sexta-feira, 18 de novembro de 2011
PORQUE RIEM OS NOSSOS POLÍTICOS?
SERÁ PORQUE CONSEGUIRAM REDUZIR OS PORTUGUESES À CONDIÇÃO DE PEDINTES?
SERÁ PORQUE CONSEGUIRAM COLOCAR OS SEUS BOYS NO APARELHO DE ESTADO SEM UM PROTESTO DOS PORTUGUESES?
SERÁ POR PURO SADISMO?
SERÁ PORQUE CONSEGUIRAM COLOCAR OS SEUS BOYS NO APARELHO DE ESTADO SEM UM PROTESTO DOS PORTUGUESES?
SERÁ POR PURO SADISMO?
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
FOTOS DO LANÇAMENTO DO LIVRO TAMBWE-A UNHA DO LEÃO
LANÇAMENTO DO LIVRO "TAMBWE-A UNHA DO LEÃO"
ROMANCE DA AUTORIA DE ANTÓNIO OLIVEIRA E CASTRO
NA
LIVRARIA LER DEVAGAR-LX FACTORY - DIA 11-11-2011DRªHELENA RAFAEL(GRADIVA) DÁ INÍCIO À SESSÃO .
(DA ESQUERDA PARA A DIREITA:HELENA NEVES, JOANA CASTRO,MIGUEL SILVA,FILIPE GOMES E GONÇALO GOUVEIA)
ENSEMBLE VOCT ABRIU A SESSÃO DE APRESENTAÇÃO
DE TAMBWE-A UNHA DO LEÃO
COM SEIS CANÇÕES
FADO DA RUA DO CAPELÃO
RONDÓ (excerto)-EDITH PIAF
A SIMPLE NIGUN
HOSI KATEKISA
QUEDA DO IMPÉRIO
DE SAL DE LINGUAGEM FEITA
AS PALAVRAS DE JOANA CASTRO
AS CANÇÕES ESCOLHIDAS PELO VOCT PROCURARAM ACOMPANHAR EUGÉNIO, O PRINCIPAL PROTAGONISTA DO ROMANCE, AO LONGO DA SUA VIAGEM PELO MUNDO: LISBOA, PARIS,SAMARCANDA, ÁFRICA DO SUL, LUANDA E A PRISÃO.
A MESA, COMPOSTA DA ESQUERDA PARA A DIREITA POR
DRªHELENA RAFAEL (EDITORA GRADIVA), O JORNALISTA FERREIRA FERNANDES, O AUTOR ANTÓNIO CASTRO, O DR. RODOLFO BEGONHA( EDITORA GRADIVA) E O PINTOR NUNO DAVID (ILUSTRADOR DO TAMBWE).
O PINTOR NUNO DAVID LENDO UM TEXTO DA AUTORIA DO DR. RODOLFO BEGONHA
DEDICADO AO LIVRO
TAMBWE-A UNHA DO LEÃO
DR. RODOLFO BEGONHA TECENDO CONSIDERAÇÕES AO ROMANCE
O JORNALISTA FERREIRA FERNANDES FAZENDO A APRESENTAÇÃO DO AUTOR E DO LIVRO
TAMBWE-A UNHA DO LEÃO
AS BREVES PALAVRAS DO AUTOR
AUTÓGRAFOS
ENQUANTO AGUARDAM PELO AUTÓGRAFO, OS PROMITENTES LEITORES CONVERSAM
FINALMENTE...
A IGNORÂNCIA DOS NOSSOS UNIVERSITÁRIOS.
Vox Pop: A ignorância dos nossos universitários (vídeo)
http://www.sabado.pt/Multimedia/Videos/Vox-Pop/VoxPop--A-ignorancia-dos-nossos-universitarios.aspx
Sociedade
Enquanto Portugal se ri da auxiliar de acção médica concorrente da Casa dos Segredos, que julga que África é um país da América do Sul, a SÁBADO fez um teste básico a 100 alunos de universidades de Lisboa.
Ana Amaro, de 18 anos, que frequenta a licenciatura com o mestrado integrado em Psicologia do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), está a fumar à porta da faculdade, em Alfama. Aceita participar no teste de cultura geral da SÁBADO (20 perguntas, divididas por dois questionários de 10, ambos com um grau de dificuldade mínimo), mas está mais preocupada em acabar o cigarro. À quinta questão (qual é a capital dos Estados Unidos?), começa a atrapalhar-se. “Estados Unidos...? A esta hora é muita mau”, queixa-se. Não são 7h, são 13h30, e os colegas começam a sair para o almoço. Mas Ana parece ter acordado há 10 minutos, suspeita que a própria confirma.
A partir daí, é sempre a cair.
Não sabe quem escreveu O Evangelho Segundo Jesus Cristo, quem fundou a Microsoft, quem é Maria João Pires nem que instrumento toca. E não parece preocupada. Afinal, acabou de acordar.
“Não dei isso no 12.º ano”, “Cinema não é comigo”, “Não me dou bem com a literatura” – na arte de justificar a ignorância, os estudantes universitários inquiridos pela SÁBADO têm nota máxima. “Se perguntasse alguma coisa de psicologia, agora cultura geral...”, diz Janine Pinto, optando pela desculpa número um.
– Quem pintou o tecto da Capela Sistina?
– Ai, agora... Tudo o que tem a ver com capelas e igrejas não sei (desculpa número dois dos universitários).
– E quem escreveu O Evangelho Segundo Jesus Cristo?
– Eh pá! Coisas com Jesus Cristo?! Sou fraca em religião ... (desculpa número três).
E se é que isto serve de desculpa, aqui vai a número quatro: Janine, tal como muitos outros inquiridos, não está num curso de Teologia, nem de Artes.
Mas Bruno Marques, 18 anos, no 1.º ano de Ciências da Cultura na Faculdade de Letras, escorrega num tema que deveria dominar.
– Quem é Manoel de Oliveira?
– Já ouvi falar, mas não sei quem é.
– Estás em Ciências da Cultura. Dás Cinema?
– Sim, algumas coisinhas, mas não sei...
Pedro Besugo, 18 anos, estreante no curso de Turismo da Lusófona, admite não saber qual é a capital de Itália. Perante a insistência da SÁBADO (“Então estás a tirar Turismo e não sabes?”), responde: “Será Florença?” Não é. Como também não é Veneza, nem Milão ou Nápoles, como outros responderam.
Não saber quem pintou a Capela Sistina ou Mona Lisa (um aluno responde Miguel Arcanjo; outro Leonardo di Caprio) é igualmente grave. Talvez não tanto como pensar que África é um país da América do Sul ou não fazer ideia do que é um alpendre. Mas Cátia Palhinhas, do reality show Casa dos Segredos2, autora destas e de outras respostas, que põem o público a rir, não frequenta o ensino superior – é auxiliar de acção médica e está a tirar o 12.º ano à noite no programa Novas Oportunidades.
Aos 22 anos, sonha tornar-se “conhecida e vencer na televisão”. Por isso, não está nada preocupada em saber qual o maior mamífero do mundo – “É o dinossauro!”, disse há umas semanas.
Há universitários que respondem “mamute” à mesma questão. Catarina, 20 anos, aluna de Psicologia do ISPA, fica na dúvida: “É o elefante. É o mamute. É o elefante. Acho que é o elefante. O elefante é de África e o mamute da Antárctida”.
http://www.sabado.pt/Multimedia/Videos/Vox-Pop/VoxPop--A-ignorancia-dos-nossos-universitarios.aspx
Sociedade
16-11-2011
Por André Barbosa e Tânia Pereirinha e imagem de Joana Mouta e Bruno VazEnquanto Portugal se ri da auxiliar de acção médica concorrente da Casa dos Segredos, que julga que África é um país da América do Sul, a SÁBADO fez um teste básico a 100 alunos de universidades de Lisboa.
Ana Amaro, de 18 anos, que frequenta a licenciatura com o mestrado integrado em Psicologia do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), está a fumar à porta da faculdade, em Alfama. Aceita participar no teste de cultura geral da SÁBADO (20 perguntas, divididas por dois questionários de 10, ambos com um grau de dificuldade mínimo), mas está mais preocupada em acabar o cigarro. À quinta questão (qual é a capital dos Estados Unidos?), começa a atrapalhar-se. “Estados Unidos...? A esta hora é muita mau”, queixa-se. Não são 7h, são 13h30, e os colegas começam a sair para o almoço. Mas Ana parece ter acordado há 10 minutos, suspeita que a própria confirma.
A partir daí, é sempre a cair.
Não sabe quem escreveu O Evangelho Segundo Jesus Cristo, quem fundou a Microsoft, quem é Maria João Pires nem que instrumento toca. E não parece preocupada. Afinal, acabou de acordar.
“Não dei isso no 12.º ano”, “Cinema não é comigo”, “Não me dou bem com a literatura” – na arte de justificar a ignorância, os estudantes universitários inquiridos pela SÁBADO têm nota máxima. “Se perguntasse alguma coisa de psicologia, agora cultura geral...”, diz Janine Pinto, optando pela desculpa número um.
– Quem pintou o tecto da Capela Sistina?
– Ai, agora... Tudo o que tem a ver com capelas e igrejas não sei (desculpa número dois dos universitários).
– E quem escreveu O Evangelho Segundo Jesus Cristo?
– Eh pá! Coisas com Jesus Cristo?! Sou fraca em religião ... (desculpa número três).
E se é que isto serve de desculpa, aqui vai a número quatro: Janine, tal como muitos outros inquiridos, não está num curso de Teologia, nem de Artes.
Mas Bruno Marques, 18 anos, no 1.º ano de Ciências da Cultura na Faculdade de Letras, escorrega num tema que deveria dominar.
– Quem é Manoel de Oliveira?
– Já ouvi falar, mas não sei quem é.
– Estás em Ciências da Cultura. Dás Cinema?
– Sim, algumas coisinhas, mas não sei...
Pedro Besugo, 18 anos, estreante no curso de Turismo da Lusófona, admite não saber qual é a capital de Itália. Perante a insistência da SÁBADO (“Então estás a tirar Turismo e não sabes?”), responde: “Será Florença?” Não é. Como também não é Veneza, nem Milão ou Nápoles, como outros responderam.
Não saber quem pintou a Capela Sistina ou Mona Lisa (um aluno responde Miguel Arcanjo; outro Leonardo di Caprio) é igualmente grave. Talvez não tanto como pensar que África é um país da América do Sul ou não fazer ideia do que é um alpendre. Mas Cátia Palhinhas, do reality show Casa dos Segredos2, autora destas e de outras respostas, que põem o público a rir, não frequenta o ensino superior – é auxiliar de acção médica e está a tirar o 12.º ano à noite no programa Novas Oportunidades.
Aos 22 anos, sonha tornar-se “conhecida e vencer na televisão”. Por isso, não está nada preocupada em saber qual o maior mamífero do mundo – “É o dinossauro!”, disse há umas semanas.
Há universitários que respondem “mamute” à mesma questão. Catarina, 20 anos, aluna de Psicologia do ISPA, fica na dúvida: “É o elefante. É o mamute. É o elefante. Acho que é o elefante. O elefante é de África e o mamute da Antárctida”.
É DESTA CRISE QUE TENHO MEDO!
ESTA É A CRISE QUE EU FALO MUITAS VEZES E DA QUAL TENHO MESMO MEDO...
Este país atravessa uma grave crise, é certo, mas não é a económica que mais me preocupa. A crise de valores que atravessamos é bem mais corrosiva e decadente do que qualquer outra.
Ontem passava no telejornal uma reportagem cuja personagem principal era uma mulher, licenciada e com um rendimento de ?1750/mês, que tinha contraído uma dívida total de cerca de 60 mil euros em créditos ao consumo. À pergunta "porquê?" respondeu "porque todos o fazem, não é?". Não, não é, minha amiga. Do sítio de onde eu venho não se pedem créditos para ir 15 dias para o Algarve, para comprar malas ou um LED para a sala. Do sítio de onde eu venho o lema principal é básico "quem não tem dinheiro não tem vícios".
Esta necessidade de mostrar, de ostentar, de ter porque os outros têm é coisa para me magoar a alma.
Quando, ainda criança, chegava aos meus pais e lhes pedia qualquer coisa e eles negavam, eu argumentava "mas a Y ou o X têm", a resposta era sempre a mesma "tu não és a Y/X e aqui em casa não se vive segundo as regras dos vizinhos". E, meus amigos, aquilo funcionou tão bem no objectivo essencial de me tornar um adulto com reais percepções sobre o que é a realidade que me rodeia.
Este país atravessa uma grave crise, é certo, mas não é a económica que mais me preocupa. A crise de valores que atravessamos é bem mais corrosiva e decadente do que qualquer outra.
Ontem passava no telejornal uma reportagem cuja personagem principal era uma mulher, licenciada e com um rendimento de ?1750/mês, que tinha contraído uma dívida total de cerca de 60 mil euros em créditos ao consumo. À pergunta "porquê?" respondeu "porque todos o fazem, não é?". Não, não é, minha amiga. Do sítio de onde eu venho não se pedem créditos para ir 15 dias para o Algarve, para comprar malas ou um LED para a sala. Do sítio de onde eu venho o lema principal é básico "quem não tem dinheiro não tem vícios".
Esta necessidade de mostrar, de ostentar, de ter porque os outros têm é coisa para me magoar a alma.
Quando, ainda criança, chegava aos meus pais e lhes pedia qualquer coisa e eles negavam, eu argumentava "mas a Y ou o X têm", a resposta era sempre a mesma "tu não és a Y/X e aqui em casa não se vive segundo as regras dos vizinhos". E, meus amigos, aquilo funcionou tão bem no objectivo essencial de me tornar um adulto com reais percepções sobre o que é a realidade que me rodeia.
Se eu gostava muito de correr mundo, de poder comprar mais, de ir a mais lugares? Claro que sim. Mas não posso e por isso não faço depender a minha felicidade dessas mesmas coisas.
No fundo, o que me custa perceber é que este mundo está cada vez mais pejado de pobres de espírito, influenciados por mexericos de redes sociais e anúncios de tv, cujo principal objectivo é ter e parecer, sem opinião própria, cujos gostos são estereotipados por uma qualquer revista ou blogger famosa ou tão somente pela vizinha da frente. E que isto começa cada vez mais cedo sem que os responsáveis educativos mexam uma palha para contrariar esta tendência.
E, sem nos darmos conta, estamos a criar pequenos seres autoritários, dependentes de futilidades, presos a títulos e com uma total ausência de valores fundamentais.
Quando estava na faculdade contava todos os patacos para não sobrecarregar os meus pais, tinha 3/4 pares de sapatos e duas malas.
Às vezes chegava a sentir-me culpada quando comprava algo que não fosse essencial (e que normalmente era resultado de uma poupança ou um dinheirinho extra que alguém me dava). Hoje vejo míudas que nunca fizeram nada na vida além de passearem os livros a comprar cremes e maquilhagem topo de gama, a exigirem a roupa das marcas mais fashion, os míudos com notebooks topo de gama a gastarem o equivalente à minha mesada naquela idade numa noite de copos, isto tudo enquanto os pais pagam o crédito da casa, do carro, do frigorífico, das últimas férias às maldivas e sem que ninguem veja nada de errado nestes comportamentos.
E, Senhores, é desta crise que eu tenho realmente medo.
PORTUGAL - UMA GERAÇÃO TRAÍDA
Assuntos temporários
O meu pai nasceu no dia 18 de Outubro de 1941. Acaba de fazer 70 anos, mais dez do que Cícero tinha quando escreveu De Senectute. Quando penso na geração dele e na idade dele, ocorre-me que não houve nada no século XX português que eles não tivessem visto. A geração do meu pai passou por tudo na rotina frenética destes 70 anos. Foi uma geração imensamente disponível, batalhadora, dividida, na ditadura e na democracia, na guerra e na paz, e hoje talvez continue a ser isso tudo, só que com mais amargura e desencanto.
Quando o meu pai nasceu em 1941, a Europa tinha mergulhado numa guerra planetária a que um Salazar de manhosa filigrana nos poupou. Por isso, e pela idade, talvez não se tenha dado conta lá na província minhota que, quatro anos depois, a contenda diabólica tinha acabado. Mas lembra-se certamente que na mesma província as famílias aprendiam cedo o racionamento. A Europa estava em guerra, o Minho também estava em guerra. Famílias grandes, gigantescas em comparação com um país onde em cada ano já são mais os mortos do que os nascidos, não tinham como educar os filhos senão à custa de sorte e improvisação.
Quando o meu pai nasceu em 1941, a Europa tinha mergulhado numa guerra planetária a que um Salazar de manhosa filigrana nos poupou. Por isso, e pela idade, talvez não se tenha dado conta lá na província minhota que, quatro anos depois, a contenda diabólica tinha acabado. Mas lembra-se certamente que na mesma província as famílias aprendiam cedo o racionamento. A Europa estava em guerra, o Minho também estava em guerra. Famílias grandes, gigantescas em comparação com um país onde em cada ano já são mais os mortos do que os nascidos, não tinham como educar os filhos senão à custa de sorte e improvisação.
O meu pai, na medida do possível, teve sorte. No Portugal dos anos 40 e 50 era preciso ter padrinhos mais abonados para estudar. Inteligente, bom aluno, foi o primeiro da sua família a pôr os pés na faculdade, porque o Estado Novo, embora expusesse a maioria ao analfabetismo, nunca fechou as portas do ensino aos mais capazes. Mas esse não era ainda o tempo das licenciaturas ao domingo, do fim do serviço militar e dos direitos humanos. Quando em 1961 Salazar exclamou Para Angola rapidamente e em força, o meu pai tinha 20 anos e foi.
A geração do meu pai foi a geração da guerra de África. Pessoas como o meu pai, provincianos, rurais, nada sabiam da política, não pensavam no Portugal multicontinental do regime. Mas estiveram disponíveis quando foram chamados para as comissões africanas, porque acreditavam em velharias como o dever e a sobrevivência. Fiéis ao passado, podem ter aprovado a Europa por estarem convencidos de que viveríamos melhor, mas nunca se tornaram europeístas parolos e deslumbrados.
Como quase toda a gente, a geração do meu pai fez a transição do campo para a cidade, a primeira geração a ocupar os subúrbios das cidades onde as casas eram comportáveis para quem ganhava a vida no Estado e que, entretanto, se encheram de comboios populosos e de adolescentes cuja única cultura é a que aprendem na televisão do big brother. A geração do meu pai resiste aos telemóveis e olha para a Internet com desconfiança. A geração do meu pai nunca comprou casa porque nunca teve dinheiro para isso, mas pode gabar-se de não ter contraído dívidas mastodônticas para os seus filhos e netos.
A geração do meu pai foi a geração que conheceu a fundo o provérbio chinês: não serás homem enquanto não conheceres a pobreza, o amor e a guerra. Uma geração que ainda encarou os filhos como filhos, não como "amigos", mantendo uma distância emocional que não conseguiu vencer. Uma geração que nunca foi a mais qualificada de sempre, que não fez carreiras em partidos políticos, que não teve "mundo", mas nunca perdeu o sentido das proporções. Uma geração sequestrada pelos grandes debates ideológicos do século. Esta foi a geração sem a qual não teria existido a democracia, uns porque lutaram por ela, outros porque foram a bússola de ordem e conservadorismo sem os quais nenhuma democracia prospera.
Pessoas como o meu pai tiveram "convicções". Tiveram acima de tudo bom senso. Tiveram acima de tudo vergonha. Conservadores nos costumes e crentes de que o Estado deve ajudar os mais desfavorecidos, foram eles os "pais" do serviço nacional de saúde. Hoje, contemplam com estranheza um mundo de patos-bravos e oportunistas sanguessugas. Mereciam mais das instituições que serviram. Mereciam melhor que um país de Armandos Varas e Dias Loureiros. Mereciam melhor do que um país falido.
(Com agradecimento ao António de Araújo pela inspiração.) Jurista
SETÚBAL - CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DE LIVROS
3ª Campanha Olhos de Estrela - Angariação de livros, brinquedos e jogos didáticos para crianças e jovens dos Centros Urbanos - Bela Vista e São Sebastião
Estamos a entrar na época natalícia, e a pensar nas crianças e jovens da Bela Vista, a ACM/YMCA de Setúbal organiza pela terceira vez consecutiva a Campanha “Olhos de Estrela”.
A Campanha consiste na angariação de livros, brinquedos e jogos didáticos para as crianças e jovens dos Centros Urbanos – Bela Vista e São Sebastião.
Pedimos assim, a vossa colaboração na angariação destes materiais de primeira necessidade para crianças e jovens que poucas vezes receberam uma prenda em primeira-mão.
- Livros para crianças dos 8 meses aos 3 anos de idade (Creche);
- Brinquedos para crianças dos 3 aos 4 anos de idade (Jardim de Infância) - bolas, carrinhos, “faz de conta casinha” – utensílios para o lar;
- Livros, jogos didácticos e acessórios escolares para crianças e jovens dos 8 aos 15 anos de idade (Triângulo CATL).
O período de entrega será de 28 de Novembro a 9 de Dezembro, nos Centros Urbanos – Bela Vista, Santa Maria, São Julião e São Sebastião. Para qualquer esclarecimento é favor contactar o Campanha “Olhos de Estrela” – 265 741 525 ou consultar www.ymcasetubal.org.
Solicitamos a máxima divulgação por familiares e amig@s e a máxima adesão da vossa parte na compra de brinquedos novos.
Ajude-nos a iluminar sorrisos. Promova “Olhos de Estrela”.
Grat@s pela atenção prestada.
Cordialmente,
A Coordenadora da Campanha
Maria da Liberdade Carlos
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
HOSI KATEKISA
HOSI KATEKISA FOI CANTADA PELO ENSEMBLE VOCT NO LANÇAMENTO DO ROMANCE TAMBWE-A UNHA DO LEÃO, NO PASSADO DIA 11-11-2011, NA LIVRARIA LER DEVAGAR-LX-FACTORY.
TAMBWE A UNHA DO LEÃO - UM ROMANCE DO REALISMO FANTÁSTICO
CONVITE AOS SEGUIDORES DESTE BLOGUE:
LEIAM "TAMBWE - A UNHA DO LEÃO"
E PROMOVAM-NO JUNTO DOS VOSSOS CONTACTOS E AMIGOS.
FICO ANTECIPADAMENTE GRATO.
António Oliveira e Castro
(Além de o poderem comprar nas livrarias podem encomendá-lo directamente a mim em ammhoc@hotmail.com)
ILUSTRAÇÃO DE NUNO DAVID - 6º CAPÍTULO (LEÃO DA ABISSÍNIA) DO ROMANCE "TAMBWE-A UNHA DO LEÃO"
TAMBWE - O NOVO ROMANCE DE ANTÓNIO OLIVEIRA E CASTRO
OU PEÇA DIRECTAMENTE em www.gradiva.pt À EDITORA GRADIVA
NOVO ROMANCE DE ANTÓNIO OLIVEIRA E CASTRO COM ILUSTRAÇÕES DE NUNO DAVID - Um livro de leitura compulsiva.
Tambwe
www.gradiva.pt
De Lisboa a Luanda, seguindo por Paris e por bases aéreas bem guardadas na Rússia e na África do Sul, Tambwe é uma longa viagem sacudida por geografias contrastantes e pelos solavancos da descolonização e do fim da Guerra Fria. É também o percurso interior...
... Um livro de leitura compulsiva.Ver mais
LEIAM "TAMBWE - A UNHA DO LEÃO"
E PROMOVAM-NO JUNTO DOS VOSSOS CONTACTOS E AMIGOS.
FICO ANTECIPADAMENTE GRATO.
António Oliveira e Castro
(Além de o poderem comprar nas livrarias podem encomendá-lo directamente a mim em ammhoc@hotmail.com)
ILUSTRAÇÃO DE NUNO DAVID - 6º CAPÍTULO (LEÃO DA ABISSÍNIA) DO ROMANCE "TAMBWE-A UNHA DO LEÃO"
TAMBWE - O NOVO ROMANCE DE ANTÓNIO OLIVEIRA E CASTRO
À VENDA NAS LIVRARIAS DESDE O DIA 23
OU PEÇA DIRECTAMENTE em www.gradiva.pt À EDITORA GRADIVA
NOVO ROMANCE DE ANTÓNIO OLIVEIRA E CASTRO COM ILUSTRAÇÕES DE NUNO DAVID - Um livro de leitura compulsiva.
Tambwe
www.gradiva.pt
De Lisboa a Luanda, seguindo por Paris e por bases aéreas bem guardadas na Rússia e na África do Sul, Tambwe é uma longa viagem sacudida por geografias contrastantes e pelos solavancos da descolonização e do fim da Guerra Fria. É também o percurso interior...
... Um livro de leitura compulsiva.Ver mais
PROIBIÇÃO DAS BOMBAS DE FRAGMENTAÇÃO
Obrigado por tomar medidas para apoiar a proibição de bombas de fragmentação
http://www.avaaz.org/po/cluster_bombs_ii_b/?tta
Ahmad pegou um objeto de metal brilhante em um parque onde ele estava comemorando seu 5o aniversário no Líbano. Era uma bomba não detonada, que explodiu em seu rosto, matando-o lentamente na frente de sua família.
Três anos atrás, a pressão pública conseguiu impor uma proibição a essas cruéis bombas. Mas agora os EUA estão fazendo lobby com outras nações para que eles silenciosamente assinem uma nova lei que permita a utilização das bombas de fragmentação - assinar a sentença de morte de milhares de outras crianças. A maioria dos países ainda estão em cima do muro sobre como votar. Somente se dispararmos o alarme em todo o mundo poderemos envergonhar nossos governos para impedir que esta decisão mortal seja tomada.
Posições estão sendo tomadas agora. Temos apenas quatro dias até que os países se reúnam para enviar aos nossos líderes uma mensagem clara: defendam a proibição das bombas de fragmentação e mantenham nossas crianças a salvo. Clique abaixo para assinar a petição - que será entregue diretamente aos delegados na conferência de Genebra:
{LINK}
Milhares de pessoas - muitas delas crianças - foram mutiladas ou mortas por estas bombas. Quando são lançadas, elas se dividem em “pequenas bombas" sobreuma ampla área, muitos das quais não explodem. Anos depois, as pessoas acham esses dispositivos em campos ou playgrounds da escola sem saber o que são, e eles explodem.
Em 2008, mais da metade dos governos do mundo proibiu essas armas, assinando a Convenção sobre Munições de Bombas de Fragmentação. Mas agora, surpreendentemente, países como França, Alemanha, Itália, Suécia e Reino Unido, que assinaram a Convenção, estão sob a pressão dos EUA, China e Rússia para executarem assinatura de um acordo separado que lhes permitiria o uso das bombas de fragmentação. Apenas a Noruega, México, Áustria e alguns outros estão lutando contra esse horror.
Negociadores da Convenção sobre Armas Convencionais vão se reunir em Genebra na próxima semana. A maioria dos governos não querem realmente esse protocolo e não disseram de que forma vão votar, mas estão sob forte pressão dos EUA e só farão objeção se o público global convence-los.
Não há tempo a perder - a conferência começa na segunda-feira. Vamos pedir para os nossos governos rejeitarem esta mortal e cínica campanha dos EUA para legalizar a matança com bombas de fragmentação. Clique abaixo para assinar a petição e encaminhe este e-mail para todos - o que fizemos antes, vamos fazê-lo novamente:
{LINK}
Bombas de fragmentação e minas terrestres foram proibidas porque os cidadãos alaramaram o mundo todo - com vítimas e sobreviventes liderando o caminho. Por causa deles e para garantir que não haja mais vidas perdidas, não vamos permitir que essas armas cruéis sejam permitidas. Vamos nos unir agora para exigir um mundo mais pacífico.
Com esperança,
Alex, Stephanie, Alice, Ricken, Laura, Nicholas, Wissam, and the whole Avaaz team
Mais informações:
ONU saúda entrada em vigor do pacto global que proíbe bombas de fragmentação (Nações Unidas):
http://unicrio.org.br/onu-sauda-entrada-em-vigor-do-pacto-global-que-proibe-bombas-de-fragmentacao/
Tratado Internacional de Proibição de Bombas de Fragmentaçã:
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:C:2008:263E:0648:0651:PT:PDF
Conheça as bombas de fragmentação dos EUA (Folha de S. Paulo):
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u53114.shtml
Bombas de fragmentação (BBC):
http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/2001/eua_military_hardware/cluster_bombs/index.shtml
Fourth Review Conference of the Convention on Prohibitions or Restrictions on the Use of Certain Weapons (em inglês):
http://www.unog.ch/80256EE600585943/%28httpPages%29/43FD798E7707CE5AC12578B20032B630?OpenDocument
UK backs bid to overturn ban on cluster bombs (The Independent - em inglês):
http://www.independent.co.uk/news/world/politics/uk-backs-bid-to-overturn-ban-on-cluster-bombs-6259139.html
A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 10 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 13 países de 4 continentes, operando em 14 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter.
{IMAGE} Em apenas alguns dias, os EUA poderão aprovar uma nova lei que permitirá o uso das bombas de fragmentação - uma arma letal banida que mata crianças em playgrounds anos após guerras terem terminado. Mas se nós construirmos uma campanha massiva agora, poderemos convencer outros governos a parar os EUA e parar com a utilização dessas armas. Assine a petição urgente para salvar nossas crianças agora! |
Ahmad pegou um objeto de metal brilhante em um parque onde ele estava comemorando seu 5o aniversário no Líbano. Era uma bomba não detonada, que explodiu em seu rosto, matando-o lentamente na frente de sua família.
Três anos atrás, a pressão pública conseguiu impor uma proibição a essas cruéis bombas. Mas agora os EUA estão fazendo lobby com outras nações para que eles silenciosamente assinem uma nova lei que permita a utilização das bombas de fragmentação - assinar a sentença de morte de milhares de outras crianças. A maioria dos países ainda estão em cima do muro sobre como votar. Somente se dispararmos o alarme em todo o mundo poderemos envergonhar nossos governos para impedir que esta decisão mortal seja tomada.
Posições estão sendo tomadas agora. Temos apenas quatro dias até que os países se reúnam para enviar aos nossos líderes uma mensagem clara: defendam a proibição das bombas de fragmentação e mantenham nossas crianças a salvo. Clique abaixo para assinar a petição - que será entregue diretamente aos delegados na conferência de Genebra:
{LINK}
Milhares de pessoas - muitas delas crianças - foram mutiladas ou mortas por estas bombas. Quando são lançadas, elas se dividem em “pequenas bombas" sobreuma ampla área, muitos das quais não explodem. Anos depois, as pessoas acham esses dispositivos em campos ou playgrounds da escola sem saber o que são, e eles explodem.
Em 2008, mais da metade dos governos do mundo proibiu essas armas, assinando a Convenção sobre Munições de Bombas de Fragmentação. Mas agora, surpreendentemente, países como França, Alemanha, Itália, Suécia e Reino Unido, que assinaram a Convenção, estão sob a pressão dos EUA, China e Rússia para executarem assinatura de um acordo separado que lhes permitiria o uso das bombas de fragmentação. Apenas a Noruega, México, Áustria e alguns outros estão lutando contra esse horror.
Negociadores da Convenção sobre Armas Convencionais vão se reunir em Genebra na próxima semana. A maioria dos governos não querem realmente esse protocolo e não disseram de que forma vão votar, mas estão sob forte pressão dos EUA e só farão objeção se o público global convence-los.
Não há tempo a perder - a conferência começa na segunda-feira. Vamos pedir para os nossos governos rejeitarem esta mortal e cínica campanha dos EUA para legalizar a matança com bombas de fragmentação. Clique abaixo para assinar a petição e encaminhe este e-mail para todos - o que fizemos antes, vamos fazê-lo novamente:
{LINK}
Bombas de fragmentação e minas terrestres foram proibidas porque os cidadãos alaramaram o mundo todo - com vítimas e sobreviventes liderando o caminho. Por causa deles e para garantir que não haja mais vidas perdidas, não vamos permitir que essas armas cruéis sejam permitidas. Vamos nos unir agora para exigir um mundo mais pacífico.
Com esperança,
Alex, Stephanie, Alice, Ricken, Laura, Nicholas, Wissam, and the whole Avaaz team
Mais informações:
ONU saúda entrada em vigor do pacto global que proíbe bombas de fragmentação (Nações Unidas):
http://unicrio.org.br/onu-sauda-entrada-em-vigor-do-pacto-global-que-proibe-bombas-de-fragmentacao/
Tratado Internacional de Proibição de Bombas de Fragmentaçã:
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:C:2008:263E:0648:0651:PT:PDF
Conheça as bombas de fragmentação dos EUA (Folha de S. Paulo):
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u53114.shtml
Bombas de fragmentação (BBC):
http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/2001/eua_military_hardware/cluster_bombs/index.shtml
Fourth Review Conference of the Convention on Prohibitions or Restrictions on the Use of Certain Weapons (em inglês):
http://www.unog.ch/80256EE600585943/%28httpPages%29/43FD798E7707CE5AC12578B20032B630?OpenDocument
UK backs bid to overturn ban on cluster bombs (The Independent - em inglês):
http://www.independent.co.uk/news/world/politics/uk-backs-bid-to-overturn-ban-on-cluster-bombs-6259139.html
A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 10 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 13 países de 4 continentes, operando em 14 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter.