sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CRISE? O DESLUMBRAMENTO DO PODER


Desde que tomou posse, em 26 de Outubro do ano passado, o primeiro-ministro português, José Sócrates, nomeou 71 pessoas para o seu gabinete. Só motoristas foram 20. A lei diz que apenas o primeiro-ministro e o seu chefe de gabinete têm direito a viatura para uso pessoal, conduzido por um funcionário. É lícito concluir, por isso, que 20 motoristas vão apenas servir aquelas duas pessoas, ou seja, não chegam a trabalhar um dia por semana.
Em 2011 Sócrates prevê gastar 159.400 euros em combustíveis e lubrificantes, qualquer coisa como 436,70 euros por dia. Ou seja, o homem não trabalha, passeia, faz mais de 3.000 quilómetros por dia. Impossível! Com tantos dias no Parlamento a aturar a Oposição, tanta viagem de avião pela Europa, só se fosse omnipresente. Por isso, conclui-se, alguém anda a roubar combustível ao primeiro-ministr0.
Sabia, votante miserável, que há 448 automóveis na presidência do Conselho de Ministros? Não sabia e não quer saber? O problema é essa sua indiferença! Mas é você que paga todos estes luxos! Para que servem tantos carros? Para os ociosos andarem de "cú tremido".
No Reino Unido o Governo impôs restrições. Quase todos os ministros perderam o direito a motorista e a viatura exclusiva, vão de viatura particular para os seus ministérios. Além disso o governo britânico vai reduzir as despesas do Cabinet Office em 25%(Mas compreende-se, o reino Unido está em crise profundo, quase em coma, Portugal não!).
Só para telemóveis sócrates tem disponível 177.000 euros e para despesas de alojamento 135.000 euros. A tudo isto há a acrescentar 101.000 para refeições, a afronta de 276 euros diários para encher o bandulho quando se discutem cêntimos para o rendimento mínimo . Ou primeiro-ministro come caviar e bebe espumante francês, ou anda muita gente a levar comida para casa!
Em material de escritório Sócrates espera gastar 29.000 euros. Compreende-se que assim seja, a vizinhança e o restante pessoal também têm escritórios em casa e filhos em idade escolar.
Em ofertas, o chefe do des-Governo vai gastar, em 2011, 18.000 euros. Esta não consigo entender: sempre ouvi dizer que os pobres recebem esmola, não oferecem presentes.
Para comemorar os primeiros 100 dias de governo (Comemorar o quê? Desgraças? Parecia-me melhor que tivessem dito "chorar" os primeiros 100 dias do governo) Sócrates gastou aos contribuintes portugueses 9.107 euros. Logo de seguida, não contente com o deslize para um défice mais profundo, ao apresentar a Agenda Digital no CCB, gastou mais 17.727 euros (Isto faz-me lembrar o velho hino da Mocidade Portuguesa, "Lá vamos, cantando e rindo, levados, levados sim ...).
Em plena crise Sócrates gastou, a cuidar do jardim da sua residência oficial, 33.950 euros (Não seria preferível transformar aquilo num montado com porco preto? Sempre haveria a possibilidade de vender chouriços aos espanhóis).
Saberão os portugueses quanto custa o primeiro-ministro ao Estado em flores? 1.204 euros por semana, ou seja, a miserável quantia de 63.000 euros anuais. Sem dinheiro para comer, sem reformas decentes, sem subsídio de desemprego, o povo pimba pede-lhe, "iluminado dirigente", "camarada amado", "político omnipotente","querido líder Kim Sócrates", que substitua as flores naturais por flores de plástico. As lojas dos chineses vendem-nas baratas e bem bonitas.
São Bento, só em despesas de pessoal, custará ao exaurido e bronco povo 2,67 milhões de euros.
Mas Portugal não está em crise! Essa é uma ideia dos pessimistas, dos velhos do Restelo, uma invenção da oposição, má vontade dos mercados internacionais, inveja daqueles que também gostariam de "mamar na porca da política".
Em crise está Espanha, que nem sequer pode pagar salários decentes aos seus dirigentes, que gasta menos com a sua monarquia que nós gastamos com a presidência da República. José Luís Zapatero, presidente do Governo de Espanha, que governa um país cinco vezes maior que Portugal, ganha menos 20.000 euros por ano que Sócrates, ou seja, Sócrates receberá 95.886 euros em 2011, enquanto Zapatero 78.184 euros brutos. Enquanto em Espanha os salários dos políticos foram cortados em 15%, em Portugal, depois de muitas pressões, levaram um pequeno aperto de 5%.
Crise?
Sabia, português distraído, que aos 448 automóveis da presidência do Conselho de Ministros, Sócrates vai somar mais 1? Então fique a saber e depois vá votar nas próximas eleições. Pelo menos vote em branco, caramba! Pois é, o exaurido cofre público acabou de comprar um Mercedes S 450 blindado, no valor de 134 mil euros, para transportar Durão Barroso durante os dois dias da cimeira da Nato em Lisboa. Se o ex-camarada MRPP, arrependido dirigente maoísta, agora alto militante europeu, tem medo, que compre um cão, ou, em caso de força maior, que alugue uma Chaimite ao exército; já deram provas em cenário de guerra e estão mais que pagas.
Claro que tudo isto é possível porque não vivemos num país mas num acampamento de ciganos, no sentido metafórico do termo.
Mas não pense, caro leitor, que Pedro Passos Coelho será melhor primeiro-ministro que Sócrates. Os vícios são os mesmos, não nos iludamos a cada eleição. As clientelas saltam, consoante o poder muda, de um lado para o outro. Precisam de sobreviver. A corrupção coabita com a política, é inevitável ao jogo do poder, venha ele donde vier. Olhe para trás e veja por onde andou o poder nestes 30 anos, pelas mãos, alternadamente, de socialistas e sociais-democratas. Foram eles que montaram a máquima gigante que sorve a riqueza produzida pelo povo trabalhador, que criaram o polvo que corrompe ministros e empresários para se alimentar. Foram eles, socialistas e sociais-democratas, que atolaram o país na pobreza, que destruíram Portugal. A crise apenas veio apressar o desastre.
As promessas de renovação, as soluções milagrosas do PSD, são apenas estratégias da ambição! Já não há solução neste quadro político!
Por isso, quando nos pedem sacrifícios e assistimos aos desmandos sem pudor do poder, às injustiças e sobranceria das elites, apetece-nos tudo menos diálogo. Percebo agora porque a alguns povos não resta outro caminho que não seja o beco da violência.
AOC

HUMOR EM TEMPO DE CRISE - O ÁRABE E O JUDEU


O árabe vai à loja do judeu para comprar sutiãs pretos.
O judeu, pressentindo bons negócios, diz que eles são raros e poucos e vende cada um por 40 liras.
O árabe compra 6, e volta alguns dias depois querendo mais duas dúzias.
O judeu diz que as peças vão ficando cada vez mais raras e vende por 50 liras a unidade.
Um mês mais tarde, o árabe compra o que resta por 75 liras cada.
O judeu, encucado, pergunta-lhe o que faz com tantos sutiãs pretos.
Diz o árabe:
- Corto o sutiã em dois, faço dois chapeuzinhos e vendo para os judeus por 100 liras cada.

MUJERES DE AGUA, mulheres proibidas de cantar


"Mujeres de Agua" é um disco com a participação de 12 cantoras de calibre internacional. É um projecto do produtor e compositor espanhol Javier Limón, que, em torno do mar, escreveu canções de sonoridades comuns a Portugal, Espanha, Grécia, Itália, Israel, Líbano. A portuguesa Mariza, a grega Eleftheria Arvanitaki, a isrtaelita Yasmin Levy, a curda Aynur, as espanholas Estrela Morente, Concha Buika, Carmen Linares, Montse Cortés, La Susi, La Shica e Genara Cortés, são as estrelas desta constelação.
"Mujeres de Agua" é um tributo às mulheres iranianas, proibidas de cantar em público e gravarem discos, um protesto contra a discriminação sexual de que são alvo.

IRÃO, UM PAÍS QUE ASSASSINA OS SEUS FILHOS


É quinta-feira e a Sakineh continua viva. Um número surpreendente de 500.000 pessoas enviaram mensagens para governantes em um dia -- eles estão respondendo rapidamente, contactando diretamente o Irã! A nossa pressão está funcionando, mas precisamos continuar para mantê-la viva -- encaminhe este alerta para seus amigos:

Caros amigos,

Hoje, Sakineh Ashtiani poderá ser morta pelas autoridades iranianas. Já a salvamos do apedrejamento e agora temos 12 horas para conseguir que as principais autoridades do mundo se mobilizem com urgência para impedir esse vergonhoso assassinato.


Envie uma mensagem agora!


Hoje, Sakineh Ashtiani poderá ser executada pelo Irã.

Nosso protesto mundial impediu que Sakineh fosse apedrejada injustamente em julho. Agora temos 12 horas para salvar a vida dela.

Os aliados do Irã e as principais autoridades da ONU são nossa maior esperança: eles podem convencer o Irã do sério custo político desse assassinato de uma figura com alta exposição na mídia. Clique no link abaixo para enviar a eles um pedido urgente de mobilização e encaminhar este e-mail a todo o mundo. Você só gastará três minutos. A última esperança de Sakineh somos nós

http://www.avaaz.org/po/24h_to_save_sakineh/?vl

O caso de adultério de Sakineh é um trágico embuste cheio de violações de direitos humanos. Primeiro, ela foi condenada à morte por apedrejamento. Porém, o governo iraniano teve de anular a sentença depois que os filhos dela conseguiram gerar um enorme protesto contra o julgamento injusto; Sakineh não fala a língua usada nos tribunais e os alegados incidentes de adultério aconteceram após a morte do marido dela.

Em seguida, o advogado dela foi forçado a se exilar e a acusação conseguiu inventar uma nova queixa falsa que justificaria a morte de Sakineh: o assassinato do marido dela. Apesar de isso configurar um caso de “non bis in idem” (dois julgamentos pelo mesmo crime), pois ela já está cumprindo pena por suposta cumplicidade nesse crime, Sakineh foi torturada e exibida em rede de televisão nacional para “confessar” e acabou sendo julgada culpada. O regime já prendeu dois jornalistas alemães, o advogado e o filho de Sakineh, que tem corajosamente liderado a campanha internacional para salvar a mãe. Todos continuam na prisão. O filho e advogado de Sakineh também têm sido torturados e estão sem acesso a advogados.

Agora, ativistas de direitos humanos iranianos afirmam que acaba de ser emitido um mandado de Teerã para executar Sakineh imediatamente. Ela está na lista e hoje é o dia da execução.

Campanhas persistentes fizeram o Irã anular a sentença de apedrejamento de Sakineh e atraíram a atenção de dirigentes de países que exercem influência sobre o Irã, como a Turquia e o Brasil. Agora, vamos todos erguer nossas vozes com urgência para impedir que Sakineh seja executada e sofra tratamento desumano e para libertar a própria Sakineh, seu filho e advogado e os jornalistas alemães. Envie uma mensagem para divulgar este pedido de emergência com amigos e familiares:

http://www.avaaz.org/po/24h_to_save_sakineh/?vl

Um grande protesto público tem a autoridade moral para impedir crimes atrozes. Vamos usar as 12 horas que temos para enviar uma mensagem clara: o mundo está de olho no Irã e todos estamos unidos para salvar a vida de Sakineh e contra a injustiça em qualquer lugar do mundo.

Com esperança e determinação,

Alice, Stephanie, Pascal, Giulia, Benjamin e toda a equipe da Avaaz

Fontes:

Parlamento europeu elogia adiamento da execução de iraniana:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4770433-EI8142,00-Parlamento+europeu+elogia+adiamento+da+execucao+de+iraniana.html

França critica Irã por condenação de Sakineh Ashtiani:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4768877-EI8142,00-Franca+critica+Ira+por+condenacao+de+Sakineh+Ashtiani.html

Dilma condena apedrejamento da iraniana Sakineh:
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/11/03/dilma-condena-apedrejamento-da-iraniana-sakineh-337843.asp

Petição para impedir a execução eminente de Sakineh Mohammadi Ashtiani (em inglês):
http://www.guardian.co.uk/world/2010/nov/03/sakineh-mohammadi-ashtiani-execution

SAKINEH EXECUTION IMMIMENT


SAKINEH EXECUTION IMMIMENT – SON IMPRISONED FOR TRYING TO HELP

PLEASE USE YOUR VOICE AGAIN

In July of this year you were one of 385,000 people from around the world who signed on to Freesakineh.org in an effort to stop the Iranian regime from stoning Mohammedi Ashtiani to death. Thanks to your efforts Sakineh is still alive. But yesterday news came, following a secret call from the prison where she is held that an execution order has been delivererd to her. Her situation is truly precarious.

Please again use your voice. Sign the petition below so that we can let the Iranian regime know that we have not lost our resolve.

Know too that almost every single person in Iran who has worked on behalf of Sakineh has either been imprisoned or forced to flee the country. Most sadly, her son Sajaad who has devoted his life to saving his mother is now also in jail – guilty only of trying to bring justice to his mother. Our petition to the Ayatollah Khameini asks for both to be immediately released.

We must be bold and steadfast. We must make our voices heard. We made a difference this summer. We can again.
Please sign

FreeSakineh.org

QUERO UM EMPREGO!


GRADIVA LANÇA GUIA ÚTIL DE GESTÃO DE CARREIRAS E DE SITUAÇÕES DE EMPREGO E DESEMPREGO

Gradiva lança livro de apoio para quem procura o primeiro emprego, quem tem emprego e quer melhorar ou mudar e para quem ficou desempregado e quer voltar a trabalhar, da autoria de jornalistas de economia do Público e do Jornal de Negócios, com a contribuição de mais de duas dezenas de especialistas e repleto de casos reais.

Fernando Ulrich, presidente do Banco Português de Investimento (BPI) e João Duque, presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), apresentam a obra Quero um Emprego! com organização de Luís Villalobos e autoria de Ana Rute Silva, Raquel Almeida Correia e Elisabete de Sá, no próximo dia 9 de Novembro, às 18h30m, no El Corte Inglés, em Lisboa.

Numa altura em que o desemprego em Portugal atingiu níveis históricos e há cada vez mais pessoas com dificuldades em entrar no mercado de trabalho, é fundamental perceber os passos a seguir para conseguir um emprego ou melhorar as condições de trabalho.

Este livro, concebido a pensar na realidade nacional, escrito por jornalistas de economia do Público e do Jornal de Negócios, com a contribuição de mais de duas dezenas de especialistas e repleto de casos reais, apresenta-se como uma ferramenta de apoio a quem procura o primeiro emprego, a quem tem emprego e quer melhorar ou mudar e a quem ficou desempregado e quer voltar a trabalhar.

A obra, prática e informativa, com uma escrita dinâmica, aborda a questão do emprego com a seriedade e a atenção que o assunto merece.

OS AUTORES

Luís Villalobos, 37 anos, é o coordenador da colecção Economia Aberta. Licenciado em História, ingressou no jornalismo em 1992, tendo passado por publicações como o Semanário, Fortuna, Diário Económico e Exame. Galardoado com o prémio de jornalista revelação em 1994 pelo Clube de Jornalistas, recebeu depois, em 2008, o segundo prémio do “Journalistic Excelence Award” do Citi. Co-autor do livro “Negócios Vigiados”, é actualmente é subeditor da secção de economia do Público, jornal onde foi responsável pelo suplemento Economia entre Março de 2007 e Maio de 2009.

Ana Rute Silva, 32 anos, é jornalista na secção de Economia do Público desde Fevereiro de 2007, jornal onde estagiou quando terminou o curso de Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Frequentou o Business Journalists Seminar, do INSEAD. Escreveu para o Jornal de Notícias, Você SA e Exame. Editou a World Business, revista de gestão elaborada pelo Insead e publicada pela Impresa. Foi coordenadora do suplemento Economia do Público.

Elisabete de Sá, 37 anos, é editora executiva do Jornal de Negócios, onde trabalha desde 2003. Jornalista há 13 anos, frequentou o curso de Comunicação Social do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e o Business Journalists Seminar, do INSEAD. Em 2010 recebeu o Prémio de Jornalismo Económico do Santander/Universidade Nova de Lisboa, na categoria de gestão, com um artigo sobre os bónus dos gestores, escrito em co-autoria. É co-autora do livro “Alfredo da Silva, a CUF e o Barreiro” (bnomics, Setembro 2008).

Raquel Almeida Correia, de 28 anos, é licenciada em Marketing e em Comunicação Social. Iniciou a actividade profissional no jornal Diário Económico. Esteve na revista Dia D entre 2005 e Fevereiro de 2007. Desde essa data é jornalista da secção de Economia do Público. Frequentou um curso de especialização em Teoria Económica Política, da Universidade Católica Portuguesa, e o Business Journalists Seminar, do INSEAD Em 2007 recebeu o Grande Prémio de Jornalismo Económico do Santander, com um trabalho sobre a forma como as instituições financeiras gerem as poupanças dos portugueses.

O MUNDO SEGUNDO HERNÁN CASCIARI


Li uma vez que a Argentina não é nem melhor, nem pior que a Espanha, só que mais jovem. Gostei dessa teoria e aí inventei um truque para descobrir a idade dos países baseando-me no 'sistema cão'. Desde meninos nos explicam que para saber se um cão é jovem ou velho,
deveríamos multiplicar a sua idade biológica por 7.

No caso de países temos que dividir a sua idade histórica por 14 para conhecer a sua correspondência humana. Confuso? Neste artigo exponho alguns exemplares reveladores.

A Argentina nasceu em 1816, assim sendo, já tem 190 anos. Se dividimos estes anos por 14, a Argentina tem 'humanamente' cerca de 13 anos e meio, ou seja, está na pré-adolescência. É rebelde, se masturba, não tem memória, responde sem pensar e está cheia de acne.

Quase todos os países da América Latina têm a mesma idade, e como acontece nesses casos, eles formam gangues. A gangue do Mercosul é formada por quatro adolescentes que tem um conjunto de rock. Ensaiam em uma garagem, fazem muito barulho, e jamais gravaram um disco.

A Venezuela, que já tem peitinhos, está querendo unir-se a eles para fazer o coro. Em realidade, como a maioria das mocinhas da sua idade, quer é sexo, neste caso com Brasil que tem 14 anos e um membro grande.

O México também é adolescente, mas com ascendente indígena. Por isso, ri pouco e não fuma nem um inofensivo baseado, como o resto dos seus amiguinhos. Mastiga coca, e se junta com os Estados Unidos, um retardado mental de 17 anos, que se dedica a atacar os meninos famintos de 6 anos em outros continentes.

No outro extremo, está a China milenária. Se dividirmos os seus 1.200 anos por 14 obtemos uma senhora de 85, conservadora, com cheiro a xixi de gato, que passa o dia comendo arroz porque não tem - ainda - dinheiro para comprar uma dentadura postiça. A China tem um neto de 8 anos, Taiwan, que lhe faz a vida impossível. Está divorciada faz tempo de Japão, um velho chato, que se juntou às Filipinas, uma jovem pirada, que sempre está disposta a qualquer aberração em troca de grana.

Depois, estão os países que são maiores de idade e saem com o BMW do pai.

Por exemplo, Austrália e Canadá. Típicos países que cresceram ao amparo de papai Inglaterra e mamãe França, tiveram uma educação restrita e antiquada e agora se fingem de loucos.

A Austrália é uma babaca de pouco mais de 18 anos, que faz topless e sexo com a África do Sul. O Canadá é um mocinho gay emancipado, que a qualquer momento pode adoptar o bébé da Groenlândia para formar uma dessas famílias alternativas que estão de moda.

A França é uma separada de 36 anos, mais puta que uma galinha, mas muito respeitada no âmbito profissional. Tem um filho de apenas 6 anos: Mónaco, que vai acabar virando puto ou bailarino... ou ambas coisas. É a amante esporádica da Alemanha, um caminhoneiro rico que
está casado com a Áustria, que sabe que é chifruda, mas que não se importa.

A Itália é viúva faz muito tempo. Vive cuidando de São Marino e do Vaticano, dois filhos católicos gémeos idênticos. Esteve casada em segundas núpcias com Alemanha (por pouco tempo e tiveram a Suíça), mas agora não quer saber mais de homens. A Itália gostaria de ser uma
mulher como a Bélgica: advogada, executiva independente, que usa calças e fala de política de igual para igual com os homens (a Bélgica também fantasia de vez em quando que sabe preparar esparguete).

A Espanha é a mulher mais linda de Europa (possivelmente a França se iguale a ela, mas perde espontaneidade por usar tanto perfume). É muito tetuda e quase sempre está bêbada. Geralmente se deixa foder pela Inglaterra e depois a denuncia. A Espanha tem filhos por todas as partes (quase todos de 13 anos), que moram longe. Gosta muito deles, mas a perturbam quando têm fome, passam uma temporada na sua casa e assaltam sua geladeira.

Outro que tem filhos espalhados no mundo é a Inglaterra. Sai de barco de noite, transa com alguns babacas e nove meses depois, aparece uma nova ilha em alguma parte do mundo. Mas não fica de mal com ela. Em geral, as ilhas vivem com a mãe, mas a Inglaterra as alimenta.

A Escócia e a Irlanda, os irmãos da Inglaterra que moram no andar de cima, passam a vida inteira bêbados e nem sequer sabem jogar futebol. São a vergonha da família.

A Suécia e a Noruega são duas lésbicas de quase 40 anos, que estão bem de corpo, apesar da idade, mas não ligam para ninguém. Transam e trabalham, pois são formadas em alguma coisa. Às vezes, fazem trio com a Holanda (quando necessitam maconha, haxixe e heroína); outras vezes cutucam a Finlândia, que é um cara meio andrógino de 30 anos, que vive só em um apartamento sem mobília e passa o tempo falando pelo celular com Coreia.

A Coreia (a do sul) vive de olho na sua irmã esquizóide. São gémeas, mas a do Norte tomou líquido amniótico quando saiu do útero e ficou estúpida. Passou a infância usando pistolas e agora, que vive só, é capaz de qualquer coisa. Estados Unidos, o retardadinho de 17 anos, a vigia muito, não por medo, mas porque quer pegar as suas pistolas.

Irão e Iraque eram dois primos de 16 que roubavam motos e vendiam as peças, até que um dia roubaram uma peça da motoca dos Estados Unidos e acabou o negócio para eles. Agora estão comendo lixo. O mundo estava bem assim até que, um dia, a Rússia se juntou (sem casar) com a
Perestroika e tiveram uma dúzia e meia de filhos. Todos esquisitos, alguns mongolóides, outros esquizofrénicos.

Faz uma semana, e por causa de um conflito com tiros e mortos, os habitantes sérios do mundo descobriram que tem um país que se chama Kabardino-Balkaria. É um país com bandeira, presidente, hino, flora, fauna... e até gente! Eu fico com medo quando aparecem países de pouca
idade, assim de repente. Que saibamos deles por ter ouvido falar e ainda temos que fingir que sabíamos, para não passarmos por ignorantes.

Por esta ordem de ideias Portugal será um kota de 62 anos, que se cagou para os filhos que fora de horas teve em África duma mãe trintona ( todos agora com por volta dos dois anos e meio - o
safardana!), enquanto se perde de amores pela enteada katorzinha que do outro lado do Atlântico se insinua emergente e tesuda ao som do Samba. Proxeneta por tradição, sendo o mais velho na Europa acha que chegou a altura de os outros o sustentarem, e para tal usa de todos os
estratagemas e de chantagem emocional: quando necessário até canta o Fado. Só não aceita que lhe tirem a casa, a qual, mesmo pequena, tem uma fabulosa localização com... "aquela janela virada para o mar"! Já para não falar das vinhas ancestrais que lhe crescem nas traseiras do
quintal, do azeite das oliveiras que bordejam a propriedade, do peixinho fresco que só falta conhecer o caminho para o assador para ser perfeito!
Ah! À sua custa vivem duas belas filhas solteironas já quarentonas: uma toda virada para a ecologia, com uns olhos azuis lindos como lagoas; e a outra, muito puta, a ameaçar casar sempre que a mesada tarda. Ambas com um temperamento assaz vulcânico, prometem ainda dar
que falar: a primeira tem sempre a cama feita para um jovem ricaço que a visita amiude de avião (mandou lá fazer uma pista de aterragem e tudo!); e a segunda, de tão bela, dá-se ao luxo de nem se depilar da sua floresta madessilva, recentemente eleita para Património Mundial da Humanidade.

Mas aí, eu pergunto: por que continuam nascendo países, se os que já
existem ainda não funcionam?

NOTA SOBRE O AUTOR:

Hernán Casciari nasceu em Mercedes (Buenos Aires), a 16 de Março de 1971. Escritor e jornalista Argentino. É conhecido por seu trabalho ficcional na Internet, onde tem trabalhado na união entre literatura e blog, destacado na blognovela. Sua obra mais conhecida na rede,
'Weblog de una mujer gorda', foi editada em papel, com o título: 'Más
- respeto, que soy tu madre'.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

NOVO ASSESSOR CONTRATADO PELO GOVERNO DE SÓCRATES


Governo contrata indiano que está há 70 anos sem comer nem beber para ensinar desempregados a alimentarem-se da luz solar
Aos 80 anos, Prahlad Jani - ou Mataji, como é conhecido - sobreviveu os últimos 70 anos sem comer nem beber, praticando um tipo especial de ioga que, segundo o octogenário, utiliza o Sol como alimento.
Soubemos que o ministério do trabalho já contratou este mestre da meditação para dar palestras a desempregados e fala-se também em palestras para funcionários públicos.
Fonte do gabinete da ministra explicou: " todos sabem o momento de crise que atravessamos. Não há perspectivas de melhoria e temos que preparar as pessoas para sobrevirem com muito pouco ".
Portugal é um país com muitos dias de Sol por ano e se este homem conseguir ensinar os nossos desempregados a sobreviverem só com a luz solar é a solução para o nosso problema.
Dentro de meses esperamos já deixar de pagar subsídios de desemprego, vamos apenas distribuir espelhos para que os desempregados possam apanhar o dobro da luz solar e encherem o bandulho. "

HÁ FAMÍLIAS A QUEM O SENHOR TOCA COM A SUA GRAÇA


Jorge Sampaio e Filhotes...


Soube-se a dia 27 de Agosto, pelo Público, que a jovem e distinta advogada Vera Sampaio (terminou o curso com média de 10 val) com uma carreira de 'dezenas de anos e larga experiência' foi contratada como assessora pelo membro do Governo, Senhor Doutor Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira, distinto Ministro da Presidência....

Como a tarefa não é muito cansativa foi autorizada a continuar a dar aulas numa qualquer universidade privada onde ganha uns tostões para compor o salário e poder aspirar a ter uma vidinha um pouco mais desafogada.
O facto de ser filha do Senhor Ex-Presidente da República das Bananas que também dá pelo nome de Portugal, não teve nada a ver com este reconhecimento das suas capacidades. Nada! Juro pela saúde do Sr. Engenheiro Sócrates.

Há famílias a quem a mão do Senhor toca com a sua graça. Ámen.
Já agora, como se devem recordar, ainda relativamente a esta família,
soube-se há tempos que o filhote, depois de se ter formado, foi logo para consultor da Portugal Telecom, onde certamente porá 'toda a sua experiência ao serviço de todos nós.

Agora, como já ontem se disse, calhou a sorte à maninha e lá vai ela toda lampeira em part-time para o desgoverno, onde certamente porá também 'toda a sua experiência ao serviço de todos nós.

O papá para não fugir à regra, depois de escavacar uns bons centos de
milhares de euros nossos na remodelação do um palacete ali para os lados da Ajuda, onde instalará um gabinete, vai ser transportado pelo nosso carro, com o nosso motorista e onde certamente, para não fugir ao lema familiar, porá, de novo, toda a sua experiência ao serviço de todos nós.

Agora, foi nomeado Administrador da Gulbenkian...

Tudo isto, por mero acaso, se passa num sítio mal frequentado que se chama PORTUGAL, onde um milhão e duzentas mil pessoas
vivem com uma reforma abaixo dos 375 Euros por mês.

Parece mentira, não parece ?


ESTE É MAIS UM CASO, ENTRE MUITOS, REVELADOS E DIVULGADOS ATRAVÉS DA INTERNET,
PORQUE AS TELEVISÕES DESTE PAÍS, ESTÃO BEM CONTROLADAS POR FORÇAS OCULTAS....

FAÇAM O FAVOR DE PASSAR PARA TODA A GENTE SABER.

ALEMANHA E O MULTICULTURALISMO


Angela Merkel juntou-se ao debate sobre o islão e imigração que tem vindo a agitar a Alemanha. Num discurso à juventude conservadora da CDU, no passado dia 16 de Outubro, em Potsdam, a chanceler afirmou que os esforços parta criar, no país, uma sociedade multicultural "falharam redondamente" e que os imigrantes devem integrar-se, aprendendo alemão e aceitando as nomas alemãs. "Estamos vinculados aos valores cristãos. Quem não aceitar isso não tem lugar aqui" declarou a chanceler. Uma sondagem recente mostra que a xenofobia cresce entre os alemães, como nos restantes países europeus, fenómeno agravado pela crise e medidas de austeridade.
PS: Gostaria de conhecer, ainda que de forma anónima, a opinião daqueles que se perdem por este blogue sobre este assunto.
Em cima, uma imagem do ataque, no Iraque, a uma igreja cristã.

CÃO QUE LADRA NÃO MORDE?


Ludovico Jara Franco, coronel de Infantaria e presidente em exercício da Associação de Oficiais das Forças Armadas, proferiu um discurso muito aplaudido, no passado dia 16 de Outubro, que, entre outras coisas, referiu "Este ser o pior momento dos últimos 35 anos" no seio das Forças Armadas. Caracterizou o actual sistema político como "uma democracia em que uns decidem e gastam e os outros pagam". "Estamos a atingir o limite do tolerável das desigualdades e do exigível a qualquer povo", declarou. "Temo mesmo que o cão, fiel amigo e animal normalmente dócil, com tanto maltrato, acabe finalmente por morder. E o drama é que não sabemos nem quando nem como".
"Quando jurámos morrer pela Pátria foi também para defender as pessoas", justifica-se Ludovico Jara Franco.

SERES DECENTES


Quando cumpria o seu segundo
mandato, Ramalho Eanes viu ser-lhe
apresentada pelo Governo uma
lei especialmente congeminada
contra si.

O texto impedia que o vencimento do Chefe do Estado fosse «acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência» públicas que viesse a receber.
Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-se de auferir a aposentação de militar para a qual descontara durante toda a carreira.
O desconforto de tamanha injustiça levou-o, mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há
pouco, se pronunciaram a seu favor.
Como consequência, foram-lhe disponibilizadas as importâncias não pagas durante catorze anos, com retroactivos, num total de um milhão e trezentos mil euros.
Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu, porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados - e não aceitou o dinheiro.
Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância,
Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo, no arranjismo que o imergem, nos imergem por todos os lados.
As pessoas de bem logo o olharam empolgadas:
o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de
dolorosíssimo abandono social.
Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que a secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de
Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não, não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a. Mas pedi-la, não. Nunca!»
O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria, pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e
primeiras páginas de periódicos) explica-se pela nossa recalcada má consciência que não suporta, de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.
“A política tem de ser feita respeitando uma moral, a moral da responsabilidade e, se possível,
a moral da convicção”, dirá. Torna-se indispensável “preservar alguns dos valores de outrora, das utopias de outrora”.
Quem o conhece não se surpreende com a sua decisão, pois as questões da honra, da integridade, foram-lhe sempre inamovíveis. Por elas, solitário e inteiro, se empenha, se joga, se acrescenta
- acrescentando os outros.
“Senti a marginalização e tentei viver”, confidenciará, “fora dela. Reagi como tímido, liderando”.
O acto do antigo Presidente («cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que
por aí se tornou comum», como escreveu numa das suas notáveis crónicas Baptista-Bastos)
ganha repercussões salvíficas da nossa corrompida, pervertida ética.
Com a sua atitude, Eanes (que recusara já o bastão de Marechal) preservou um nível de di -
gnidade decisivo para continuarmos a respeitar- nos, a acreditar-nos - condição imprescindível
ao futuro dos que persistem em ser decentes. _
Crónica
Fernando
Dacosta


PS: A desfaçatez e a imoralidade de alguma classe política e dos seus apaniguados é tanta que, a esta hora, se estão a rir do gesto de Ramalho Eanes e entre eles comentam "O HOMEM É PARVO".