do Império, fugiu, traindo os súbditos, consciente de que nenhuma civilização é conquistada de fora sem que primeiro se tenha destruído por dentro. Teria ele destruído tudo? Seria um sinal, um aviso? Apesar de tudo, voltou a dormitar, cavalgando os poemas do apocalipse com a nitidez das sombras e o sentido plástico das gotas de lacre. Tossiu, com o rosto coberto por um fumo acre. Os dedos queimados, cobertos de massa avermelhada, faziam-no gemer de dor. Os abutres tinham desaparecido, apenas restavam frases dispersas sobre a cama; paciente, procurou dar-lhes sentido.
Correm bolas de fogo pelo céu
levantam-se
furiosas
lamas sulfurosas…

Em Paris, como em todas as grandes cidades, as manhãs começam cedo. Aliás, não começam porque os dias não se interrompem; há quem chegue cheio de esperança e quem parta derrotado, incapaz de distinguir as horas. Como os vulcões, as grandes cidades são subterrâneas, aparentemente sonolentas, escondendo no útero a semente de onde germina o caos. Em cada esquina, em cada cave húmida e bafienta, em cada lupanar, em cada quarto de hotelzinho comprometido, em cada desvão duvidoso, em cada sótão escondido, em cada latrina inundada de urina, em cada cozinha povoada por insectos, em cada escritório de advogado sem ética, em cada consultório de médico convertido às leis do mercado, em cada alcova de político trânsfuga, conspira-se subvertendo as leis do tempo. Em Paris, apenas o ténue jogo de sombras ajuda a criar a ilusão do dia e da noite, de um compasso na voragem. "

DANIELA CHIPENDA - MEMÓRIAS AFRICANAS


Memórias Africanas, Daniela Chipenda, uma história dramática.‏

23/07/2012


Uma testemunho chocante, mas Memórias Africanas.

Anabela é o exemplo do que foi o sofrimento do povo angolano com a guerra civil que se seguiu à independência. Aos cinco anos, longe da mãe, incia uma dramática fuga pelo mato angolano para escapar à guerra. Ela e irmã gémea e a avó. Foi maltratada, escorraçada por outras crianças pelo simples facto de ser mulata, ter tido um pai branco. Andaram vários anos em fuga. Para sobreviver chegou a comer pele de batuqes, morcegos, larvas e insectos. Assistiu aos massacres, escapou dos massacres, quer da Unita quer do MPLA. Por várias vezes achou que ia morrer.Felizmente sobreviveu e aceitou partilhar as suas memórias africanas.
Oiçam em

www.recordarangola.com


--
Paulo Salvador
Jornalista TVI
site : www.recordarangola.com

PARLAMENTO PORTUGUÊS UMA CENTRAL DE NEGÓCIOS



Paulo Morais, ex-vice-presidente da CM do Porto e
vice-presidente da ONG "Transparência e Integridade
"
diz que o parlamento é o grande centro da corrupção em Portugal e que a corrupção é a verdadeira causa da crise. Entrevista de Luís Gouveia Monteiro.l


Mas porque é que isto não faz as primeiras páginas dos jornais? Aquela notícia que os telejornais passam a emissão toda a "avisar" que vão falar nela mas só a dão no fim porque toda a gente quer ver e assim as televisões prendem os telespectadores ao canal durante todo o programa?

Porquê?

Veja

http://videos.sapo.pt/kzZH4Ua8qCjuDPNQkL9a

FMI - PETER DOYLE DEMITE-SE


Responsável do programa português demite-se...

(mais um bocadinho de despertar e um bocadinho mais de Luz e rapidamente esses espécimes serão todos expostos, como primeiro passo, para depois serem todos banidos)


http://inteligenciaeconomica.com.pt/?p=13704&utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+inteligenciaeconomica+%28Intelig%C3%AAncia+Econ%C3%B3mica%29



1ª Página » FMI: Responsável do ‘programa português’ demite-se

FMI: Responsável do ‘programa português’ demite-se

23/07/2012

Peter Doyle, um dos responsáveis do programa FMI para Portugal (e também Grécia e Irlanda) bateu com a porta e publica uma violenta carta de demissão em que acusa o Fundo de incompetência e de não ter sabido agir a tempo e o responsabiliza pelo actual “sofrimento dos povos” da Europa e outros riscos. Além da falta de leadership, Doyle acusa o FMI de não ter sabido ler a tempo os ‘sinais fracos’ que anunciavam a forte tempestade sobre a Europa. Ou seja, a este FMI faltou Inteligência Económica e, como diz Alain Juillet, “quem não tem inteligência económica, perde sempre”. Aqui, porém, perde o FMI e somos nós todos os condenados

A ARTE DE UMA PORTUGUESA EM LONDRES


SARA NUNES FERNANDES - A ARTISTA
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A LÍNGUA PORTUGUESA


VOCÊ SABE O QUE É UM PALÍNDROMO?

Um palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita e ao contrário.

Exemplos: OVO, OSSO, RADAR. O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido:

SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.

Diante do interesse pelo assunto (confesse, já leu a frase ao contrário), tomei a liberdade de seleccionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões...


ANOTARAM A DATA DA MARATONA

ASSIM A AIA IA A MISSA

A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA

A DROGA DA GORDA

A MALA NADA NA LAMA

A TORRE DA DERROTA

LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL

O CÉU SUECO

O GALO AMA O LAGO

O LOBO AMA O BOLO

O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO

RIR, O BREVE VERBO RIR

A CARA RAJADA DA JARARACA

SAIRAM O TIO E OITO MARIAS

ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ

E sabe o que é tautologia?

É o termo usado para definir um dos vícios, e erros, mais comuns de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:
- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livreescolha
- superávit positivo
- todosforam unânimes
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planear antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a últimaversão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito .

Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.

Gostou?
Reenvie para os amigos amantes da língua portuguesa.
E, assim, se fala em bom português



No popular diz-se : 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro'
Correcto será : 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro'

EU NÃO SABIA. E VOCÊ?

"Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.'
Enquanto o correcto é: ' Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.'

'Cor de burro quando foge.'
O correto é: Corro de burro quando foge!

Outro que no popular toda a gente erra:

'Quem tem boca vai a Roma.'
O correcto é:
'Quem tem boca vaia Roma.' (isso mesmo, do verbo vaiar).

Outro que todo mundo diz errado,

'Cuspido e escarrado' - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.
O correto é: 'Esculpido em Carrara ." (Carrara é um tipo de mármore)

Mais um famoso... 'Quem não tem cão, caça com gato.'
O correto é:
'Quem não tem cão, caça como gato..." ou seja, sozinho!



Será que você falava correctamente algum desses?



MELHOR QUE ROUBAR UM BANCO É FUNDAR UM!




BPN João Marcelino, diretor do D. N., Lx, considera que “é o maior escândalo financeiro da história de Portugal".

Isto é uma das maiores vergonhas de Portugal.
Tenho pena que os actuais dirigentes do PSD não se desmarquem das ovelhas negras que protagonizaram este roubo, e que nada façam para que a Justiça julgue e condene os responsáveis.

Quarta-feira, 21 de Março de 2012
BPN-A Maior Burla de Sempre em Portugal

Este número é demasiado grande para caber nos jornais (9.710.600.000,00€) !!!



Além disso, reparem bem, nos nomes dos protagonistas!!! Tudo “gente fina”, bem posicionada e intocáveis!!!

Parece anedota, mas é autêntico: dia 11 de abril do ano passado, um homem armado assaltou a dependência do Banco Português de Negócios, ou simplesmente BPN, na Portela de Sintra, arredores de Lisboa e levou 22 mil euros. Tratou-se de um assalto histórico: foi a primeira vez que o BPN foi assaltado por alguém que não fazia parte da administração do banco.

O BPN tem feito correr rios de tinta e ainda mais rios de dinheiro dos contribuintes.

Foi a maior burla de sempre em Portugal, qualquer coisa como 9.710.539.940,09 euros.

Com esses nove biliões e setecentos e dez milhões de euros, li algures, podiam-se comprar 48 aviões Airbus A380 (o maior avião comercial do mundo), 16 plantéis de futebol iguais ao do Real Madrid, construir 7 TGV de Lisboa a Gaia, 5 pontes sobre o Tejo ou distribuir 971 euros por cada um dos 10 milhões de portugueses residentes no território nacional (os 5 milhões que vivem no estrangeiro não seriam contemplados).



João Marcelino, diretor do Diário de Notícias, de Lisboa, considera que “é o maior escândalo financeiro da história de Portugal. Nunca antes houve um roubo desta dimensão, “tapado” por uma nacionalização que já custou 2.400 milhões de euros delapidados algures entre gestores de fortunas privadas em Gibraltar, empresas do Brasil, offshores de Porto Rico, um oportuno banco de Cabo Verde e a voracidade de uma parte da classe política portuguesa que se aproveitou desta vergonha criada por figuras importantes daquilo que foi o cavaquismo na sua fase executiva”.

O diretor do DN conclui afirmando que este escândalo “é o exemplo máximo da promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses nos últimos 20 anos e o emblema maior deste terceiro auxílio financeiro internacional em 35 anos de democracia. Justifica plenamente a pergunta que muitos portugueses fazem: se isto é assim à vista de todos, o que não irá por aí?”

O BPN foi criado em 1993 com a fusão das sociedades financeiras Soserfin e Norcrédito e era pertença da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que compreendia um universo de empresas transparentes e respeitando todos os requisitos legais, e mais de 90 nebulosas sociedades offshores sediadas em distantes paraísos fiscais como o BPN Cayman, que possibilitava fuga aos impostos e negociatas.



O BPN tornou-se conhecido como banco do PSD, proporcionando "colocações" para ex-ministros e secretários de Estado sociais-democratas. O homem forte do banco era José de Oliveira e
Costa, que Cavaco Silva foi buscar em 1985 ao Banco de Portugal para ser secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e assumiu a presidência do BPN em 1998, depois de uma passagem pelo Banco Europeu de Investimentos e pelo Finibanco.

O braço direito de Oliveira e Costa era Manuel Dias Loureiro, ministro dos Assuntos Parlamentares e Administração Interna nos dois últimos governos de Cavaco Silva e que deve ser mesmo bom (até para fazer falcatruas é preciso talento!), entrou na política em 1992 com quarenta contos e agora tem mais de 400 milhões de euros.

Vêm depois os nomes de Daniel Sanches, outro ex-ministro da Administração Interna (no tempo de Santana Lopes) e que foi para o BPN pela mão de Dias Loureiro; de Rui Machete, presidente do Congresso do PSD e dos ex-ministros Amílcar Theias e Arlindo Carvalho.



Apesar desta constelação de bem pagos gestores, o BPN faliu. Em 2008, quando as coisas já cheiravam a esturro, Oliveira e Costa deixou a presidência alegando motivos de saúde, foi substituido por Miguel Cadilhe, ministro das Finanças do XI Governo de Cavaco Silva e que
denunciou os crimes financeiros cometidos pelas gestões anteriores.

O resto da história é mais ou menos conhecido e terminou com o colapso do BPN, sua posterior nacionalização e descoberta de um prejuízo de 1,8 mil milhões de euros, que os contribuintes tiveram que suportar.

Que aconteceu ao dinheiro do BPN? Foi aplicado em bons e em maus negócios, multiplicou-se em muitas operações “suspeitas” que geraram lucros e que Oliveira e Costa dividiu generosamente pelos seus homens de confiança em prémios, ordenados, comissões e empréstimos bancários.

Não seria o primeiro nem o último banco a falir, mas o governo de Sócrates decidiu intervir e o BPN passou a fazer parte da Caixa Geral de Depósitos, um banco estatal liderado por Faria de Oliveira, outro ex-ministro de Cavaco e membro da comissão de honra da sua recandidatura presidencial, lado a lado com Norberto Rosa, ex-secretário de estado de Cavaco e também hoje na CGD.




Outro social-democrata com ligações ao banco é Duarte Lima, ex-líder parlamentar do PSD, que se mantém em prisão preventiva por envolvimento fraudulento com o BPN e também está acusado pela polícia brasileira do assassinato de Rosalina Ribeiro, companheira e uma das
herdeiras do milionário Tomé Feteira. Em 2001 comprou a EMKA, uma das offshores do banco por três milhões de euros, tornando-se também accionista do BPN.

Em 31 de julho, o ministério das Finanças anunciou a venda do BPN, por 40 milhões de euros, ao BIC, banco angolano de Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, e de Américo Amorim, que tinha sido o primeiro grande accionista do BPN.

O BIC é dirigido por Mira Amaral, que foi ministro nos três governos liderados por Cavaco Silva e é o mais famoso pensionista de Portugal devido à reforma de 18.156 euros por mês que recebe desde 2004, aos 56 anos, apenas por 18 meses como administrador da CGD.



O Estado português queria inicialmente 180 milhões de euros pelo BPN, mas o BIC acaba por pagar 40 milhões (menos que a cláusula de rescisão de qualquer craque da bola) e os contribuintes portugueses vão meter ainda mais 550 milhões de euros no banco, além dos 2,4 mil milhões que já lá foram enterrados. O governo suportará também os encargos dos despedimentos de mais de metade dos actuais 1.580 trabalhadores (20 milhões de euros).

As relações de Cavaco Silva com antigos dirigentes do BPN foram muito criticadas pelos seus oponentes durante a última campanha das eleições presidenciais. Cavaco Silva defendeu-se dizendo que apenas tinha sido primeiro-ministro de um governo de que faziam parte alguns dos
envolvidos neste escândalo. Mas os responsáveis pela maior fraude de sempre em Portugal não foram apenas colaboradores políticos do presidente, tiveram também negócios com ele.

Cavaco Silva também beneficiou da especulativa e usurária burla que levou o BPN à falência.

Em 2001, ele e a filha compraram (a 1 euro por acção, preço feito por Oliveira e Costa) 255.018 acções da SLN, o grupo detentor do BPN e, em 2003, venderam as acções com um lucro de 140%, mais de 350 mil euros.

Por outro lado, Cavaco Silva possui uma casa de férias na Aldeia da Coelha, Albufeira, onde é vizinho de Oliveira e Costa e alguns dos administradores que afundaram o BPN. O valor patrimonial da vivenda é de apenas 199. 469,69 euros e resultou de uma permuta efectuada em
1999 com uma empresa de construção civil de Fernando Fantasia, accionista do BPN e também seu vizinho no aldeamento.

Para alguns portugueses são muitas coincidências e alguns mais divertidos consideram que Oliveira e Costa deve ser mesmo bom economista(!!!): Num ano fez as acções de Cavaco e da filha quase triplicarem de valor e, como tal, poderá ser o ministro das Finanças (!!??) certo para salvar Portugal na actual crise económica. Quem sabe, talvez Oliveira e Costa ainda venha a ser condecorado em vez de ir parar à prisão....ah,ah,ah.

O julgamento do caso BPN já começou, mas os jornais pouco têm falado nisso. Há 15 arguidos, acusados dos crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas nem sequer se sentam no banco dos réus.

Os acusados pediram dispensa de estarem presentes em tribunal e o Ministério Público deferiu os pedidos. Se tivessem roubado 900 euros, o mais certo era estarem atrás das grades, deram descaminho a nove biliões e é um problema político.

Nos EUA, Bernard Madoff, autor de uma fraude de 65 biliões de dólares, já está a cumprir 150 anos de prisão, mas os 15 responsáveis pela falência do BPN estão a ser julgados por juízes "condescendentes", vão apanhar talvez pena suspensa e ficam com o produto do roubo, já que
puseram todos os bens em nome dos filhos e netos ou pertencentes a empresas sediadas em paraísos fiscais.

Oliveira e Costa colocou as suas propriedades e contas bancárias em nome da mulher, de quem entretanto se divorciou após 42 anos de casamento. Se estivéssemos nos EUA, provavelmente a senhora teria de devolver o dinheiro que o marido ganhou em operações ilegais, mas no Portugal dos brandos costumes talvez isso não aconteça.

Dias Loureiro também não tem bens em seu nome. Tem uma fortuna de 400 milhões de euros e o valor máximo das suas contas bancárias são apenas cinco mil euros.

Não há dúvida que os protagonistas da fraude do BPN foram meticulosos, preveniram eventuais consequências e seguiram a regra de Brecht: “Melhor do que roubar um banco é fundar um”.

domingo, 29 de julho de 2012

NOVA MEDIDA DE AUSTERIDADE EM PORTUGAL


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nova medida de austeridade

No início do próximo ano todos os bancos de jardim do país terão um
sistema de cobrança à semelhança de muitos outros serviços pagos.